quinta-feira, 17 de outubro de 2013

1 x 0 (ao menos o zero do nosso lado do placar dá para manter sempre...)

Esqueça o contexto, toda as minhas desavenças táticas com Tite; dado o desempenho do segundo tempo contra o SP, achei a escalação de hoje razoável e tive um fio de esperança que o time pudesse ter um desempenho minimamente elogiável. E, de fato, acho que o time fez um primeiro tempo ao menos razoável. Bem postado, marcando em cima, dando pouquíssimo espaço para o Grêmio articular jogadas (não que eles precisassem de muita resistência para não conseguir armar jogadas, dada a formulação tática do Renato) e tendo as melhores – mas poucas – chances do primeiro tempo. Claro que ofensivamente era pouco, muito pouco. O principal problema me parecia a ocupação de espaços mais próximos ao gol do adversário. Sem centroavante, Sheik foi escalado para fazer a função de 1. Um centroavante a la Barcos faz a parede e o pivô para a aproximação do resto do time; um jogador a la Pato tem como alternativa se enfiar no meio dos zagueiros parar correr atrás duma bola. Sheik tem como cacoete buscar a bola antes dos zagueiros e conduzi-la de lado, de modo que quase sempre a linha mais adiantada do Corinthians estava antes da intermediária gremista. Fica muito mais difícil construir assim. Estava quase decidido a ir dormir no intervalo quando aquela bola enfiada do Douglas me deu alguma esperança e decidi assistir um pouco mais.
O problema desse jogo muito encaixado de marcação é que o gol só sai num erro de alguém, e esse erro sempre pode ser nosso. E foi justamente no que entendi como uma dormida do Cléber que Barcos fez 1 x 0. A partir daí, show de horrores. É patético ver um time que não sabe e não está acostumado a atacar tentar fazer pressão no adversário; nenhuma  organização, erros técnicos. E se Tite, que até então, apenas nesse jogo específico, talvez não merecesse nenhuma crítica mais contundente, decidiu mostrar porque seu lema em 2013 é “ se não cag* na entrada, cag* na saída”. Substituições completamente equivocadas. A do Macedo pelo Rodriguinho só merece a crítica de que não mexia no principal problema do Corinthians para chegar na frente. A do Guilherme...bem, até entende-se o conceito, você buscar uma saída pelo meio. O problema é que Tite tem vivido do seu fantástico mundo de alucinações, e desconsiderou o fato óbvio de que a opção era Ibson! Quando Ibson conseguiu fazer essa transição com qualidade jogando no Corinthians? Tite cometeu o exato erro que fez contra o Gremio na Copa BR: pos Ibson e perdeu o meio de campo. Aí a última também de lascar, que fez até o são-paulino e comedido Caio a descer o sarrafo. Tite se queixou muitas vezes da falta de centroavante. Douglas tanque retornou e foi posto como opção no banco ontem. Estamos no segundo tempo, time perdendo, ataque completamente  perdido sem uma referência na frente; se você não vai usar o moleque nessa circunstância, para que levar pro jogo? Só ficou a  sensação de que o time lutou para empatar até o fim porque Cássio fez outro milagre e evitou o 2 x 0, o que já selaria o caixão bem antes. Melancólico, desesperador.
- Estou seriamente preocupado com o rebaixamento. Se o são-paulino não tem motivos para achar que já escapou com a vitória ontem contra o Náutico, porque nós, que estamos agora atrás deles, devemos ficar mais tranquilos? A água bateu na bunda e veio gelada para cacete...

- Não sabia quem ia apitar o jogo até o Gaciba fazer o comentário aos 13 do primeiro tempo. Já tinha pensado “esse juiz é bom, hein...”, no sentido de ele ter acertado todas as faltas e não-faltas até então. Arbitragem muito boa, uma lição pro Vuaden aprender o que é deixar o jogo correr sem ter um critério aloprado sobre o que é falta e o que não é.  Sandro Ricci é o melhor arbitro brasileiro em atividade; pena ter ficado marcado pelo penalty corretamente assinalado naquele jogo contra o Cruzeiro.

- Não assisto mais jogos à noite até o fim enquanto Tite for o técnico. Não sei se consigo manter a palavra no jogo da Copa Br, maaas....vamos ver.

- Chiste: teria Ferguson resistido a incrível marca de 3 gols em 13 jogos? Ou a ameaça realíssima de rebaixamento? 

- Para. Respira. Não pensa em cada. Agora volta: se alguém te falasse no começo do ano que brigaríamos para não cair esse ano, você daria risada...

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