segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

É Penta!! É penta!!

Vai Corinthians! Escrevi algumas vezes que “desse jeito” o time não merecia ser campeão. Vale uma correção: o Corinthians mereceu ser campeão porque ninguém mereceu mais com ele. E assim como o Fla em 2009 e o Flu em 2010, o campeão brasileiro não foi um time brilhante. Em partes é a sina dos pontos corridos, em partes é o nivelamento por baixo. Mas não se preocupem: em poucos anos teremos no Brasil um time do mesmo nível dos times europeus e que ganhará brasileiros com rodadas de antecedência.

Ao jogo: tudo dentro do esquema titeano. Um time nervoso, errando passes e vendo um fraquíssimo time do Palmeiras se apoderar do jogo – embora sem eficiência nem qualidade. O corinthiano se acostumou a ver o time jogar muito mal um dos tempos e fazer um outro tempo melhorzinho (as vezes muito melhor, as vezes só razoável). Na virada do segundo tempo meus companheiros de boteco comentaram “bom, pelo menos o tempo ruim já foi”. E realmente, na volta o time deu mostras que ia mudar o comportamento. Nem precisou – menos de 2 min e Valdívia já aprontou mais uma das suas magias. Até o jogo acabar eu ainda pensava que o juiz tinha exagerado um pouco na expulsão, até que vi a imagem na Band (que é muito parecida com a que o juiz deve ter visto). Ele levanta o braço antes do Jorge chegar, em um movimento nada característico de quem está apenas disputando a jogada; se o movimento foi executado com pouca força pouco importa (aliás, o juiz não conseguiu ver a força, viu apenas o movimento). Não dá para condenar a expulsão e, mesmo que desse, haveria vários motivos para que isso não desse margens à interpretações tendenciosas quanto a arbitragem. Mesmo com um a mais, tomamos alguns sustos, mas tudo decorreu de forma positiva e no final comemoramos o caneco (mesmo que, infelizmente, não houvesse um caneco real para levantar!).
- Jorge: genial! Mais genial ainda é a imagem dele fazer aquilo tudo e sair de fininho enquanto o pau comia solto lá na lateral! E pelo menos não vi ainda nenhum dos caras-de-pau que exaltavam a “arte” do Valdivia reclamar do Jorge Henrique...
- Tite deve ficar: é sinal de fortes emoções na libertadores e alta probabilidade de novo vexame. O estilo titeano se aproxima cada dia mais do muricyano: forma fortes sistemas defensivos e se vira lá na frente como dá. É funcional em pontos corridos porque ganha-se mais do que perde-se (e ganha-se pontos improváveis e deixa-se de ganhar pontos fáceis), e na soma dos pontos pode ser chegar na frente. Em mata-matas, onde é preciso alto desempenho quase todo jogo, é um estilo que precisa de muita sorte para dar certo. A esperança é que haja contratações que deixem o time tão forte que o esquema tático seja uma pequena parte da engrenagem.
- A diretoria não pode deixar a emoção tomar conta e não fazer o planejamento necessário: precisamos de goleiro, ao menos 1 bom zagueiro, 1 bom lateral, mais um meia e definir o elenco do ataque: Adriano e Sheik vão ficar? Se não um segundo atacante de ponta seria bem-vindo também.
- A administração Andrés Sanches merecia um título de mais pesos para dar um pouco de peso ao “dentro de campo”, no que foi uma brilhante administração fora de campo.
- Sócrates: há o pessoal, o profissional e a figura pública. No pessoal, só possamos desejar força e serenidade a família. No profissional, foi-se um baita ídolo do Corinthiano, em especial de quem tem 40 anos ou mais. Quanto à figura pública: não gostava do Sócrates. Achava um crítico raso que se imbuía de ares de profundidade; fazia oposição cega no corinthians e aderia com facilidade ao bom-mocismo sem fundamento. Ainda sim acho que isso não feriu a sua imagem, a diferença de caras como o Neto, que em 2 anos vai conseguir queimar toda a imagem que conquistou como ídolo do corinthiano. Tenho certeza que muito corinthiano ficou triste ontem com a morte do Doutor.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Imprensa

nas "férias" do campeonato postarei algo sobre imprensa anti-corinthiana. Por enquanto, fiquemos apenas com essa enquete da Record, que descobri no site do Dr. Osmar.

domingo, 27 de novembro de 2011

Figueira 0 x 1 Corinthians (quase...)

Tite entrou com a mesma formação da última partida; talvez para não mudar o esquema, talvez, como lembrou o Luiz, para não cometer “injustiça” com ninguém do grupo, como Danilo e Willian, que foram titulares boa parte do tempo. De qualquer maneira, Alex não podia ter ficado de fora, pela qualidade que tem e pelos desempenhos quando joga. Mas ficou...o jogo começou fraco, pegado, sem chances de gol. Figueira demonstrava um pouco mais de volume de jogo, mas nada para ameaçar. Era um jogo feio, e o Corinthians demonstrava, de novo, muito pouco para quem quer ser campeão.
Vem o segundo tempo e Tite faz uma coisa que não costuma fazer com freqüência: mudou já no intervalo, Alex pelo William. Talvez o William não merecesse sair toda vez que precisa mudar; mas talvez por causa do nome, talvez por causa do fato de que o Sheik é mais decisivo e a qualquer momento pode fazer uma jogada importante (como no jogo passado), é sempre ele que sai. Deu certo; Alex deu uma outra dinâmica ao jogo, segurou a bola, articulou pelo meio. O time não jogava beeem melhor, mas dava mostras de que podia jogar um pouco melhor do que o marasmo do primeiro tempo. Até que, num lance que eu gritava para ele chutar desde a intermediária, ele mostrou porque é um baita jogador e eu sou apenas um torcedor bobão e fez uma jogadassa: bola na cabeça do Liedson e caixa (e o Milton Neves repassou o lance 15x no terceiro tempo para ver se achava impedimento ali). A partir dali o jogo, em si, parou. Tite botou o Jorge Henrique para tomar um cartão amarelo e só, e queimou a terceira troca tirando o Sheik para deixar um Liedson sem joelhos em campo. Passamos um susto aqui e ali, mas nada demais. Importava mais o jogo do Vasco: 1 x 0 numa cagalhoada ao melhor estilo Tite da zaga do Flu. 1 x 1 num golasso do Fred (foi falta?) e aí, era só esperar o jogo acabar. Até que aos 45 do segundo tempo o fdp do Bernardo fez o gol que adiou o título pro jogo que vem.
- as chances são ainda melhores do que eram antes dessa rodada. Para perder o título tem que perder pro Palmeiras e o Vasco ganhar do Flamengo. Palmeiras costuma complicar nessas situações, mas um empate basta (o time não tem a responsabilidade de sair para cima) e jogamos em casa. Mas mais improvável é o Flamengo, dependendo de um empate para garantir sua vaga na liberta, perder para um Vasco sem Juninho, Diego Souza, Eder Luis e vindo de um jogo duro no Chile no meio de semana. Calculo em 90% as chances de titulo. Perder seria o cúmulo da cagalhoada.
- eu não achava que o Corinthians ganharia do Figueira; mas eu achava menos ainda que o Vasco ganharia do Flu. Talvez eu tenha me enganado quanto ao trabalho do Abel; o Flu é o time que vem jogando melhor no brasileiro, mas nos últimos 3 jogos importantes para embalar, em casa, o time fraquejou. Ta faltando força de decisão a esse fluminense.
- Liberta: além de Corinthians e Flu, Flamengo quase garantido. A quinta vaga fica entre Coritiba, Figueira e Inter. Bambis só chegam se ganharem do Santos e nenhum desses 3 ganharem, o que não é tão improvável porque os 3 fazem clássicos contra seus principais rivais.

sábado, 26 de novembro de 2011

Antes do fim

Bom, há um dia da rodada que poderá (tomara!) definir o campeão...

Se considerarmos a soma de fatores de todo o campeonato, o melhor time foi o Vasco. Um time que jogou o começo do campeonato com o time reserva, lutou um pouco para vencer aquele marasmo de todo time que vence a Copa Br, dividiu esforços com a Sul-Americana e ainda tá aí, brigando pelo título. E isso só mostra o baixo nível do campeonato: o Vasco é um time limitadíssimo. Hoje os jornais falam sobre Felipe jogar ou não o clássico amanhã, porque ele teria "jogado muito" contra o Avaí (rebaixado e com 1 a menos desde os 19min do primeiro tempo) e no mau-resultado do meio de semana contra a LAU. Bom, esse é o time do Vasco; além de Felipe, refugo que faz uma partida boa para cinco que não joga, tem caras como Juninho, que em boa forma ainda fazem bastante diferença (embora não jogue vários jogos e jogue outros baleado); Diego Souza, que acaba com uma partida e fica outras 3 apagado; Eder Luís, que nunca foi protagonista em lugar nenhum; Alecssandro, que acabou perdendo a vaga pro Elton, e por aí vai. Além de um ótimo zagueiro e um lateral (Fagner) que vem fazendo um bom campeonato, o resto fica por aí. O melhor time do brasileiro não brigaria por libertadores há 10 anos. O elenco do Corinthians, na minha opinião, é beeem melhor; mas a ruindade do seu técnico equilibra as coisas.
- Com quantos pontos? Se o Corinthians ganhar do Figueira e o Vasco não ganhar do Flu, o Corinthians garantirá o título, com uma rodada de antecedência, com 70 pontos. Mas esse número é um capricho matemático: garantiria da mesma maneira - ainda com uma rodada de antecedência - se chegasse a 69. O que define o mínimo de pontos que o campeão deveria ter para ser campeão é, claro, a pontuação do segundo colocado. Algumas combinações não tão esquisitas (digamos, Vasco e Flu empatam, e o Vasco também não consegue ganhar do Flamengo) possibilitariam que o Corinthians fosse campeão com 67. Outras combinações (empate de Vasco e Flu e Vasco perdendo do Flamengo) permitiriam o campeão somar apenas 66 pontos (mesmo o Flu ganhando seu último jogo, desde que não ultrapassasse no saldo de gols). O único fato que quebraria essas contas, levando os números um pouco mais para cima, seria uma vitória do Vasco amanhã.

domingo, 20 de novembro de 2011

Corinthians 2 x 1 Galo

De novo, quase deu "cagalhoada". É sabido que Cuca sabe montar time para jogar fechado fora de casa. Contra um time com 3 atacantes e só o Danilo lento e cansado como meia, e que tem laterais que não apoiam, fez o certo: marcou meia quadra - como se diz no salão - dando espaço para o que a zaga corinthiana já gosta de fazer: tentar fazer lançamentos toscos. Até uns 15 min ainda dava ter esperanças: teve um chute do Willian e uns 2 ou 3 cruzamentos perigosos. Mas o que dava pinta de que podia decolar não decolou não: foi parando na marcação, com pouca movimentação e pouca criatividade. No segundo tempo, o Tite achou que só pedir pro Paulinho buscar mais o jogo adiantaria. Não só não adiantou como o Galo passou a sair pro jogo com mais espaço, até achar o gol na jogada ensaiada. Aí Tite achou que era hora de mudar. Alex, que devia estar em campo desde o começo, entrou (bem no jogo). O time ensaiou alguma reação, alguns chutes perigosos, alguns cruzamentos interessantes,mas ainda era pouco. Eis que entra em campo um hipopótamo atômico: Adriano, fora de forma, sem ritmo, mas ainda Adriano. O primeiro gol foi a primeira bola que o Liedson recebeu sem marcação dupla - e aí é caixa. A pressão, que parecia que ia aumentar, deu uma arrefecida. Jogo quase acabando, uma bola espirrada na defesa, Emerson arranca, dá um ótimo passe para...quem? aparece na imagem uma jamanta correndo, desengonçada, e eu pensando "hiii....", e não é que o camarada faz o gol? pqp tres vezes! isso é Corinthians! mas precisa ser sofrido assim? Novamente, o time + tite tiveram muito mais sorte do que juízo. Quase deu cagalhoada, mas no fim foi um passo importantíssimo pro título.
- No fim as mudanças do Tite resolveram o jogo. Mas não dá para elogiar - além de ter demorado para perceber que não tava dando certo, foi muito medroso quando fez as trocas. Alex já tinha de estar em campo, mas tirar o Danilo, em termos táticos, não mudava muita coisa. Para por o Adriano, já perdendo e com quase 30, poderia ter feito algo mais ousado do que fez. De novo ele apenas consertou a cagalhoada que tinha feito.
- alguém explica pro PA que ele não é o Mathaus?
- No primeiro jogo do campeonato, contra o Grêmio, o segundo gol saiu daquela jogadinha: lateral cobrada na cabeça do Danilo, ele desvia pro meio da área e o Liedson faz o gol. Só o Tite, 35 jogos depois, acha que ninguém manjou essa jogada: toda lateral do lado da área é cobrada assim e toda vez tem 2 caras marcando o Danilo.
- Emerson e Ralf irreconhecíveis. Emerson ainda se salvou na arrancada do segundo gol. Alessandro fez o cruzamento do primeiro gol, mas outra partida horrível. Deu sorte de não ser expulso.
- Quem assiste futebol com frequência sabe: até uns 20 min do primeiro tempo, juiz só da cartão se for algo muito grosseiro. Caso contrário, o cara vai levando, adverte verbalmente e tal. É normal, é do jogo. O cara que sofre a falta já nem pede cartão, a defesa adversária dá uma abusada no começo pq sabe que não vai levar cartão. Todo time grande jogando em casa contra time fechado sofre com isso. Hoje mesmo: o Richarlyson fez uma falta de cartão no Willian; o Carlos César parou uma jogada perigosa quase de frente para a área. Ambos lances para cartão, que o juiz não deu "pq era cedo". 5 min depois o Alessandro faz uma falta igual a do ricky e, como já são 25min, cartão nele (tanto assim que no segundo tempo o juiz se acovardou em não expulsá-lo). De novo, é isso mesmo, é do jogo. O que não é normal é o que aconteceu ontem no jogo do Vasco: 2 min de jogo, primeira falta do jogo, cartão pro volante do Avaí. O que aconteceu? Aos 20 min o cara realmente faz uma falta que não dava para passar em branco e aí, claro, expulsão. Todo mundo sabe o resultado do Vasco jogar contra um Avaí rebaixado com 1 a menos antes de 20 min de jogo. Hoje mesmo no jogo o mesmo Carlos César, que tinha feito falta de cartão aos 10min, fez outra aos 36min e levou. Tivese o juiz usado o critério "muito estranho" do jogo de ontem, era 1 a mais em campo. Eles justamente não usam esse critério porque senão todo jogo acabaria com 7 de cada lado. Na boa, esse tipo de coisa dá muita margem para pensar besteira. E claro que é assim que se faz as coisas, não é dando penalty esquisito, para a imprensa ficar falando duas semanas a respeito. O cara fazer 2 faltas e levar 2 cartões (embora os lances fossem passíveis de cartão) com 20 min de jogo é algo absurdo para os "costumes" da arbitragem. Alguém aposta que nao sai uma linha sobre isso?

sábado, 19 de novembro de 2011

Então...

Ser campeão passa por uma vitória amanhã contra o Galo; aliás, uma vitória amanhã dá boas possibilidades que o Corinthians seja campeão com 2 empates nas duas rodadas. Vejamos: suponhamos que os 3 ganhem amanhã - continuamos com uma vantagem de 2 pontos (e 2 vitórias) sobre o Vasco e 5 contra o Fluminense. Acho muito improvável que o Vasco ganhe do Fluminense na penúltima, ainda mais jogando Sulamericana no meio de semana e com o time já despedaçado. Se isso não acontecer, mantemos pelo menos 2 pontos contra o Vasco (em caso de empate) ou 3 sobre o Fluminense (em caso de vitória do Flu). Em ambos os casos um empate com o Palmeiras na última garante o caneco. No caso de improvável (na minha opinião) vitória do Vasco contra o Flu, jogamos por resultados iguais na última rodada - só precisa ganhar do Palmeiras se o Vasco também ganhar do Flamengo, uma semana + 2 jogos mais cansado do que estava na rodada anterior contra o Flu. Resumo: ganhar amanhã é o último passo importante para levar o título. Não dá para vacilar.
- A má notícia é que o Cuca monta times bem armados para marcar bem quando joga fora de casa. A boa notícia é que o Galo jogou um jogo duro na quinta, e tendo alcançado uma pontuação que quase livra do rebaixamento, pode entrar naquele relaxamento natural de quem estava há muito tempo sobre pressão.
- Uma tropeçada hoje do Vasco também não seria nada mal...alguém acredita?
- Dodô/Bolivar: além de tudo que já foi falado, uma coisa me chamou a atenção. É mais uma comprovação do critério que os juízes tem usado, em geral, nesse brasileiro:para colocar alguém direto para fora, o cabra tem que tirar um rim do outro ou coisa do tipo. Menos se o infrator for do Corinthians...critérios como o do PC no jogo de quinta fazem pensar que não seja possível que os juízes que expulsaram o Castan, Alessandro, Edenílson, Sheik estivessem aplicado regras do mesmo esporte; se colocar no meio ainda o que não deu nem cartão pro Leandro Donizetti ou pro Mariano nos jogos contra o Corinthians, então...
- Um time contrata o Caio Jr. Aí o time demora, derrapa um pouco, mas tem uma boa sequência no brasileiro. Até que, na reta decisiva, o time do Caio Jr faz o que times do Caio Jr sempre fazem: perdem o rumo. E aí mandam embora o cara...alguém achou que seria diferente dessa vez? Em tempo: acho o time do Botafogo limitado. Os jogadores que alegam serem "talentosos" (como Maiconsuel e Elkisson) não passam de "Moraes". Mas o Caio Jr. também não ajuda muito...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ceará 0 x 1 Corinthians

postagem atrasada: tinha postado no outro blog!!


Na combinação da probabilidade de entregada do Palmeiras e o fato de que o time deles é muito ruim, eu já contava com uma vitória do Vasco hoje. E portanto o caminho do título passava por uma vitória hoje contra o Ceará. E aí que o bicho pegava...porque se você analisar, time do Tite só ganha fora de casa se tudo der extremamente certo. Já volto a isso.
Bom, o jogo começa e começamos tomando um semi-sufoco do horroroso time do Ceará; tecnicamente muito ruim, desorganizado; só o conhecido Osvaldo salvava. O Corinthians, como sempre quando joga fora de casa, se defendia com os 11; Liedson as vezes voltava para marcar na intermediária – e, claro, não havia chances de contrataque. O primeiro tempo acabou 0x0 um tanto por sorte, um tanto pela ruindade do time do Ceará.
Tite deve ter um raciocínio peculiar. Ele deve querer vencer os jogos fora de casa usando a seguinte lógica “bom, se eu me defender com 11 o jogo inteiro, e mesmo chamando o adversário para me atacar eu conseguir não tomar gol, e mesmo sem ter uma estrutura tática para puxar contrataque, nem ter uma boa bola parada, alguém conseguir acertar uma boa jogada e fizer um gol – bom, se isso tudo acontecer talvez a gente ganhe o jogo”. Nesse campeonato, só me lembro de uma vitória fora de casa onde o time foi realmente superior ao adversário – contra o Botafogo, e mesmo assim foi aquele sufoco no final, com mãozinha jogando com dedo torcido etc. No mais, as parcas vitórias fora de casa aconteceram meio desse jeito – tudo dando extremamente certo.
Mas como tudo tem 2 lados, as escolhas improváveis de Tite no segundo tempo deram certo. A troca do Liedson pelo Moraes deve te deixado 90% da torcida de nariz torcido. Nos primeiros dez minutos, lá tava o chassi de frango disputando bola de cabeça e tentando uma de pivô. Moraes não joga uma partida inteira há uns 6 meses; se mesmo com ritmo de jogo e na sua melhor fase, ele é ruim, o que esperar dele nessas circunstâncias? Maaaass...ele começou a por a bola no chão, distribuir jogadas e o time melhorou um pouco. Longe do esperado de um time que quer ser campeão jogando contra um time horrososo, mas algo melhor do que o primeiro tempo. Aí Tite tira outro coelho da cartola e põe o Ramirez...no terceiro lance do peruano, aquele gol com arrancada a poucos passos no melhor estilo Romário e gol que vocês viram. Daí em diante, foi protocolo padrão: segura, entra Wallace etc. Pelo segundo tempo, dá para por na conta do Tite; mas para começar, quem mesmo tinha posto o bode na sala?
- Justiça seja feita: mãozinha fez uma bela partida.
- Justiça seja feita 2: Alessandro manteve o ritmo e novamente partida horrenda.
- Fábio Santos simplesmente não consegue fazer gols: toda vez que ele recebe aquela bola espetada na cara do gol, que o André Santos fuzilava o goleiro e saía comemorando dando de louco, ele chuta em cima do goleiro e faz aquela cara de “quase...”.
- Será que o esquema Flunimed de arbitragem voltou?
- Bambis disputando a Copa Br ano que vem de novo; é que o Rogério gosta.
- Nem nos meus sonhos mais otimistas eu pensava terminar essa rodada 2 pontos a frente. Além disso, 2 vitórias de vantagem, o que quase garante que, caso haja empate em pontos com o Vasco, sejamos campeões no critério de desempate. É dispensável comentar que um vacilo contra o Galo domingo é totalmente inaceitável; é o jogo mais fácil que o Vasco terá, porque depois disso pega 2 clássicos onde deverá penar bastante. Vai para cima deles, timão!

domingo, 13 de novembro de 2011

Corinthians 2 x 1 Dona Elza

Era para ser um daqueles jogo de sonhos. Em 2 min, boa escapada do Willian pela direita, Liedson fez o pivô e boa conclusão de Paulinho: 1 x 0. Logo depois Sheik acerta um chute improvável e amplia com a contribuição do goleiro adversário. Tava fácil, e mesmo sem apertar o time teve boas chances de ampliar. O caminho era manter o ritmo, virar com 4x0 no placar e só administrar no segundo tempo. Mas isso é esperar demais de um time dirigido pelo Tite...
Na virada do segundo tempo, logo nos primeiros minutos o Atlético desconta. O adversário ia criando chances, teve bola batendo na linha, bola na trave, chuveiro na área. O torcedor já ia pensando “pqp, precisava disso...”. De meados do segundo tempo em diante, o time ainda deu uma equilibrada no meio campo, mas o jogo acabou num improvável sufoco para quem abriu 2x0 aos seis minutos.
- Rodada dos sonhos; falta só o resultado de Vasco x Botafogo, onde o empate seria bom. Mas é só o Vasco não ganhar que já é vantagem.
- Não dá para não falar: não sou de reclamar de impedimento, mas o de hoje foi muito fácil de marcar (gol do Atlético). Na linha do bandeira, lance devagar, horizontal. Erro tosco, novamente.
- Fla e Flu fora da briga. Num campeonato como esse não dá para cravar, se na rodada seguinte Corinthians perde e Flu ganha, por ex (nada improvável), a vantagem volta a só 2 pontos em 3 rodadas. Mas na matemática, Flu consegue chegar a 68 pontos no máximo, Fla a 67, teriam de ganhar os 4 jogos e torcer para nem Vasco nem Corinthians chegarem a 69.
- Será que o Palmeiras continua com medo suficiente do rebaixamento para não entregar pro Vasco quarta-feira? Se o Cruzeiro ganhar do Inter hoje, talvez sim.
- Há uns 2 meses, o Denilson falava no jogo aberto (eu ouvi umas 3x) que o Corinthians brigaria por libertadores, no máximo, e o São Paulo seria campeão. O que é maior: a falta de conhecimento dele ou o clubismo?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Brasileiro

Aí por conta da indicação do Neymar entre os 23 da France Football, voltou a discussão Neymar x Messi. Nem vou falar disso; mas por conta dessa conversa, voltou um outro argumento: o Brasil tem um campeonato muito disputado e de alto nível. Um argumento que alguns analistas davam para dizer que o Neymar talvez seja melhor que o Messi é que jogar no Brasil é muito mais difícil do que jogar na Espanha. Um dos que falaram isso foi o Edmundo, enquanto mostravam os seis gols que ele fez contra o União São João; aí ele não teve dúvida, tascou um "pois é, jogar na Espanha é todo dia jogar contra um União São João; aqui o Neymar joga contra Botafogo, Vasco, São Paulo...". Outra coisa que sempre falam é "na Espanha só tem Real Madri e Barcelona", enquanto aqui, imagino, tenha um monte de time que briga pelo título.

Sabe porque aqui não é que nem a Espanha, onde só Barcelona e Real Madri brigam pelo título? Pelo simples fato de que aqui não tem nenhum Barcelona ou Real Madri. Ou você acha que se o Real Madri (para não usar o exemplo do melhor time do mundo - Barcelona) viesse disputar o brasileiro não ganharia o título com 8 rodadas de antecedência? É ridículo pensar um bom time sofrendo para ganhar de América-MG, Ceará, Atlético-pr, Bahia, mesmo fora de casa. Aqui a gente já tem aquelas frases-feitas (que eu mesmo penso) "ah, jogar na baixada é difícil". Pô, não existe mais o que tinha há 20 anos, que as condições eram ruins, os juízes sentiam a pressão. É simplesmente jogar contra um time péssimo num estádio que, a partir dos 20min do primeiro tempo, a torcida começa a jogar contra. Um time estruturado, com um bom time e com elenco que dê conta das ausências, um sistema de jogo claro e delimitado, pode até perder, mas tem de considerar como derrape, não como a regra porque, afinal, "jogar lá é difícil".

Nesses argumentos está implícito que os times de segunda linha da Europa são piores do que os times daqui. Ué, onde jogava o glorioso salve salve maravilhoso Luis Fabiano que foi contratado a peso de ouro para ser o destaque do campeonato brasileiro? Passou os últimos 5 anos no Sevilla, clube que comemora quando consegue se classificar para Champions. O Jonas, destaque do Grêmio ano passado, artilheiro do brasileiro, que muito clube de ponta aqui queria, foi vendido com gosto pro Valência, pior ainda que o Sevilla. Na Itália, Roma e Juventus não brigam de verdade há tempos; mas além deles, qualquer clube como Fiorentina ou Lázio vem aqui e leva fácil qualquer destaque dos chamados clube grandes (ou o Hernanes quando foi não era uma unanimidade?). Se for falar da Inglaterra, então, sai de baixo. Além dos tido 4 grandes, tem City, Toteham e mais um monte de clube que um monte de jogador brasileiro de clube grande gostaria de ir para ganhar o dobro do que ganha aqui.

Aqui a gente só pensa que é "casca" pegar um Vitória no Barradão porque, na média, os times são bem meia-boca. Então aí dá pro cara igualar no campo ruim, na pressão da torcida, do juíz. Se os times fossem bons mesmo, não teria chance. Não dá para comparar pegar Galo na draga que tá a pegar um Nápoli (que embora tenha feito uma boa campanha ano passado, não pode ser considerado um time competitivo de verdade nos últimos 20 anos do italiano). O São Paulo mostrou que um time mais ou menos organizado e bem armado ganha esse brasileiro com o pé nas costas. O Corinthians tá jogando fora, de novo, uma ótima chance de ser campeão. Minha esperança é que, com a questão da copa resolvida, CT construído etc, o dentro de campo volte a ser pioridade da diretoria no ano que vem. Porque com um elenco um pouco melhor do que esse e um técnico minimamente decente, é para ser campeão com 7 rodadas de antecedência.

domingo, 6 de novembro de 2011

Solteiros 2 x 1 Casados (a la Felipão)

Foi um jogo muito ruim. Não me lembro de ter visto um time tão ruim quanto o America. O Corinthians começou mais ou menos encaixado, ameaçando chegar com perigo; mas a saída do Alex prejudicou bem. Não porque o Sheik tenha entrado mal, mas não encaixou. No geral, o Corinthians fez uma partida tecnicamente muito fraca; poucos se salvaram. Danilo costuma compensar a lentidão e o cansaço com acertos técnicos: bons passes, aquelas jogadas de cabeça. Hoje ele só estava lento e cansado, errando quase tudo. Paulinho também não chegou, os laterais ruins como sempre, Sheik não estava inspirado, Liedson muito isolado. Até que...o penalty. Sobre arbitragem comento depois. Logo depois o Sheik foi esperto o suficiente e fez o certo: caiu quando foi puxado. Foi penalty mesmo, mas mesmo assim o Sheik foi esperto em cair naquele momento.

Segundo tempo pior ainda. Difícil comentar...dá para entender a resistência do Tite em mudar. Ralf ameaçou machucar, depois o Wallace. Mesmo assim ele pos o Edenilson, mas tirar o Willian? Danilo não jogava nada e ainda mal andava em campo; talvez uma mudança mais ousada. Nessas horas a gente percebe que é muito de mentalidade: no jogo contra o Avaí, com 1 a menos, o técnico põe o volante de zagueiro para não perder ninguém na frente. Por que? Porque é impensável perder em casa, então arrisca tudo. Agora, porque a mentalidade não é a mesma no jogo quase em casa contra o lanterna, que é um time ridículo? Que diferença faz empatar? Aí fica enrolando o jogo até tomar um gol numa semi-falha do Horácio. Eu já tava pensando "dois pontos perdidos", e aí os caras tem a capacidade de perder o jogo. Continua na frente, continua com boas chances de ser campeão - e claro que a gente torce para que seja. Mas um time que não tem nem vontade nem capacidade para ganhar um jogo desse não merece ser campeão. Na boa. E de novo o Corinthians teve muito, mas muito mais sorte do que juízo para continuar na frente. A sorte é que nenhum dos outros times merece ser campeão, então se é para ficar com um time limitado, que fique com a gente.

- tem erros de arbitragem totalmente justificáveis; aquele impedimento de 15cm, o penalty meio madrake mas que do ângulo do juíz parece que foi etc. Agora o que tem acontecido já passou de esquisito; os penalties contra o Cruzeiro e hoje contra o América são absurdos; é difícil não considerar alguma intenção do árbitro. Até quando ninguém da diretoria vai se pronunciar? Quantos jogos em sequência vão deixar ter erros absurdos para fazer pressão também? Eu tinha dito no post passado que ia acontecer de novo e aconteceu, e falo de novo: se não botarem pressão, vai acontecer de novo contra o Patético-PR.
- alguém tá contando quantos jogos ridículos em sequência o Alessandro fez?
- dupla de zaga contra um time tão fraco pode ser considerada Zacarias + Mussum.
- para o ano que vem são IMPRESCINDÌVEIS: um bom goleiro, um bom zagueiro, pelo menos um bom lateral. Daí para frente pensa o time, mas essas posições são fundamentais. E, sim, claro: um técnico.

domingo, 30 de outubro de 2011

Líder - contra todos

Por motivos familiares, vi apenas partes dos últimos 2 jogos. Hoje peguei o jogo pouco depois da expulsão do Castan. Então não vou comentar o jogo; apenas o fato de que foi uma vitória heróica, importante, e deve dar moral pro time. O que vou discutir é um assunto que a diretoria do Corinthians deveria estar discutindo há algum tempo: arbitragem.

É o terceiro jogo consecutivo em que o time é flagrantemente garfado. E garfado de maneira óbvia, dando a impressão clara de que o juiz tenha sido tendencioso. Uma coisa é errar como hoje foi o impedimento no primeiro gol do Avaí - erro totalmente aceitável. Outra coisa são os outros erros que vinham acontecendo, como o penalty absurdo que o careca deu contra o Cruzeiro ou a expulsão do Castan.

Umas rodadas atrás o Corinthians teve uma sequência de 3 jogos consecutivos onde jogadores foram agredidos: Coritiba, Fluminense e mais um. Não aconteceu nada; contra o Coritiba, inclusive, foi de um absurdo atróz, até porque o agressor já tinha até amarelo. Nada. Hoje foi o segundo jogo consecutivo que, no mínimo, no mínimo, os juízes usaram um critério muito rigoroso para expulsar direto, sem amarelo, jogadores corinthianos. NO jogo contra o Coritiba o Jorge Henrique sofreu uma falta de último homem, mas o juíz só deu amarelo. Concordei com ele; acho que a interpretação mais correta nesses casos é só dar amarelo quando a chance de gol é muito clara. Hoje o Vuaden expulsou o Castan direto num lance de falta bem discutível há vários metros do gol. É uma expulsão que só cabe pensando que o cara tá alguma intenção. Nâo faz o menor sentido. Alguns vão argumentar que tá dentro do critério; mas já passou de hora de achar que critério de arbitragem pode ser tão discricionário quando o cara quiser - se não rola essas discrepâncias: num jogo o cara mete o pé na cara do outro e não ganha nem amarelo, no outro é expulso direto por uma falta normal de jogo. E o impressionante é que os comentaristas usam a "flexibilidade da interpretação" sempre para condenar erro a favor e justificar erro contra. No jogo que citei contra o Coritiba não vi um fdp da mídia dizer que poderia ter expulso no lance do Jorge Henrique. Hoje alguns ameaçaram dizer "é, é o critério que o Vuaden usou...".

A responsabilidade do Andrés é vir na mídia e descer o cacete; falar que tá comprado, que tão arrumando para carioca ser campeão, qualquer coisa. Nâo dá para juíz entrar pressionado em campo contra qualquer coisa menos dar qualquer impressão, por mais leve que seja, que ajudou o Corinthians. É feio mas é o jogo - se os outros pressionam, se choram por lateral, se a mídia passa batido por qualquer erro contra o Corinthains e fala uma semana de impedimento de 5 cm a favor, tem que rebater. O time e o técnico já não são muito bons, se ainda for constantemente prejudicado vai ficar difícil.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Vagueando..

- sabe aquele cara que adora sair com mulher que vai dar problema? sai de um rolo, entra no outro...aí quando ele começa a se engraçar com outra que vai dar rolo, vc já pensa "pqp, lá vai de novo"...então, é meio isso o clube que contrata o Adílson. Outra vez foi mandado embora depois uma sequência grande sem vitórias. Até quando clube grande vai insistir nele?
- na boa, cachaceiro e tudo, mas faz diferença ter um cara como o Fred na área. Exceção ao primeiro gol da quinta que foi um golasso, os outros 4 dos últimos 2 jogos foram aqueles gols meio fáceis, de bobeira da zaga; mas a gente cansou de ver nego perder gol até mais fácil do que esses.
- Montillo: tem que fazer esforço para trazer esse cara. Da primeira vez que vi ele jogar (quartas da liberta 2010 contra o Flamengo), assisti a partes de uns 10 jogos dele. Jogou 9 bem para muito bem. É decisivo, parece ser equilibrado. Já tem idade para não ser mais vendido e não render nada - tudo bem, deixa ele no time uns 4 ou 5 anos. Ontem, mesmo abalado, perdendo penalty e tudo, foi de longe o mais lúcido do Cruzeiro.
- que moda é essa de juíz expulsar nego que bate palma? Na boa, os caras são muito estrelinhas. Juíz também tem que aguentar um pouco de desaforo também; o espetáculo não é para eles. Cansa um pouco verem os caras fazerem cag* atrás de cag* e tudo bem. No jogo do Santos quinta-feira o Neymar cansou de apanhar, foi reclamar e tomou cartão, aí foi expulso pq bateu palma. Certo não tá, mas dá um tempo pô...

domingo, 16 de outubro de 2011

Cruzeiro 0 x 1 Corinthians

Sem muito o que falar sobre o jogo. Tite mudou o esquema para escalar Liedson de última hora. O time mostrou no começo que estava acostumado à cobertura do JH ali na esquerda; não tinha cobertura de volante e toda hora o Vitor recebia livre. Mas a inversão do Willian ali na esquerda corrigiu um pouco. O jogo aconteceu num pasto, num campo que parecia aqueles de hotel fazenda. Todo mundo escorregando, um jogo ruim, desorganizado; a arquibancada era perto o suficiente pros cars cuspirem no Tite. O Cruzeiro, nervoso, reclamava de qualquer coisa. Aliás, que time horrível do Cruzeiro; não tecnicamente, mas em termos de organização tática, parece um amontoado, time de final de semana. O jogo foi aberto, de vez em quando uma chance de gol aqui e outra do outro lado. Nessas, novamente, o Corinthians teve mais sorte que juízo: na primeira do Edenilson, ele mete uma ótima bola pro Alex, que dá sorte da bola sobrar pro Paulinho que mete pro gol. Tite novamente recua o time, que passa um pouco de sufoco; Montillo perde um penalty que não existiu e acabamos ganhando o jogo. Ainda bem que a fase do Cruzeiro é essa, senão dificilmente teríamos saído com a vitória.
- Alex parece estar se encontrando. Fez novamente um bom jogo. Danilo, mesmo cansado e de freio de mão puxado, acerta os passes e funciona bem.
- Já cansou falar do Alessandro. Acho que faz uns 10 jogos que ele não faz uma jogada produtiva no apoio.
- Willian peca muito nas finalizações, mas faz bons jogos. Alguém devia fazer treinamento intensivo com ele de finalização; se melhorar isso se torna um jogador muito útil.
- Zaga: Castan seguro, PA oscilando demais.
- Arbitragem: um penalty não dado no Paulinho, outro absurdo marcado pro Cruzeiro, um impedimento errado que o Ramirez saiu na cara do gol. Cadê o Cuca batendo na mesa com cara de indignado?
- ia fazer uma piada perguntando se o Montillo era o novo Rui Rei. Mas vendo a entrevista do cara depois do jogo deu pena; deve estar passando por um momento bem difícil.
- A sorte nossa nesse campeonato é grande; na rodada em que todos ganharam, conseguimos ganhar também.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Corinthians 0 x 2 Botafogo

Botafogo entrou na tradicional postura de quem joga fora de casa, de marcar forte e sair no contrataque; mas a marcação estava bem encaixada e a linha de 3 meias funcionava bem para puxar as jogadas. Em menos de 15 minutos já tinham marcado 2 gols (1 anulado). Aos poucos o Corinthians foi equilibrando, na base da força e da posse de bola, mas sem muita organização tática e sem armar jogadas perigosas. Nesse meio tempo, numa jogada em que o Paulinho não acompanhou o Maiconsuel, 2 x 0. O primeiro tempo do jogo retrata o que é esse campeonato brasileiro: nenhum time é bom, organizado e estável o suficiente para bater de frente com um outro time quando esse outro time (qualquer um) acerta uma partida bem feita taticamente. O Botafogo não é nada demais, inclusive dava a pinta de estar perdendo o gás. Mas encaixou uma boa partida, daquelas que de vez em quando todo o time mais ou menos encaixa, e aí o Corinthians não tinha força, organização tática nem variação de jogada para sair do imbróglio.
Vem o segundo tempo e o Tite não mexe no time. Mas voltou melhor, mais ligado, organizando jogadas pelas pontas. Teve algumas chances, mas aí entra o imponderável: se para o Botafogo 2 bolas desviadas resultaram em gol, as nossas desviavam e saiam. Teve bola na trave, goleiro fazendo grandes defesas...Até que o Cortês foi expulso, e o Tite colocou o Adriano: o time piorou. Não por conta da deficiência técnica do Adriano (notadamente fora de ritmo), mas com 1 a mais, o time parou o que tava fazendo e começou a chuveirar, talvez para “aproveitar” o Adriano. Ainda foram criadas algumas chances, mas nada de muito interessante para mudar o panorama do jogo. Podiam jogar até sábado que dificilmente sairia um gol...Agora são 2 rodadas fora de casa, enquanto o Vasco faz 2 em casa. Tempos difíceis virão; pelo menos temos uma tabela fácil que pode, pelo menos em tese, possibilitar vitórias fora de casa.
- Alessandro mostrou de novo que só pode contribuir compondo elenco. Será útil naqueles jogos que precisamos de um terceiro zagueiro pela direita, com função exclusiva de marcar. No apoio já não produz nada há tempo e não tem mais pique de subir e descer. Welder não pode ser titular – com Fabio Santos na esquerda, não podemos ter 2 cones na lateral. Precisamos trazer pelo menos 1 bom lateral pro ano que vem – preferível 2.
- JH continua numa fase terrível. Todo mundo que joga bola de fds já marcou um cara que só sai para um lado; o que vc faz é dar todo o espaço na perna ruim já esperando o cara sair para a perna boa, e fica muito fácil de marcar. Foi isso que o Alessandro fez com o JH; toda vez ele tentava sair para a direita, o Alessandro dava toco nele.
- Tem nego que se queima com pouco, e tem de ter responsabilidade. No intervalo o Caio Looser Jr falou “tenho medo é do juiz; ele deu 4min no primeiro tempo, anulou um gol, Cortes e Alessandro já com cartão...’. Ele estava claramente insinuando que o juiz tava mal-intencionado. O gol foi mal-anulado, mas no fundo é um daqueles impedimentos mal marcados que tem uns 15 por jogo. Tiveram 2 atendimentos em campo, não é para dar acréscimo? Quem escuta o cara falar e não viu o jogo acha que o juiz não deu 3 penalties e tinha expulso uns 2 caras do Botafogo.
- Alex parece que voltou a bater bem na bola. Bateu 2 boas faltas e seus escanteios são um pouco mais perigosos do que eram.
- Agora é torcer pro Vasco tropeçar para continuarmos com a sorte de rodadas anteriores: perdemos mas todo mundo tropeça também.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Corinthians 3 x 0 Helio dos Anjos

Ouvi os 15 primeiros minutos do jogo pelo rádio, mas o que li depois nos blogs confirmou um pouco da minha impressão: foi um pouco de sorte e um pouco de "empurrado pela torcida" o primeiro gol ter saído tão cedo. O atlético, que vinha preparado para se defender e explorar, com o tempo, o desespero que certamente viria, teve que repensar o seu jogo. E até conseguiu equilibrar as coisas e causar um certo desconforto até o segundo gol. Aí o time se perdeu, tomou o terceiro e podia ter tomado mais. No segundo tempo, aconteceu o esperado: Tite segurou o time, o Atlético pressionou, teve boas chances, mas como não fez nem o primeiro, a coisa se manteve assim. Sobre o jogo em si, há pouco que se falar.
- esquema tático: ontem o Tite adaptou o 460 do jogo contra o Vasco para um 442, colocando a dupla Alex e Danilo como atacantes propriamente. Na teoria, é uma idéia meio tosca; na prática, vem dando certo. Analisar resultado é difícil porque os fatos as vezes estão influenciados por um pouco de certo: contra o Vasco, acertamos um contrataque certeiro no primeiro tempo - quem sabe o que seria o jogo se aquela jogada não tivesse saído tão cedo? Ontem, fizemos um gol improvável de escanteio com menos de 10 minutos, e o Willian acertou um chute que 90% das vezes não acerta. De qualquer modo, é a melhor sequência de resultados e jogo produtivo que temos em algum tempo, então é recomendável que o Tite mantenha o esquema.
- Adriano: visivelmente fora de forma, mas pode atua numa posição que não vai exigir muita movimentação. Em alguns dias pode ser útil. Ontem a estréia valeu apenas para tirar o peso e deixar a mídia comentar a "estréia" dele.
- Moradei, sempre criticado, muito seguro em campo. A zaga não comprometeu. Vejo o time realmente com o grupo fechado, comemorando muito os gols, correndo. Parece que o episódio do Chicão fechou o grupo.
- Ganhar em casa, empatar fora = 71 pontos, título com sobra.

domingo, 2 de outubro de 2011

Vaxco 2 x 2 Corinthians

Tite entrou com um esquema esquisitíssimo de 4-6-0. Teoricamente, os 2 atacantes seriam Willian e Jorge Henrique, mas que desempenhavam exatamente a mesma função que exercem quando Liedson e/ou Sheik estão em campo: Willian bem aberto pela direita, acompanhando o lateral adversário nos avanços, e Jorge Henrique naquela de um semi-volante aberto pela esquerda. No meio, Alex e Danilo faziam uma dupla, mas que ficava na mesma linha dos outros 2. Algum desavisado poderia achar que eram 4 atacantes, protegidos por 2 volantes atrás; mas eles ficavam tão recuados que era difícil chamá-los de atacantes. Quando Danilo ou Alex - os último homens do 'ataque' - recebiam a bola, geralmente estavam poucos metros depois do meio-de-campo, ou precisavam sair driblando todo mundo ou tinham de esperar alguém chegar para tentar algo. A interpretação que faz algum sentido é que Tite queria segurar o ataque do Vasco pelas pontas, e achou que a melhor saída de contraataques era pelo meio. O Vasco pressionou um pouco no começo, até fazer o gol de bola parada. Mas logo em um contrataque bem executado, o Corinthians empatou, e o jogo ficou um pouco mais seguro. A marcação do lado esquerdo acertou e passou a levar vantagem em cima de Eder Luís e Fagner, e o Corinthians até ameaçava armar alguns contrataques. Muito surpreendentemente o esquema vinha dando certo. Até que faltando 1 minuto para acabar o Fabio Santos resolveu apostar corrida com o Fagner e perdeu feio: 2 x 1.
Segundo tempo e o Tite não mudou: se ele achava que aquele esquema tinha alguma chance de ser bom para sair no contrataque, não entendi como ele podia achar bom para quem precisava sair para cima do adversário. De fato, nos primeiros 20 min o Corinthians era inferior e nem sinal de mudança. Até que o Vasco deu mostras de que podemos esperar uma queda de produção nessa reta de campeonato: saiu Juninho machucado, e o time simplesmente parou de jogar. Pouco tempo depois, Willian mete uma bola sensacional pro Danilo empatar. A partir daí, surpreendemente, o Corinthians foi melhor: teve umas 2 ou 3 boas chances de gol, em especial numa jogada inusitada: bola alta pro Danilo cabecear. Fim de jogo, empate, e aquela sensação de que podia ter vencido.
- Alex fez outra partida ruim, mas hoje ele tava tão, mas tão fora de posição que não dá nem para reclamar.
- Jorge Henrique numa fase horripilante.
- Willian perdeu 2 gols que não dá para perder. Mas mesmo continuando jogando muito fora de posição, fez uma boa partida.
- Gol na bola alta. No geral, a zaga continua mal na bola aérea, o que escancara que a falha é de treinamento. Mas o gol foi aquele tipo de gol que as vezes toma mesmo.
- Exceção feita a uma bola que deu uma dormida, Alessandro fez uma ótima marcação no Diego Souza.
- Resultado: o bom senso diz que o empate foi bom pro Corinthians. Alguns que analisam além do bom senso diriam que, em pontos corridos, empate é sempre ruim; a vitória é mais de 3x melhor então sempre vale a pena jogar para ganhar, mesmo se expondo à derrota. Nessa eu to com o bom senso: antes do jogo eu já considerava o empate bom negócio. O campeonato é meio uma sequência de dobradinhas de jogos: um fora de casa, um em casa. Esse jogo era o primeiro dessa dobrada; o próximo fecha essa dupla e o Corinthians tem um jogo teoricamente fácil em casa, enquanto o Vasco sai para jogar fora. Mais do que isso, a tabela do Vasco daqui pra frente é complicadíssima, enquanto o Corinthians tem a sequência mais fácil dos que estão brigando em cima. Em muitas rodadas haverá uma semana de descanso pro Corinthians jogar descansado e poder usar o que foi uma das armas no início do campeonato: desempenho físico. Hoje, se arriscar a perder e deixar o Vasco abrir 5 pontos, não tem diferença de sequência que possibilitasse recuperar. O empate segura o Vasco (único time que viavelmente pode ser campeão com mais de 70 pontos) e mantém só 2 pontos para tirar nessa sequencia de resultados. Quanto mais se aproxima do final do campeonato, cada vez mais importa a análise da situação do que a matemática pura.
- O juíz e um dos bandeiras fizeram uma partida excelente. Os únicos erros mais graves foram impedimentos do Corinthians errados, que talvez tivessem possibilitado chances de gol, mas nada sério. Também tiveram 2 pseudo-penalties pro Corinthans que eu, sinceramente, não daria (o que não seria isso dito caso os erros fossem contra o Vasco). É criminoso o que fazem com esses caras, todas as suspeitas levantadas contra o Sandro Ricci por conta de um jogo que, afinal, ele apitou muito bem (Corinthians x Cruzeiro ano passado).
- Não dá para não comentar 1: pelo menos os bambis dão alegria. 60 mil para ver a estréia da Fabulosa, Lucas expulso e derrota (que podia ser de mais se o juíz não tivesse compensado expulsando o Willians e não expulsando o Dagoberto).
- Não dá para não comentar 2: que Adriano e Liedson, centroavante bom mesmo é o Danilo!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Mano e a seleção

(escrevo esse texto durante o jogo da seleção. até porque o resultado de hoje não muda nada).

Se eu fosse o Mano, pegaria meu chapéu e deixaria a seleção. Ligaria pro Andres, pediria meu lugar no Corinthians e deixaria "essa pica" para algum axpira que quiser pegar aí - Felipão, Muricy, sei lá. Explico.

Com a incapacidade de pensar da imprensa esportiva brasileira, qualquer consenso é, certamente, uma bobagem. O consenso da vez (não me lembro de unanimidade tão grande) é descer o cacete no Mano. Técnico da seleção, geralmente, sofre. Dunga assumiu com a responsabilidade de iniciar uma renovação e formar uma seleção com jogadores "com vontade de estar lá". Foi isso que fez, com absoluto sucesso, diga-se. Ganhou tudo até a Copa e perdeu a Copa por detalhe - até porque perde-se Copas muito mais do que se ganha, não? Pois é, mas apanhou por 4 anos, caiu depois da Copa aos comentários dos "gênios" da imprensa que só diziam "eu já sabia...". Aí veio o Mano. A principal crítica ao Dunga foi não ter levado Ganso e Neymar para a Copa - se hoje eles ainda precisam mostrar futebol, imagine há mais de ano. Mano assumiu e levou os 2 como "principais jogadores", e tem dado o que todo mundo está vendo. Mas agora o problema é não levar o Marcelo, o Hernanes, o Borges....

Voltando - técnico da seleção sofre. Mano tem contra si 2 problemas adicionais. O primeiro é que a rejeição a CBF vem crescendo exponencialmente na imprensa, possivelmente por conta das últimas rixas do Ricardo Teixeira com a Globo. Ressalte-se: não tenho a menor simpatia pelo Ricardo Teixeira. Só acho curioso que o país esteja na m* que tá - educação e saúde estagnadas há 10 anos, a infra-estrutura totalmente sucateada, corrupção crescente, e o grande vilão do país seja um cara presidente de uma fundação privada que organiza um esporte. "Ah, mas imprensa esportiva trata é de esporte...". Ok, para ficar no campo do esporte, o futebol todo é podre - os dirigentes dos clubes são bandidos e incompetentes, a imprensa é lastimavelmente fraca - mas não, o grande problema é a CBF. Na esteira de criticar tudo que se relacione à CBF e a Ricardo Teixeira, tudo que está do lado respinga. Essa rejeição é maior hoje do que era na época que Dunga assumiu, por isso Mano também sofre. O outro problema adicional que dificilmente alguém vai admitir é: Mano tem uma ligação com o Corinthians. E aí, bicho, sai de baixo. Para os "analistas", tem esquema com jogador, com empresário, é pau-mandado do Andres Sanchez e tudo mais quanto você imaginar. Na Copa América uma tese corrente era que o problema era a "Corinthianazação" da seleção - quando só o técnico tinha vindo do Corinthians, e o lateral-esquerdo tivesse aparecido no Timão também. É aquela coisa totalmente emocional, que todo mundo tenta (as vezes nem tanto) disfarçar mas, inegavelmente, tá lá.

De novo: não acho que o trabalho na seleção esteja bom, longe disso. Só acho que só uns 10% é responsabilidade do Mano. As pessoas não querem admitir que a safra do futebol brasileiro, hoje, é fraca. Os últimos jogadores muito bons que apareceram foram Kaká e Adriano - os 2 estão fora de combate hoje. Neymar tem tudo para ser, daqui a algum tempo, o melhor jogador do mundo. Mas tem grama para comer até chegar lá. Ganso faz mais de ano que não tem uma sequência boa de jogos. Quem mais? Daí é Lucas, Damião, sei lá mais quem, um monte de candidato a jogador decisivo que também tem muita lenha para queimar.

E quais as críticas ao Mano? Bom, queriam Neymar e Ganso, ele convocou. Queriam time ofensivo, ele escalou. Mas aí entra-se naquelas: o André Santos é muito ruim, tem de levar o Marcelo (joga de meia e é reserva no Real). Tem de dar uma chance pro Hernanes; quando chamou o Ralf, tinha de chamar o Willians do Flamengo. P*, será que não fica claro que o dia que dependermos de Hernanes e Willians, a coisa tá feia? Então, é por aí...

O Mano é novo. Sua carreira de treinador de primeiro escalão do futebol brasileiro começou há 6 anos. Talvez a encrenca na qual ele tenha se metido esteja acima da sua capacidade (política, de jogo de cintura, não técnica). Dá tempo dele sair da seleção, voltar pro Corinthians, ganhar uns títulos e voltar daqui a algum tempo, depois da Copa. Ele terá outras chances. Qualquer treinador nessa fase da seleção vai sofrer - menos se não tiver vindo do Corinthians. Deixa essa pica pro axpira...

Curiosidade: outro consenso é o Muricy ser o cara mais ético do mundo. Falam da recusa dele para a seleção e tal, como se ele nao tivesse deixado de ir pelo simples fato de que o Fluminense não liberou a multa. Tanto é assim que seis meses depois ele foi embora criticando Deus e o mundo no Fluminense, já cavando uma vaguinha no Santos com o Adilson na degola. De vez em quando alguém solta a pérola de que se o Muricy for para a seleção ele vai impor as suas regras e não cair nos "esquemas do Teixeira". Pois bem. Sabe aquela piada de que se colar um pão com manteiga nas costas dum gato e jogar ele pro ar, ele fica girando, porque nem o gato pode cair de costas nem o pão pode cair com a parte sem manteiga no chão? Se o Muricy for para a seleção vai ser parecido; será que vão falar mal dele pelas falcatruas da CBF ou a CBF vai "se moralizar" por conta do Muricy?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A matemática do campeonato

Esse campeonato deverá ser, na história dos pontos corridos, o campeonato onde o campeão deverá ter o menor número de pontos. Exceção feita a algum time dos 4 da frente fazer um final de campeonato excepcional, emendando uma seqüência de 6 ou 7 vitórias, o campeão ficará na faixa de 68 pontos ou menos – menos ou igual ao Flamengo, “pior” campeão da história dos pontos corridos. Explico. O líder é o Vasco, com aproveitamento de 62%. Mantendo esse aproveitamento até o final, chegaria a 71 pontos. Mas o campeonato de pontos corridos esconde alguns elementos no seu desenho: a tabela engana. O Vasco, dos times da frente, foi o que teve o caminho mais fácil até agora. (para mais sobre os caminhos dos times, procure pela classificação planejada do blog do perrone). Acho que cabe uma análise individual para o líder e outra para os outros times.

Se o Vasco chegar a 70 pontos, deve levar o campeonato. Isso porque os times que vem atrás dificilmente chegarão a 71; o mais próximo, o Corinthians, deveria fazer 24 pontos em 12 jogos, o que equivaleria a 8 vitórias, o que, pelo futebol apresentado, é um tanto improvável. Vamos supor que o Corinthians empate com o Vasco no RJ no próximo o jogo – o Vasco chega a 50 pontos e 11 jogos faltando. Para chegar a 70 pontos, faltariam 6 vitórias e dois empates, bastante razoável, não? Pois é, mas olha os jogos que o Vasco terá pela frente: além dos 3 clássicos que ainda falta fazer, joga fora com Inter, Atl-pr, Bahia, Santos e Palmeiras, e joga em casa com São Paulo (melhor visitante do campeonato), Avaí e Galo. Os únicos 2 jogos tranqüilos são esses 2 últimos citados; o resto é tudo pedreira, daqueles que, em condições normais, até empatar seria um bom resultado. Contando que o Vasco é um time sem técnico e que seu bom momento, vivido de 10 rodadas para cá, deve ter hora para diminuir, não seria estranho o Vasco fazer algo como 50% de aproveitamento nesses jogos.


E os outros times da frente?

Não confio no São Paulo. Deve subir de produção com a entrada do Luis Fabiano, mas o Pardilson é muito ruim. Acho que o máximo que o torcedor são-paulino pode esperar é algo parecido com o que o corinthiano poderia esperar - o time manter o desempenho que vem mantendo e torcer pros outros times não embalarem. De repente ganha o título com 68 pontos; para chegar em 70 ou mais, seriam precisas 8 de 12 vitórias e algum empate, coisa difícil de acreditar. A tabela do sp não é tão difícil, mas é o mesmo problema do Corinthians – é um time que tem dificuldade de ganhar seus jogos mais tranqüilos.


E tem o Botafogo, que tem um caminho relativamente fácil daqui para frente, com um jogo a menos...acho a situação do Botafogo no campeonato parecida com a do Vasco, no sentido que o time vem experimentando seu melhor momento nas últimas 10 rodadas; com o elenco ainda mais limitado que o do Vasco, acho difícil o time manter o rendimento. E, diferentemente do Vasco, o Botafogo ainda não passou por aquela fase onde o time joga cinco ou seis rodadas consecutivas com 7 ou 8 desfalques (situação que, nos pontos corridos, todo time passa em algum momento.) Na matemática, se existe a probabilidade de algum time conseguir alcançar um pouco mais de 70 pontos, o Botafogo é quem tem mais chance; naquele feeling futebolístico, acho muito difícil acreditar que um time que tem como craques Elkesson e Maicosuel possa melhorar o rendimento (que já é ótimo relativamente falando) nessa fase final.

Então ficamos assim; se o campeão girar por volta de 68 pontos, faltam 7 vitórias ao Corinthians – em 12 jogos. É bem razoável, ainda mais com uma tabela favorável que teremos ao final. Cada jogo é uma decisão e, mais do que nunca, vale mais ganhar do que jogar bem. Entre o jogo contra o Vasco e a última rodada, no Paca, contra os porco, os jogos são: atl-go, botafogo, avaí, atl pr e galo em casa, e inter, américa-mg, ceará, figueira e cruzeiro fora. Esse jogo contra o cruzeiro é um que, na letra fria, seria complicado; mas pelo que o cruzeiro tem jogado e pelo ambiente fora de jogo, torna-se mais tranqüilo. Pega um figueira fora de casa que, teoricamente, também complica, mas provavelmente não estará disputando mais nada, assim como o Ceará fora faltando 3 para acabar. A tabela Corinthiana é a mais fácil dos 4 que estão na frente. Mesmo jogando muito mal, de repente dá a mesma sorte que deu no começo e embala umas 8 vitórias nesses 12 jogos e garante o título com sobras. Se acontecer, dificilmente não será campeão. O difícil é torcer para essa sorte e não pro time...

domingo, 25 de setembro de 2011

Corinthians 1 x 0 Papai Joel

Foi um jogo fraco. Tite entrou com o esquema tática que muita gente (eu inclusive) vinha pedindo: 442 clássico, com 2 meias. Mas além de ter tido pouco tempo para trabalhar com esse esquema (1 treino), dentre as ausências tinham 2 importantes: Liedson e Paulinho. Percebia-se um time pouco encaixado; no ataque, Willian e Sheik no 442 não se entendem muito bem – não se sabe quem fica enfiado na área quem cai pelas pontas. Nesse esquema, o ideal é Liedson centralizado e o Sheik com liberdade para flutuar. Sheik jogou abaixo do que vinha jogando, o que é uma oscilação normal para quem vinha fazendo bons jogos. No meio-campo, os 2 meias não iam bem. Eu juro que torço para o Alex e que para esse seu “mau-jogar” seja exclusivamente culpa do esquema – mas ta difícil. No primeiro tempo, ele errou cerca de 90% do que tentou, e nem tentou nada de muito diferente. Recebeu duas bolas em condição de chutar – uma errou feio, outra demorou tanto para armar o chute que foi bloqueado. Fora isso, perdeu umas 2 bolas no meio e errou uns 3 passes. Danilo, com toda a sua sonolência e lentidão, era um pouco mais efetivo – ao menos, dificilmente erra passes de 5 metros e, quando os dá, são passes um pouco mais agudos pro lateral chegar no fundo ou pro volante que ta chegando. O Alex parece que acha que joga no tempo do Gerson, que quando recebe a bola, tem tempo de receber, pensar um pouco, andar, pensar um pouco mais...o Danilo é até mais lento, mas consegue por o corpo na frente e impedir a chegada do adversário, além de conseguir dar passes de lado ou de costas, coisas que o Alex tem dificuldade de fazer. Edenilson não chegou a ir mal, mas a diferença pro Paulinho é aquela diferença esperada entre um reserva e um titular absoluto – o primeiro menos confiante, menos entrosado, desempenhando as funções com menos eficiência. O gol foi meio achado, na única jogada do Alex no jogo (antes de sair). Esse é daqueles jogos que realmente o que vale o resultado, e agora é esperar o que o Tite consegue montar com uma semana de treinamento antes do jogo contra o Vasco. Outros destaques:
- Tite foi bem na montagem do time e na substituição; achei que ele não ia ter coragem de tirar o Alex e deixar o Danilo, mas teve.
- Zaga nova: Wallace inseguro, PA bem. Não gosto de analisar números frios, mas 2 jogos sem tomar gol é alguma coisa.
- Ok, o Sheik não pode ser tão irresponsável; podia ter sido expulso na entrada no Maranhão. Depois, receber o cartão amarelo já indo embora, fica quieto. Ponto. Parágrafo. É a segunda vez que um jogador do Corinthians é expulso por suposta “cera”. Dessa vez o jogador nem cartão tinha. Tirando goleiro na hora de tiro de meta, é incomum jogador tomando cartão por fazer cera. Como o juiz avalia que é cera? Ele é médico? Agora ele vai ficar analisando cada jogador que cai para ver se é cera ou não? Não sei se me lembro de expulsão nesse tipo de situação em algum outro jogo que tenha visto. Se fosse o contrário – o Corinthians jogando fora de casa contra um time fazendo cera, será que algum juiz expulsaria um jogador do time da casa? E se fizesse, como tratariam do caso na imprensa?
Acho absurdo o comportamento do jogador brasileiro de cera, ainda mais a hipocrisia do fair play em uma cultura de futebol muito malandra para isso. Mas sou contra a “ações moralizantes” em casos isolados só para um lado. O que é aceitável pro juiz? Bater palma não pode, xingar até a última geração do juiz como o Fabinho fez num lance de lateral pode? Falta muito critério para a arbitragem.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Jardim Leonor 0 x 0 Corinthians

- tava uma disputa interessante para ver quem arma o esquema tático mais esquisito: Tite ou Pardilson?
- Importante deixar claro: as vezes eu elogio a escalação do Willian, por ex. Mas isso é devido as circunstâncias: com as peças que o Corinthians tem, eu claramente prefiro o 442, ou clássico, com 2 meias, ou no esquema do losango com 2 volantes chegando. Como o Tite insiste no 443, nesse esquema eu prefiro o Willian ao JH. Assim sendo, quando vi o posicionamento inicial, gostei da idéia do Willian aberto na esquerda em vez da direita; o Tite parecia querer corrigir o erro do jogo contra o Santos, quando o Alex tinha que fechar pela esquerda. Na prática, não deu certo, porque o Corinthians nem explorava contrataque nem conseguia segurar a bola no ataque para segurar o ímpeto do São Paulo.
- Saída do Liedson a parte, no 442 o time chegou perto de se parecer com um time normal. Alex apareceu mais, Danilo povoou a meia direita, atacantes revezando os lados.
- Sheik, de novo, melhor jogador do time. Se conseguir ser mais objetivo e não se machucar é um jogadorzasso.
- Zaga: Paulo André atuou bem; Wallace não convence. Quanto tempo fazia que o time não sofria gol em algum jogo? Sorte, acaso, pode ser, mas ponto pro Tite (apenas nisso)
- Alessandro fez outra partida horrenda; lento na marcação, inefetivo (inerce?) no ataque. Já era...
- quem diria sentir saudades do Fabio Santos hein? Acho que a diferença entre o Fabio e o Ramon é que o primeiro sabe que não sabe apoiar e já nem tenta...ja na marcação o Fabio é seguro, enquanto o Ramon é uma besta. E o Fábio não fez curso de Liminha...
- Seneme fez uma ótima arbitragem no jogo contra o Santos. Hoje, no meio do caminho mudou o critério só para um lado: para o São Paulo, era cair que ele marcava falta; para o Corinthians, usou padrão europeu.
- Dadas as circunstâncias o empate não foi ruim. Mas não tem hora melhor para trocar o técnico: semana que vem, com o jogo da seleção, tem uma semana para treinar o time. Tomara que o Parmera empaque amanhã e o Felipão caia...
- Não dá para não comentar a torcida da Vila Sônia: musiquinha ridícula dos mamonas; festa pro Rivaldo no aquecimento, e em vários momentos o que se ouvia ao longe, pela tv, era “vai para cima delas timão – da bicharada!!”

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Porque Tite tem de sair...

Não vou falar da falta de padrão tático, do fato do time não ter espírito de vencedor, da fragilidade da bola aérea, tanto defensiva quanto ofensiva. A questão é prática: não teremos muito mais jogos decisivos. Tem o clássico na quarta contra o São Paulo, o jogo contra o Inter no Beira-rio e contra o Vasco em São Januário. O resto, são jogos mais ou menos tranquilos: bahia, atl go, botafogo, avaí, atl pr, atl mg e palmeiras em casa, cruzeiro, america-mg e figueirense fora. Como todo mundo já devia saber, é assim que se ganha (ou pelo menos se faz um bom campeonato) de pontos corridos: ganhando os jogos fáceis. Pontos corridos não premia os times que fazem jogos decisivos geniais (como fizemos contra o Flamengo). Se Tite tem algo de bom, é que em boa partes dos confrontos diretos ele consegue montar e motivar o time de modo efetivo; mas o contraponto é a incapacidae de fazer o time jogar bem os jogos mais tranquilos.
Não precisamos de um time brilhante, em especial nessa situação que o Corinthians terá na tabela. Precisamos do simples bem organizado: uma zaga mais ou menos efetiva, o time bem postado, jogando o beabá, uma armação mais ou menos pros atacantes concluírem. Se isso acontecer, temos tudo para fazer muitos pontos nos próximos jogos. Por isso, fora Tite já! Que venha alguém minimamente competente: não precisamos de um gênio.

domingo, 18 de setembro de 2011

Corinthians 1 x 3 Santos

- Raros são os jogos como os contra o Fluminense, quando o Corinthians joga mal de um tudo. A maioria deles, uma das duas coisas acontece: ou o Corinthians cria bastante mas não consegue fazer os gols, ou tem um domínio do jogo em posse de bola e marcação mas não consegue ser muito efetivo. Hoje foi o segundo caso; fez um primeiro tempo razovelmente melhor do que o Santos mas acabou virando pro segundo com 1x1 no placar. Essa é uma característica de um time que tem a cara do Tite: não tem cara/espírito/vontade de vencedor.
- Alex fez outra partida horrenda. Eu vinha comentando que o problema era de posicionamento, mas tem aspectos técnicos indiscutíveis: ele errou uns 7 passes ou lançamentos naquela região de armar o ataque, mesmo quando estava com a marcação frouxa. Fora as 4 ou 5 bolas que ele perde por jogo, caindo no chão e chamando faltas que não existem, e resultando em contrataque. Para mim ele vai provando aos poucos que não é aquele jogador decisivo; inclusive tende a jogar pior em momentos de pressão.
- Neymar não é apenas o melhor jogador no Brasil; é o melhor jogador em atividade no Brasil desde o Tevez (pelo menos). Muricy foi inteligente nesse esquema de 3 atacantes, porque dá mais liberdade de deslocamento ao Neymar, que diferentemente de outros jogos não ficou parado ali na esquerda, o que possibilitaria uma marcação quase individual do Alessandro nele. No primeiro tempo, a marcação por zona deu certo, mas um pouco porque, em vários lances, Neymar levou um pouco de azar: virava pro lado errado, errava um pouco o tempo da bola etc. Mas não dá para contar com isso o jogo todo contra ele; no segundo tempo, ele acertou um pouco o pé e fez o que fará sempre que não tiver marcação especial: resolveu o jogo.
- Sheik fez um ótimo primeiro tempo; mas ele me irrita demais com essa mentalidade de quem acha que é o Messi; quase todo lance ele tenta mais um drible. Se o gol estiver aberto e ele vir um zagueiro adversário com as pernas abertas, vai tentar dar uma caneta em vez de fazer o gol. Nenhuma responsabilidade dele na derrota, apenas um comentário.
- Aquele segundo gol é de zaga de time de solteiros contra casados, como diz o Felipão; o Ramon deixar o Alan Kardek, lento daquele jeito, fazer aquela jogada de fundo e, depois, o Castan esperar o Borges se antecipar e fazer o gol. Bizarro.
- É comum, quando o Corinthians está tentando fazer pressão, os chuveirinhos. A bola aérea do Corinthians é ridícula e nem nosso centroavante é alto. Não é como se tivéssemos Adriano e Loco Abreu dentro de campo; não entendo essa insistência. Hoje, com 1 a mais, em vez tentar a tabela nas pontas, que uma hora inevitavelmente abre os espaços, ficavam aqueles cruzamentos em diagonal que nunca dão em nada.
- Agora perdeu a liderança; na real, é uma coisa natural de acontecer nos pontos corridos. Mas era a justificava que davam pro Tite “ué, mas é líder...”. Pois é, agora não é mais...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Comentários...

- assisti 20 min do jogo do Barça hoje. Nesse tempo, o Daniel Alves todo poderoso salve salve apoiou quatro vezes o ataque: errou 2 passes, cometeu uma falta de ataque e ficou em impedimento. Na defesa, embora o Milan quase não atacasse, deu uma entrada perigosa e tomou cartão.
- além de tudo que se fala, o Barça impressiona porque não erra um passe - a não ser ja dentro da área do adversário quando é para tentar algo diferente. Esse aspecto não deveria ser tão difícil de imitar.
- tão falando do Ney Franco no Corinthians...e aí, é uma boa?
- e se o Felipão cair, será que o Andres faz proposta na mesma hora? Eu faria...
- alguém mais vai torcer pro Brasil tomar uma piaba e o Mano cair, para voltar pro Timão?
- quem não escutou, escute...o Andres soltando a pérola "um jogador só não faz andorinha" quando perguntado sobre o Adriano...
- nos últimos 3 jogos, 3 jogadores dos adversários agrediram corinthianos, e nada aconteceu...o do Gustavo do Flamengo ainda é desculpável porque, supostamente, nem juíz nem bandeiras viram. Agora o Leandro Donizetti do Curitiba e o Ciro do Fluminense foi sacanagem da grossa o juiz ver e não fazer nada. Aliás, o primeiro ainda teve a pachorra de reclamar, no jogo contra o Botafogo, que os juizes tem sido mais rígidos nos cartões para o Curitiba...

domingo, 11 de setembro de 2011

Fluminense 1 x 0 Corinthians

- Pensando rápido, não me lembro duma partida tão ruim do Corinthians nesse campeonato.
- O primeiro tempo foi um vareio; o gol foi cag*, mas antes disso o Fluminense já tinha tido 2 chances claras de gol.
- Mesmo quando tentou fazer pressão, o time foi muito inefetivo – na prática não teve nenhuma chance clara de gol.
- Eu já não tinha achado a partida do Alex contra o Flamengo muito boa; hoje ele fez uma partida ridícula. Mas comecei a achar que o problema é posicionamento. O Alex não é aquele meia organizador, que recebe a bola de costas e distribui o jogo (estilo Ganso, Douglas, ou como era o Ricardinho). Ele é meia de receber a bola da intermediária para a frente, para dar o último passe ou finalizar. Para um esquema com (supostamente) 3 atacantes, você precisa desse meia organizador; o Alex funciona no esquema do losango, com dois volantes chegando, ou com 2 meias do 442. Nesse esquema de ser o organizor único do time, ele sofre; vê-se claramente que ele recebe a bola e precisa de mais espaço e tempo para pensar o jogo do que, geralmente, esse tipo de meio tem.
- Eu tinha comentado no blog do Álvaro que não achava que a troca do Emerson pelo William seria uma perda muito grande. Enganei-me, mas também acho que é problema de posicionamento. Mesmo quando o Sheik joga junto com o Liedson, ele é segundo atacante tradicional: movimenta-se pelos lados, tem mais liberdade. Não sei porque o Adenor pois na cabeça que o William joga aberto e fixo na direita. Nessa posição ele rende muito menos do que rendia quando começou a entrar no time. Ontem foi muito marcado e não conseguiu sair da marcação. Vai ver o Sheik só é mais desobediente taticamente do que o William (o que, tendo o Tite como técnico, não pode ser coisa ruim).
- Porque raios o Tite ainda não corrigiu essa de ficar saindo pro jogo com bicão do Chicão? Depois o Paulo André entra e faz a mesma coisa?
- Tudo bem que o posicionamento do JH, de volante aberto pela esquerda, é esquisito. Mas tem uma parte técnica, de errar passe, de perder tempo de bola, que não ta rolando mais faz tempo. Se é para povar o meio-campo pela esquerda o Danilo faz essa função melhor que ele.
- No geral, muito ruim. Acho que foi a vez que fiquei mais desesperançoso com o futuro do time....Perder para um time limitado como o Fluminense, cujo craque é um cara que ta notadamente sem muito ritmo e com cara de cachaceiro, é de doer...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Corinthians 2 x 1 Flamengo

- Não foi uma partida brilhante, mas fazia tempo que o Corinthians não fazia partida tão boa
- O Tite não fez tecnicamente nada errado: escalou bem, mudou bem, talvez um pouco tarde as 2 mudanças "tudo ou nada". Mas esse time tem meio a cara dele (pro bem e pro mal); no caso, o mal é que é um time que se acomoda com pouco. Ontem, depois do empate, caiu muito o ritmo. Parece que assimilaram que é isso que o técnico quer.
- Felipe é um fdp, mas é 5x mais goleiro que o mãozinha de jacaré. Se os goleiros fossem trocados o placar seria uns 5 x 0.
- Venho criticando o Alessandro, mas ontem fez uma partidassa. Gaucho não viu a cor da bola. Mais um motivo para ele ser útil no elenco: ser escalado quando o craque do adversário cai pela esquerda (ex: Neymar).
- o Alex parece que amarela quando a responsa ta nas costas dele. Parece que só joga se não tiver sendo marcado.
- Vai lacraia, vai lacraia!!
- Para tirar o William do time alguem tem que jogar muito; e o JH tá longe disso...
- Alô teóricos da conspiração: expulsão do Gustavo?
- fdps da Globo colocaram transmissão toda carioca: toda a narração era sob a ótica do Flamengo que, a rigor, tomou um vareio. Apice foi a imagem do soco passando e o Luiz FlaCarlos Junior dizendo "Liedson diz que tomou um soco"
- Até então, Flamengo e Corinthians eram os 2 principais times do torneio. Corinthians jogou melhor os 2 confrontos diretos.

Pontos Corridos

Não gosto dos pontos corridos - já escrevi sobre isso no outro blog: campeonato sem final é muito chato. "ah, mas é justo...". Não acho mais justo e, mesmo que fosse, ora bolas, o principal fator de um esporte não deve ser justiça. Importamos um aspecto do modelo europeu sem conseguir importar o modelo todo. Nos principais campeonatos europeus, o estádio lota, mesmo tendo jogos sem graça. Também, no geral são países com pib per capital 5x maior que o nosso, estádios e organização muito melhores - 90% dos ingressos são vendidos antecipadamente. Junte-se a isso a cultura de que cada time sabe o que pode almejar no campeonato - diferentemente daqui, que muitos times já tiveram seus momentos de grandeza e, no geral, qualquer coisa diferente de brigar na parte de cima da tabela desanimada qualquer um. Em frente.

Estava conversando com amigos sobre eventos esportivos nos EUA, e em um momento chega-se a inevitável constatação de como os americanos são imbatíveis em termos de promoção e marketing desse tipo de coisa. Veja a NBA, o Superbowl etc. Pois bem...já imaginou que coisa sem graça uma NFL sem superbowl? Uma NBA por pontos corridos? Todos os campeonatos esportivos americanos importantes envolvem um (ou mais) encontros finais para a decisão de quem é o melhor. Alguma dúvida de que é o melhor modelo?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

na tentativa de ser coerente...

São Paulo x Galo; Leonardo Silva divide uma bola perigosamente - lance para cartão amarelo. O juiz, que vinha bem, mete um vermelho direto. Um baita exagero, considerando-se os critérios utilizados em média pelos árbitros no brasileirão. Se todo mundo seguisse esse critério cada jogo teria uns 5 expulsos...bom, o Muller, comentando o jogo no PFC, descreve o lance, concluindo "expulsão justa". 1 min depois, o Rever comete uma falta típica de cartão amarelo (e recebe) mas, a rigor, até mais dura do que a do Leonardo Silva. O que o Muller, para não perder a coerência, fala? "se o juiz quisesse expulsar também daria..". É duro assistir futebol ouvindo comentarista...

Consensos

O esporte favorito da imprensa esportiva, ultimamente, tem sido bater no Mano Menezes. Embora, como corinthiano, ache o Mano um baita técnico e gostaria muito que, um dia, ele voltasse ao Corinthians, reconheço que o trabalho na seleção não tem dado muitos frutos. Também acho que apenas uma parte da culpa é dele - uma boa parte da culpa é da entressafra de jogadores. Os jogadores mais tarimbados estão machucados ou sem vontade de jogar (Kaká, Adriano, Gaúcho) e os mais novos ainda precisam ganhar corpo (Neymar, Ganso). Ainda sim, virou unanimidade criticar convocações, escalações, esquema tático, mesmo quando se faz o que todo mundo estava pedindo.

Mas alguns consensos revelam, na média, o baixíssimo nível de conhecimento de futebol ou de pensamento lógico da imprensa esportiva. Por ex, no jogo contra Gana, o time estava encaixado com um esquema tático, no meio para frente, numa espécie de losango: ganso centralizado vindo de trás, gaúcho aberto pela esquerda entrando em diagonal, Neymar fazendo o mesmo papel pela direita, Damião dentro da área. Ganso machuca com 8 min, Mano põe o Elias. Ok, critique-se a convocação, que não tinha ninguem para fazer o papel do Ganso (embora também não houvesse muitas opções com essa característica: talvez o Alex do Fenerbahce, Douglas do grêmio...); ou que o Elias é muito limitado. Mas o que todo mundo falou foi...tinha que por o Lucas! Lucas? Não vou entrar no mérito da qualidade do jogador que, noves fora, ainda não mostrou estabilidade de futebol para ser essa unanimidade. Mas o pior é o entendimento tático: Lucas não desempenha o mesmo papel tático do Ganso mas nem de longe. Lucas ocuparia o mesmo espaço que Neymar ou Gaucho ocupavam. A opção seria mudar apenas uma peça (opção feita, mesmo com a notória perda de qualidade) ou mudar todo o esquema tático. Por mais um jogador de característica de carregar a bola, driblando, não era uma opção das mais inteligentes. Se os 3 (neymar, gaucho e lucas) jogassem no mesmo time, mesmo com dor no coração o técnico teria dificuldade de armar algum esquema tático para colocar os 3 para jogar juntos. "Ah, mas porque levar o Lucas?"; porque é um bom jogador, porque pode entrar no lugar de um dos 2, porque pode-se mudar o esquema tático em algum momento. A unanimidade com a qual os comentaristas falavam depois do jogo "tinha que por o Lucas!" revela o quanto falta-se pensar realmente em tática e quanto comentar virou um esporte de aderir à corrente do momento.

Outro exemplo: André Santos virou o pior lateral esquerdo que já passou pela seleção. Não acho que ele tenha nível de Seleção, se levamos em consideração que o titular por quase 15 anos foi Roberto Carlos. Mas acho que, novamente, o problema é falta de opção. Na Copa América, e já há algum tempo, Daniel Alves vem desempenhando um futebol ridículo. Erra 70% dos passes que tenta e é atrapalhado na marcação; pode jogar muito no Barcelona (embora, nos jogos que eu tenha assistido do Barcelona, não estivesse entre os melhores do time, e jogue no meio de campo e não na lateral), mas na seleção é uma fraude. Acho, francamente, que se Andre Santos não foi brilhante, tem sido menos comprometedor do que Daniel. Mas as críticas ao primeiro são 5x mais frequentes do que ao segundo. E o Marcelo? Acho um bom jogador, talvez até um pouco melhor do que o André. Mas, de novo, a unanimidade "Marcelo tem que jogar!" é um tanto esquisito. Primeiro, ele não é lateral há muito tempo no Real Madrid. Depois, os poucos jogos que eu vi do Real (e aposto que vi mais jogos do Real do que a maioria esmagadora desses comentadores) não vi nada demais. Aí, no jogo contra Gana, Marcelo faz um jogo muito parecido com o os jogos que o André vinha fazendo: algumas boas jogadas, alguns erros de passe, uma marcação insegura. Qual o comentário geral depois? "Marcelo joga muito", "um cara desse não pode ficar de fora". Até o fato dele ter pedido cartão pro juíz foi apontado como vantagem "ele joga no Real, tem mais peso".

É difícil achar alguém, na imprensa, que fala mesmo sobre futebol...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Coritiba x Corinthians

O jogo de ontem pode ser analisado de 2 formas diferentes.

A primeira é: o Corinthians jogou razoavelmente melhor o primeiro tempo. Dominou as ações, teve algumas chances de gol. No segundo tempo, depois que tomou o gol, foi pra cima e criou umas 3 chances claras, inclusive com 2 bolas na trave. Considerando que o juiz teve pelo menos 1 erro grave (e não expulsão do Leandro Donizetti), dá para creditar essa derrota aos "deuses do futebol" e a uma certa zica.

A segunda é: por que, de novo, o Corinthians cai muito de produção no segundo tempo? Por que se acovarda e aceita ser dominado? Mais uma vez, o Tite esperou tomar o gol para tomar uma atitude e mudar a formação do time, que já vinha sendo dominado há vinte minutos, pelo menos. Ontem, a sensação foi parecida com tantos outros jogos do brasileiro (por ex, contra o Ceará): "logo logo vamos tomar um gol". A pressão não era tão grande, mas quem conhece futebol pressente um time tendo seu domínio aumentado, fazendo chuveirinho, e que a chance de uma bola pipoca e entrar é grande. E foi o que aconteceu.

Tudo que deu certo nas primeiras 10 rodadas começou a dar errado agora. As bolas nossas que entravam não entram e as dos adversários que batiam na trave estão entrando. Ok, mas jã são 21 rodadas e alguns erros deveriam ter sido consertados. Não pode cair tanto de produção no segundo tempo, perder o foco; não pode se acovardar. Se o técnico não percebe e faz alguma mudança, alguém dentro de campo tem de assumir essa responsabilidade.

Para mim Alessandro já deu. Um cara que joga 40% dos jogos porque o resto está machucado e, quando joga, demora mais uns 5 jogos para recuperar ritmo...é deficiente no apoio e, se antes compensava marcando muito bem, hoje já não tem pique para correr atrás: no jogo contra o Grêmio perdeu todas de cabeça pro Brandão e, ontem, não acompanhou quem passou nas suas costas umas 2 ou 3 vezes - perdeu até corrida pro Tcheco. O Alex é um caso estranho: toda vez que entra no segundo tempo entra mordendo, mudando a cara do jogo; mas quando começa jogando é sonolento, perde um monte de bola porque acha que é o Zidane e pode se dar o luxo de pensar antes para ver o que vai fazer com a bola...Eu tentaria o 442 de novo, com Alex, Danilo, Sheik e Liedson, colocando fogo no rabo do Danilo e do Alex para eles entrarem ligados em campo. Vamos ver quinta-feira contra o Flamengo...

Arbitragem: na quarta-feira, a imprensa toda repercutiu o penalty no Sheik que, supostamente, não havia cometido. Eu acho o lance interpretativo e, pessoalmente, daria o penalty. Zagueiro se acha muito malandro e tá sempre deslocando atacante nas costas, empurrando, puxando - quando algum juíz marca aí ele é o vilão. De qualquer forma, em outros cinco ou seis lances, o juiz interpretou pró-grêmio (corretamente, ao meu ver: os dois penalties em Danilo e Sheik no segundo tempo, as 2 expulsões, não marcar o recuo pro Vitor etc). Mas parece que desses ninguem reclamou...

Ontem, houve uma série de lances polêmicos. o amarelo no lateral esquerdo pela falta no Sheik achei até justo - o lance não era reto pro gol. Mas a não expulsão do Leandro Donizetti foi dos erros mais grotescos esse ano. Como o Marsiglia falou: podia expulsar até direto, mas o fato é que o cara já tinha inclusive amarelo...Naquele momento o jogo estava zero a zero e a expulsão seguraria o ímpeto do Coxa. Pois é, e hoje os teóricos da conspiração amanhecem caladinhos...

E o Cruzeiro, depois da passagem do Cuca, ficou com o péssimo hábito de chorar: o Gilberto diz que vai parar a carreira por erros de arbitragem. Mas ele fez muito penalty em cima do João Vítor...