quarta-feira, 28 de agosto de 2013

E tiraram o bode da sala...

O bode que o próprio Corinthians colocou lá. Ao sair o cruzamento da Copa BR, era de se esperar que esse seria um jogo até para poupar alguns, depois de uma vitória folgada no primeiro jogo. Não foi o caso. No jogo, primeiro e segundo tempo como esperados. No primeiro, a pressão pela busca do resultado, mas sofrendo um pouco atrás e confundindo pressa com velocidade. No segundo, resultado feito, o DNA desse time não nega: simplesmente não consegue jogar pra frente e matar o jogo. Só não corremos mais riscos porque do outro lado tinha um time muito fraco. E foi isso.

- Fizemos o resultado no primeiro tempo com um desempenho longe de ser brilhante; ainda assim, suficiente para fazer 2, perder uns 5 e deixar a defesa adversária inteira amarelada por tanto bater. Nos primeiros 5 minutos, no entanto, por uma conjunção de animação, circunstância e juiz marcando tudo, o Luverdense ameaçou uma falsa pressão. Suficiente para toda a transmissão da Globo bater nessa tecla, exaltar o adversário e criticar o Corinthians.
- Aos 3 min, Fabio Santos faz a primeira falta do jogo e leva cartão. Nenhum juiz dá cartão nessa circunstância a não ser que seja uma falta muuuuito feia. Gaciba achou “bem aplicado”e elogiou o juiz. Ah vá... Agora é oficial: não vejo mais jogos na Globo a não ser que não haja outra alternativa.
- Com frequência vou pensando o que escrever no blog durante o jogo. As vezes, penso numa coisa mas na hora de escrever acabo esquecendo. Foi assim contra o Vasco, quando pensei em escrever que Cássio precisa treinar urgentemente a saída de bola com os pés. Toda vez que a bola é recuada para ele, damos a bola de volta para o adversário – na melhor das hipóteses, é só uma bola, na pior, é uma jogada de perigo.
- O time todo vive uma fase difícil. Nesse jogo, alguns renderam mais do que vinham renderam. Guerrero, por ex, foi muito importante, em especial taticamente. Mas não dá para deixar escapar a espetada: se fosse o Pato a perder os gols que o Guerrero perdeu, o que estariam dizendo hoje??
- Danilo voltou a jogar bem.
- Posso só estar puxando a sardinha pro meu lado; mas embora o esquema continue o mesmo, a formação com 2 meias já dá uma melhorada. E as melhores jogadas saíram com Pato mais enfiado ao lado do Guerrero, em vez de marcando o gandula lá afastado na esquerda.

- Esse modelo novo da Copa Br, com os egressos da Liberta entrando nas oitavas, deixa o campeonato interessante de novo. Com o segundo tempo chato para car*, fiquei zapeando entre os outros jogos. Legal para cacete, estádios cheios, emoção até o fim. Mata mata >>>> pontos corridos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

1 x 1 (pelo menos não foi tão chato de ver...)

Vinha de um compromisso e liguei a TV aos 13 minutos, com 1 x 0 no placar. Pelo rádio, passou a impressão de ter feito um bom começo. Em campo, o mesmo esquema, mas com Douglas centralizado e Danilo na direita. Na teoria, achei interessante, pq Douglas tem mais característica de armador (receber de costas e enfiar bolas) e um dos ´meias´abertos (Danilo) era meio de fato, o que, com movimentação, poderia melhorar a armação. Se Douglas tivesse um pouco melhor tecnicamente - não fez um mal jogo, mas oscilou muito entre bons passes e movimentação e perdidas de bola - poderia ter funcionado. Atrás, o limitadíssimo Vasco ainda conseguia causar perigo com algumas bolas atravessadas na área.
Vira o tempo e a coisa piora, e muito. Tomamos sufoco quase os 45 minutos, e a zaga que tava louca para entregar finalmente entrega o empate. Talvez o melhor resumo é que, se no fim do primeiro tempo eu pensei "bom, tá indo bem, é só melhorar um pouco a penúltima bola que dá para ganhar fácil" no fim do jogo eu pensei "acaba logo essa p* que o empate tá de bom tamanho". Tem muito a se trabalhar em cima desse time. Pelo menos Tite tentou alguma coisa, o que já é um avanço.
- A sorte é que o time pôs um bode na sala que poderá tirar e criar uma falsa sensação de "agora vai". CNTP, não haveria muitas dificuldades em fazer um jogo com muita energia quarta, golear o Luverdense e virar os ares; ter pedido o jogo de ida é o bode. Agora, se tiver dificuldades e, pior, a zebra prosperar, o bicho vai pegar e muito feio.
- Até o sistema defensivo, que vinha muito bem, jogou mal ontem. Se em vez do Vasco fosse um time minimamente competente, teríamos tomado uns 3. Não imagino que só a falta da ajuda do Romarinho na direita seja a culpada disso.
- às vezes a gente pensa "esse cara tem m* na cabeça?". Danilo já tinha cartão e deu um carrinho forte na defesa. Deveria ter sido expulso. Heber pegou leve porque 2 minutos antes tinha dado um cartão injustificado para Ibson. Aliás, uma das poucas vezes que o Arnaldo não falou besteira. Heber apita como se fosse um Howard Webb, mas é só um juizinho bem do meia boca.
- esse campeonato tem tudo para repetir 2009, se o Corinthians não embalar. O Flu não deve engrenar tão cedo, o Inter continua patinando. Acho que o Grêmio deve subir nas próximas rodadas mas não tem elenco para segurar a bronca no final.  
- ouvi os primeiros minutos na rádio Estadão ESPN, aparentemente a única rádio na capital a passar o jogo. Que coisa horrível. Os caras não transmitem o jogo; ficam conversando com os comentaristas, lendo twitter e a cada 3 minutos o cara solta um "oh lá, o Vasco vai cruzar, o Cássio afastou..." como quem pede para passar o arroz. Muito ruim.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A culpa é de quem?

O declínio de desempenho culminou na partida grotesca que o Corinthians jogou quarta. Ontem, jornalistas de vários canais discutiam "porque o Corinthians tem jogado tão mal". As minhas conclusões são:
- ok, há um pouco de acomodação. Os títulos deram ao corinthiano a sensação de que o time era fabuloso, quando, de fato, boa parte do sucesso do time se deu a uma aplicação tática e a um desempenho físico fora do comum. A melhor fase do time em termos de sequência de bons desempenhos, para mim, foi no começo do brasileiro de 2011, aquela arrancada que nos garantiu o título (porque se dependesse do desempenho a partir da décima primeira ou segunda rodada até o fim, teríamos ficado para trás). Ora, o time tinha acabado de perder um paulista para o Santos de forma até meio deprimente, com metade da torcida torcendo pro Tite cair, e em menos de 2 meses, com as mesmas peças, tínhamos nos tornado o Barcelona brasileiro? O elenco de lá para cá se qualificou e muito, mas os melhores desempenhos - e com isso os títulos - vieram sempre de uma formação tática que, em conjunto, funcionou muito bem. Ao longo desse período sempre tivemos peças como Alessandro, FS, PA, Alex, JH, jogadores que, em diferentes níveis, estão longe de serem gênios. A acomodação leva a um desempenho físico e tático inferior, e o nível do futebol cai exponencialmente, porque sempre foi, desde o começo, fiado nesses aspectos.
- Viramos vidraça. Ora, é bem mais fácil jogar muito quando você é apenas um dos competidores. Quando passa a ser "o time a ser batido", é mais estudado, todos jogam contra você com mais atenção, com mais vontade e, pior, conhecendo exatamente seu jeito de jogar. O time, no geral, tem tido muita dificuldade de lidar com esse protagonismo. Aí passa a jogar bem pior do que jogava antes.
- Mas, para mim, no topo de tudo,o problema é do esquema. Começo com a questão: esse esquema já foi vitorioso, agora não é mais? Esse esquema foi vitorioso em 2 circunstâncias: na arrancada inicial do BR 11 e no jogo contra o Chelsea. Na arrancada, demorou um pouco até pegarem o jeito de marcar, a partir daí a coisa não engrenou tanto. No mundial, fizemos um jogo muito fraco na semi e um excelente desempenho tático contra o europeu que não nos conhecia e, como é tradicional nesse jogo, até nos desprezava um pouco. Na liberta 12, por falta de centroavante, o esquema foi outro. Guerrero chegou e até então Tite tem tentado enfiar goela abaixo o esquema com 2 supostos meias abertos. Dá certo em certas circunstâncias - contra o Chelsea, contra o Sp em frangalhos na Recopa e contra um Santos decadente na final do Paulista. Mas é ineficiente para ser um padrão geral da equipe para 80% dos jogos mais normais.
Ora, Pato ainda não disse a que veio, embora fisicamente esteja muito melhor do que no Milan (e no Milan eu vi ele fazer jogassos, nos poucos que jogava). Guerrero, que desandou a fazer gol no começo do ano, não está em fase tão ruim mas longe do seu melhor. Sheik e Romarinho talvez nas suas piores fases de Corinnthians, ao mesmo tempo. Danilo vem muito abaixo do seu nível nos últimos 6 ou 7 jogos. Edenilson, que se erra atrás compensa na frente, também vem jogando abaixo. FS, que já era ruim, mas de vez em quando acertava uns cruzamentos, não produz nada ofensivamente faz tempo. É tudo coincidência?
Para mim é evidente que o esquema que só funcionou de vez em quando agora quase nunca funciona. E mesmo nas vezes que funcionou contou muito com o fator Paulinho. Ficou muito fácil marcar o Corinthians. Na quarta, de novo, houve outros lances que demostravam de forma evidente essa questão. Num lance, Ralf está com a bola e, como não tem para quem tocar, faz o que não gosta muito: sair carregando a bola. Danilo está no meio, com um volante encostado nele e e outro na sobra. Pato está na esquerda, com o lateral colado atrás. Romarinho aberto na direita, com o lateral na bunda dele. Guerrero mais enfiado, com um zagueiro chegando toda hora com o cotovelo na sua nuca (embora Gaciba tenha visto que a primeira falta em cima dele foi só no segundo tempo) e outro na sobra. Ralf tenta um passe e, não sendo seu forte e com um gramado ruim, a bola já chega zuada no Danilo, que não domina e perde a bola. Não há aproximação. Mesmo num campo bom, Danilo teria que dominar e esperar alguém se aproximar, o que dá muito tempo dos 2 volantes que estão na sua cola chegarem. Se a bola for nas pontas, é o mesmo problema. Na esquerda, Pato ou Sheik tem que conseguir dominar (de costas pro lateral), ou driblar e sair correndo ou achar o distante Danilo no meio, uma vez que não há apoio do lateral. Justamente por isso as únicas boas jogadas que tem saído no ataque tem sido pela direita, com Romarinho e Edenilson. Tite vem batendo na tecla que com a saída do Paulinho e entrada do Guilherme, ele trocou um volante infiltrador por um passador, mas que essa troca fo compensada com a entrada do Edenilson que é mais infiltrador do que o passador Alessandro. Ele só se esqueceu de um detalhe fundamental: Paulinho era infiltrador pelo meio, área do campo que o esquema tático do time deixa praticamente deserta. Funcionava pq os meias abertos espaçavam a defesa adversária e ele entrava como surpresa justamente onde tinha espaço. Edenilson é infiltrador na faixa de campo que o adversário povoa justamente porque sabe que é por ali que o Corinthians tenta jogar. Claro que não funciona muito, embora de vez em quando, na qualidade individual, Romarinho e Edenilson consigam alguma coisa por ali. E o resto do time, no resto do campo, nada.
Tite está insistindo num esquema sem os jogadores para tanto. Pato ainda não mostrou a que veio? Ok, até eu que acredito nele reconheço. Mas é forçoso reconhecer que vem sendo escalado errado. É riículo ouvir Tite (e a imprensa concordar) que ele já foi escalado assim no MIlan. Ele jogou como segundo atacante, flutando em volta do centralizado. Imagine Tevez em 2005 (guardadas as devidas proporções) fazendo essa função que Sheik e Romarinho tentam fazer. Daria certo? Contrate qualquer um baita jogador mundial - Rebery, Robben, Cristiano Ronaldo, Neymar (não que eu esteja dizendo que Pato é do mesmo nível dele)- e, em vez de usá-lo nas suas funções tradicionais de segundo atacante com liberdade, coloquem na função amarrada do meia aberto pela ponta tendo como primeira função segurar o lateral adversário. Vai dar certo?

Não sou da turma do "Fora, Tite". Acho que é a hora da direção (talvez alguém do metiê, tipo o Edu) chamá-lo para conversar e ver o que tá rolando, se não é hora de testar mudanças na forma de jogar etc. É evidente o baixíssmo nível de produção. Se a defesa sobra, o ataque sangra. A defesa pode sobrar um pouco menos para que o ataque renda mais. Nos últimos 3 jogos, foi um gol só, e num penalty esquisito. Não dá, e não é culpa de ninguém em especial com a bola não. E com um elenco desse não dá para acreditar que quando o Renato Augusto não joga, não há solução possível para o time jogar bem.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Duas horas de sono desperdiçadas

Aos vinte e poucos do primeiro tempo, Casagrande fez um comentário que resume o jogo: "Não tá acontecendo nada". E o jogo foi isso, até o gol de mão aos 44 do segundo tempo. Que tempo perdido; para ver alguma coisa parecida com futebol só nas zapeadas pro jogo do Cruzeiro. Ok, o gramado era um pasto, a arbitragem foi horrenda, mas nada, de nada, em nenhuma instância, justifica ter jogado pior (não falo nem da derrota!) do que um time de série B. Haveria outras coisas a se falar, desempenho técnico sofrível de alguns, desempenho tática novamente horroroso, mas deixa para lá. O que já tava ruim piorou e muito.

- Foi o quadragésimo nono jogo do time no ano. Por baixo, uns 44 foram com esse esquema. Por cima, desses 44, deve ter jogado bem uns 5 jogos. Nos últimos 9, jogou mal uns 7. Não sei o que Tite está esperando para fazer modificações; vai ver ele espera, como num passe de mágica, que o time comece a jogar bem.

- De vez em quando você saca o juiz meio de má vontade, às vezes com má intenção. Hoje o cara era só ruim mesmo, mas ruim de dar dó. Aos 37 anos, é aspirante a Fifa em seu último ano de tentativa. Imagine só se vai conseguir...

- Na terceira vez que abriu a boca para falar, o Gaciba me irritou (como sempre). Mudei para a Band. Repórter anuncia que Tite vai tirar Igor e por Igor. Corinthiano sabe que ele vai por o Alessandro na esquerda, como já fez outras vezes esses ano. Neto explicando a substituição: ~vai deixar o Danilo na esquerda, o Ralf vai ficar de zagueiro, o Edenilson vai fazer a função que o Paulinho fazia...". Teve que o Luciano do Valle, depois duns 3 minutos, revelar "O Alessandro tá na esquerda...". Tá difícil assistir jogo do Corinthians na TV. Só é bom com o MIlton Leite e sem comentarista da Sportv.

domingo, 18 de agosto de 2013

Salvos pelo...

O Coritiba não é o Náutico, mas é longe de ser um time a ser temido, ainda mais desfalcado como estava. O que todo torcedor do time como um nosso espera dum primeiro tempo é, se não sair gol, pelo menos uma pressão, 3 ou 4 chances criadas e tal. Não foi isso que aconteceu; fizemos um primeiro tempo ruim (e um segundo pior ainda).
Tite optou por Ibson pro lugar de Guilherme (a escolha natural, dado que foi para isso que Ibson que foi contratado), Guerrero foi poupado e Pato continuou jogando, e agora temos claro que Tite considera Renato titular (Romarinho no banco). Na teoria, concordo com as opções de Tite, dado que não vai mudar o esquema. Na prática, de uma tacada só, ele perde os passes de Guilherme e as avançadas de Edenilson (dado que, sem Romarinho, pediu para Ed segurar mais atrás), num time com produção ofensiva patética. Sheik na esquerda, Renato na direita (depois invertidos), Danilo no meio e Pato (deveria ficar...) enfiado. É engraçado como virou moda falar que todo time joga contra a gente “fez uma bela partida taticamente”; é apenas outra forma de falar que foi fácil nos marcar. Tirando a cabeçada do Pato, a única jogada razoável foi a tabela entre Danilo e RA que culminou com um chute de fora. Aliás, a jogada saiu quando Renato centralizou junto ao Danilo e fez a dupla de meias; só que Pato não estava lá para receber a bola porque Tite pediu para ele cobrir a esquerda do Renato (Tite acha que não se pode jogar futebol se não tiver um aberto um de cada lado, haja o que houver). Propostas táticas consideradas, o Coritiba foi melhor.
Vem o segundo tempo e o que era ruim piora; antes dos 10min, o Coxa já tinha tido 3 chances de gols. Corinthians se arrasta, nervoso, Tite faz 3 substituições medrosas e aí, o penalty. Gol. 1 x 0, salvos pelo juiz.
- O mais urgente antes: não foi penalty, eu não daria, mas acho longe de ser o absurdo que estão pintando. O juiz foi ruim o jogo todo. Acho que o pior de tudo, no penalty, é que esse Lucas Claro chegou com força desproporcional o jogo todo, e muitas vezes ele não deu falta – estabeleceu o critério. Se eu fosse jogador do Coritiba estaria revoltadíssimo de aos 40 do segundo tempo ele mudar o critério. Agora, devagar com o andor...o presidente do Coxa saiu dando declarações de coitadinho, esquema rio-sáo Paulo bla bla. Semana passada empataram com a Lusa aos 51 do segundo impedido. Penalties errados saem toda hora para todos os lados. Mas quando é a nosso favor, ahhhh...
- Sempre defendo o Pato, mas hoje foi mal, em todos os aspectos. Ele, muitas vezes, escolhe se movimentar de forma errada; toca pro companheiro e corre pro lado errado, deixando o time torto. Mas ele não é centroavante clássico, não faz pivô, e está sendo escalado errado, como discutimos aqui há tempo. Pro esquema do Tite ele não vai funcionar, nunca.
- Hoje, acho que só Gil e Ralf foram bem. Ibson, tudo considerado, em especial o desempenho do time, também não foi mal. O resto do time, não salva ninguém. Danilo vinha jogando mal, supunha-se cansaço, descansou e continuou mal hoje. Todo mundo vinha pedindo Renato, e ele jogou mal os 2 últimos jogos, jogando isolado na ponta. Quando 80% do time joga mal, só pode ter algo de errado na formação. Além do Renato (mas aí é uma opinião que imagino que muitos não compartilham), acho que parte do mau desempenho de Pato é culpa da escalação. Tite pode queimar as maiores 2 promessas nossas para esse ano.

- Será que Tite acha que o desempenho médio dos últimos 6 ou 7 jogos foi bom? Jogamos mal ou muito mal contra Atlético PR, Santos, São Paulo, Fluminense e Coritiba. Será que ele pensa que, mantendo o esquema, de repente algo de mágico vai acontecer e o time vai passar a jogar bem?

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Um pouco de morde e assopra

Nos textos tenho mais criticado do que elogiado Tite, em especial pela falta de variação tática. Mas também é preciso ponderação. Se vencermos domingo, em casa, como é o plano do técnico, alcanceremos 4 vitórias e 4 empates nos últimos 8 jogos (16 pontos), desempenho que, se repetido até o fim do campeonato, provavelmente nos levará ao título. E se não foram 8 jogos dos mais difíceis, também não foi uma sequência propriamente fácil, com clássicos, jogo na lama e jogos em casa contra adversários que estão bem na tabela. Nossa defesa não é apenas de longe a melhor do campeonato, como também levou apenas 1 gol nos últimos 6 jogos. Há aquela frase famosa do basquete "ataques ganham jogos, defesas ganham campeonatos". A avaliar, embora assistir nossos jogos tenham sido, com frequência, um exercício de paciência.


- Assisti a partes de Bota x Inter ontem. Continuo achando que o Inter é o grande adversário; tem um elenco interessante e Dunga parece saber o que faz. Comentários: já tinha ouvido elogios ao tal do Vitinho do Bota. Fez uma partida impressionante mesmo, parece que sabe jogar bola. Se comentei do Luxa quarta, Dunga o fez parecer um Lord inglês. O treinero cholorado conseguiu reclamar do gandula que repôs rápido a bola! É isso mesmo, o Inter estava ganhando, a bola saiu, era do Botafogo, o gandula cumpriu a sua função e repôs rapidamente, e o Dunga só faltou dar um safanão nele! 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

0 x 0 Chato

Fluminense em crise, protestos da torcida, 9 desfalques...motivo de ânimo para o corinthiano? Já estamos descolados e sabíamos que não – longe de ser uma certeza fazer esse favoritismo dentro de campo. O que me animava, no entanto, era o desenho tático que podíamos esperar. O esquema tático que criticamos aqui é bom para jogos fora de casa, em especial num campo grande como o Maracanã, com espaço para correria e puxar contrataques, em especial contra um time montado por Luxa que nunca prima muito pela defesa sólida. Além disso, Pato mais rápido que Guerrero, Renato mais rápido que Danilo. Claro que em campo não foi nada disso. O desenho parecia encaixado para acertarmos um contrataque logo mais logo menos – Fluminense tentava marcar pressão e uma sequência de dois passes certos poderia deixar 2 ou 3 atacantes nossos contra 3 defensores deles. Mas o problema parecia técnico: errávamos muito passes na transição, e arriscamos muitos lançamentos longos, de forma que o Flu arriscou uma falsa pressão. Jogo morno para chato no primeiro tempo.
Aí vem o segundo tempo e você pensa que o técnico vai arrumar, posicionamento o time de forma mais compacta e evitando o passe forçado. Tudo continua como antes e o jogo continua chato. O quarteto ofensivo muito mal – Sheik melhorou no segundo tempo, quando jogo enfiado depois da saída de Pato; Renato e Pato apagados, embora ainda tentassem algo. Romarinho fez outra partida tenebrosa e é o primeiro a sair do time quando todos estiverem à disposição. Ainda assim, para acertamente colocar Douglas, Tite erradamente tira Pato – se alguém ainda tinha dúvidas de que ele estava satisfeito com o empate, basta considerar que o Romarinho só continuou em campo para continuar protegendo a lateral. Aos 37, Flu com um a menos e Guilherme machucado, Tite considerou que, talvez, vá lá, fosse vantagem ganhar o jogo. Mas não deu tempo – e de fato se houvesse mais meia-hora de jogo, dificilmente faríamos alguma coisa. Falta variação, falta tabela, falta aproximação. 0 x 0 e a certeza de que esse será um campeonato para roermos as unhas até o último jogo.
- Na matemática do campeonato, empate com o Flu fora é bom resultado. Nas circunstäncias, são dois pontos jogados fora. Já na terça jogadores davam entrevista dando conta de que a meta eram 4 pontos nos 2 jogos. Não pode entrar em campo já pensando no empate para ganhar o próximo em casa. Não ganharemos todas em casa; tem que aproveitar as chances para fazer ‘pontos inesperados’quando elas aparecem, porque é certeza que perdermos pontos dados como certo.

- Cléber Machado tem a tese de que jogador brasileiro é chato, reclama muito com o juiz bla bla – tese essa que repete jogo sim jogo também. Hoje tenho que concordar com ele. Tinha me esquecido como o Luxa é chato; o juiz foi quase perfeito, ainda assim ele achou umas 7 oportunidades para reclamar. 

domingo, 11 de agosto de 2013

Corinthians 2 x 0 Vitória

Quando liguei a TV, tinha acabado de sair o gol do Ralf. A partir daí, o time continuou com ritmo forte, dominando os espaços; o Vitória não conseguia produzir nada, mas também não chegávamos ao gol do adversário para criar dificuldades. Depois voltemos a falar sobre esquema; por hora, a lembrança da dificuldade de criação de jogadas por tabelas e a distância que fica entre os homens de meio e frente. No segundo tempo, até o gol, mesma conjunção. Com 2 x 0 no placar ameaçamos uma goleada por uns 10 minutos – 2 ou 3 boas jogadas, principalmente pela direita com Roma e Edenilson. Depois minguou, mas até o fim do jogo não sofremos nenhum risco e ainda tivemos chance de fazer mais (Tite precisa treinar essas jogadas, sempre os caras tentando a finalização em menos condição em vez de passar para um companheiro na cara do gol). Vitória tranquila, como deve ser, e g4 depois de 2 anos (ao menos até o fim do jogo contra o Inter).

- Venho criticando aqui o esquema pela inépcia ofensiva. Por outro lado, não gosto de avaliar o trabalho isoladamente. Um exemplo é que muita gente critica – com certa razão – o posicionamento de Tite nos escanteios defensivos: os 10 dentro da nossa área, atraindo o adversário e matando qualquer possibilidade de contrataque. Só que o nosso time tem sempre a melhor defesa dos campeonatos que participa e quase nunca toma gols nessas jogadas. E aí, olhando consolidado, dá para criticar? É melhor não tomar gol quase nunca ou arriscar para de vez em quando aproveitar um contrataque? Os resultados vem mostrando...Mas voltando: é provável que o esquema armado por Tite seja importante para o desempenho defensivo. Romarinho volta até a lateral para fechar e Sheik na esquerda também corre bastante. Ok, entendido; ainda assim precisamos achar uma outra forma de produzir mais na frente. Temos muita dificuldade de propor o jogo e vencer defesas mais estabelecidas. Romarinho e Edenilson ainda arriscam boas tramas pela direita; como o Fábio Santos atacando é tão competente quanto eu dançando balé, pelo lado de lá fica difícil.
- Tirando a possibilidade da imprensa mentir descaradamente, Danilo vinha desgastado, e só não foi poupado porque foi mais urgente poupar RA. Aí o cara joga 90 min – aos 42 do segundo tava ele lá correndo para puxar contrataque. Porra, porque não tiraram o cara??
- Juizinho ruim, hein...confuso, critérios esquisitos. O primeiro penalty eu não daria também, vendo o lance pela TV: o toque do goleiro não foi suficiente para derrubar o Sheik. Agora, é difícil entender o juiz não dar no momento do jogo, vendo rapidamente pela primeira vez parece muito penalty. No segundo foi engraçado ver o Vilaron e o Gaciba dizendo que não foi porque o zagueiro não teve intenção: na primeira mãozada com certeza, na segunda ele certamente teria outra opção do que se apoiar com o braço que ficou bem no caminho da bola.
- Pato fez um primeiro tempo apenas mediano; poderia ter sido melhor se ele tivesse sido menos individualista nuns 2 ou 3 momentos, nos quais em vez de buscar a tabela achou que era o Ronaldo nos tempos de Barcelona e quis sair fazendo fila. No segundo, com o gol, ganhou confiança e melhorou. Ainda acho que 4 ou 5 jogos em sequência e estaremos vendo um craque em campo. Aliás, o gol foi de penalty, mas se o cabra não bota a mão na bola seria um golasso.

- Off: Mano tá acertando o Flamengo, mesmo com um elenco bem dos capengas. Já no jogo contra o Inter tinha visto lampejos de bom desenho tático. E o Elias fazendo gol todo jogo dá uma saudade...

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Variados

- Continuando o assunto do comentário da Elis no post passado: Tite precisa fazer a transição de técnico de 'um dos times grandes do Brasil' para 'técnico do grande favorito a tudo que disputa'. Nos últimos anos a diretoria tomou decisões que levaram o time a trilhar esse caminho, e o técnico precisa corresponder. Ganhamos o título do brasileiro, da libertadores e do mundial não como 'grande favorito', mas sim como um dos que disputavam, de certa forma até como azarão (no começo do BR 11 e da liberta, alguém apostava com muita confiança em nós?). No mundial o sulamericano sempre chega como azarão. Com isso tudo, mais grandes contratações, passamos a ser o time do qual se espera muito. E Tite ainda não aprendeu a conviver com isso (nem fazer a sua equipe se comportar de acordo). Quando temos um jogo no qual as expectativas estão divididas, geralmente nos saímos bem. Quando entramos como grande favorito, com frequência trememos na base e deixamos escapar os resultados.
- O elenco fará grande diferença nesse segundo semestre. Se chegarmos a final da Copa do Brasil, serão 34 jogos em 17 semanas. Se não contei errado, não teríamos nenhum descanso no meio de semana até Dezembro! Os times que de fato brigam pelo brasileiro terão a mesma dificuldade, exceto os que caírem já agora nas oitavas. Será comum time jogando com 6 ou 7 desfalques em cada jogo. Mais um motivo pro Tite ter outras variações táticas (mas se não foi treinado até agora não haverá mais tempo, só se for na base da conversa...)

- Vitória é um time arrumadinho; já vi partes de uns 3 jogos deles nesse brasileiro. É o melhor estilo "Caio-Jr-quando-treina-times-pequenos", sem pressão, podendo inventar maluquices (contra o Flu tinha zagueiro fazendo jogada de linha de fundo como se fosse lateral), que não dá certo em times grandes já sabemos porquê. Não será jogo tão fácil, embora contra o Vitória em casa a obrigação é sempre atropelar (e algo me diz que nosso time vai entrar mordendo).

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Santos 1 x 1 Corinthians

Se você ligasse a TV aos 20 do segundo tempo, veria 1x1 no placar, sufoco do Santos e jogadores do Corinthians entrando em briguinha de nervos. Aí você pensaria “ué, não ia jogar contra o time que tomou de 8 do Barcelona, com diretoria em crise etc?”. Pois é, mas essa virou nossa especialidade. Depois de só empatar em casa, tendo um desempenho ridículo, contra um São Paulo na maior sequência de derrotas da sua história, também empatamos (merecendo perder) para esse Santos. Não sei qual é a preparação emocional que o Tite faz para esse tipo de jogo, se prega respeito demais ao adversário, sei lá: só sei que decididamente não está dando certo.

Ao jogo. Os lambaris entraram com seu time que, seguramente, vai ser apenas o suficiente para não cair. Tite desinverteu Gil e PA pq imaginava que Neilton, caindo pela esquerda do ataque, era quem poderia trazer mais perigo. 3 min de jogo, erro bisonho de marcação, gol do Paulo André. Aí você pensa que o jogo vai ser mais tranquilo do que esperávamos, mas não [e isso que acontece. O Santos joga mais à frente, marca em cima, não deixa nosso time sair e causa algum perigo. Nossa sorte é que do meio pra frente, tirando o Montillo, só tem pé de rato (já diria o Neto). Além de tudo, enquanto eles estavam jogando um clássico (até o cartão aos 15min já tinham dado 3 entradas duras), nós estávamos jogando a pelada do fim de semana: perdemos todas as divididas (contei 6), e entregamos umas 3 bolas de graça tentando sair jogando na defesa de forma muito perigosa. Justiça seja feita: se eu estava p*to da vida com o time, o Tite também tava.

Vira o segundo tempo e o que já era ruim piora: lembra o lado esquerdo com Av. Fábio Santos e PA lento na cobertura? Montillo achou (não precisava procurar muito) um buraco ali e deixou o horrendo William José na cara do gol para empatar. A partir daí corremos 4x mais risco de tomar a virada do que de passar a frente. Pelos 40min eu já tava torcendo para acabar e ficar no empate mesmo, até porque tava duro de continuar assistindo. Noite para esquecer.
- Cássio, que já caçava pelo menos uma borboleta por jogo, hoje quis se superar: foram pelo menos umas 4 cagadas. Rebateu uma bola no pé do Arouca que era claramente bola para mandar para tiro de meta; saiu errado com os pés e deu no pé do Cícero, e bateu roupa em cruzamentos pelo menos 2 vezes. Se já era preocupante, não sei a que nível chegou.
- Romarinho caiu muito de nível nos últimos jogos. No esquema de Tite em que Pato e Guerrero não jogam juntos, é ele quem deve sair para o Renato jogar.
- Ainda que, hoje novamente, eu estivesse p* com o Romarinho errando tudo, Tite fez cag* em por o Ibson aos 20 do seg tempo, queimando a terceira troca. P*rra, o Romarinho pode estar jogando mal, mas se a opção é o Ibson, você não queima a terceira aos 20 do segundo. Não é o Eto, o Ribery, que você pensa “vou arriscar mas o cara pode ganhar o jogo para mim”. Para queimar a terceira pondo o Ibson você faz aos 35. 3 minutos depois da troca o Renato tomou pancada e sentiu, deixando o time praticamente com 9. Bota na conta do Tite porque era totalmente previsível.

- Não é a primeira vez que o Edenilson perde bolas importantes na defesa porque sempre quer sair jogando. Tem que aprender que a primeira função do lateral é defender e, por consequência, não expor a defesa.

domingo, 4 de agosto de 2013

Criciúma 0 x 2 Corinthians

O time fez um bom jogo; fez o que todos nós esperamos que faça quando vai jogar fora de casa contra qualquer time que não seja um dos 4 ou 5 do campeonato que dá pra ter algum medo: jogar para cima e buscar a vitória, sem essa de “empate fora de casa é bom resultado”, porque é um absurdo ir jogar contra um time horrível como esse do Criciúma e pensar que não há a obrigação de trazer os 3 pontos.
Mas os jogos tem a sua história. Tite deu sorte porque Sheik precisava de descanso e Renato teve outra chance de começar jogando. 10 minutos de um jogo truncado, num campo pequeno, gramado meia-boca, muitos erros de passes. Até que a bola cai no pé do Renato, corte no zagueiro, bola no ângulo. Eu e 98% da torcida que acham que ele tem que jogar pensaram “pqp Tite, pq não põe o cara todo jogo...”. A partir daí sim: esse time que joga demasiadamente mais confortável com a vantagem no placar começou a dominar o jogo, trocar passes, até a bela enfiada do Guilherme, penalty no Edenilson, bela cobrança do Guerrero e 2 x 0. Não corremos quase nenhum risco até o fim do jogo; fizemos o terceiro mal anulado pelo Sandro Ricci (que, erro aqui erro acolá, mas fez novamente uma boa arbitragem). 2 vitórias e uma embalada. Jogo contra o Santos quarta-feira (como provou o Barcelona) tem que ser encarado da mesma forma: fora de casa contra um pequeno, tem que atropelar.
- No segundo tempo, já com 2 x 0 e Sheik em campo, houve bons exemplos do problema do esquema com 2 abertos. Em 2 momentos diferentes, o Corinthians trocou passes na esquerda, entre FS, Danilo, Sheik e de vez em quando Renato e Ralf. Cleber Machado até ensaiou um “aí o Corinthians faz o que sabe...”. Mas o que vimos foi uma troca de passes sem objetividade e a resolução das duas jogadas foi um cruzamento de longe do Danilo pro Guerrero se esgoelar na área. Essa disposição tática simplesmente impede tabelas e chegadas na área do adversário trocando passes.
- Já falei que no meu time Guerrero e Pato jogam juntos. Mas como aparentemente Tite acha que é um ou outro, continuemos na série “dos erros do Pato todo mundo reclama, os do Guerrero são relevados”. Reparem que Guerrero, fazendo o pivô, perde uma parte considerável das bolas que recebe (diria que algo entre 30 a 50%) porque uma dessas três coisas acontece: ele mata na canela e ela escapa / ela mata a bola, e em vez de dar o passe pro cara do lado ele tenta dar mais um corte no zagueiro da sobra / ela disputa a bola fazendo falta escandalosa no zagueiro.
- Tite continua tendo mais sorte do que juízo: Sheik tomou cartão bobo e continua fora contra o Santos – outra chance pro Renato.

- Coisa babaca essa de todo Grenal sair porradaria. Parece que essa gauchada acha que se não der porrada não prova que é macho. E o juizinho lá aprontou uma confusão dos diabos...
- A ilusão de jornalistas e torcedores de que o campeonato brasileiro é algo comparável aos europeus é só isso mesmo, uma ilusão. O dia que os organizadores do futebol por aqui quiserem, de fato, organizar um campeonato minimamente razoável, terão que bater de frente com alguns interesses e, por exemplo, impedir jogos em estadiozinhos meia-boca de segunda divisão como esse do Criciúma. Tem que ter uma mínima estrutura; faz uma avaliação meses antes e só deixa jogar nos estádios com estrutura. O time não tem estádio assim na cidade? F*da-se, viaja para outro lugar e joga lá. Não dá pro maior campeonato do país, no jogo que vai passar na tv para 30% das praças ser disputado nessa pocilga que é esse estádio de hoje.

sábado, 3 de agosto de 2013

Barcelona e Santos

O resultado mas, principalmente, a diferença de desempenho no jogo de ontem só revela quanta bobagem são aqueles clichês que comentaristas e jornalistas falam sobre o campeonato brasileiro – coisas do tipo “o campeonato brasileiro é o mais difícil do mundo porque todo ano oito ou nove times entram com condição de ganhar”ou “os campeonatos nacionais europeus são de baixo nível porque só tem dois ou três times bons”.
O Santos é um dos times que, frequentemente, considera-se como um dos “oito ou nove”que entram com chance para ganhar o brasileiro. Hoje é o décimo colocado (por aproveitamento), uma posição que, a qualquer momento, poderia estar sendo ocupada pelo Tottenham na Inglaterra no pelo Roma na Itália. Ainda assim, o primeiro comprou o segundo melhor jogador em atividade no Brasil nessa janela e o segundo levou o melhor zagueiro em atividade na janela do ano passado. Os times “meia boca”da Europa estão recheados de jogadores que, quando se cansam do frio ou perdem mercado por lá, voltam pro Brasil e são baladados como grandes craques: Alex, Seedorf, Alex, Luiz Fabiano e por aí vai. Mesmo assim a grande maioria insiste em acreditar, por alguma razão, que jogar contra o Atlético Paranaense (ou contra o Flamengo, para ficar num `grande` que frequentemente tem um time fragilíssimo) é mais difícil que pegar um Sevilla ou uma Lazio (se o Hernanes voltasse pro Brasil, não seria recebido como grande destaque??).
“Ok, mas era o Barcelona...”. E em 2011 era o Santos, campeão da Liberta, suposto melhor time da América. E já naquela ocasião foi um passeio vergonhoso: 4x0 no primeiro tempo, não foi oito porque não se podia fazer 11 substituições, e sendo jogo de meio de temporada para eles não fazia sentido forçar mais a barra. Embora o Barcelona continue sendo um p* time, está longe do seu melhor momento nos últimos 10 anos; em termos de Europa, sofreu muito para passar pelo emergente PSG e tomou um vareio espetacular contra o Bayern. Não falo isso como Corinthiano, até porque não tenho o Santos como rival. Tenho consciência de que provavelmente o Corinthians só ganhou do Chelsea por uma conjunção de fatores: o adversário estava em reformulação e fizemos um jogo quase perfeito taticamente, reconhecendo a dificuldade e com humildade para nos adaptarmos à situação. Se o adversário fosse o Bayern, acho que nem reza braba daria jeito.

Qual o último placar de 8x0 do qual você se lembra no Brasil? Assim, de pronto, lembro-me de Santos e Naviraiense (é esse o nome?). Placares tão elásticos se dão com diferenças desse patamar: times de primeira divisão bem acertados contra times de quarta (ou sem) divisão. A diferença de nível entre nosso campeonato e os mais fortes europeus, em alguns aspectos, chega a ser assim. E o título do brasileiro, esse ano, ficará com Fluminense, Inter ou Corinthians. Ponto.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Corinthians 2 x 0 Grêmio

Tite entrou com a escalação que considera ideal (do meio pra frente), mesmo com os parcos resultados e desempenho passados. Louve-se o fato de que, ao menos, ontem os pontas apresentaram melhor movimentação, guardando menos posição e se alternando nas faixas do campo. O Grêmio, com algumas boas peças, postou-se bem atrás, fazendo uma marcação muito forte. O contrataque era nulo – e nesse quesito demos sorte de Zé Roberto, de longe o melhor jogador gremista da temporada, ter saído machucado. Tínhamos posse de bola, mas agredíamos muito pouco. Até o gol, apenas um giro fraco de Guerrero e uma ou duas tentativas de arrancada de Sheik. Aí na primeira boa jogada, pelos trinta e tantos, Sheik 7cm impedido mandou para a rede.
Segundo tempo, e jogávamos numa condição muito mais confortável para esse time: poder se defender e arriscar um ou outro contrataque, sem a pressão de furar a retranca de um time posicionado atrás. Chegamos a sofrer uma falsa pressão, de chuveirinhos e escanteios, e o Cássio caçando borboleta nos deu JCaré feelings: um time como o nosso, que faz pouquíssimos gols e se garante no sistema defensivo, simplesmente não pode se dar ao luxo de tomar gols bobos, de escanteio, chutes despretensiosos de fora da área e coisas assim. A fase de Cássio preocupa e preocupa muito...no mais, encaixamos uns 2 ou 3 contrataques que poderiam ter dado tranquilidade, mas, como de costume, não guardamos. De novo entram Renato, Douglas, Pato. Quando a torcida começava a se preocupar com o final do jogo, achamos dois a zero, tranquilidade e 3 pontos.
- Renato e Pato tem que entrar. Admito que o Pato alguns ainda discutem, mas do Renato até os quero-queros sabem que ele deve ser titular. Tite está exagerando na “coerencebilidade”. Não sei o que ele vai fazer: vai jogar com 12, vai tirar um zagueiro, mas tirar na moedinha para ver quem sai, mas o Renato joga.
- No meu time Pato joga também, e joga junto com o Guerrero. É fácil esquecer números e fatos e cair na lenga lenga de alguns. Essa coisa de “Pato está perdendo muitos gols”é só meio verdade. Nos últimos 200 minutos que jogou, Pato marcou 4 gols (tivesse feito os 2 gols contra São Paulo e Grêmio dos quais muitos estão reclamando, seriam 6 e teria uma média espetacular de 2,5 gols a cada 90 minutos jogados). Ele perdeu sim 2 gols bizarros contra Boca e Goiás. Perdeu mais alguns nem tão fáceis assim, que cansamos de ver Guerrero, Sheik e Romarinho perderem jogo sim outro também. Por exemplo: comparei o gol perdido contra o São Paulo com a finalização do Guerrero ontem no gol do Sheik. No lance do Pato, bola na diagonal, meio quicando, no pé ruim e não tão frontal. Na do Guerrero, bola dominada, rasteira, ângulo frontal e no pé bom. A finalização do Guerrero foi de ruim a horrorosa, dada as condições. Mas o pior é outro detalhe. Nosso ataque tinha, antes de ontem, 6 gols em 9 jogos (3 do Pato). Nossos outros ataques podem, supostamente, não perder tantos gols, mas também não fazem, o que revela que eles simplesmente não finalizam (ou não recebem bolas) quase nada o jogo todo. O Pato entra 30 min e tem 3 chances – perde 2 e guarda uma. Porque esse milagre? Deus é mais bondoso com ele e oferece mais oportunidades? Ele simplesmente se movimenta e posiciona melhor, por isso os espaços aparecem para ele finalizar. Com ritmo de jogo e confiança, vai desandar a fazer gol.
- Guilherme cada vez mais à vontade no meio campo.
- Decepcionei-me um pouco com Igor, muito tímido e inseguro. Como FS é de longe o elo fraco do time, gostaria de ter visto um desempenho melhor (por mim continuaria com Igor, mas sei que Tite precisaria ver uns 4 ou 5 desempenhos a la Junior para tirar o Fábio de lá).

- Boa arbitragem do Alício. É muito melhor ver um jogo que o juiz deixa jogar de fato (não que inventa e desinventa faltas como quer), mesmo que erre um pouco aqui e acolá. Com 20 min de jogo os jogadores já tinham entendido que não adiantava cair no primeiro encostão que ele não ia marcar.