segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

o último 'teste'

- De positivo, só a esperança de que aconteça com Wallace o que aconteceu com Julio Cesar: foi precisa a quarta falha bizarra em jogo importante para convencer a comissão de que o braço curto não podia ser nosso goleiro. Que entendam que Wallace não tem gabarito nem para reserva. E se fosse jogo de libertadores ontem? o que, aliás, é bem possível a primeira oção da zaga fazer um jogo importante...

- a falha do terceiro gol foi bizarra; mas o primeiro gol já tinha saído por aquele lado e no segundo gol, quando Maicon recebe a bola, vemos Wallace guardar uma distância duns 2m esperando sabe-se lá o que para encurtar...

- aliás, PA também não funciona como titular "de gabarito"; há de se contratar algum bom zagueiro pela esquerda e PA continuar como o coringa que joga quando um dos 2 está fora

- se Ney Franco tivesse escalado os titulares, teríamos tido um jogo de comadres.

- off-topic: então a culpa da queda do Palmeiras é do Felipão e o Kleina melhorou o time, não? O Felipão, poupando para a Copa-BR, com ressaca de título e passando uma fase de arbitragens ruins, teve 28% de aproveitamento. Kleina, contando com o benefício do 'novo' e da motivação, manteve os mesmos 28%...

- off-topic2: e o grande problema do futebol brasileiro é o calendário não ser igual da Europa, certo? Imagine que o campeonato brasileiro fosse de Agosto a Maio, alguém acha que os corinthianos não estariam jogando os jogos do primeiro semestre com o mesmo medo de entrar em dividida e se machucar (e perder o mundial) que alguns demonstraram ontem? Nesse ponto, o problema é o mundial ter mais importância do que o nacional, não o calendário em si.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Treinero da seleção

Gosto muito do Mano como profissional. No seu tempo de Corinthians, eu fazia esforços para ouvir suas coletivas, porque com frequência revelavam uma leitura correta e honesta dos jogos. Com Tite, fomos campeões brasileiros e da Libertadores. Mas se Mano não tivesse saído em 2010, seríamos campeões brasileiros naquele ano com alguma sobra e as chances seriam boas de sermos campeões da Liberta também. Ainda assim, admito que o trabalho de Mano na seleção não era dos melhores. No entanto, foi mandado embora no mais inadequado dos momentos, no único momento em que o time dava sinal de ganhar corpo.


Minha ressalva às críticas exacerbadas ao trabalho de Mano é que elas carregam consigo a negação do fato de que o maior problema do time é a falta de material humano. Até 2006, os times do Brasil contavam com, pelo menos, 5 ou 6 jogadores em grande fase, principais destaques de seus (grandes) clubes na Europa, protagonistas das fases finais da Champions. O time de 2006 foi criticado pelo excesso de confiança, soberba e farra, mas Ronaldo, Adriano, Gaucho e Kaká, para ficar só nos meias e atacantes, eram quem eram. De lá para cá a qualidade do material só caiu. Se Adriano, Gaucho e Kaká ainda estivessem em bom nível, quem sabe; enquanto isso, só temos 1 nome de destaque, que por ser muito novo e não ter ido para a Europa ainda tem muitas dificuldades de chamar a responsa quando não está na Vila Belmiro. Os melhores times do mundo são Barça, Real, Bayern, Chelsea, talvez Manchester United, talvez Juventus...quantos e quem são os brasileiros de grande destaque nesses times?


Agora, às opções ao posto.


Muricy tem tudo para ser um desastre total. Já mudei a minha opinião a seu respeito, porque contra fato (títulos) há poucos argumentos. Mas se ele tem qualidades, elas são o oposto do que é necessário para ser bem sucedido numa seleção. Seu trabalho aparece com repetição, insistência, com tempo de casa. Nos seus tempos áureos de São Paulo, fazia primeiros semestres ridículos para fazer o time jogar do seu jeito no segundo semestre (mesmo o elenco do São Paulo mudando pouco de ano para ano). É especialista em pontos corridos, quando os mesmos 3 pontos de ganhar um clássico valem os 3 de bater no Figueirense em casa. Em mata-matas, vai muito mal, se levar em consideração a qualidade dos times que tinha na mão e o baixo percentual de títulos nesse estilo. Ainda no São Paulo, teve 4 vezes o suposto melhor time do Brasil jogando a competição e foi eliminado em todas por brasileiros. Nos últimos anos, disputou 7 x a libertadores com times fortes (considerando o ano que teve 2 oportunidades, com Flu e Santos) e só ganhou 1 - contando com Neymar inspirado resolvendo jogo sim jogo não. Dar na mão de um cara sem muito jogo de cintura e cujo maior ativo é, na base da repetição, acertar a zaga e achar alguma forma de resolver na frente, um grupo com 2 dias para treinar antes de entrar em campo é a receita mais provável do fracasso. Mas talvez enquanto ele não for para lá nenhum outro técnico vai ter sossego da imprensa.

Tite é outro que mudou minha opinião pelos resultados - não pelo que vejo dentro de campo. Mas aqui, antes de qualquer análise, como corinthiano o problema é outro - do ponto de vista político, a melhor saída é dificultar ao máximo a saída de Tite se essa for a vontade da CBF. O motivo é simples: quando Mano saiu em 2010, não foi bom para o clube; foi uma jogada política, uma concessão de bom grado feita à CBF e ao próprio treinador. As relações entre clube e CBF estavam se estreitando e viram ali uma oportunidade. Mas para o clube foi péssimo - vide o estrago que Adilson fez. E com o passar do tempo sobrou porrete para cacete; jornalistas criticaram a "corinthianização" da seleção, como se fosse positivo para o time o ótimo técnico que tinha ter sido cedido. O tempo passou, as relações azedaram, e agora a seleção que se vire. Até porque as chances de Tite fazer um bom trabalho também não são grandes...Uma outra alternativa é mandar Tite e pegar Mano de novo, o que não me desagrada. Mas hoje seria trocar o muito certo pelo um pouco duvidoso.

Na minha opinião a melhor alternativa é Felipão. Eu sei que desde a última copa ele não ganha (quase) nada. Mas tentou coisas diferentes; levou Portugal à final da Euro, foi o primeiro da lista de fritados no Chelsea, foi ganhar dinheiro no fim do mundo, e ficou um tempo no moribundo Palmeiras. Ainda assim, o título da Copa do Brasil mostra que ele não esqueceu como transformar um bando em uma equipe competitiva em embates decisivos de tiro curto. A tão pouco tempo da Copa, acho que é a melhor solução que temos.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Grandes mitos do futebol: a Arena Corinthians

Eu ia escrever algo sobre o patrocínio da Caixa, mas a gritaria anti me deu vontade de postar um texto sobre o estádio, escrito há tempos mas não postado.

11 em cada 10 não-corinthianos, quando falam do estádio que está sendo construído em Itaquera, repetem aquela ladainha de 'ajuda do governo', de 'absurdo', 'pq tinha o Morumbi' e outras baboseiras. Acho que a maioria o faz por uma aliança entre a ignorância e a raiva pelo Corinthians. Uma minoria, mais bem informada, o faz por vigarice intelectual mesmo. Tem uma parte da história que sempre fica de fora nessas horas.


O Morumbi era o estádio natural de São Paulo para Copa. O acordo é que o RJ recebesse a final - coisa que nunca foi de fato contestada - mas São Paulo queria a abertura, e essa posição, sim, tinha sérios riscos: pelo menos Minas e Brasília também queriam. Para ser abertura da Copa, a Fifa faz uma série de exigências (na prática, o estádio tem de ser nível primeiro mundo com mais alguns 'acessórios'). Quem já foi no Morumbi sabe a 'maravilha' que é (não que seja muito pior do que outros, exceção feita ao fato de que há partes do estádio em que você não enxerga o campo todo e da total dificuldade de acesso) e imagina o quanto de reformas seria necessário para adequar.


Bom, não precisa imaginar: foi feito o estudo e chegaram a cifra de cerca de R$ 640 milhões de reais. Todo mundo sabe que o São Paulo já estava com vontade de reformar o Morumbi há tempos, e ninguém vai se enganar de não achar que os dirigentes pensaram que a copa seria uma ótima chance de fazer essa reforma com (no mínimo) alguma ajudinha do poder público. Como a idéia inicial era não por grana pública num estádio privado (pelo menos não de cara), o comitê da Copa em SP, composto por Fifa e governos estaduais e municipais ficaram 2 anos esperando o São Paulo apresentar um plano de projeto, onde deveria constar, em especial, como o clube se financiaria para fazer a reforma. Primeiro demorou para apresentar o projeto de reforma; depois alterou o projeto. Aí enrolou para apresentar o custo e, quando apresentou, não apresentava-se as formas de financiamentos. Em cada reunião que a coisa não vinha, ficava mais claro que o clube estava jogando com a situação, deixando que o prazo ficasse mais enxuto para ver se alguma grana entraria pelo governo (afinal, era interesse do estado e da cidade trazer a copa para cá e, até então, não tinha nenhuma outra possibilidade viável de estádio).


Eu tinha um chefe que sempre dizia que, numa negociação, você nunca pode deixar o outro sem saída - deve-se sempre possibilitar alguma saída honrosa. Porque alguém acoado é alguém perigoso, e você pode não gostar da reação. Imagine como os governos se sentiram nessa situação, vendo que o SPFC estava enrolando e, na prática, forçando os participantes a uma 'solução' que não era a que eles queriam? Se você já se viu numa situação que em sente que o outro está te f* bonito e não tá nem ligando, porque acha que você não tem outra saída, sabe do que estou falando...Tinha outro problema: de qquer forma, os governos deveriam fazer um forte investimento de infra-estrutura na região do estádio, principalmente de acessibilidade - só que numa cidade com tanta região pobre, gastar bala numa região nobre como o Morumbi seria complicado. Enquanto isso, o lobby de Minas e Brasília para levar a abertura para lá aumentava, argumentando que a situação em São Paulo estava muito enrolada...


Por outro lado, a diretoria corinthiana já vinha pensando em várias alternativas de fazer seu estádio - principal projeto de Andres Sanches quando assumiu o clube. O projeto que apresentava maior viabilidade era o do terreno em Pirituba (terreno esse que agora servirá para um centro de convenções municipal). Seria um estádio para cerca de 45 mil pesssoas, de primeiro mundo, mas sem nenhuma correlação com as exigências da Fifa. O clube também viu em todo o rolo com o Morumbi uma oportunidade, pessoas se falam, descobrem que fulano e ciclano tão p*tos da vida com Beltrano, e também foi "se oferecendo" ao poder público paulista e paulistano. O discurso foi "olha, eu vou construir um estádio pra 45 mil aqui, que não atende a Fifa...mas se quiserem entrar, a gente vê quanto custa para que esse estádio seja no padrão Fifa e a abertura da Copa possa ser aqui, vocês bancam a diferença, que tals?". E a diferença ficava em 400 milhões, bem menos que os mais de 600 para reformar um estádio já existente. Houve negociação política nisso? O fato do Lula ser corinthiano e o Andres ser petista devem ter contribuido? Só quem não conhece nada de política poderia negar essa hipótese. Mas lembro que os governadores Serra e Alckmin e o prefeito Kassab, sem nenhuma ligação partidária com o governo federal, muito menos laços emocionais com o Corinthians, embarcaram nessa. Parece que foram fundamentais nessa decisão (i) o desgaste de quase 3 anos do elefante branco morumbi não indo pra frente, bem como a possibilidade de não ficar refém do clube que enrolou o comitê esse tempo todo e pôs em risco a abertura em São Paulo (ii) o fato de que o investimento estatal seria cerca de 200 milhões a menos do que reformar o Morumbi e, principalmente, (iii) o dinheiro para infra-estrutura seria investido em Itaquera, uma região enorme, pobre e na periferia da cidade, e não na região nobre do Morumbi - o efeito colateral e de desenvolvimento faria muito mais sentido. Pense comigo: uma solução que trouxe junto petistas e tucanos deveria ser, de fato, a que fizesse mais sentido, não?


Você vai ler e escutar por aí várias versões dos fatos, mas de fato pouca gente sabe o que exatamente e como aconteceu. Há fatos por aí e a gente vai juntando eles, formando a nossa narrativa. Existem narrativas que não ferem a lógica, não trazem absurdos, que não contradizem os fatos conhecidos do público; e existem narrativas infantis, baseadas em premissas como "é tudo uma conspiração para ajudar não sei quem".

Eu era contra a Copa vir no Brasil e sou dos chatos que acham que investimentos públicos em estádio são uma m*. Isso posto, o discursinho de que o Corinthians "ganhou estádio" com dinheiro público é só babaquice de torcedor (com ou sem microfone). O gasto em São Paulo, por conta da Copa, para viabilizar um estádio capaz de receber a abertura foi menor do que o gasto com estádios mais simples em qualquer outro estado da federação, sendo que em sp esse gasto trará um desenvolvimento para uma região da cidade que tem mais habitantes que a maioria dos estados brasileiros. Mesmo financeiramente, dentre as possibilidades foi a solução mais barata para o poder público (as outras soluções seriam deixar a abertura para outra cidade, reformar o Morumbi por 640 milhões ou construir um do zero). Não fosse o Corinthians o envolvido, esse assunto estaria liquidado há 3 anos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Faltam duas

- Não fizemos um jogo brilhante, mas nem precisava disso para ganhar do fraquíssimo Inter com certa folga.
- Embora tenha uma campanha medíocre, o Inter oscilou sempre entre sexto e sétimo lugar, e há umas 4 rodadas ainda era alguem que ameaçava (ao menos em teoria) a vaga do São Paulo. Mas ganhar do Inter no Beira-rio é tarefa relativamente fácil para um time organizado, o que mostra o quanto o campeonato é fraco. Há 4 ou 5 jogos complicados dos 38, o resto é para fazer o que o Fluminense fez.
- Aquele argumento antigo para falar de como o brasileiro é disputado diz que, no Espanhol (por ex), a maioria dos jogos Barça e Real jogam contra times fracos como Real Sociedad; como se pegar Bahia, Sport, Figueirense fosse muito difícil. Aliás, vendo Palmeiras e Flamengo ontem (10 títulos de brasileiro em campo, sendo que o último do Flamengo é recente), deu dó. Eita futebolzinho ruim.
- As 4 vitórias consecutivas e a quinta posição só confirmam o que já sabíamos - fosse outra a mentalidade, estaríamos brigando pelo título.
- Não é só que o Palmeiras caiu de novo; caiu com 2 rodadas de antecedência, o que é um absurdo. O time tem menos pontos do que o número de jogos disputados. É muita várzea.
- O São Paulo é, hoje, um time melhor organizado do que era há 3 meses. A zaga é um pouco mais consistente e quase todo mundo marca, o que não acontecia antes. Ainda assim, tenho dúvidas do punch do time. O classico na última rodada pode ser uma boa medida para saber se esse time assusta na Liberta do ano que vem. Entra Ganso, sai Lucas. Não acho nenhum dos 2 muito bom, mas Lucas ainda corre, faz gols aqui e ali e é querido pelo grupo. Ganso é um Pedrinho que se acha Zidane. Acho que perdem e muito.

domingo, 18 de novembro de 2012

Chelsea

Não vou fingir que sou especialista em Chelsea. Antes dessa semana, os últimos jogos deles que eu vi foram na Champions no primeiro semestre; de lá para cá, só vi gols passando nos jornais. Dizem que o estilo de jogo deles mudou bastante. Na última semana, assisti partes dos jogos contra o Liverpool e contra o West Brom (nesse último entrou com time misto, embora Oscar e Mata tenham entrado no segundo tempo).

O que vi foi realmente um time de estilo diferente do campeão da Champions. Mais aberto, com 3 meias leves e Torres enfiado. Mas a impressão que tive é que é um time que assusta muito menos do que se pegássemos outros grandes europeus, como Barca, Real e Bayern. O clube inglês não foi campeão da Champions porque fosse o time da Europa que mais jogava bola; foi o mais eficiente no modelo mata-mata. Agora esse time perdeu um pouco da pegada pro modelo e não compensou melhorando tanto assim seu jogo.

Na zaga, não sei se Terry se recupera a tempo do mundial. Se não se recuperar, a zaga é um tanto quanto atrapalhada. Ralf é melhor que Mikel e Paulinho não deve nada para Ramirez. Na organização, parece que Oscar, mesmo tendo acabado de chegar, é quem mais preocupa; é o único dos três com capacidade de driblar em progressão. Mata é o mais habilidoso, mas é estilo Douglas, gosta de enfiar bolas – mas não tendo segundos atacantes rápidos para correr atrás dela, não é tão perigoso. E na frente, Torres não é, nem de longe, Drogba. O campeão da Champions confiava bastante no “ta difícil, chuta para frente pro Drogba brigar” o que, de fato, funcionava batante. Torres é menos habilidoso, menos forte, menos raçudo e, portanto, bem menos perigoso. Falcão Garcia deve chegar na virada do ano porque com Torres o time inglês fica menos potente, de fato.

Nos 2 jogos que vi houve momentos em que o Chelsea tentava atacar um time fechadinho atrás; teve muita dificuldade. Toca a bola de lado e tem pouca infiltração; Torres não é rápido e Mata não tem muito para quem lançar. O lado mais perigoso é o esquerdo, quando Oscar cai pro lá driblando e tem o apoio do lateral. Nada que um Alessandro bem postado com a atenção do Ralf não consiga dar conta. A tendência é termos o contrataque, o que é mais um argumento para escalarmos 2 rápidos na frente (Sheik e Martinez ou Romarinho) em vez de jogar com o Guerrero enfiado. Aliás to vendo o Sheik tocando o terror para cima do lateral direitos deles, que é bem travado.

Enfim; qualquer campeão da Libertadores que chegue para enfrentar um campeão da Champions chega em desvantagem. Barca e Santos ano passado parecia jogo de grande em casa contra pequeno no campeonato paulista. Mesmo os que conseguem ganhar (vide São Paulo em 2005 e Inter em 2006) ganham tomando um vareio de bola e achando um gol. Ainda assim, acho que essa diferença nunca foi tão pequena quanto dessa vez.

domingo, 11 de novembro de 2012

Agora sim acabou...ou não?

Quanto ao nosso jogo naquele horário pitoresco, pouco a dizer; parece que demos um pouco sorte de fazer gols em sequência, e aí o jogo correu facil. Tenho dúvida sobre qual deveria ser a formação titular. Cada vez acho que Martinez dá um toque de qualidade muito interessante. Essa bucha o tite vai ter que descascar. No mais, entendo que o Corinthians não disputa nada e a CBF\Globo empurrem nossos jogos para esses horários. Mas se com jogo as 9 da noite havia 23 mil torcedores, no horário normal seriam mais de 30 mil (ocupando lugares mais caros). Quem paga essa perda de arrecadação?
 
Foi interessante ver hoje o suplício da porcada frente ao Flu. Ainda mais porque há exatos 2 anos, contra esse mesmo Flu, também mandante mas não jogando em seu estádio, o Palmeiras fazia um dos papelões mais feios da história do futebol - aquela entregada descarada. Os antis criaram um mito de que foi o Corinthians que inventou isso um ano antes, contra o Flamengo, mas qualquer observação distante evidencia que foram circunstâncias completamente diferentes. O Flu, em 2012, melhor campeão dos pontos corridos, só fez 4 pontos contra São Paulo e Palmeiras fora de casa (aliás, interessante repetirem esse detalhe na tabela, quando as possibilidades do Flu estar disputando o título com o Corinthians pelo quarto ano seguido eram grandes). De qquer jeito,  ver esse mesmo palmeiras, dois anos depois, contra o mesmo adversário, mas agora desesperado, correndo, tentando, mas não conseguindo resultado melhor e se afundando no caminho da segundona foi recompensador.
 
E o galo, hein? Sera que o discursinho de conspiração, 'eixo', etc, cola, agora que perdeu inclusive o segundo lugar?

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tá acabando?

Por motivos meios que óbvios, preferi assistir são paulo e flu a ver nosso jogo naquele gramado horrível em imagem não HD.


Naquele tipo de jogo meio amarrado, estudado, o Flu foi mais inteiro o jogo todo. Nenhum time criou grandes chancees, mas o Flu chegou muito mais naquela condição de, se acerta o penúltimo passe, faz o gol. Mas Tiago Neves não estava num bom dia e Sóbis não funcionou como ponteiro "a la Tite". Não fosse a cag* do Gum, Flu certamente venceria. Aliás não vi ninguém comentar que se Ceni estivesse embaixo do gol, Fred não faria...


Assistindo o jogo, ocorreu-me uma coisa que parece heresia para o 'bom-senso' futebolístico: W Nem é melhor que Lucas. E olha que ele até fez ontem jogo discreto...Assisti aos jogos do Flu contra o Galo e contra o Coritiba - fez uma boa partida no primeiro e segundo comeu a bola e decidiu. Os dois tem características de arrancada, embora nisso Lucas seja melhor. Com alguma frequencia Lucas faz aqueles golassos de driblar três ou quatro. Mas guardadas as devidas proporções, me lembra um pouco Carlos Alberto de 2005: nos melhores momentos depois do jogo, você via alguns belos gols dele, mas perdia os 11 ou 12 momentos do jogo em que ferrava o time tentando uma jogada que não dá certo. Ontem, nas suas tentativas de arrancada, perdeu umas quatro ou cinco bolas. Lucas só sabe usar o passe quando o próximo drible não é possível e ele enxerga um companheiro do lado, aí dá aquele toquinho para não perder a bola. O repertório de W Nem me parece mais vasto; dá o primeiro drible com facilidade e levanta a cabeça para ver o que vai fazer - pode ser um próximo drible, um passe no meio, uma virada de jogo. Ontem jogou mais afastado na direita, por conta do esquema. Quando Abel tirou o Sóbis, ficou mais livre para flutuar no meio e foi mais perigoso, até sair para Diguinho fechar o meio. Lucas brilha mais quando acerta uma das suas; mas se eu tivesse tirando time, escolheria W Nem pro meu antes dele.


- No blog aqui falamos de times como Palmeiras e Vasco, cujas torcidas acreditam que seus elencos são melhores do que são de fato e culpam seus treinadores. Onde vão os dois sem Felipão e Cristovão? O primeiro tá virtualmente rebaixado e o segundo, que tinha larga vantagem por vaga na liberta, virou uma piada.


- vale um texto só sobre isso, mas a campanha do Flu escancara o que deve ser, daqui pra frente, o campeonato de pontos corridos. Um time razoavalmente bem preparado bate em todo mundo em casa e fora. Se o São Paulo tivesse 52 pontos ainda estaria na faixa da liberta, enquanto 45 pontos é o suficiente para sair do rebaixamento. O que diferencia o abaixo de mediocre do time que comemora alguma coisa no campeonato é muito pouco.

domingo, 21 de outubro de 2012

já acabou?

Não tenho assistido aos jogos inteiros; nessa fase de desmotivação, poupadas, desfalques, campeonato que não vale nada, não vale meu sono assistir os jogos das 22h até o final nem queimar créditos em casa para ver os jogos aos sábados. Se a motivação para ver já é pouca, imagina para escrever...alguns pontos aleatórios:

- a média de gols de Luis Fabiano nessa volta aos JD Leonor FC é fantástica; pena (para quem?) que ele joga um terço dos jogos.
- o Fluminense não joga um futebol de brilhar os olhos, mas  é o melhor time do campeonato. Se defende muito bem (com uma zaga quase grotesca no nome, por sinal) e ataca com eficiência. Mas seu título será a suma essência dos pontos corridos: não fez mais pontos que Grêmio nem Galo nos confrontos diretos. Sua diferença foi feita sendo mais efetivo nos jogos contra os pequenos. Que graça...
- Fred se beneficia do fato de que seu desafeto é a maior unanimidade às avessas da atualidade: Mano Menezes. Com isso, faz a opinião publica esquecer que simulou uma contusão para não servir à seleção e foi por isso que criou rixa com o Mano. A despeito disso e das cachaças, ta jogando muito. Quando não é decisivo fazendo gols, é com passes, com pivô. É um camisa 9 completo, o melhor brasileiro da posição na atualidade. Mano só poderá abrir mão dele se encaixar o esquema com Neymar e Hulk, que pode dar certo pq são 2 segundo atacantes incisivos, que finalizam bem e fazem gols.
- é bonito ver lances como o do primeiro gol do galo. O horrendo juiz baiano tava economizando no cartão, o que sempre favorece o antijogo. O Gaucho entendeu bem e preferiu continuar o lance a cair no puxão do Edinho. Entendeu, Neymar?
- Algo me diz que Romarinho vai crescer muito. Em 2013, começando o ano já adaptado ao time, acho que vai jogar demais.
- Há muito já passou do terreno do folclórico e entrou no terreno do criminoso o que Milton Neves faz com o Corinthians. Uma vez Andrés falou que o corinthiano deveria saber quem odeia o time e boicotar, e falou muito acertadamente. O rei do merchan já criou a lenda do apito amigo e aproveita toda a oportunidade para falar mal. Ontem, contra todos os fatos e evidências, já estava criticando que o Corinthians ia entregar pro Bahia, que era antiético, antiprofissional etc etc. Nivaldo Pietro mostrava todas as evidências do contrário, mas claro, par Milton Neves os fatos não importam. O que importa é que dá audiência falar mal, a torcida anti vibra. Que seja, que ele tenha a audiência deles, mas não a nossa.

domingo, 23 de setembro de 2012

Bota 2 x 2 Corinthians (ZZZZ...)

Tite tem mantido a estrutura de 4 na frente, revezando os jogadores de acordo com a disponibilidade. Hoje, Guerrero e Douglas compunham o meio (sem a bola), enquanto Romarinho e Martinez faziam os lados. Com a bola, Douglas vinha organizar pros 3 na frente. Na zaga, aquele horror: o lentiíssimo PA, o horrendo Wallace (que surpreendentemente vem fazendo partidas somente razoáveis), Edenílson fraco na marcação e Alessandro menos confortável na esquerda do que o cachorro que transitou por lá.
Os primeiros 5 minutos foi, assim como boa parte dos nossos jogos no BR, uma prova do que é o futebol hoje em dia: quem não estiver 100% ligado e dedicado no jogo, fica pra trás. No primeiro lance, PA vê o bonde passar e quase faz penalty em Elkisson; no segundo, Edenilson não viu o bonde passar, cruzamento e gol.
Mas depois do empate meio achado de bola parada, 5 min de bola no chão para mostrar o que poderia ser a superioridade corinthiana no campeonato se houvesse motivação: 2 x 1 e mostras do que poderia ser um domínio amplo e irrestrito. Maaass...se o principal problema desse time do Tite é manter-se na frente e resolver jogos nos quais tem vantagem, imagine num campeonato no qual há pouquíssima motivação. O resto do jogo foi um enrola aqui, enrola ali, até o segundo gol de Seedorf e mais uma ou outra chance pro Botafogo virar. Um ponto mais longe do improbabilíssimo rebaixamento e menos motivação para assitir aos próximos jogos.
- Com 2 gols, é clichê falar que Seedorf fez uma bela partida. Mas fez. Belíssima, por sinal. Antes do segundo gol eu já tava pensando "esse fdp continua jogando, hein". O cara quase não erra passe, vários deles com um alto grau de dificuldade. Aparece para jogar, comanda o time.
- É preciso ter paciência com jogadores como Guerrero e Martinez. A experiência nos mostra que jogadores são contratados para render dali a 6 meses ou 1 ano. Mas, há diferenças. Enquanto Martinez mostra habilidade e competência para desempenhar as funções para as quais foi contratado (dribla bem, carrega bem a bola, faz jogadas - apenas sofre com o esquema, embora hoje tenha feito partida discreta), Guerrero não dá muitas esperanças. Tem dificuldades para fazer o pivô, cai mais do que deveria para os lados do campo e, quando o faz, é lento e perde a bola, e quando disputa a bola no meio faz muitas faltas. Há de se esperar, mas o prognóstico não é muito bom não.

domingo, 16 de setembro de 2012

Parmera 0 x 2 Corinthians

Liguei o rádio no intervalo e a TV quando já estava 2 x 0. Sobre o jogo, tenho pouco a falar. Parece que o Corinthians voltou pro segundo tempo mais ligado, Romarinho perdeu um gol feito, Jorge teve outra chance e na terceira Paulinho fechou o caixão. No resto, o time segurou o jogo, apanhou calado pq o juíz (embora natural nesse tipo de situação) tava louco para dar cartões pra nós e expulsar alguém. Com o campeonato abandonado, talvez esse fosse o jogo mais importante de ganhar. Missão cumprida.
 
- é impressionante essa síndrome de torcidas de achar que seu time (elenco) é melhor do que é, de fato. O elenco do Palmeiras é sofrível; Felipão, com seu estilo de jogo feio e eficiente, conseguiu a espetacular façanha dum título da Copa do Brasil. Sem ele, o Palmeiras não vai cair - vai despencar. Do outro lado, o Vasco teve, desde o ano passado, um elenco composto por refugos, tiozinhos e o Dedé atrás. Foi campeão da Copa do Brasil (o que não é garantia de qualidade, como sabemos), mas, principalmente, manteve-se jogando um bom futebol e disputou ponto a ponto o brasileiro. Na libertadores, foi o adversário mais difícil que o Corinthians pegou. Perdeu Diego Souza, Rômulo, Fagner, e ainda sim mantinha-se no G4 esse ano. Ainda assim, a torcida reclamava a torto e a direito do Cristovam que, afinal, foi demitido. Vamos ver onde o Vasco vai parar..
 
- tem jogadores que são símbolo da mediocridade de seus times. Esse Henrique é um deles; antes da Copa BR, façanha do Felipão, tinha conquistado só um paulista, e não passa de um jogador mediano. Mas se comporta em campo como se fosse o Cannavaro.
 
- Obina faz uma falta bisonha, o bandeira levanta acintosamente a bandeira, a defesa e o goleiro param (até pela clareza da falta), Valdivia mata e finaliza sem reação dos adversários. O juiz tava quase validando o gol quando percebe a besteira que fez. Foi o que bastou para uma discussão de 5 min entre o Vilaron e o Jota Junior: "arbitragem confusa", "porque eles não se comunicam pelo rádio?" "nada justifica a defesa corinthiana ter parado". Pois é, depois a gente que é paranóico...Mas o pior não é isso: Vilaron ainda achou 'injusta' a expulsão do Luan. Vi os melhores momentos há pouco. O palmeirense já tinha ficado totalmente no lucro no gol de Romarinho. Aí vem e dá aquela entrada. É ser muito torcedor para fazer um comentário desse tipo...

domingo, 9 de setembro de 2012

Camisa 9

Esse vai não vai no brasileirão torna algumas coisas mais fáceis; jogos as 9 da noite, num sábado, por ex, são sempre difíceis...você arruma uma semi-confusão familiar e assiste o jogo ou deixa para lá? A escolha ontem foi fácil e, portanto, não vi o jogo. Vi os melhores momentos agora de manhã e parece que o time começou bem e deu um pouco de sorte de fazer 2 gols logo de cara. Isso facilitou. O resultado (além da vitória sobre o galo e da quase vitória contra o Flu fora de casa) mostra a facilidade com a qual o time levaria esse campeonato se as circunstâncias fossem outras. Paciência; ainda levará alguns anos para a mentalidade dos times brasileiros mudar um pouco.

Agora, ao assunto...ontem assiti partes do jogo do Flamengo. Da dó do Love, o cara joga sozinho, enche o saco, vem buscar, briga na frente.

A camisa 9 é a posição mais carente do nosso elenco. Entendo que para contratações ainda dá (na verdade, deve-se) fazer apostas: trazer caras promissores para irem se acostumando com o elenco, entrando aos poucos e, de repente, assumirem a posição (Elias, Jucilei, Ralf, Paulinho, Castan...). Mas para posições carentes tem de trazer um cara para vir jogando, para assumir. Para centroavante as opções são difícies. Ou há caras consagrados e que custam uma fortuna, ou há apostas (no máximo, trazer alguém que deu certo em uns 2 clubes e errados nuns 5 para ver se engrena...).

Acho que Love seria uma ótima compra. É um ótimo jogador, é brigador, traria identificação com a torcida. É caro? Para quem fez uma proposta de 7 milhões de euros por Luis Fabiano ano passado (e Love se machuca muito menos...). O Flamengo não liberaria? Love veio no começo desse ano em um contexto diferente; ano que vem, para disputar Copa do Brasil, sabendo melhor da zona que é por lá e com o time talvez buscando se livrar de um alto salário, acho que sairia negócio. Acho que seria uma grana bem gasta em um jogador que vem para resolver.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Mano, de novo

Há quase um ano escrevi o texto abaixo.

http://cachacadopovo.blogspot.com.br/2011/09/mano-e-selecao.html

Assisti hoje partes de mais um desempenho sofrível da seleção. Fica evidente que Mano só não caiu ainda porque não é o momento do novo técnico assumir. Assim sendo, é provável que seja mesmo Felipão, que tem contrato até o final do ano com um time brigando para não cair. Não haveria momento melhor para Muricy sair do Santos se fosse ele o nome, e além do que Muricy pagará ainda pela sua recusa ao primeiro convite da CBF (em tempo: não que eu ache que Muricy fosse um bom nome, muito pelo contrário).

Mano estava fadado a não dar certo. Enfrentou o momento de maior rejeição à CBF  e a pior safra de jogadores de sei lá quanto tempo. Aliado a isso, veio do Corinthians. Ele não teve culpa de nada? Teve, sim. Seu trabalho na seleção poderia ser melhor. Sem ter a personalidade do Dunga nem a estrela do Felipão, parece ter chegado na seleção (sendo a terceira opção) já com o sentimento de gratidão e querendo estar em 'compliance'. Só podia dar no que deu: m*rda. Vai voltar para algum time e, se tiver alguma condição, fará um bom trabalho. Em 2 ou 3 anos estará de volta aos comentários como "grande técnico". Espero que quando o ciclo de Tite terminar, ele volte para o timão.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Figueira 1 x 0

O blogueiro tem acordado meio cedo; aí começou a ver o jogo deitado no sofá, e o ritmo xexelento e o nível bizonho do jogo foram dando mais sono. Aí chegou o intervalo, e o blogueiro pensou "e vou eu lá perder tempo de sono esse joguinho?" e foi dormir.

E não é que o blogueiro fez bem?!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Conspiração

Não gosto muito de teoria de conspiração. Mas vendo agor ao Bem Amigos, onde gastaram meia-hora para falar que o problema do futebol brasileiro é que jogador  é mal-educado, que não respeita a arbitragem bla bla (aliás o que Cléber Machado e Casagrande vem falando insistentemente nas últimas transmissões), humm...Globo defendendo a arbitragem de forma orquestrada, puxando a responsabilidade para técnicos e jogadores, que seriam então os culpados por por muita pilha, humm...

dizem as más linguas que o árbitro, quando escalado, tem de entrar em contato com a comissão para receber orientações. Orientações? humm...

Por que Corinthians e Palmeiras vem sendo prejudicados com tanta insistência? Será porque já tem vaga na libertadores, seriam candidatos distantes ao título e então 'vale mais a pena' previligiar outros clubes? humm...

Faz tempo que não vejo tantos jogos consecutivos com arbitragem tendenciosa. Tá estranho, muito estranho...

domingo, 2 de setembro de 2012

Corinthians 1 x 0 Galo (será que o Cuca vai bater na mesa?)

Os times de Cuca marcam muito e são bem aplicados quando jogam fora de casa. Naquele fatídico Corinthians x Cruzeiro, onde o melhor juiz do Brasil se queimou por ter cometido o incrível pecado de marcar um penalty claríssimo no Gordo, já havíamos sofrido o jogo todo sem conseguir armar jogadas. Junte a isso um galo ligado, motivado, e o nosso time meio sonolento, meio cansado, meio parecendo se poupar do sol ou coisa do tipo, e temos um primeiro tempo com amplo domínio tático do time mineiro. Nossas tentativas de jogadas se limitavam a balões pro Sheik e pro Romarinho tentarem ganhar de cabeça dos zagueiros.
Vira o tempo e o time melhora um pouco, com Danilo conseguindo reter a bola, Romarinho caindo aberto e Sheik se movimentando mais pelo meio. Longe de ser brilhante, chegamos ao gol na bola parada. Bom, novamente, pouco a se falar (ou pouca motivação para...) de tática, do jogo. Semi-sufoco até os quase 52 minutos e voltamos a vencer.
 
- O galo não é só o lider do brasileiro. É a "sensação" que chegou ao melhor aproveitamento dos pontos corridos. Tirando alguma movimentação na frente e uma bela proteção de zaga do Pierre, é muito pouco. Principalmente jogando contra um Corinthians desinteressado e com apoio do arbitragem.
 
- Numa interminável escassez de laterais direitos, esse Marcos Rocha é uma boa aposta.
 
- Quando o Fábio Santos vai machucar para testar o Denner?
 
- Mesmo o juiz tendo me irritando tremendamente, eu planejava não falar sobre ele, exceção feita a Vuadenização: ele é um 'ótimo' exemplo desse mal que ataca muitos juízes. O cara supostamente apita "à européia", marcando poucas faltas e deixando o jogo correr, mas na prática é só uma desculpa para abolir qualquer critério e marcar faltas quando bem entender. Aí vem o penalty textbook, aquele que os caras devem mostrar no curso de arbitragem para exemplficiar o que é um penalty. Aí o cara expulsa o Sheik naquelas circunstâncias. Mas nada a acrescentar: vide o post contra o São Paulo.
 
- que a troca de Castan pelo PA piorou a zaga é notória. Por outro lado...é o segundo gol de cabeça de um zagueiro nas últimas 5 rodadas, coisa raríssima tempos atrás. O saldo ainda é muito negativo, mas...há de se falar de tudo.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Flu 1 x 1 Cor

Nesse ritmo de vai não vai, me da preguiça de escrever sobre o jogo em si, tática, posicionamento. Então falemos de coisas aleatórias...

- parmera vai cair? seria bem bacana parmerinha disputando a série b enquanto joga a liberta...

- primeira bola do jogo, WNem vai para cima do Fabio Santos, com a cobertura do Wallace...primeiro pensamento "xii...."

- e o gol, foi culpa do Edenilson? A jogada tinha sido na ponta, ele tava marcando, embora tenha demorado para voltar, não conseguiria voltar tudo mesmo que estivesse 100% acostumado a isso. Acho muito pior fazer linha de impedimento 100% do jogo com um sistema de zaga desentrosado. Tomaremos mais quantos gols em seguida?

- Cleber Machado se supera a cada dia. Juro que eu penso antes de escrever, reflito se não to vendo chifre em cabeça de cavalo. Mas ao longo do jogo ele chamou a atenção do Arnaldo ou fez questão de comentar uns 10 lances - em todos a dúvida prejudicaria o Fluminense, o juiz estaria ajudando o Corinthians ou coisa do tipo. Em lances parecidos do outro lado, silêncio sepulcral...detalhe: a transmissão era para São Paulo.

- Eu não gosto do Cuca, do Khalil, do Gaucho. Se o galo ganhar o campeonato, eu mereceria um "chupa" do tamanho do mundo pela quantidade de vezes que falei que era galo paraguaio. Maaass...dos males o menor - é melhor ver o galo campeão do que um carioca. Mesmo o Flu, que fez o milagre do acesso duplo da série C para A, que ganhou esse apelidinho ridículo de "time de guerreiros" quando escapou do rebaixamento graças a uma série milagrosa de ajudas da arbitragem, entre outras coisas. Aderi a torcida pro galo! Embora continue achando que o Flu tem mais força para manter o ritmo até o final..

domingo, 26 de agosto de 2012

A maior vergonha desde não sei quando...

Somos os atuais campões brasileiros e da Libertadores. Tite e a equipe ainda têm – na minha opinião – um caminhão de crédito para queimar. Esse domingo, assim como domingo passado, queimaram mais um pouco. Torço para que parem de gastar esse crédito. Ser campeão não alivia muito o nervoso de perder clássicos, de passar a semana não querendo ler nem escutar nada sobre futebol para não ouvir o tripudio dos adversários, aquelas reportagens da mídia sobre o "herói" do jogo etc. Perder um tabu de 7 anos pra um dos piores times do São Paulo que enfrentamos nesse período é uma grande m*rda.

O jogo começou à semelhança do que foi o jogo passado mas, sendo em casa e contra um adversário ainda mais frágil, o domínio foi superior. De fato, poucas vezes se viu um domínio tão amplo. Um a zero e cinco ou seis chances claríssimas. Maaaass...

Há tempos sabemos que uma das coisas que falta a esse time é aquele “espírito de Luxemburgo” (dos velhos tempos). Respeitar o adversário é meter 4, 5, quantos for. Tem a chance, faz, aumenta, tripudia. Mas não. Paulinho podia deixar Romarinho na cara do gol mas preferiu chutar de fora da área. Sheik, sozinho na pequena área, podia ter tocado de chapa no canto, mas preferiu chutar forte nas costas do zagueiro. Quando ganhou no corpo dentro da área, Sheik preferiu chutar em cima do Rogério a deixar Danilo livre para fazer. E por aí vai..Até que Fabio Santos, que só tinha o Luis Fabiano para olhar no lance, deu espaço pra ele receber, finalizar no canto oposto e empatar. A partir daí, o ruim time da Jardim Leonor engrossou o caldo e teve até melhores chances até o final do primeiro tempo.

Volta o segundo tempo. Na boa? Sem muita paciência para escrever sobre tática. Jogo morno, time fraco na marcação, observando o adversário jogar e sem organização ofensiva. Teve o penalty não marcado, a lentidão do Alessandro para sair e a virada. A partir daí, só nervosismo, desorganização e derrota em casa – a segunda consecutiva em clássico – para um time de mediano para baixo. Não é só o tabu que vai embora; é a primeira vez, em sete anos, que somos, de fato, dominados em casa pelo rival da Vila Sônia. 7 anos...

- É temoroso o descontrole emocional que o time apresentou nesses dois clássicos. Depois de ficar atrás do placar, simplesmente não conseguiu por a bola no chão e se organizar. Time com pressa, nervoso, tentando resolver em arrancadas e dribles, mesclando isso tudo com um certo desinteresse. Contra o Santos ainda tinha a desculpa do erro grotesco do bandeira. Hoje não tinha motivos para isso. Sendo o time que precisava menos da vitória, deveria ter tido a tranqüilidade para se reorganizar.

- Com a saída do Castan, o lado esquerdo da defesa está uma piada. Fábio Santos sempre foi limitadíssimo no apoio: não se infiltra, não finaliza, é muito tímido, se não está completamente livre, cruza mal. Compensava ocupando os espaços na defesa e não comprometendo. Há algum tempo vem jogando mal também atrás. Falhou no primeiro gol, fez uma falta ridcula na entrada da área, entre outras bobagens.  É hora de se pensar em troca na posição. Dar chances ao Denner ou contratar alguém.

- Hoje tiveram vários momentos “Cléber Machado”. Ele não consegue se controlar. Uma ‘interessante’: Luis Fabiano deu uma semi-cotovelada no peito do PA. PA exagerou na dor que sentiu, levando as mãos à face, mas a falta (aliás, quase agressão) foi clara. Cléber não teve dúvidas: começou uma discussão sobre a hipocrisia dos jogadores, que numa semana reclamam do outro, na outra fazem a mesma coisa (numa clara alusão à entrevista do PA bancando o que Tite tinha falado do Neymar). Porque ele tinha que enfiar o Santos na conversa de algum jeito, nós sabemos...se para isso era preciso comparar alhos com bugalhos e jogar a lógica às favas, que fosse. Numa outra, Paulinho ia saindo com a bola da defesa, Lucas tentou fazer a falta duas vezes, e na terceira Luis Fabiano chegou na vontade, por trás, para fazer um sanduíche. Jogo nervoso, Paulinho levantou p*to e foi peitar o atacante, que além de ter feito a falta por trás se sentiu no direito de brigar. Cléber, de novo, não teve dúvida. Primeiro, seu inconsciente o traiu, e ele comentou “tudo bem que o Paulinho fez a falta mesmo...”, e depois saiu criticando a atitude do volante por peitar o atacante, “não precisa disso”. Que Luís Fabiano, que arruma umas sete encrencas por jogo, tinha feito falta por trás desnecessária num jogo já pegado, não lhe passou pela cabeça...

- Houve um penalty claríssimo não marcado. Vá lá. O problema é que o Corinthians virou o bobo da vez, o funcionário bonzinho que sempre se f*de porque não reclama. Fora de casa vimos o que aconteceu na Vila. Aí passa uma semana e vem um juiz apitar na nossa casa e faz o que o Seneme fez: não dá um penalty claro com medo de ter errado, inverte um lateral aqui outro ali, manda voltar falta por barreira se adiantar, dá 100% dos cartões merecidos, ou seja, sem o menor medo de apitar contra o time da casa. É aquela máxima: errar contra o Corinthians não tem conseqüências, mas a favor o cara vai ouvir a semana inteira que é parte do esquema. Alguém precisa fazer alguma coisa.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Neymalandro

Não tinha visto a reclamação de Tite sobre Neymar quando escrevi o post de ontem.
 
Ontem, ele abusou do direito de ser anti-profissional, de querer ganhar o jogo pelo anti-jogo. Existe provocação, catimba; fazer isso todo jogo, todo lance, e basear todo seu "futebol" nisso é outra coisa. No primeiro lance, um salto quando encontrou o corpo do PA no meio. Em outro, um salto carpado quando encontrou a perna do Danilo. É vergonhosa a cena do empurrão do Guilherme, que foi suficiente para uns dois passos a mais; quando ele viu que a parede de vidro estava perto, deu mais dois passos e se esborrachou de propósito no vidro.
 
Já fez isso tantas e tantas vezes, em outros jogos. Grande parte da mídia o protege, é "garoto", vai aprender, é malandragem brasileira. Mas é há 3 anos a maior "esperança" do futebol brasileiro e de longe o maior salário, já é pai, já demitiu técnico, aparece 1 em 3 comerciais da TV. Para isso ele é já é grandinho?
 
A arbitragem brasileira também o protege. Mesmo quando os árbitros querem "vuadar", como o horrível Flavio Guerra ontem, não deixam de marcar as faltas em cima dele. Isso quando não são mais rígidos em cartões nas faltas por conta das acrobacias que faz.
 
Ele deve se sentir o malandrão, "que engana", que irrita o adversário. Já é vaiado quando joga na Europa. Mostrou nos jogos importantes da seleção que depende de zagas muito fracas e arbitragens coniventes para brilhar. Eu gostava de Neymar, ainda acho um baita jogador, mas agora peguei bode. A sequência de antiprofissionalismo e a sensação de que ele está perdendo o bonde da história (quando devia ir para a Europa e se desenvolver muito além de onde já chegou) vão queimá-lo. Mas se Ganso só agora está sendo questionado, duvido muito que o clima de "jóia da Vila" passe tão rapidamente. Talvez quando perdermos a Copa de forma vexatória e, de novo, ele não decidir.

domingo, 19 de agosto de 2012

Como complicar (e perder) um jogo fácil

Antes do jogo: A história dos desfalques importa mais do que o número deles. Jogar com um lateral estreante e com Wallace no lado do campo onde cai o melhor jogador do Brasil é preocupante. Na frente, Sheik (que queiram ou não ainda faz muita falta) fora e em seu lugar um Guerrero que, até então, não tinha mostrado a que veio, num time desacostumado a jogar centroavante.

O jogo começa e Tite entra com esquema parecido com o usado contra o mesmo adversário no mesmo estádio na liberta – uma espécie de 424, com a linha de 4 da frente mais recuado. Na liberta, Sheik e JH ficavam abertos com Alex e Danilo compondo o meio e avançando; hoje, Romarinho e Danilo abriram para Douglas e Guerrero ocuparem o meio. Douglas em partida inspirada, Romarinho eficiente e Guerrero fazendo sua primeira boa partida. O domínio tático foi gigantesco e o time já tinha tido umas cinco chances antes do gol. Depois do gol, a impressão foi de que os jogadores acharam que o jogo tava muito fácil e pareceu haver uma certa desorganização, com os jogadores da frente guardando menos posição, naquela postura típica de pelada. Foi nessa desorganização que quatro jogadores apenas olharam Neymar fazer o que quis e deixar André livre para empatar. Uma lástima de empate para um tempo onde o time foi amplamente superior. Um time mais focado teria virado 2 x 0 e quase fechado o caixão.

O Santos volta mais ligado e, logo no começo, um gol absurdo, que nunca tinha visto na minha vida: 3 impedimentos num lance só. Irritação com a arbitragem, cujo critério para falta é inexistente, jogo mais pegado, atrás no placar; o Corinthians até tentou se organizar e teve algumas semi-chances, mas sem muito sucesso. Danilo, que fora o gol não entrou no jogo, dá lugar a Martinez. Depois da segunda bola perdida por ela, eu estava pensando “Martinez precisa entrar mais ligado no clima do jogo”, quando ele faz a jogada e o belo gol. Beleza! Empatamos, vamos para cima...que nada, 2min depois outra vacilada monstro e o gol, sem forças para outra reação (além dos 3min de acréscimo em um segundo tempo com 3 gols, 6 substituições e algumas confusões).

Pense bem: em quantos jogos à vera o Corinthians de Tite tomou 3 gols? Pode não ser tão óbvio, mas alguma falta de concentração é latente, ainda mais 2 gols tão bobos quanto o primeiro e o terceiro. Erros de arbitragem a parte, foi uma lição de como perder um jogo ganho.

- Quão patético foi ver o Rafael, sangrando, reclamando pro juiz “foi a terceira, véio”, enquanto o replay mostrava o cotovelo do zagueiro santista causando o estrago?

- é sempre perigoso ver juiz “vuadando”; geralmente, eles começam “não marcando faltinhas”, deixando de marcar algumas faltas reais e se perdendo no critério, passando a marcar faltas de forma aleatória. Em jogos pegados, a coisa descamba, com os jogadores se irritando com as faltas não marcadas e entrando mais pesado. Hoje aconteceram, de novo, as duas coisas. Os últimos 25 min do segundo tempo o nível da arbitragem foi desastroso, de pelada; num dos ápices da lambança, o cara não marcou um corte do Neymar na barreira há 3m do Douglas e depois, para compensar, não deu falta num empurrão com os 2 braços do PA no mesmo Neymar. Patético.

- É sabido que Cléber Machado é santista. Mas ele não consegue disfarçar como, nos jogos do Santos, sempre tem algum comentário de “desculpa” para algo que fale mal das sardinhas. É emblemático aquele episódio no Pacaembu, quando Adriano semi-agrediu o bandeira. Enquanto passava o replay, a sua primeira reação, quase emocionado, foi falar “mas também, por que o bandeira tem de fazer isso??”. Hoje, umas três vezes ele fez aquele comentário que quase passa despercebido...quando Neymar foi encostado por Danilo e deu um salto carpado triplo, e até o Gaciba notou a “valorizada”, ele falou “é, o Neymar fala que quando o adversário pega ele pula mesmo, para não se machucar...”. Ah tá... Fora as três vezes que ele tomou a palavra para justificar o porquê da reclamação do Tite na falta em cima do Guerrero seria injusta.

- Neymar vale um post a parte. Ele provavelmente se sente o malandrão quando dá aqueles pulos e os juizes brasileiros caem na dele. Na prática, ta jogando fora a oportunidade de efetivamente ser um dos melhores do mundo para continuar a ser o Mr. Catanduvense.

- Aos 15 minutos do primeiro tempo o fatídico bandeira já tinha marcado 3 impedimentos inexistentes do Corinthians. Juro que pensei naquele momento “esse cara entrou para f*der”. Aí você pondera e pensa “vai ver o critério do cara é, na dúvida, sempre dar”. Vem o segundo tempo, o campo vira e o cara tem a pachorra de validar um gol com 3 impedimentos no mesmo lance, sendo 2 claríssimos. Eu sempre reclamo muito mais desse tipo de coisa, de critério de faltas e cartão, do que de penalty mais ou menos não marcado. O cara errar quatro ou cinco vezes a mesma coisa pro mesmo lado é sempre estranho. E o pior é que um cara desse continua bandeirando na boa...

- O Santos terá muita dificuldade para se recuperar, não só no brasileiro, mas como time. Eles continuarão pensando que são o 'grande time' que ganhou quase tudo em 2010 e 2011, quando são um bando de moleques com um técnico que é menos do que pensa. Eram 10min do segundo tempo, estavam na frente no placar contra um time semi-nocauteado naquele momento; Ganso dava passes de calcanhar e Neymar fazia firulas na lateral. Se perdemos um jogo que estava ganho no primeiro tempo, eles quase deixaram de ganhar um jogo, em casa, onde poderiam ter feito 3 ou 4 na primeira metade do segundo. A diferença é que a nossa desconcentração é de quem tem um mundial para jogar...

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Corinthians 1 x 0 Inter

Foi um jogo bem ruim de se ver. Mais do que os desfalques (no nosso caso), foi o acúmulo deles numa posição do campo: Adilson, que começou jogando, é simplesmente a sexta opção do ataque. Taticamente o time parecia também bem perdido em campo. Da TV, dava a impressão de que Tite tentou reeditar o esquema da liberta, com os 2 supostos atacantes bem abertos e deixando os meias mais centralizados, com a função de aparecer na área de vez em quando. Além de sem ritmo, desentrosados, Martinez não tem cacoete de entrar na área e Adilson é deveras limitado. Junte-se a isso uma partida tecnicamente ruim de vários jogadores e tá feito o estrago. Tite tentou umas inversões, jogou Martinez para esquerda, enfim. De fato há pouco a se falar sobre o jogo. Com uns 10min do segundo tempo eu pensei "só vai sair gol num lance isolado", e foi o que aconteceu. Sorte nossa que foi pro nosso lado e mais 3 pontos. Agora é torcer que com a volta dos desfalques o time não demore muito para reencontrar um padrão de jogo.
- Vendo o Martinez jogar me lembra muito o estilo de jogo do time do Velez: aquela falsa lentidão, de carregar bola e toques de lado que parecem lentos mas que, na hora certa, ganham velocidade. O argentino terá que se adaptar - tocar mais rápido e decidir com mais rapidez o que fará com a bola. Mas tem uma característica - drible - da qual o time carece toda vez que Sheik não joga..
- Dou umas 5 rodadas pro Fluminense passar o galo.
- o tipo de virada que é possível (na verdade, é provável) acontecer num campeonato tão longo e de nível mediano como o brasileiro é com frequência subdimensionado. Há 3 rodadas, São Paulo e Corinthians estavam em "blocos diferentes" na competição: São Paulo brigava para entrar no g-4, enquanto o Corinthians tentava manter a sua décima posição. A diferença então era de 8 pontos. Parece muito, mas em 3 rodadas, o jardim leonor FC perdeu 3 e o Corinthians somou 7 pontos, fazendo a diferença cair para 1.

domingo, 12 de agosto de 2012

Daqui para frente

De novo, vi apenas 30 min do jogo de hoje. Na verdade, o último jogo que vi inteiro foi contra o Bahia. Estou aproveitando esse lenga-lenga para recuperar 'créditos' em eventos familiares e com amigos...
 
Não posso comentar sobre o jogo. A questão é: ainda dá para brigar pelo título?
 
Uma ressalva é necessária, antes de tudo: o desempenho do galo nos 40% iniciais do campeonato é tão espetacular que, se o time mineiro mantiver 70% do aproveitamento que teve até agora, será campeão com folgas. Não acredito - esse time inevitavalmente passará por um momento de 5 ou 6 jogos seguidos sem vitória, que o colocará no nível do bloco dos 'segundos e terceiros', normaiszinhos, brigando pelo título. Mas se o galo calar a minha boca e conseguir manter-se sem grandes quedas até o fim, ninguém o alcançará.
 
Isso dito, nos últimos 6 jogos, o Corinthians somou 12 pontos, um aproveitamento um pouco acima de time campeão. A torcida esperneia, o time vinha de 3 empates seguidos, não tem jogado muito bem, o time está se reformulando, não passamos do décimo lugar. Mas se mantiver esse aproveitamento até o fim, chegaria a 65 pontos e apenas alguns pontos atrás de quem for campeão. É pouco, seria preciso recuperar alguns pontos da sequencia ruim do começo se quiser disputar de fato. Por isso, para brigar pelo título, em algum momento vai precisar emendar uma sequência de 3 ou 4 vitórias consecutivas.
 
O ponto é: o time deve manter esse rendimento até o final e, em algum momento, engatar uma pequena sequência de vitórias consecutivas. Se fizer isso chegará nas últimas cinco rodadas brigando ponto a ponto. É possível? Não apostaria minhas fichas, mas é bem longe de ser impossível. O time tende a se acertar, o nível do campeonato é fraco e ainda teremos sequências de 1 jogo por semana, quando sabemos que o descanso a estamina fazem diferença a nosso favor. A cada jogo parece que uma vitória ou um empate podem decidir o futuro no campeonato. Nâo é bem assim; num campeonato de 38 rodadas são as tendências que decidem quem vai brigar em que parte da tabela.

sábado, 11 de agosto de 2012

E não passa da prata, de novo

E a seleção olímpica, de novo, não consegue o ouro.

O time de Mano fracassou justamente no tipo de jogo que apostou: uma defesa fraca que se garantiria na força do ataque. A defesa hoje foi o que sempre foi e o que se esperava dela: tomou 2 gols bestas. Só que o ataque mostrou, numa situação de relativa pressão, que tem jogadores incapazes de decidir. O time da copa de 2014 não será muito diferente desse, e isso é problemático. Especialmente quando o marronzismo acha ruim que alguém comente que “Neymar precisa ir para a Europa” e, pelo que tudo indica, há muito pouca chance desses jogadores que estão aí amadurecerem alguma coisa.

- que arbitragem desastrosa para um final olímpica

- Dunga foi criticado em 2010 por não levar Neymar e Ganso que, desde então, têm simbolizado a tal da nova geração. Evidente que o primeiro se mostrou ser muito mais jogador que o segundo. Ganso, a rigor, não deveria nem estar na seleção: jogou um pouco de bola num paulista e numa copa do Brasil há 2 anos e vive até hoje dessa fama. Machuca-se muito mais do que joga e, se alguém tinha dúvida de que não é nem de longe um jogador para se depositar esperanças, essas duvidas devem ter acabado. Neymar é um baita jogador, mas pipocou de novo. Se a grande esperança não consegue jogar contra o time olímpico do México,  é complicado. O que as pessoas do futebol que entendem alguma coisa vem falando é óbvio: enquanto não for para a Europa, Neymar será só alguém que faz gols belísismos contra o Catanduvense.

- verdade seja dita, o único que jogou bola do meio pra frente foi Oscar, que recebeu uma responsa que nem deveria ser sua e correspondeu bem. Pena que não teve com quem dividir.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

então...

- vendo partes do jogo do São Paulo ontem, só ficou mais clara a impressão de que foi muito ruim ter perdido 2 pontos contra esse horrendo Bahia

- caminho abertíssimo para a seleça do Mano após eliminações de Uruguai e Espanha. Se deixar passar essa chance de ouro será de lascar.

- semana sem jogo do Corinthians, o assunto futebol acaba caindo totalmente na prioridade...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Bahea 0 x 0 Corinthians

O Bahia tem um time horripilante, em todos os sentidos. Ainda assim, não tinha muito mais o que o Corinthians podia ter feito no primeiro tempo, vindo de uma sequência de jogos, jogando com sol nas costas contra um time tentando marcar pressão empurrado pela torcida: truncou o jogo no começo e começou a dominar as ações lá pelo meio do primeiro tempo. Faltou um pouco de efetividade da produção ofensiva, é verdade, mas achei que o time melhoraria no segundo tempo, com a temperatura mais amena. O problema do segundo tempo é que o cansaço ficou nítido; junte-se a isso o fato de que o time não estava em uma partida tecnicamente brilhante e tivemos um jogo dos mais chatos. Empate ruim, mas mantivemos um % de 72 nos cincos jogos que o time realmente voltou da libertadores, que se mantido até o final do campeonato nos credencia ao título.
- Goste-se ou não, Sheik faz muita falta. Num jogo como ontem, quando o time não se encontra e tem dificuldades na produção ofensiva, ele é sempre uma válvula de escape com um drible e/ou uma arrancada. Romarinho ainda não tem a segurança nem a força física para tanto. O ataque com JH e Romarinho ficou capenga, porque Jorge já não sabe apoiar há algum tempo e Romarinho não conseguiu segurar a bucha sozinho.
- Tenho dificuldades de entender como Wallace consegue ser jogador profissional, de tanto que se atrapalha com a bola. Mas até que ontem não comprometeu.
- Agora uma muito bem-vinda semana de descanso antes do jogo contra o Vasco, sem Dedé de novo. Repor as energias, recuperar os contundidos, treinar variações, colocar Guerreiro e Martinez em condições. Com o time descansado boto muita fé em qualquer jogo contra qualquer adversário.

sábado, 28 de julho de 2012

Variados

- O time do Mano tem uma ótima capacidade ofensiva, mas defensivamente chega a ser uma piada de mau gosto. Poderia ter matado o jogo contra o Egito no primeiro tempo, assim como teria muito bem ter empatado pelos gols que o Egito perdeu no segundo. Os erros de posicionamento as vezes são bizarros; Juan é fraco tecnicamente e Marcelo não sabe marcar - motivo pelo qual Mourinho sempre preferiu Coentrão. O jeito é torcer para o Mano resolver os problemas mais intensos e o time resolver na frente. Pelo menos não teremos jogos chatos...
- O Santos está virtualmente fora da libertadores do ano que vem. Nao pela matemática, mas pelo cenário que se apresenta. O time é extremamente limitado e, quando Neymar voltar, pode recuperar um pouco, mas não suficiente para pegar liberta. Aí fica a pergunta: Neymar ficará para jogar Copa do Brasil? Ainda mais quando ficar mais claro do que já estava que para jogar contra o Santos é só marcar Neymar e pronto; durará muito o conto de fadas de renegar milhões de euros e pagar salários astrônomicos para um jogador que 20% do tempo está na seleção?
- Voltando as Olimpíadas...a Espanha tomou um sacode do Japão, na minha opinião caindo numa arrogância de estilo de jogo, daquela papagaiada de que no Barcelona as equipes de base jogam no mesmo esquema tático do time principal etc. Uma coisa é jogar naquele estilo de toques rápidos, mesmo na defesa, com segurança e tranquilidade, quando a média de idade do time é vinte e sete anos e tem-se puyol, busquets, xavi, iniesta e por aí vai. A outra é fazer isso com um bando de moleque de vinte anos. Cag*aram no pau umas quatro vezes e não tomaram uma goleada do Japão por sorte.
- Tenho gostado muito (mesmo) das partidas do Romarinho. O que mais me impressiona é que 80% das vezes ele faz a jogada correta - tanto na teoria quanto na execução, e essa jogada correta é bem variada no tipo. As vezes é um passe de primeira, as vezes é um drible, uma matada já saindo da marcação. Ele parece não ter grandes deficiências em nenhum fundamento. Inclusive na finalização; é o melhor finalizador dos atacantes depois que Liedson foi embora.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Em décimo

O blog andou parado nos últimos dias simplesmente porque não consegui assistir os dois últimos jogos. Pelo que li aqui e acolá, parece que contra a lusa o time pecou um pouco em concentração e força física (cansaço?), enquanto ontem já houve mais aplicação tática e pouco espaço pro Cruzeiro reverter. De qualquer jeito, o time caminha com certa firmeza em direção à primeira parte da tabela.
 
Depois do jogo contra o Bahia, teremos uma semana para treinar antes do jogo contra o Vasco, o que será ótimo, especialmente para descansar o grupo.
 
Tite está correto no discurso: foco sempre no próximo jogo. Já teremos complicações demais para evitar pensar no mundial em Dezembro; pensar em liderança ou título como primeiro objetivo estando na décima posição é contraprodutivo. Estabelecendo metas de curto prazo é provável que, se não faltar concentração, o time entre no terceiro terço do campeonato brigando pelas primeiras posições.

sábado, 21 de julho de 2012

Contra a lusinha

Poupando Danilo (e Alessandro), Tite ensaia entrar com o losango: ralf, edenilson pela direita, paulinho pela esquerda, e Douglas centralizado. Na frente, continuam Sheik e Romarinho. É uma variação tática interessante, especialmente porque Romarinho ganha um 'companheiro' de marcação pela direita e, ao menos em teoria, pode ficar mais solto - embora esse companheiro seja alguém com tão pouco cacoete de marcação quanto ele. É importante verificar se essa variação tática funciona na prática e adaptar. Um dos problemas do time é justamente a falta de variações.
 
No lugar do Alessandro, Welder. Na maratona de jogos quarta e domingo, a tendência é vermos essas coisas acontecerem mais - jogadores a ponto de estourar e reservas entrando. Esperamos que o nível caia tão pouco quanto caiu quarta.
 
A propósito, depois das Olimpíadas Ralf e Paulinho deverão ser presença constante nas convocações da seleção. São desfalques que preocupam e muito, e deverão comprometer o desempenho do time.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

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- Quando JH estiver recuperado, deve retomar o lugar de Romarinho. Futebolisticamente, o time tende a piorar. Romarinho oferece melhores condições ofensivas pro time e ainda não está viciado em defender. Mas vendo o panorama geral, Tite acertaria ao tomar essa decisão, mesmo que o time sofra uns 2 ou 3 jogos e Romarinho recupere a posição. É a tal da "coerencibilidade" titeana. Não se mantém um grupo de jogadores mais ou menos unidos e focados por um bom tempo, com boas opçoes de banco, mantendo os jogadores assustados com a perspectiva de saírem por suspensão ou lesão e perderem suas vagas. A perda da posição de titular deve ser algo comprovado com uma boa sequência de jogos e oportunidades ao reserva. Se JH retornar, não produzir, e em 2 ou 3 jogos (+ treinos) Romarinho entrar e jogar mais, toma a vaga de vez (que é o que deve acontecer).
 
- jogo sábado a noite é fueda. Tenho alvará para assistir todo jogo, mas esse até eu tenho vergonha de pedir para ver...
 
- no blog do Dr. Osmar, a tal da mudança de jogo do Corinthians para competir com a seleção. As reações aqui e ali são engraçadas - time da mídia, globo manipuladora, entre outras. Quando da competição para transmissão das Olimpíadas, muita gente gostou da Record ter ganhado, sabe-se lá a que preço e com dinheiro de quem. Parece que a globo não tem direito de usar suas armas na briga pela audiência...

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Papai Joel 0 x 3 Corinthians

Foi um jogo entre um time e um catado.
 
A diferença tática, técnica e emocional era tamanha que, mesmo se os gols não tivessem saído do jeito que saíram, poder-se-ia chamar de um massacre. Aos 23 min do primeiro tempo, o Flamengo formou sua primeira jogada de perigo - uma bola cruzada que acabou sendo tirada por Danilo. Até então, o Corinthians já tinha chegado umas cinco vezes com algum perigo. Os 2 gols saíram de um Douglas ligado no jogo (e visivelmente mais magro), que já tinha enfiado 2 boas bolas. O ataque com Sheik e Romarinho tem uma movimentação muito interessante, pois os 2 são incisivos, buscam a diagonal em direção ao gol adversário. O terceiro gol foi uma belíssima troca de passes, com uma finalização ainda mais bela de Danilo. No mais, pouco a se falar sobre o jogo de forma geral.
 
- Outro ótimo desempenho de Romarinho. O garoto parece desempenhar todas as funções importantes bem: recebe de costas, dribla, passa e finaliza. Tite já está "adestrando" ele à marcação, o que é preocupante, mas por outro lado compreensível. Ontem, ao menos, foi mais exigido nessa função quando já estava 2 x 0, o que nos dá um alento de que Tite pode estar gostando dessa ofensividade maior.
- A diferença de padrão tático do time esse ano em relação ao ano passado é gritante. Peças vão chegar, vai haver desfalques, e é possível que haja flutuações. Mas o padrão tático está claramente definido.
- Exceção feitas a jogos contra Flu, Vasco e Inter (se completo; se for o Inter desfalcado do jogo do Galo ontem é outra baba) e os clássicos, deveria ser todo o jogo, mesmo fora de casa, a facilidade que foi ontem. O campeonato brasileiro é fraco, a despeito do que os jornalistas afirmam. A diferença de técnica e padrão tático de um time como Corinthians e times como o Flamengo, com uma escalação tosca, um técnico fanfarrão e sem nenhum padrão tático é abissal.
- O óbvio é que Douglas ganhou muitos pontos. Mesmo que não tivesse feito os gols do modo que fez, seus primeiros 20min de jogo já davam mostras de que pode contribuir. Mas é cedo. O padrão tático titeano exige os 10 quase 100% concentrados a maioria do tempo. Douglas tem de mostrar que ontem foi a regra, não a exceção. Alex funcionava melhor taticamente. O contrapeso disso é que Tite não vai deixar 3 (Sheik, Douglas e Romarinho) com pouca aplicação tática, e deve exigir do Romarinho um posicionamento mais a Jorge Henrique, o que ofensivamente é ruim. Por isso que Douglas deverá compensar bastante essa modificação jogando muito.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Alex (e mais sobre o Martinez)

Antes, falando mais sobre o Martinez.
 
Nos jogos que vi do Velez, fica difícil estabelecer qual era a real função dele, pois nos 3 jogos o time argentino jogou com escalações bem diferentes - em especial nos 2 jogos contra o Santos, quando estava muito desfalcado. Todos dão conta de que é um segundo atacante, rápido, que cai pelos lados, e de fato pareceu jogar assim nos jogos que vi. Mas tem características um pouco diferentes de Sheik, por exemplo. Embora possa dar arrancadas em velocidade (como imagens da internet mostram num golaço que fez contra o Racing), normalmente carrega a bola com uma certa tranquilidade, mostrando domínio de bola e capacidade para enxergar o jogo. Parece-me mais um meia aberto no 451 do Mano de 2009, com espaço para fechar pelo meio, do que um extremo do Tite, com pouca liberdade para sair da linha lateral do campo. Por isso que acho até que, a princípio, ele pode compor o meio, se tiver disciplina tática para isso - até porque é destro. Mesmo "disputando" posição com Sheik e Romarinho, tem características diferentes, o que pode dar ao Tite opções táticas.
 
Venda do Alex. Seria interessante se ele não saísse, mas a sua saída é longe de ser uma catástrofe. No plano técnico, ainda não atingiu o que esperava-se dele. Correspondeu mais pelo vontade e pela contribuição nas bolas paradas (nos cruzamentos; nas faltas batidas direto pro gol o aproveitamento é ruim) do que propriamente pela bola rolando. Perde bolas e, diferentemente do Danilo, sua lentidão com a bola no pé não é compensada por passes tão precisos e decisivos. Ainda assim, é mais um em um time encaixado e sua saída trará problemas. Mas dada a situação, não dava para segurar. O time árabe ofereceu um caminhão de dinheiro ao jogador. Para o Corinthians, é a retomada do investimento ano passado acréscimo por um jogador de 30 anos, e a liberação de 400 mil na folha. Para segurar o jogador seria necessário torná-lo o maior salário do elenco com alguma sobra. Confrontando-se desempenho técnico e situação financeira, acho que manter o Alex seria um esforço exagerado.
 
Se não contratar ninguém, a primeira opção é Douglas. Para ele, é a última chance, aquele "vai ou racha". Com sequência de jogo, não terá mais desculpas se não render. Uma outra opção é a mudança de esquema tático; acho que Martinez é uma opção para compor o meio. Uma terceira opção é um losango, com ralf, paulinho edenilson e danilo. De qualquer jeito, a diretoria teria até o final do ano para observar e ver se precisa alguém para a posição.
 
obs: agora no almoço na Band cogitaram a vinda do Nenê do PSG.

Segunda de frio

Acabei não tendo tempo de postar algo sobre o jogo. Então vão alguns comentários aleatórios:
 
- até a chegada dos reforços, a análise tática fica facilitada. O time, diferentemente do brasileiro do ano passado, já tem padrão tático definido. Sem Elton e voltando Sheik volta-se ao suposto 442 com dois atacantes bem abertos e Danilo e Alex se revezando no meio.
 
- Romarinho já tinha sido a ressalva do jogo contra o Botafogo. Gostei muito da sua atuação sábado. Não fez nada brilhantemente, mas mostrou ser o segundo atacante do elenco (tirando o Sheik) com mais capacidade ofensiva: faz tudo razoavelmente bem. Recebe de costas, dribla, passa e arremata. Há de se esperar uma sequência, mas nesse esquema com 2 atacantes que conseguem ser agudos, como Sheik e Romarinho, pode render muito bem (se Tite não encher o saco do garoto para marcar mais do que precisa).
 
- a produção ofensiva com Sheik é completamente outra.
 
- Guerrero e Martinez: o primeiro não conheço. O segundo já tinha chamado a atenção nos 3 jogos do Velez que assisti esse ano. No jogo contra o Santos na Argentina tinha até mandado um sms a um amigo "esse cara caíria bem no timão". Pode até fazer a função de meia carregador de bola, estilo Montillo, coisa que caíria bem no time.
 
- Essencial trazer um reserva pro Ralf. Pro Paulinho tem o Edenilson. Pro Fabio Santos estão apostando (com razão) em Denner. Está na hora de, em algumas funções, deixar a reserva para garotos promissores entrarem no time aos poucos.
 
- alguém acredita que o galo manterá o gás?

sábado, 14 de julho de 2012

Para espantar o marasmo

Acho que o Corinthians ainda demora para engrenar no brasileirão – se é que será possível engrenar. Demorará porque ainda há definições a serem efetuadas de quem fica e quem sai, há a retomada da alta concentração (depois de cinco meses disputando uma competição que exige máximo de foco), há a chegada de reforços. O problema é que, só interessando o título, quando o time conseguir voltar a jogar em alto nível, a diferença pros líderes pode ser tamanha que impedirá uma retomada efetiva.

Entendo que haja dois motivos principais para clubes que conquistaram libertadores e copa-br no primeiro semestre relaxem no segundo. O primeiro, chamado de “relaxamento natural”, embora seja um clichê, é parte da natureza humana. Durante metade do ano todo o foco e concentração foram direcionados para um objetivo que, felizmente, foi conquistado. Quem já passou por situações semelhantes – passou numa prova difícil, conquistou uma grande promoção – sabe que isso acontece.  Junte-se a isso a reformulação do elenco e pronto, está feita a salada. Os times que chegam às finais dessas competições sofrem mais com o descasamento de calendários europeu e brasileiro. Os times eliminados mais cedo conseguem pensar suas reformulações antes; Palmeiras e Corinthians estão começando suas reformulações na oitava rodada; terão condições de estar com elenco fechado e rodando a partir da décima segunda. Contra essas circunstâncias, pouco pode ser feito para evitar essa “relaxada”.

O segundo motivo é a mentalidade. O campeão da Copa BR já tem vaga na libertadores conquistada; o da libertadores alcançou o topo do mundo (na visão da maioria) – o resto parece pequeno perto dos louros da vitória. Essa razão para cag* e andar no brasileiro dá para mudar – e acho que, pelo menos para o Corinthians, será mudada (louve-se a postura do Vasco ano passado). Há razões muito lógicas para jogar a sério o brasileiro. O primeiro é que uma competição importante (e legal) para cacete. Depois porque é longa – enrolar o torcedor por cinco meses será complicado. A decorrência disso é o risco de perda de receita – se o time estiver enrolando, o público cairá bastante. O espaço na mídia também cai. Além de tudo, tem o fato de que a melhor forma de se preparar para o mundial é estar com o time afinado e concentrado – e isso se consegue jogando, disputando uma competição. Os fracassos retumbantes de Inter 2010 e Santos ano passado nos mundiais comprovam isso (e mesmo as vitórias de São Paulo e Inter em 2005 e 2006 não são argumentos contra, pois foram vitórias que contaram com uma conjunção muito específica de circunstâncias).

A diferença entre teoria e prática é grande. No discurso, a diretoria vem acertando, pregando que a libertadores “já passou” e que agora temos o brasileiro. Se vai dar certo, só vendo...

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Palmeiras, Felipão, Assunção

A propósito do título palmeirense...
 
Não falaremos da óbvia fraca qualidade técnica do torneio - além de ser um assunto batido, pareceria despeito pelo título do rival. Parabéns a eles e pronto. Engraçado é que no ano mais feliz dos últimos 13 anos palmeirenses estejamos comemorando um título da competição mais importante que eles já ganharam ehehe.
 
Mesmo com a baixa qualidade técnica, o time de Felipão passou por todos seus adversários com bastante facilidade. Mesmo nos 2 anos de vacas magras de Felipão no Palmeiras, nunca deixei de considerá-lo um bom técnico - pelo menos um técnico que sabe fazer uma coisa muito bem: montar times encardidos para jogar mata-matas. Com um elenco claramente limitadíssimo, chega a um título duma competição em que times com mais elenco (como São Paulo e Grêmio) e técnicos não menos badalados ficaram para trás. O Palmeiras lutarará para não cair no brasileiro; ainda assim um jogo contra eles é sempre um jogo difícil.
 
Uma questão interessante futebolisticamente falando: Marcos Assunção, o melhor batedor de faltas do futebol brasileiro desde Marcelinho, seria jogador para times de alto nível?
 
O nível dele nas bolas paradas é espetacular. Com a bola rolando, é um jogador mediano, com a desvantagem de não poder corresponder fisicamente. Na minha opinião, não jogaria em um time que buscasse jogar em alto nível - como Fluminense, Inter e Corinthians, por ex. Seria preciso montar todo um esquema de meio-campo para que ele pudesse jogar. Funciona em um time limitado que faz 50% dos seus gols pelos pés dele. Em um time mais competitivo, o trade-off seria negativo. Lembro do Estudiantes de Veron, que jogava em posição parecida. Mas Veron era bem mais interessante com a bola rolando, além de toda a sua experiência de comandar o time.
 
Em tempo: o que estaríamos ouvindo hoje na imprensa se fosse o Corinthians a ser campeão com essa arbitragem - penalty duvidoso marcado e outro escandaloso não marcado a favor do Coritiba no primeiro jogo, e no segundo jogo gol de falta que não foi?

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Corinthians 1 x 3 Botafogo

Foi o jogo de um time sonolento, ainda de ressaca, contra um time que veio jogar um jogo fora de casa no Brasileirão contra um adversário forte (ao menos em teoria).
No quesito vontade, Romarinho e Alessandro destoaram do resto; no quesito técnica, tava tudo no mesmo marasmo. Até o gol, o jogo estava paradão, com o Botafogo chegando um pouco mais. Depois do gol, o time até ameaçou alguma organização e criou 2 ou 3 boas chances. No segundo tempo, no entanto, o marasmo chegou com toda a sua força e o limitadíssimo time Botafoguense fez o que quis. Pouco a se avaliar além da claríssima sonolência do time. Vejamos pelo lado positivo: se a comissão técnica usar o resultado para falar "bom, somos campeões, comemoramos, agora essa é a realidade pelos próximos seis meses, acorda p*tada", pode dar resultado. Outra coisa é mostrar que essa de "vende depois a gente repõe" não funciona muito bem não e pode dar um incentivo à diretoria para manter jogadores.
- E o Elton, hein? Parece um paredão de tênis: bate e volta...
- Que juizinho ruim esse Heber. É vergonhoso que juízes tão fracos assim gozem de tanto prestígio no cenário nacional.
- vai levar algum tempo para acertar o lado esquerdo da defesa sem Castan. Ontem 2 gols e mais umas 3 oportunidades do Botafogo saíram por lá.
- Para mim a coisa mais irritante no futebol é simulação; é muita "brasileirice" pro meu gosto. Ontem uns 9 jogadores do Botafogo caíram no chão e esperaram a maca; o Cidinho caiu, levantou para ver o fim do lance e quando a bola saiu, caiu de novo. Ronaldo gordo já falava: precisaria se criar uma regra para quando o jogador saíssse de maca, ficasse uns 5 minutos fora antes de voltar. Não vão criar essa regra porque na Europa eles simulam muito menos. Deixei os índios aqui da América do Sul jogarem esse joguinho tosco que jogam por aqui...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Paulinho e Oscar

As ofertas para Paulinho e Oscar são exemplificativas de que não se deve vender volantes, laterais e zagueiros - a não ser que venha uma proposta estratosférica.
As diferenças entre os 2 que indicam que o preço de Oscar deveria mesmo ser maior são duas: ele é mais novo e joga mais a frente do que Paulinho.
Pró-Paulinho tem o fato indubitável de que já provou bem mais que Oscar; é um dos principais (se não for o principal) jogador do clube campeão brasileiro e da libertadores. Vem jogando em alto nível há pelo menos um ano e meio, enquanto Oscar joga há uns 6 meses.
Ainda assim, a oferta do Chelsea para o Inter é de 20 milhões de Euros; a da Inter de Milão para Paulinho é de 8,5 milhões. É mais do que o dobro.
Essa diferença é paradigmática até pela diferença pequena em posicionamento em campo. Paulinho é um segundo volante que chega muito ao ataque; Oscar é um meia. Essa pequena diferença de posicionamento é a principal razão da diferença de ofertas.
Por isso que de volantes para trás tem de fazer o máximo esforço para não vender. Paulinho merece um salário de 400 mil (digamos) e as fontes dão conta que nessas condições ele ficaria. Nesse caso, difícil é convencer os investidores. Vale a pena até comprar parte dos direitos pelo valor da oferta. A sorte que o Corinthians tem dado após a venda de Elias e Jucilei, de logo surgir alguém bom para ocupar o lugar, dificilmente se manterá. E a opção seria trazer alguém de fora, para se adaptar, gastando os tubos com transferência e salário.
Quanto a meias e atacantes...se o cabra recebe uma proposta de 20 milhões de euros e salários de 400 mil euros ou mais, não tem o que fazer. Vende e pronto. Talvez daqui a alguns anos a situação mude; por enquanto é isso.