domingo, 27 de novembro de 2011

Figueira 0 x 1 Corinthians (quase...)

Tite entrou com a mesma formação da última partida; talvez para não mudar o esquema, talvez, como lembrou o Luiz, para não cometer “injustiça” com ninguém do grupo, como Danilo e Willian, que foram titulares boa parte do tempo. De qualquer maneira, Alex não podia ter ficado de fora, pela qualidade que tem e pelos desempenhos quando joga. Mas ficou...o jogo começou fraco, pegado, sem chances de gol. Figueira demonstrava um pouco mais de volume de jogo, mas nada para ameaçar. Era um jogo feio, e o Corinthians demonstrava, de novo, muito pouco para quem quer ser campeão.
Vem o segundo tempo e Tite faz uma coisa que não costuma fazer com freqüência: mudou já no intervalo, Alex pelo William. Talvez o William não merecesse sair toda vez que precisa mudar; mas talvez por causa do nome, talvez por causa do fato de que o Sheik é mais decisivo e a qualquer momento pode fazer uma jogada importante (como no jogo passado), é sempre ele que sai. Deu certo; Alex deu uma outra dinâmica ao jogo, segurou a bola, articulou pelo meio. O time não jogava beeem melhor, mas dava mostras de que podia jogar um pouco melhor do que o marasmo do primeiro tempo. Até que, num lance que eu gritava para ele chutar desde a intermediária, ele mostrou porque é um baita jogador e eu sou apenas um torcedor bobão e fez uma jogadassa: bola na cabeça do Liedson e caixa (e o Milton Neves repassou o lance 15x no terceiro tempo para ver se achava impedimento ali). A partir dali o jogo, em si, parou. Tite botou o Jorge Henrique para tomar um cartão amarelo e só, e queimou a terceira troca tirando o Sheik para deixar um Liedson sem joelhos em campo. Passamos um susto aqui e ali, mas nada demais. Importava mais o jogo do Vasco: 1 x 0 numa cagalhoada ao melhor estilo Tite da zaga do Flu. 1 x 1 num golasso do Fred (foi falta?) e aí, era só esperar o jogo acabar. Até que aos 45 do segundo tempo o fdp do Bernardo fez o gol que adiou o título pro jogo que vem.
- as chances são ainda melhores do que eram antes dessa rodada. Para perder o título tem que perder pro Palmeiras e o Vasco ganhar do Flamengo. Palmeiras costuma complicar nessas situações, mas um empate basta (o time não tem a responsabilidade de sair para cima) e jogamos em casa. Mas mais improvável é o Flamengo, dependendo de um empate para garantir sua vaga na liberta, perder para um Vasco sem Juninho, Diego Souza, Eder Luis e vindo de um jogo duro no Chile no meio de semana. Calculo em 90% as chances de titulo. Perder seria o cúmulo da cagalhoada.
- eu não achava que o Corinthians ganharia do Figueira; mas eu achava menos ainda que o Vasco ganharia do Flu. Talvez eu tenha me enganado quanto ao trabalho do Abel; o Flu é o time que vem jogando melhor no brasileiro, mas nos últimos 3 jogos importantes para embalar, em casa, o time fraquejou. Ta faltando força de decisão a esse fluminense.
- Liberta: além de Corinthians e Flu, Flamengo quase garantido. A quinta vaga fica entre Coritiba, Figueira e Inter. Bambis só chegam se ganharem do Santos e nenhum desses 3 ganharem, o que não é tão improvável porque os 3 fazem clássicos contra seus principais rivais.

sábado, 26 de novembro de 2011

Antes do fim

Bom, há um dia da rodada que poderá (tomara!) definir o campeão...

Se considerarmos a soma de fatores de todo o campeonato, o melhor time foi o Vasco. Um time que jogou o começo do campeonato com o time reserva, lutou um pouco para vencer aquele marasmo de todo time que vence a Copa Br, dividiu esforços com a Sul-Americana e ainda tá aí, brigando pelo título. E isso só mostra o baixo nível do campeonato: o Vasco é um time limitadíssimo. Hoje os jornais falam sobre Felipe jogar ou não o clássico amanhã, porque ele teria "jogado muito" contra o Avaí (rebaixado e com 1 a menos desde os 19min do primeiro tempo) e no mau-resultado do meio de semana contra a LAU. Bom, esse é o time do Vasco; além de Felipe, refugo que faz uma partida boa para cinco que não joga, tem caras como Juninho, que em boa forma ainda fazem bastante diferença (embora não jogue vários jogos e jogue outros baleado); Diego Souza, que acaba com uma partida e fica outras 3 apagado; Eder Luís, que nunca foi protagonista em lugar nenhum; Alecssandro, que acabou perdendo a vaga pro Elton, e por aí vai. Além de um ótimo zagueiro e um lateral (Fagner) que vem fazendo um bom campeonato, o resto fica por aí. O melhor time do brasileiro não brigaria por libertadores há 10 anos. O elenco do Corinthians, na minha opinião, é beeem melhor; mas a ruindade do seu técnico equilibra as coisas.
- Com quantos pontos? Se o Corinthians ganhar do Figueira e o Vasco não ganhar do Flu, o Corinthians garantirá o título, com uma rodada de antecedência, com 70 pontos. Mas esse número é um capricho matemático: garantiria da mesma maneira - ainda com uma rodada de antecedência - se chegasse a 69. O que define o mínimo de pontos que o campeão deveria ter para ser campeão é, claro, a pontuação do segundo colocado. Algumas combinações não tão esquisitas (digamos, Vasco e Flu empatam, e o Vasco também não consegue ganhar do Flamengo) possibilitariam que o Corinthians fosse campeão com 67. Outras combinações (empate de Vasco e Flu e Vasco perdendo do Flamengo) permitiriam o campeão somar apenas 66 pontos (mesmo o Flu ganhando seu último jogo, desde que não ultrapassasse no saldo de gols). O único fato que quebraria essas contas, levando os números um pouco mais para cima, seria uma vitória do Vasco amanhã.

domingo, 20 de novembro de 2011

Corinthians 2 x 1 Galo

De novo, quase deu "cagalhoada". É sabido que Cuca sabe montar time para jogar fechado fora de casa. Contra um time com 3 atacantes e só o Danilo lento e cansado como meia, e que tem laterais que não apoiam, fez o certo: marcou meia quadra - como se diz no salão - dando espaço para o que a zaga corinthiana já gosta de fazer: tentar fazer lançamentos toscos. Até uns 15 min ainda dava ter esperanças: teve um chute do Willian e uns 2 ou 3 cruzamentos perigosos. Mas o que dava pinta de que podia decolar não decolou não: foi parando na marcação, com pouca movimentação e pouca criatividade. No segundo tempo, o Tite achou que só pedir pro Paulinho buscar mais o jogo adiantaria. Não só não adiantou como o Galo passou a sair pro jogo com mais espaço, até achar o gol na jogada ensaiada. Aí Tite achou que era hora de mudar. Alex, que devia estar em campo desde o começo, entrou (bem no jogo). O time ensaiou alguma reação, alguns chutes perigosos, alguns cruzamentos interessantes,mas ainda era pouco. Eis que entra em campo um hipopótamo atômico: Adriano, fora de forma, sem ritmo, mas ainda Adriano. O primeiro gol foi a primeira bola que o Liedson recebeu sem marcação dupla - e aí é caixa. A pressão, que parecia que ia aumentar, deu uma arrefecida. Jogo quase acabando, uma bola espirrada na defesa, Emerson arranca, dá um ótimo passe para...quem? aparece na imagem uma jamanta correndo, desengonçada, e eu pensando "hiii....", e não é que o camarada faz o gol? pqp tres vezes! isso é Corinthians! mas precisa ser sofrido assim? Novamente, o time + tite tiveram muito mais sorte do que juízo. Quase deu cagalhoada, mas no fim foi um passo importantíssimo pro título.
- No fim as mudanças do Tite resolveram o jogo. Mas não dá para elogiar - além de ter demorado para perceber que não tava dando certo, foi muito medroso quando fez as trocas. Alex já tinha de estar em campo, mas tirar o Danilo, em termos táticos, não mudava muita coisa. Para por o Adriano, já perdendo e com quase 30, poderia ter feito algo mais ousado do que fez. De novo ele apenas consertou a cagalhoada que tinha feito.
- alguém explica pro PA que ele não é o Mathaus?
- No primeiro jogo do campeonato, contra o Grêmio, o segundo gol saiu daquela jogadinha: lateral cobrada na cabeça do Danilo, ele desvia pro meio da área e o Liedson faz o gol. Só o Tite, 35 jogos depois, acha que ninguém manjou essa jogada: toda lateral do lado da área é cobrada assim e toda vez tem 2 caras marcando o Danilo.
- Emerson e Ralf irreconhecíveis. Emerson ainda se salvou na arrancada do segundo gol. Alessandro fez o cruzamento do primeiro gol, mas outra partida horrível. Deu sorte de não ser expulso.
- Quem assiste futebol com frequência sabe: até uns 20 min do primeiro tempo, juiz só da cartão se for algo muito grosseiro. Caso contrário, o cara vai levando, adverte verbalmente e tal. É normal, é do jogo. O cara que sofre a falta já nem pede cartão, a defesa adversária dá uma abusada no começo pq sabe que não vai levar cartão. Todo time grande jogando em casa contra time fechado sofre com isso. Hoje mesmo: o Richarlyson fez uma falta de cartão no Willian; o Carlos César parou uma jogada perigosa quase de frente para a área. Ambos lances para cartão, que o juiz não deu "pq era cedo". 5 min depois o Alessandro faz uma falta igual a do ricky e, como já são 25min, cartão nele (tanto assim que no segundo tempo o juiz se acovardou em não expulsá-lo). De novo, é isso mesmo, é do jogo. O que não é normal é o que aconteceu ontem no jogo do Vasco: 2 min de jogo, primeira falta do jogo, cartão pro volante do Avaí. O que aconteceu? Aos 20 min o cara realmente faz uma falta que não dava para passar em branco e aí, claro, expulsão. Todo mundo sabe o resultado do Vasco jogar contra um Avaí rebaixado com 1 a menos antes de 20 min de jogo. Hoje mesmo no jogo o mesmo Carlos César, que tinha feito falta de cartão aos 10min, fez outra aos 36min e levou. Tivese o juiz usado o critério "muito estranho" do jogo de ontem, era 1 a mais em campo. Eles justamente não usam esse critério porque senão todo jogo acabaria com 7 de cada lado. Na boa, esse tipo de coisa dá muita margem para pensar besteira. E claro que é assim que se faz as coisas, não é dando penalty esquisito, para a imprensa ficar falando duas semanas a respeito. O cara fazer 2 faltas e levar 2 cartões (embora os lances fossem passíveis de cartão) com 20 min de jogo é algo absurdo para os "costumes" da arbitragem. Alguém aposta que nao sai uma linha sobre isso?

sábado, 19 de novembro de 2011

Então...

Ser campeão passa por uma vitória amanhã contra o Galo; aliás, uma vitória amanhã dá boas possibilidades que o Corinthians seja campeão com 2 empates nas duas rodadas. Vejamos: suponhamos que os 3 ganhem amanhã - continuamos com uma vantagem de 2 pontos (e 2 vitórias) sobre o Vasco e 5 contra o Fluminense. Acho muito improvável que o Vasco ganhe do Fluminense na penúltima, ainda mais jogando Sulamericana no meio de semana e com o time já despedaçado. Se isso não acontecer, mantemos pelo menos 2 pontos contra o Vasco (em caso de empate) ou 3 sobre o Fluminense (em caso de vitória do Flu). Em ambos os casos um empate com o Palmeiras na última garante o caneco. No caso de improvável (na minha opinião) vitória do Vasco contra o Flu, jogamos por resultados iguais na última rodada - só precisa ganhar do Palmeiras se o Vasco também ganhar do Flamengo, uma semana + 2 jogos mais cansado do que estava na rodada anterior contra o Flu. Resumo: ganhar amanhã é o último passo importante para levar o título. Não dá para vacilar.
- A má notícia é que o Cuca monta times bem armados para marcar bem quando joga fora de casa. A boa notícia é que o Galo jogou um jogo duro na quinta, e tendo alcançado uma pontuação que quase livra do rebaixamento, pode entrar naquele relaxamento natural de quem estava há muito tempo sobre pressão.
- Uma tropeçada hoje do Vasco também não seria nada mal...alguém acredita?
- Dodô/Bolivar: além de tudo que já foi falado, uma coisa me chamou a atenção. É mais uma comprovação do critério que os juízes tem usado, em geral, nesse brasileiro:para colocar alguém direto para fora, o cabra tem que tirar um rim do outro ou coisa do tipo. Menos se o infrator for do Corinthians...critérios como o do PC no jogo de quinta fazem pensar que não seja possível que os juízes que expulsaram o Castan, Alessandro, Edenílson, Sheik estivessem aplicado regras do mesmo esporte; se colocar no meio ainda o que não deu nem cartão pro Leandro Donizetti ou pro Mariano nos jogos contra o Corinthians, então...
- Um time contrata o Caio Jr. Aí o time demora, derrapa um pouco, mas tem uma boa sequência no brasileiro. Até que, na reta decisiva, o time do Caio Jr faz o que times do Caio Jr sempre fazem: perdem o rumo. E aí mandam embora o cara...alguém achou que seria diferente dessa vez? Em tempo: acho o time do Botafogo limitado. Os jogadores que alegam serem "talentosos" (como Maiconsuel e Elkisson) não passam de "Moraes". Mas o Caio Jr. também não ajuda muito...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ceará 0 x 1 Corinthians

postagem atrasada: tinha postado no outro blog!!


Na combinação da probabilidade de entregada do Palmeiras e o fato de que o time deles é muito ruim, eu já contava com uma vitória do Vasco hoje. E portanto o caminho do título passava por uma vitória hoje contra o Ceará. E aí que o bicho pegava...porque se você analisar, time do Tite só ganha fora de casa se tudo der extremamente certo. Já volto a isso.
Bom, o jogo começa e começamos tomando um semi-sufoco do horroroso time do Ceará; tecnicamente muito ruim, desorganizado; só o conhecido Osvaldo salvava. O Corinthians, como sempre quando joga fora de casa, se defendia com os 11; Liedson as vezes voltava para marcar na intermediária – e, claro, não havia chances de contrataque. O primeiro tempo acabou 0x0 um tanto por sorte, um tanto pela ruindade do time do Ceará.
Tite deve ter um raciocínio peculiar. Ele deve querer vencer os jogos fora de casa usando a seguinte lógica “bom, se eu me defender com 11 o jogo inteiro, e mesmo chamando o adversário para me atacar eu conseguir não tomar gol, e mesmo sem ter uma estrutura tática para puxar contrataque, nem ter uma boa bola parada, alguém conseguir acertar uma boa jogada e fizer um gol – bom, se isso tudo acontecer talvez a gente ganhe o jogo”. Nesse campeonato, só me lembro de uma vitória fora de casa onde o time foi realmente superior ao adversário – contra o Botafogo, e mesmo assim foi aquele sufoco no final, com mãozinha jogando com dedo torcido etc. No mais, as parcas vitórias fora de casa aconteceram meio desse jeito – tudo dando extremamente certo.
Mas como tudo tem 2 lados, as escolhas improváveis de Tite no segundo tempo deram certo. A troca do Liedson pelo Moraes deve te deixado 90% da torcida de nariz torcido. Nos primeiros dez minutos, lá tava o chassi de frango disputando bola de cabeça e tentando uma de pivô. Moraes não joga uma partida inteira há uns 6 meses; se mesmo com ritmo de jogo e na sua melhor fase, ele é ruim, o que esperar dele nessas circunstâncias? Maaaass...ele começou a por a bola no chão, distribuir jogadas e o time melhorou um pouco. Longe do esperado de um time que quer ser campeão jogando contra um time horrososo, mas algo melhor do que o primeiro tempo. Aí Tite tira outro coelho da cartola e põe o Ramirez...no terceiro lance do peruano, aquele gol com arrancada a poucos passos no melhor estilo Romário e gol que vocês viram. Daí em diante, foi protocolo padrão: segura, entra Wallace etc. Pelo segundo tempo, dá para por na conta do Tite; mas para começar, quem mesmo tinha posto o bode na sala?
- Justiça seja feita: mãozinha fez uma bela partida.
- Justiça seja feita 2: Alessandro manteve o ritmo e novamente partida horrenda.
- Fábio Santos simplesmente não consegue fazer gols: toda vez que ele recebe aquela bola espetada na cara do gol, que o André Santos fuzilava o goleiro e saía comemorando dando de louco, ele chuta em cima do goleiro e faz aquela cara de “quase...”.
- Será que o esquema Flunimed de arbitragem voltou?
- Bambis disputando a Copa Br ano que vem de novo; é que o Rogério gosta.
- Nem nos meus sonhos mais otimistas eu pensava terminar essa rodada 2 pontos a frente. Além disso, 2 vitórias de vantagem, o que quase garante que, caso haja empate em pontos com o Vasco, sejamos campeões no critério de desempate. É dispensável comentar que um vacilo contra o Galo domingo é totalmente inaceitável; é o jogo mais fácil que o Vasco terá, porque depois disso pega 2 clássicos onde deverá penar bastante. Vai para cima deles, timão!

domingo, 13 de novembro de 2011

Corinthians 2 x 1 Dona Elza

Era para ser um daqueles jogo de sonhos. Em 2 min, boa escapada do Willian pela direita, Liedson fez o pivô e boa conclusão de Paulinho: 1 x 0. Logo depois Sheik acerta um chute improvável e amplia com a contribuição do goleiro adversário. Tava fácil, e mesmo sem apertar o time teve boas chances de ampliar. O caminho era manter o ritmo, virar com 4x0 no placar e só administrar no segundo tempo. Mas isso é esperar demais de um time dirigido pelo Tite...
Na virada do segundo tempo, logo nos primeiros minutos o Atlético desconta. O adversário ia criando chances, teve bola batendo na linha, bola na trave, chuveiro na área. O torcedor já ia pensando “pqp, precisava disso...”. De meados do segundo tempo em diante, o time ainda deu uma equilibrada no meio campo, mas o jogo acabou num improvável sufoco para quem abriu 2x0 aos seis minutos.
- Rodada dos sonhos; falta só o resultado de Vasco x Botafogo, onde o empate seria bom. Mas é só o Vasco não ganhar que já é vantagem.
- Não dá para não falar: não sou de reclamar de impedimento, mas o de hoje foi muito fácil de marcar (gol do Atlético). Na linha do bandeira, lance devagar, horizontal. Erro tosco, novamente.
- Fla e Flu fora da briga. Num campeonato como esse não dá para cravar, se na rodada seguinte Corinthians perde e Flu ganha, por ex (nada improvável), a vantagem volta a só 2 pontos em 3 rodadas. Mas na matemática, Flu consegue chegar a 68 pontos no máximo, Fla a 67, teriam de ganhar os 4 jogos e torcer para nem Vasco nem Corinthians chegarem a 69.
- Será que o Palmeiras continua com medo suficiente do rebaixamento para não entregar pro Vasco quarta-feira? Se o Cruzeiro ganhar do Inter hoje, talvez sim.
- Há uns 2 meses, o Denilson falava no jogo aberto (eu ouvi umas 3x) que o Corinthians brigaria por libertadores, no máximo, e o São Paulo seria campeão. O que é maior: a falta de conhecimento dele ou o clubismo?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Brasileiro

Aí por conta da indicação do Neymar entre os 23 da France Football, voltou a discussão Neymar x Messi. Nem vou falar disso; mas por conta dessa conversa, voltou um outro argumento: o Brasil tem um campeonato muito disputado e de alto nível. Um argumento que alguns analistas davam para dizer que o Neymar talvez seja melhor que o Messi é que jogar no Brasil é muito mais difícil do que jogar na Espanha. Um dos que falaram isso foi o Edmundo, enquanto mostravam os seis gols que ele fez contra o União São João; aí ele não teve dúvida, tascou um "pois é, jogar na Espanha é todo dia jogar contra um União São João; aqui o Neymar joga contra Botafogo, Vasco, São Paulo...". Outra coisa que sempre falam é "na Espanha só tem Real Madri e Barcelona", enquanto aqui, imagino, tenha um monte de time que briga pelo título.

Sabe porque aqui não é que nem a Espanha, onde só Barcelona e Real Madri brigam pelo título? Pelo simples fato de que aqui não tem nenhum Barcelona ou Real Madri. Ou você acha que se o Real Madri (para não usar o exemplo do melhor time do mundo - Barcelona) viesse disputar o brasileiro não ganharia o título com 8 rodadas de antecedência? É ridículo pensar um bom time sofrendo para ganhar de América-MG, Ceará, Atlético-pr, Bahia, mesmo fora de casa. Aqui a gente já tem aquelas frases-feitas (que eu mesmo penso) "ah, jogar na baixada é difícil". Pô, não existe mais o que tinha há 20 anos, que as condições eram ruins, os juízes sentiam a pressão. É simplesmente jogar contra um time péssimo num estádio que, a partir dos 20min do primeiro tempo, a torcida começa a jogar contra. Um time estruturado, com um bom time e com elenco que dê conta das ausências, um sistema de jogo claro e delimitado, pode até perder, mas tem de considerar como derrape, não como a regra porque, afinal, "jogar lá é difícil".

Nesses argumentos está implícito que os times de segunda linha da Europa são piores do que os times daqui. Ué, onde jogava o glorioso salve salve maravilhoso Luis Fabiano que foi contratado a peso de ouro para ser o destaque do campeonato brasileiro? Passou os últimos 5 anos no Sevilla, clube que comemora quando consegue se classificar para Champions. O Jonas, destaque do Grêmio ano passado, artilheiro do brasileiro, que muito clube de ponta aqui queria, foi vendido com gosto pro Valência, pior ainda que o Sevilla. Na Itália, Roma e Juventus não brigam de verdade há tempos; mas além deles, qualquer clube como Fiorentina ou Lázio vem aqui e leva fácil qualquer destaque dos chamados clube grandes (ou o Hernanes quando foi não era uma unanimidade?). Se for falar da Inglaterra, então, sai de baixo. Além dos tido 4 grandes, tem City, Toteham e mais um monte de clube que um monte de jogador brasileiro de clube grande gostaria de ir para ganhar o dobro do que ganha aqui.

Aqui a gente só pensa que é "casca" pegar um Vitória no Barradão porque, na média, os times são bem meia-boca. Então aí dá pro cara igualar no campo ruim, na pressão da torcida, do juíz. Se os times fossem bons mesmo, não teria chance. Não dá para comparar pegar Galo na draga que tá a pegar um Nápoli (que embora tenha feito uma boa campanha ano passado, não pode ser considerado um time competitivo de verdade nos últimos 20 anos do italiano). O São Paulo mostrou que um time mais ou menos organizado e bem armado ganha esse brasileiro com o pé nas costas. O Corinthians tá jogando fora, de novo, uma ótima chance de ser campeão. Minha esperança é que, com a questão da copa resolvida, CT construído etc, o dentro de campo volte a ser pioridade da diretoria no ano que vem. Porque com um elenco um pouco melhor do que esse e um técnico minimamente decente, é para ser campeão com 7 rodadas de antecedência.

domingo, 6 de novembro de 2011

Solteiros 2 x 1 Casados (a la Felipão)

Foi um jogo muito ruim. Não me lembro de ter visto um time tão ruim quanto o America. O Corinthians começou mais ou menos encaixado, ameaçando chegar com perigo; mas a saída do Alex prejudicou bem. Não porque o Sheik tenha entrado mal, mas não encaixou. No geral, o Corinthians fez uma partida tecnicamente muito fraca; poucos se salvaram. Danilo costuma compensar a lentidão e o cansaço com acertos técnicos: bons passes, aquelas jogadas de cabeça. Hoje ele só estava lento e cansado, errando quase tudo. Paulinho também não chegou, os laterais ruins como sempre, Sheik não estava inspirado, Liedson muito isolado. Até que...o penalty. Sobre arbitragem comento depois. Logo depois o Sheik foi esperto o suficiente e fez o certo: caiu quando foi puxado. Foi penalty mesmo, mas mesmo assim o Sheik foi esperto em cair naquele momento.

Segundo tempo pior ainda. Difícil comentar...dá para entender a resistência do Tite em mudar. Ralf ameaçou machucar, depois o Wallace. Mesmo assim ele pos o Edenilson, mas tirar o Willian? Danilo não jogava nada e ainda mal andava em campo; talvez uma mudança mais ousada. Nessas horas a gente percebe que é muito de mentalidade: no jogo contra o Avaí, com 1 a menos, o técnico põe o volante de zagueiro para não perder ninguém na frente. Por que? Porque é impensável perder em casa, então arrisca tudo. Agora, porque a mentalidade não é a mesma no jogo quase em casa contra o lanterna, que é um time ridículo? Que diferença faz empatar? Aí fica enrolando o jogo até tomar um gol numa semi-falha do Horácio. Eu já tava pensando "dois pontos perdidos", e aí os caras tem a capacidade de perder o jogo. Continua na frente, continua com boas chances de ser campeão - e claro que a gente torce para que seja. Mas um time que não tem nem vontade nem capacidade para ganhar um jogo desse não merece ser campeão. Na boa. E de novo o Corinthians teve muito, mas muito mais sorte do que juízo para continuar na frente. A sorte é que nenhum dos outros times merece ser campeão, então se é para ficar com um time limitado, que fique com a gente.

- tem erros de arbitragem totalmente justificáveis; aquele impedimento de 15cm, o penalty meio madrake mas que do ângulo do juíz parece que foi etc. Agora o que tem acontecido já passou de esquisito; os penalties contra o Cruzeiro e hoje contra o América são absurdos; é difícil não considerar alguma intenção do árbitro. Até quando ninguém da diretoria vai se pronunciar? Quantos jogos em sequência vão deixar ter erros absurdos para fazer pressão também? Eu tinha dito no post passado que ia acontecer de novo e aconteceu, e falo de novo: se não botarem pressão, vai acontecer de novo contra o Patético-PR.
- alguém tá contando quantos jogos ridículos em sequência o Alessandro fez?
- dupla de zaga contra um time tão fraco pode ser considerada Zacarias + Mussum.
- para o ano que vem são IMPRESCINDÌVEIS: um bom goleiro, um bom zagueiro, pelo menos um bom lateral. Daí para frente pensa o time, mas essas posições são fundamentais. E, sim, claro: um técnico.