quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Mundial é mundial

Ano passado, em referência ao sufoco que o Corinthians passou para vencer o Al Ahly na semi do mundial, um amigo são-paulino veio tirar um barato. Como tenho o hábito de, antes de entrar naquele clima de troca de provocações, tentar uma conversa razoável sobre futebol, argumentei que esses jogos de semi-final de mundial são sempre complicadinhos, pq é um jogo só, o outro time faz o jogo da vida, e afinal são times com alguma qualificação (no caso o time era campeão africano). Ele fez ummuxoxo, já caindo para provocação, dizendo que campeão africano disputando só contra time horrível não queria dizer nada. E argumentou que desde que o mundial tem esse formato, apenas o Inter tinha perdido pro Mazembe; que essa estrutura era só para dizer que era “mundial” e que o que valia era o jogo do sul-americano contra o europeu. (Sim, a tese subjacente é que os dois Toyota cups do São Paulo, por consequência, são tão importantes quanto...).
O Galo foi o segundo (em nove anos) a perder na semi para uma “zebra”. Na verdade, olhando por outra ótica, o segundo em quatro anos, o que dá, nesses 4 anos, uma chance de 50 x 50. Mesmo os que passam, como Corinthians e Santos, sofrem um bocado. (O que me dá coceiras até para levantar uma outra tese: os times que não ganham a libertadores de forma muito convicente, como é, para mim, o caso de Galo e Inter, correm  sérios riscos...) Esse jogo é pedreira. Um amigo me mandou um link sobre um texto que faz colocações interessantes sobre as questões emocionais que os brasileiros enfrentam nesse jogo (http://espnfc.com/blog/_/name/futebolbrasil/id/901?cc=3888). Não são times sensacionais, mas não são tão ruins como muitos pensam. Não são piores do que um Figueirense, do que um Sport. Pensa assim: semi final da Copa do Brasil, mas é um jogo só, em campo neutro, contra a Ponte Preta. Você consideraria um jogo trivial, favas contadas? O São Paulo que o diga...

Voltando: o grande lance é que o futebol de elite sulamericano está anos luz aquém do futebol de elite europeu. A Libertadores é uma competição razoavelmente fácil de ganhar. Qualquer time mais ou menos bem armado, dando uma certa sorte, pode chegar. Nos últimos anos 4 brasileiros diferentes chegaram.  Nas últimas 4 champions, a semi foi Bayern, Barça, Real e mais alguém. O nível de consistência europeu reflete que, por lá, o que recompensa é o mérito. Aqui é um certo acochambro, as circunstâncias, uma combinação de variáveis onde ter um bom time é somente parte do papel. Não me lembro de um europeu tomando sufoco na semi do mundial. Mas na história recente do torneio, utilizando a estatística fria, sulamericanos e resto do mundo entram em igualdade de condições. Esse é o tamanho da diferença. E, sim, claro – mundial é mundial. Torneio Toyota é outra coisa.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Tite, o ético

Já falei aqui que não acho que a passagem de Tite pelo Corinthians tenha sido ruim, ou que ele não tenha muitos méritos pela montanha de conquistas que acumulou no clube. Minha certeza sobe o fato de que sua saída seria o melhor pro time vinha, basicamente, de achar que ele não tinha (como não vinha mostrando, de fato) condições de promover as mudanças das quais o time precisava.
Independentemente de qualquer aspecto técnico, Tite conquistou, da imprensa e de boa parte dos torcedores, aquela aura de “ético”, cara do bem etc – algo parecido com o que Muricy tem. Bom, sempre desconfio quando costumam falar baboseiras dessas de quem quer que seja;  não é preciso ser nenhum gênio do conhecimento da natureza humana para saber que quase ninguém é muito anjinho, em especial trabalhando no futebol.
Tite está na sua última semana de trabalho no clube. Boa parte da imprensa e da torcida considera que o clube tenha cometido um equívoco ao manda-lo embora e, após o anúncio da sua saída, reforçou ainda mais a visão deturpada sobre seu trabalho – enaltecendo os méritos e desconsiderando qualquer crítica que poderia ser feita. Um percentual ainda maior das pessoas que se interessam por futebol (aí considerando inclusive torcedores de outros times) considera que, na questão com Pato, Tite não tem culpa nenhuma. A visão geral é a de que “Pato não jogou bola”, ou que Pato é bichado, ou que é moleque, estrelinha, de que nunca foi nem nunca será craque, entre outras. Pouquíssimas pessoas cogitam a possibilidade muito provável de que uma boa parte do “insucesso” de Pato esse ano tenha sido causada inclusive por Tite, pelo seu esquema tático horroroso do ponto de vista da ofensividade  e por proteger sua panelinha de jogadores. Nesse quesito, Tite está “bem na fita”, não precisa se preocupar com sua imagem ou com que iam pensar – a opinião geral já elegeu Pato como grande vilão e Tite como grande injustiçado.

Então porque cargas dágua o rei da ética Tite, em sua última semana, aproveita a última chance para espezinhar Pato? Para jogar a torcida ainda mais contra ele? Para por mais lenha na fogueira que vem queimando um patrimônio de 40 milhões do clube? Quem não leu, é só googlar – basicamente disse aquilo de sempre, que Pato não tem raça, que não entendeu o Corinthians etc. É nessas horas que a gente vê o caráter da pessoa. Nos  quase 2 anos em que Tite não tinha por onde ser criticado, e era de fato uma unanimidade, nos vimos o “Tite paz e amor”, do ´trabalho’, do ´campo fala’, da ´coerencibilidade’. Nos menos de 6 meses que passou a ser criticado, mesmo por uma minoria (e sendo defendido por quase todo mund), a coisa mudou de figura. Jogou culpa em tudo que é canto, manipulou emocionalmente para conseguir o que queria, trabalhou em cima de toda a fama que conquistou para ter a opinião publica seu favor e tudo o mais. Não teve receio de queimar jogadores (exceção a 2 ou 3 centrais em sua panelinha). Eu faria o mesmo que ele para ter a chance de continuar sendo o técnico do maior time do Brasil e ganhando meus quinhentos mil reais por mês. Mas eu não poso de santinho porque santinho não sou, nem faço a menor questão que me considerem como tal.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Só para constar

Não vi o jogo. Deliberadamente - até tive a chance de ver grande parte, mas só assisti uns 15 minutos no consolidado aqui e acolá. Serão as férias mais longas de futebol que já tive, até Fevereiro / 14, quando será possível ter uma idéia de que tipo de time teremos ano que vem.


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Quem vai e quem fica

Com a saída de Tite, muito se fala sobre os jogadores que deveriam sair...nos blogs, há muitos comentários “que leve com ele fulano, ciclano e beltrano!”. Entendo a revolta do torcedor por esse ano que foi muito ruim do ponto de vista do desempenho, e pode ter parecido que jogadores estavam sem vontade. Mas o planejamento para esse ano foi ruim também e, do meio pra frente, minha compreensão é de que o esquema prejudicou todo mundo (ou vai dizer que 7 ou 8 jogadores de bom nível, todos eles tiveram o azar de ter uma temporada ruim por motivos técnicos??). Mesmo o preparo físico não foi dos melhores – o preparador não fica pro ano que vem. Como nota à parte, os jornais dão conta que o Fabio Masghauiougioaan chegou em Setembro/11. O melhor momento físico da Era Tite foi no começo do brasileiro 11, quando o preparador era outro.
Voltando. Longe de dizer que toda a culpa de jogadores que não jogaram bem é de Tite. Mas há de se cogitar a possibilidade de que alguns jogadores poderiam ter rendido mais e não o fizeram por questões alheias. Minhas opiniões (vou pular o Pato porque já falei muito dele anteriormente):
Danilo – ok, está mais velho, mais devagar e não consegue jogar 2 vezes por semana. Mas se a diretoria conseguir acertar um salário não exorbitante, eu manteria no elenco como opção. Se o Mano jogar com 2 meias, constantemente precisará de reposição para a função. E Danilo já provou ser f* em jogos decisivos. Seria algo como o Giggs foi nos últimos anos de United.
Douglas – hum, tiriça danada, como diria o Neto. Alternou alguns bons jogos com vários sonolentos. Mas o melhor momento da carreira dele foi com Mano, quando o esquema continha 2 atacantes abertos que de fato chegavam na área, o Elias penetrando pelo meio e um André Santos que apoiava muito (ou seja, a responsa de armar não era única e exclusivamente dele). Eu acho que ele merece mais um voto de confiança como um dos dois meias do time, principalmente porque é difícil demais achar alguém nessa função.

Sheik – esse abusou. Também acho que a diretoria (e Tite) foram inábeis para lidar com ele. Desde a sua chegada ao time, Sheik já demonstrou que não sabe lidar bem com o ‘sucesso’. Não sei se se lembram, mas depois de ser importante na reta final do brasileiro 11, ele emendou uma sequencia de 4 ou 5 jogos ruins e amargou um banco. Aí começou a jogar bola quando entrava no segundo tempo e recuperou a posição e seu papel na liberta 12 virou história. Depois dos 6 meses de férias até o mundial, deveria ter voltado pro banco de vez quando já se sentia o novo Pelé; em vez disso, num certo momento ele foi protegido, sentiu que podia fazer tudo e só começou a fazer m*. Só que fez m* o bastante para se sujar e não ter jeito de limpar a barra. Além disso, Mano não deverá usar 3 atacantes, e de segundo atacante o elenco tá meio cheio. Eu mandaria embora, negociaria, com a ressalva de que o contrato longo e o alto salário será um problema.
 Romarinho – esse chegou fazendo uma partidassa contra o Palmeiras (ao lado do nosso time reserva) e mostrando aquela personalidade contra o Boca. Aos poucos foi sendo escalado de marcador de gandula e se perdeu. Teve as baladas, ok. Mas o moleque é novo, entrou na onda do resto do time e se f*. Não só acho que é recuperável como acho um desperdício de dinheiro se desfazer dele. Houve um momento dele no time em que ele acertava 90% dos lances que pegava na bola, sempre resolvendo de uma maneira inteligente. Na mão de um bom técnico e sendo escalado na sua posição, pode muito bem voar.
Alessandro – tem que se aposentar. Nosso muito obrigado por tudo que fez, glórias eternas, mas no campo mesmo já deu.
Fábio Santos – há tempos que acho ele o elo fraco do elenco. Agora, não tem ninguém melhor que ele no elenco para fazer a função. Ou a diretoria contrata, ou mantém o cara lá, não tem muito jeito. Uma opção é contratar alguém muito bom na lateral direita e deixar o Fabio Santos quase como terceiro zagueiro. A outra é achar alguém bom para a esquerda e deixar ele no banco. De qualquer jeito, mesmo com todas as patacoadas, nesse ano, com Igor e Alessandro improvisado, cheguei ao cúmulo de sentir falta do Fábio Santos. As vezes a gente subestima o poder dum feijão com arroz.
Edenilson – eu deixaria como opção pro meio, ou como reserva do Guilherme ou como opção para uma formação losango, como Mano já fez. Deve ganhar pouco e tem potencial. As aventuras como lateral não funcionaram muito.
Ibson e Maldonado – tá de brication with me, né? Ehehe Ibson nem precisa comentar. Nem acho que Maldonado tenha ido tão mal, mas há tempos precisa-se de um reserva decente pro Ralf e o chileno não é o cara.

Jcaré – já deu né?

domingo, 17 de novembro de 2013

A melhor definição de porque Tite está indo embora

O que se pode falar quando seu time joga contra um time da ZR, comandado por Adilson Batista, e ainda assim só consegue ser levemente superior – e ainda assim por apenas partes do jogo? Um dos piores jogos que assisti na vida, de nível técnico muito ruim. Mas não é esse o motivo óbvio ululante pelo qual Tite está saindo – todo time pode fazer uma péssima partida.
São 72 jogos no ano. Lembro de 2, na liberta, em que o esquema se aproximava de um 442. Digamos, então, que 70 jogos foram nesse esquema do qual Tite tanto gosta – esse 4231 com 2 “meias” bem abertos e um atacante enfiado. Desses 70, com boa vontade, podemos dizer que nuns 7 o time jogou bem e nuns 10 fez um jogo pelo menos aceitável. Isso quer dizer que cerca de em 53 jogos (mais de 70% da temporada) o time fez mais ou menos o que fez hoje - se arrastou em uma sequencia de partidas nas quais o esquema não funcionava e, ainda assim, na partida seguinte lá estava Tite bravamente insistindo no mesmo esquema. Trocava jogadores, invertia a posição deles em campo, recolocava quem ele tinha tirado dois jogos antes, reclamava de contusões, da arbitragem, da chuva, das estrelas, mas o que não mudava nunca era o esquema. É por isso que Tite está saindo. Porque teve um ano inteiro para adaptar o time a um novo momento – com a menor pressão que um técnico pode ter, vindo de ter sido campeão de tudo – e simplesmente não conseguiu fazer.

Só como um dos comentários que se pode fazer: se você tem algum centroavante no elenco (como o Douglas Tanque), e se seu esquema tático exige um centroavante, e se você está improvisando um jogador na função, e se aos 10 min do primeiro tempo já fica claro que esse jogador não está desempenhando a função porque não é cacoete dele, e se aos 20 do segundo tempo você vai tirar esse jogador por cansaço, e se você não briga por mais nada no campeonato, e se você está empatando contra um time virtualmente rebaixado em casa e...existe melhor momento para você testar uma aposta como o Douglas Tanque? Essa foi outra tônica de Tite durante sua passagem – ultraconservador para experimentar, sempre sob as mais variadas desculpas. Que venha 2014. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

2 vitórias consecutivas!

O time apresentou bons primeiros 15 minutos. Duas boas finalizações de Pato e Sheik, bolas cruzadas com perigo etc. Percebi um pouco mais de liberdade de movimentação de Sheik e Romarinho. Mas logo, como esperado, o ritmo diminuiu e o jogo continuou meio modorrento até o intervalo – embora a principal chance tenha sido a cabeçada do Julio Cesar que o grande Valter defendeu. E porque era esperado o ritmo cair? Vários motivos. O primeiro  é porque o já tradicional “bom começo” de jogo nosso depende de  uma imposição física proveniente de uma empolgação inicial que está fadada a se esvair durante o jogo. Depois como o padrão tático é ruim, no plano técnico tudo tem que funcionar bem para chances serem criadas: alguém não se assustou quando Sheik acertou aquele chute com efeito que obrigou o goleiro adversário a uma belíssima defesa? Pois é, 2 minutos depois ele voltou ao normal, mandando outro chute parecido na arquibancada e errando bisonhamente um cruzamento de esquerda (e até o fim do primeiro tempo errou mais uns 3 cruzamentos). Verdade seja dita: se o padrão tático não cria, o cara tem que arriscar para conseguir alguma coisa, mesmo que finalize tão bem quanto minha tia Cremilda. Por último, por mais desavisado que o técnico adversário seja e permita o avanço ofensivo dos nossos ‘ meias abertos’, com 15 de jogo ele já percebe o problema e trava os laterais, matando as únicas saídas do Corinthians. É por isso que o corinthiano escaldado não se anima com 10 minutos de futebol aceitável.

Não vi o segundo tempo. A proeza de Tite é tamanha que em vinte e poucos anos acompanhando o Corinthians, não me lembro de outro ano onde eu tenha preferido ir dormir mais cedo a assistir os jogos até o fim – nem naquelas intermináveis primeiras fases do paulista. Pelos melhores momentos, o segundo tempo não foi tão melhor, e o gol saiu de uma pressão de saída de bola do Romarinho. Acaba 2013, por favor.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pato em campo

Parece que Pato começa como titular hoje.
Quem acompanha aqui, mesmo que  de vez em quando, sabe que acho que o principal problema do time, de longe, é tático: Tite insiste em um esquema que não vem dando certo há muito tempo. Como não dá certo, ele “culpa” os jogadores, troca peças, inverte a posição deles, e continua não dando certo. Aí a maioria da torcida, apaixonada, que não analisa friamente o que acontece, põe a culpa nos caras, que “falta vontade”, que o time se acomodou, que não sei quem não joga nada etc. Ok, em partes, mas o baixíssimo desempenho tático é gritante. Pato é o exemplo claro dessa avaliação distorcida: o cara tem uma média de gols por minuto jogado bem razoável para um time que só não é o pior ataque do campeonato porque existe um fenômeno chamado Náutico, que teve a proeza de ser rebaixado com umas doze rodadas de antecedência. Em frente.

Pato vai a campo hoje. Legal, né,Tite? O treinador “reconheceu” que o atacante merecia o espaço. Não, Renato Augusto está desgastado e, sem Guerrero, o treinador deve ter achado que improvisar o Paulo André de novo não seria de bom tom.
Jogo de domingo, quase em casa, uma semana de treinamento, adversário com uma desorganização f*dida, com um técnico com um histórico de agravar crises quando elas começam etc. Renato Augusto em condições, Douglas em campo (que pode estar numa tiriça mas tem rendido bem mais do que Danilo). Joguinho bacana de jogar se você é um atacante buscando recuperação. Estivesse Pato desde o começo, talvez a rendição que ele teve por fazer o gol de penalty tivesse acontecido antes e de forma mais ampla (sei lá, 2 gols e uma assistência, coisa assim – algo como foi contra o Flamengo). Mas beleza, entrou no segundo tempo, com time já mudado, cansado, aquela coisa de sempre, ainda teve tempo de sofrer um penalty e convertê-lo.

Aí agora jogo de quarta; Renato Augusto fora (Tite usou os “3 jogos de gás” que Renato tinha para improvisá-lo de centroavante, em vez de usá-lo como melhor meia do elenco que é e ampliar suas chances de bons resultados com seu esquema tático furado), Douglas também no banco. Entra Danilo, talvez na pior fase da sua carreira. Talvez jogue Diego Macedo. Coritiba jogando tudo em casa contra o rebaixamento. Entre fim de jogo no domingo quase 10 da noite e começo do jogo hoje, 72 horas, mais viagem, mais hotel. Condições bem piores do que ter entrado no domingo. Acho que Pato tem qualidade para render mesmo em situações não tão favoráveis, mas aí o cara entra, não faz aquela partidassa, e corneteiro ainda vai dizer “Viu, o Tite escalou e o cara não fez nada...”. O esforço de Tite para queimar um patrimônio de 40 milhões de reais do clube é o comovente...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

De novo, muito pouco

Apenas o Náutico está jogando menos bola, hoje, do que esse desorganizado e limitado time do Flu. Criciúma e Ponte estão no mesmo nível. E ainda assim, com novamente uma semana de treino e apenas 2 desfalques relevantes, apresentamos pouco, muito pouco...Melhor postado do que o adversário, é verdade; com mais posse de bola, mas ainda assim, pouco, muito pouco...uns cruzamentos de bico de área do Edenilson por aqui, umas tentativas de infiltração do Alessandro de pé trocado por ali, e só. É chato repetir a mesma coisa semana após semana (e lá se vão, quanto, seis meses?), mas assistir o Corinthians jogar é de um desânimo que só...Segundo tempo, Pato em campo, o chuveirinho ganha alguma efetividade: uma boa antecipação num lance, o penalty sofrido no outro, conversão, festa. Ganhar desse flu horrendo aos 46 do segundo...que sufoco. Acaba 2013, por favor.

- Já é o terceiro jogo consecutivo de RA como centroavante – e o terceiro apagado. Ninguém (ainda) acha que Renato Augusto é um jogador limitado, certo? Sorte dele que o ano está acabando e não será obrigado a jogar mais uns 5 ou 6 jogos assim. Senão correria o risco de ser queimado também, jogando numa função que não é a sua melhor e sofrendo com um esquema tático que não funcionou o ano inteiro.
- Não vou cair no clichê de falar que Pato salvou o jogo – afinal, o gol foi de penalty. Mas ele que sofreu também...numa jogada que ele faz melhor do que ninguém no elenco: antecipar o zagueiro no cruzamento para a área. Pena também que ele entre com o time já desfigurado: bota ele para jogar um tempo inteiro com Renato e Douglas armando para ele e veremos se o já artilheiro do time no campeonato entrando aqui e acolá melhora sua vantagem...

- É a segunda semana consecutiva que o time tem uma semana para trabalhar e não sofre com tantos desfalques. E o ´crescimento´(com boa vontade para ver algum crescimento) do desempenho é ridiculamente pequeno. Qual a desculpa? Ontem, um time minimamente organizado na frente teria feito 2 x 0 no primeiro tempo com alguma tranquilidade. A incapacidade ofensiva do time é de doer. Pode-se botar inteiramente nas costas da diretoria a perda da vaga para a liberta. Houvesse sido trocado o treinador há 3 semanas, é possível que o time estivesse na final da Copa do Brasil (ao menos na semi teria chegado, bastaria fazer um gol no Grêmio...) e com alguma chance de pegar liberta no Brasileiro.  Espero ao menos que a idéia de gerico de manter Tite esteja sendo arquivada.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A bola não entra por acaso...

O nome é de um livro bem conhecido de um ex-dirigente do Barcelona, que fala sobre uma série de aspectos importantes na montagem de um time vencedor. Pego carona no título do livro para fazer analogia a um projeto tático de um time em campo: atacar e fazer gols não são coisas que acontecem, com consistência e frequência, por acaso; se não houver um planejamento tático de forma que o time produza ofensividade de forma organizada, gols não sairão.

Falo isso porque ontem assisti o primeiro tempo de Gremio x Atlético PR, assim como tinha assistido o primeiro tempo da quarta passada. Fica para depois, mas é interessante como esse time do Atlético, que é um monte de refugo e desconhecido comandados pelo folclórico Paulo Baier, joga uma bolinha interessante. Voltando...no jogo do Paraná, ficou clara a diferença de características dos times. Tudo bem que o Grêmio tinha que se defender, o que faz muito bem, mas é claramente um time montado para não tomar gols e com uma dificuldade abissal de produzir algo na frente. O Atlético sofreu um pouco pra criar chances, mas você enxerga com facilidade o desenho tático do time e sua estratégia para fazer gols. Muita movimentação – os atacantes saem da área, atraindo a marcação para a entrada dos homens de meio. O gol no Paraná foi assim (chamou-me a atenção que o Ederson, que fez o cruzamento pro De la Torre, recebeu a bola no ´último terço de campo´, coisa que Tite gosta de falar, mas seu time faz muito pouco).
No jogo no RS ontem as coisas se inverteram – era o Gremio que tinha que partir para cima. Renato tentou Zé Roberto, mas pouco funcionou. Criaram duas boas chances de chutes de fora da área e só. Sempre me pareceu que no primeiro tempo que o Atlético rondava com mais perigo a área adversária. Pelos melhores momentos parece que o Gremio partiu para o tudo nada e teve boas chances, mas deve ter sido naquela base do desespero que nós corinthianos estamos muito acostumados a ver com Tite.


O lance é que ofensividade não se cria do dia para noite. Um time que não está montado para chegar ao gol adversário de algums formas específicas, ocupando certas faixas do campo, explorando fraquezas das defesas adversárias, vai viver de gols achados aqui e acolá. Nesse sentido, Grêmio e Corinthians se aproximam muito. Talvez a diferença das campanhas dos times esse ano (que de fato nem são tão diferentes assim, olhando a pontuação no brasileiro e o fato de que eles passaram por nós nos penalties) tenha sido só o fato de que o Gremio achou um pouco mais desses gols (também com jogadores no geral mais jovens, correndo mais e menos de barriga cheia por títulos). Taticamente, são dois times muito limitados . A chegada ao ataque não foi pensada taticamente; o esquema principal de jogo é pensado para cobrir a defensa, e a alguma produção ofensiva tem de ocorrer a partir daí, quando e se der. É claro que, frequentemente, não dá.  E quando o técnico se desespera porque precisa do resultado, é aquele Deus nos Acuda. No time gaúcho, Renato se apegou ao esquema que "deu certo", tirando Zé Roberto, Elano e Vargas do time para botar um monte de volante, porque tomava pouquíssimos gols e na frente um gol aqui e acolá meio que achados garantiam bons resultados. Aí outro problema: todo time que se destaca um pouco é mais estudado, e se o esquema não for consistente e permitir variações, vai ser engolido num confronto mais complicado. Fazer um time do qual não se espera muito produzir acima por um tempo muita gente faz; o difícil é manter o time produzindo bem por mais tempo. 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

1 x 1, chato, tudo (inclusive título) repetido

E a preguiça só aumenta...
Time começou com aquela já tradicional disposição extra de começo de jogo, e até se mostrava razoavelmente bem postado. Mas havia 2 problemas incontornáveis: o primeiro era a total inoperatividade ofensiva do lado esquerdo com Alessandro e Sheik; a segunda era a total falta de cacoete do RA como referência. Ambos problemas seriam resolvidos se não se estivesse punindo Pato excessivamente. Um primeiro tempo movimentado, disputado ,mas tecnicamente sofrível. Nossa melhor chance de gol foi numa tacada espirrada dum zagueiro deles. Volta para o segundo tempo e Tite diz na entrevista que “estava satisfeito com o que viu”. Veja bem, não fizemos um primeiro tempo horroroso, até poder-se-ia dizer, com boa vontade, que fomos levemente superiores. O lance é que foi aquele típico jogo onde o gol só sairia de uma falha da zaga, e isso pode acontecer em qualquer um dos lados. E com o time se posicionamento mais a frente no começo do segundo tempo, escanteio, Romarinho  cabeceia sozinho e 1 x 0, numa falha magistral de marcação da defesa baiana. 5 minutos depois Alessandro vê a vida passar na janela e Dinei (não vi um replay tirando a dúvida do impedimento) empata. A partir daí mais correria, mais empolgação, mas pouca técnica de ambos os lados. A posição do Vitória do campeonato mostra a ruindade geral: um time que tem como opção de alteração jogar o Juan pro meio como armador estar disputando vaga na Libertadores é de doer...


Estamos quase matematicamente fora da Liberta e nas atuais circunstâncias, rebaixamento é muito difícil. O ano acabou. Um ano que deveria ser esquecido mas que nossos dirigentes, mantendo Tite e não resolvendo logo a situação pro ano que vem, insistem em prolongar...

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Futebol de verdade

Por conta de assuntos mais “urgentes” na semana passada, acabei não postando sobre isso, mas tive a chance de ver bons pedaços de Milan x Barça e Real x Juve. Tinha curiosidade de ver como o Barça estava jogando com Tata Martino e como o Real estava jogando depois da saída do Mourinho.
No time catalão, depois de ter visto alguns jogos pós Guardiola, fica a certeza de que o Barça nunca mais será o mesmo daquela fase. Aquele estilo de jogo não veremos mais, mesmo que continue sendo um time tecnicamente fantástico. Neymar parece que se intimida um pouco com Messi, e conseguir operar um time com os dois rendendo o máximo que podem é um desafio abissal, para o qual não sei se Tata está preparado. Jogando ali isolado na esquerda (numa função que qualquer Pedro pode desempenhar bem), Neymar consegue ser um baita jogador, mas nunca ocupará de fato o lugar de melhor do mundo que um dia poderia ocupar. Para isso, como ressaltou Cesar Luis Menotti e como já falávamos na época do Muricy no Santos, ele precisa aprender a jogar em outras faixas de campo. Felipão o tem forçado a flutuar mais pelo meio na seleção, e tem se saído bem. Agora, essa faixa de campo é de Messi. Além de Messi ser Messi, todo o esquema do Barcelona dos últimos 4 anos foi montado liberando-se essa faixa de campo para o argentino movimentar-se à vontade. A diferença de produção de quando Messi não está em campo é brutal (vide as quartas da Champions contra o PSG), não só pq o argentino é f*, mas porque o esquema perde a razão de ser. O que nos leva a uma pergunta: embora Neymar não tenha custado tão caro, fazia sentido contratá-lo? Na disposição tática em campo, me parece que Tata Martino (ou qualquer técnico que assumisse o Barcelona) ficará refém do que deu muito certo no passado. Dani Alves aberto na direita, Neymar aberto na esquerda, Iniesta e Xavi fazendo o meio, Alexis Sanches como falso centroavante que também tem liberdade para flutuar, e uma linha quase de 3 atrás. Só que a dinâmica de toque de bola e movimentação não é a mesma, pois Guardiola não está mais lá. Tudo indica que haverá times na Europa jogando mais bola do que o Barça esse ano, de novo...

No Real, como Ozil saiu, o esquema também mudou. Ancelloti lança mão de um 433 meio esquisitos, com 3 volantes (talvez 2 semi-volantes) e sem o meia de ligação. A qualidade do plantel, a marcação adiantada e o fato de ter CR em campo dão produção ofensiva, mas a disposição tática não me agrada. Há a opção (que de fato dele usou no segundo tempo de jogo) de tirar Benzema, que não joga nada faz tempo, jogar o CR para a referência, deslocar Di maria para a esquerda para jogar Bale na direita, função que fazia no Toteham. Hum, mudar o time inteiro para colocar o Bale? Aliás, se dá para questionar a contratação do Neymar, a do Bale é de lascar – numa função já muito bem executada por Di Maria, qual o sentido de gastar os tubos e fazer a contratação mais cara da história? Enfim, também acho que não há motivos para achar que o Real chegará mais longe esse ano do que ano passado.

Um time que vem jogando muito bem é a Juve – agora com Carlitos no ataque. Não é time para bater o Bayern, por ex, se o Guardiola conseguir lidar com as resistências, mas já era um time que dava trabalho ano passado e melhorou. No jogo contra o Real, não fosse a expulsão exagerada do Chiellini era jogo para dar briga boa até o fim. Veremos no jogo de volta em Turim...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Empate, chato, de novo

Sou tomado de uma preguiça avassaladora ao pensar em escrever sobre os jogos do Corinthians...mas vamos lá. Fizemos um bom primeiro tempo – com a combinação daquela já comum disposição acima da média no começo do jogo com um desempenho técnico individual de alguns jogadores (notadamente Sheik e Diego Macedo), fomos bem superiores ao Santos no primeiro tempo. Duas ressalvas. A primeira é o parâmetro: em outros tempos esse primeiro tempo seria considerado apenas razoável. A segunda é que mesmo sendo superiores não criamos muito; aos 30 do primeiro tempo o comentarista falava da superioridade, mas além do gol só tínhamos tido aquele chute do Sheik que o Aranha quase faz besteira.
Tanto é assim que não foi difícil pro Santos, um time tecnicamente sofrível e que taticamente não faz nada além do beabá, tomar para si o domínio do jogo, empatar e só não virar porque Walter é de fato um ótimo goleiro. No fim foi um jogo meio monótono – fiquei zapeando sem dó pro jogo do Inter, que estava muito mais interessante. Blá blá blá – nada de muito mais interessante a falar. Se havia alguma expectativa de pegar liberta no Brasileiro, ela se foi com as vitórias de Vitória e Goiás ontem. E com esse desempenho de comemorar empate contra um time fraco jogando em casa, já estamos careca de saber onde esse time (não) vai chegar...que venha 2014.

- deixar Pato no banco foi obviamente uma punição. Ok, concordo. Colocar Danilo quando RA ia sair é a continuação forçada da punição, um pouco sem sentido. 10 minutos depois com o time não conseguindo se encontrar, Tite decidiu mudar de opinião.
- só o técnico do Santos ainda não sabia que para parar o Corinthians é só colar alguém no único meia que Tite comumente escala para jogar. Precisou esperar o intervalo para perceber isso, colar Arouca no Douglas e tomar para si o domínio do jogo.

- off topic: há situações nas quais o técnico tem pouca culpa. O Inter fez um bom jogo contra o São Paulo, finalizou muito, meteu umas duas bolas na trave. Mas tomar dois gols em penalties totalmente infantis deve deixar o técnico espumando de raiva.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Como previsto

Dito e feito. Ontem só se falou da m* que Pato fez. Em 3 programas esportivos de rádio e TV que peguei de passagem, a enquete era “Pato deve ficar no Corinthians?”. Muitos acreditam que não. Como se num negócio (sim, futebol também é negócio) joga-se fora 40 milhões de reais por conta de um evento. Como se, caso Pato fique, mude-se o técnico, no Palmeiras x Corinthians do Paulista ano que vem ele fizer 2 gols, a mesma torcida apaixonada e burra que hoje credita toda a culpa nas costas dele não vai achar o cara o máximo. Veja bem, pelo último post não se pode ter dúvidas de quanto abomino a decisão dele de ter tentado a cavada. Mas o lance é que quase não se falou sobre:
- o Grêmio foi muito superior nos 180 minutos. No jogo do Olímpico, o Corinthians não deu um chute a gol.
- O Corinthians tem 4 gols em14 jogos. Os 4 de bola parada.
- O desempenho do time nesses 14 jogos não é para brigar por rebaixamento; é para rebaixar com sobras.
- Tite entrou para empatar e não perdeu por sorte. Quis levar para penalties sendo que do outro lado havia Dida. E parece que os pênaltis não foram treinados corretamente. Ou alguém orientou os cobradores que contra Dida não se tenta colocar a bola? 3 batedores (incluindo Pato) erraram batendo de forma estrategicamente errada.
- Falando em penalties: Tite tirou Douglas e Guilherme  (dois batedores) enquanto Renato pos Elano justamente para bater.
- Outra vez Sheik entrou e foi expulso com 10 minutos em campo.

- Danilo entrou, erros 3 passes e errou o penalty.
- Do meio pra frente, nos 90 minutos, todo mundo no Corinthians foi muito mal. Ainda acho que Pato foi o menos horrível, foi o único que ainda tentou algo aqui e acolá.
- Sheik passou de ídolo a fanfarrão. Romarinho de aposta e talismã para pereba. Danilo de pensador, frio para véio cansado. Guerrero de ídolo do mundial a Souza 2, que nao consegue segurar uma bola na frente. É uma conspiração dos Deuses? Quem está no comando dessa p* toda?

Mas, esqueçam; o que interessa é discutir se Pato deve ficar ou não no clube. Aliás, interessa para quem mesmo discutir isso?

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A cag* do Pato

Pato podia ter perdido o penalty, batendo mal, como Danilo, ou batendo horrendamente, como Edenilson. Poderia ter isolado. Torcida e imprensa iriam cornetar, afinal, 40 milhões, blá blá blá.  Ele só náo podia ter feito o que fez. A decisão de Pato de tentar uma cavadinha naquele penalty foi das coisas mais burras que já vi alguém fazer no futebol. Pelos motivos:

- Tecnicamente: cavadinha pode ser um bom penalty contra goleiros que tentam adivinhar o canto e pulam antes. Dida não estava adivinhando, estava esperando até o último instante para pular (assim como fez Walter, assim como faz Cássio, assim como fazem todos os goleiros bons e com envergadura, no melhor estilo Goigochea de pegar penalty mal batido). Contra esse estilo de goleiro, bate-se forte num canto escolhido e o goleiro que se vire para alcançar. De fato, quando Elano bateu seu penalty, pensei “até que enfim alguém entendeu como bater penalty nessas circunstâncias”.

- Jogo de perde-perde. Não havia vantagens em bater assim. Mesmo que ele fizesse o gol, ainda todo mundo iria pensar “que cara irresponsável, no último penalty, o time nessa ziquezira do cacete, o cara vai e me faz isso”; ninguém ia pensar algo do tipo “o cara é f*, baita sangue-frio” ou coisa do tipo. Ou seja, ele só tinha a perder fazendo o que fez.

- Imagem: Pato é longe de ser unanimidade entre a torcida. Uma boa parte acha que ele ainda não provou nada, que é entojado, playboy. Boa parte não entende também a culpa do seu baixo rendimento no esquema. Mesmo eu que defendo Pato e acho ele um ótimo jogador aceito o fato de que, na sua carreira, ele ainda precisa provar muita coisa para ser considerado craque ou qualquer coisa do tipo. Nesse momento, fazer o que fez só dá mais razão para os seus críticos e deixa seus defensores (como eu) com cara de b*nda. Prova o quanto ele é imaturo e sem noção de realidade.


- Mas o pior de tudo, de longe, é que, com o time nessa fase, todo perdido, sem esquema tático, ele chama para si uma responsabilidade que não é e não deveria ser dele. Hoje e nos próximos dias, náo falaremos de mais um péssimo jogo que o time fez, que mais uma desculpa (motivação no mata-mata) se esvai para o mau futebol, de mais um jogo sem gol (na verdade sem nenhuma chance criada), que o natural seria ter perdido no tempo normal (náo fossem os 2 gols perdidassos por Vargas e as outras defesas de Walter), que Tite se contentou em torcer loucamente para o Gremio não fazer gols e levar pros penalties e de quão vergonhoso isso tudo tem sido para o Corinthiano. Esqueçam isso. Falaremos só da m*rda que o Pato fez. Obrigado por essa grandissísima cag*, Pato.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Nota pré-jogo

Eu não começaria com Renato Augusto. Dado que ele não deve aguentar o jogo todo, deixaria para o segundo tempo. Começaria com escalação idêntica à do jogo de sábado. Alessandro e Edenilson fazendo a direita - Alessandro quase como um terceiro zagueiro. O primeiro tempo desse jogo deve se parecer muito com o primeiro tempo do jogo de quarta passada. O Grêmio não vai se expor logo no começo; deve jogar sua estratégia de buscar um erro nosso para fazer seu gol. Se tomar um, sabem que será muito complicado. Jogo amarrado por jogo amarrado, não fizemos um primeiro tempo ruim semana passada, que com a entrada do Pato no lugar do Sheik na frente pode dar alguma vantagem na parte ofensiva, em especial no movimentação mais incisiva, dando oportunidade para tabelas com Romarinho na esquerda e para enfiadas do Douglas. Se o plano de jogo se confirmar e virar 0 x 0 pro segundo tempo, entra o Renato, para aproveitar os espaços que o Grêmio, jogando em casa, deve dar, um adversário mais cansado e ainda fica em campo para bater penalty.

Sheik deve ficar no banco enquanto Romarinho continua. Se for isso, concordo. Romarinho (exceção feita ao segundo tempo nesse mesmo jogo contra o Grêmio) não vem desempenhando mal quando atua pela esquerda; marca mais também. Sheik vem se comportando muito mal; atrasa-se para treinos, força cartão e se sente dono no time. É mais decisivo, mas até por isso é bom guardá-lo para uma correria no segundo tempo (até porque entra mais mordido quando amarga um banco).

Boa sorte a nós todos.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Comentários

Como o horário das 16h está sempre meio disponível para ver jogos, e ontem não tinha Corinthians, fiquei zapeando entre o Grenal e o jogo do São Paulo.
- Não sei se foi aqui no blog ou comentando em outro que falei que Santos e Flamengo são os exemplos de quando a coisa ainda muito mal taticamente, é preferível um qualquer um fazendo o feijão com arroz do que um técnico bom mas que está perdido. Podemos por o Inter nessa conta, que passou a jogar melhor depois a saída do Dunga.
- Mas se em vez do qualquer um você ainda troca de técnico por um também competente, aí a coisa pode melhorar e muito. Exemplo claríssimo disso é o SP. Não sou dos que acha o Muricy o maior gênio da história recente do futebol. Mas consideradas qualidades e virtudes, é um dos melhores técnicos no Brasil hoje. O São Paulo tem um elenco limitado; ontem era Ganso e + 10 jogadores entre ruins e medianos. E o time foi amplamente superior ao Bahia até o Denílson fazer a besteira que fez. Não fosse o Cássio, teríamos tomado um baile de dar dó no clássico. E são o vice-lider do returno nesse campeonato niveladíssimo por baixo. Comparar esse desempenho (e nem falo de pontos, porque o São Paulo teve uns6 pontos perdidos meio no “azar”, tomando gols no último minuto, perdendo penalties etc) com o nosso só mostra o tamanho da nossa desorganização tática.
- O Grêmio é um time aguerrido, marcador, com imposição física. Quando está armado para se defender, o faz com muita qualidade. Mas tem muitas dificuldades para produzir ofensividade (alguma semelhança?). Dá para levar essa classificação na quarta, a despeito de toda a nossa inoperância. Com Pato e Renato em campo, aumentam muito as chances de um golzinho meio achado, como foi no sábado. Renato chuta bem de longe, é alguém para dividir com Douglas ou Danilo a tarefa de enfiar bolas, e Pato se movimenta com mais incisividade na frente e é o melhor finalizador do elenco, a despeito do que pensam alguns torcedores. Fazer um gol lá é quase garantia de classificação, porque dificilmente tomaremos 2 desse Grêmio. Outra chance não desprezível é haver um novo 0 x 0 e ir pros penalties, quando Cássio fará muita falta.

- Alex é banco no Inter e nem é considerado uma das primeiras opções nas trocas. Seria jogo trazê-lo de volta? 

domingo, 20 de outubro de 2013

1 x 0 - A vantagem de fazer poucos é que quando eles saem, são mais comemorados!

De novo, deixando de lado todos os problemas táticos titeanos e o contexto, e o que ele tinha a disposição, gostei da escalação. E os jogadores com o rabo a prêmio por terem bancado tite correram os primeiros 15 minutos como loucos. Muito mais na empolgação do que na organização tática, o time amassou o Criciúma no começo, criando umas 4 oportunidades (embora nenhuma clara). Aí Argel segurou os laterais, acertou a marcação, e o jogo virou aquele combate de meio-campo a que tanto estamos acostumados – só quebrado por aquele lance em que Douglas, quase na pequena área, isolou de forma tosca. Vem o segundo tempo e Tite faz a melhor troca que poderia fazer – sai Alessandro, Edenilson volta para a lateral e entre RA. Só que o posicionamento era Pato indo para a direita marcar gandula e Renato jogando enfiado, pq já jogou assim uma ou duas vezes na Alemanha...náo da 10 minutos para Tite mudar de idéia e desinvertê-los. O comentarista do PFC tinha cantado a bola no primeiro sobre algo que estava mesmo muito esquisito: se Pato é o melhor finalizador do time, por que ele era quem batia faltas e escanteios? Ora, num time com Douglas, Romarinho, Guilherme, ninguém consegue bater minimamente bolas paradas a não ser Pato? Na segunda bola que Pato foi para área esperar o cruzamento, 1 x 0 Corinthians. E a partir daí o time se posicionou atrás e viu o Criciúma ter pelo menos 3 boas chances de empatar. Ao contrário do que podem pensar, só não estamos mais atrás na tabela porque, no geral, temos dado mais sorte do que azar, diferentemente do que times na mesma fase do que nós costumam ter. Olhando a tabela desde esse jogo até o fim, essa era a vitória mais básica que poderíamos ter. Pelo menos a lição de casa foi feita.

- Romarinho entrou no clima do Sheik: forçou um cartão amarelo ridículo para ficar fora do jogo contra o Santos.
- Walter foi pouco exigido mas mostrou confiança. Boas saídas do gol e reposições mais apuradas. E tem porte, coisa que falta em JC e Danilo.
- Todo mundo que entra na função de atacante aberto joga mal: Sheik, Romarinho, Pato. Só RA parece ir bem nessa função no pouco que joga. Agora, Douglas e Danilo se revezam para ver quem vai mal em cada jogo na função de único armador. É uma pane técnica geral? É culpa do posicionamento. Tite falou nuns 2 ou 3 programas que assisti que a saída de Paulinho seria compensada pela diferença de características entre Guilherme e Edenilson: se o primeiro era mais passador, Edenilson era mais infiltrador (em relação ao Alessandro), o que compensaria a saída de Paulinho. Ele só esqueceu a diferença de faixas de campo. Paulinho, por sua qualidade técnica, características de jogo e imposição física, formava com Danilo, em alguns momentos, quase uma dupla de meias. Se Danilo estivesse muito marcado, sobrava espaço para Paulinho; se o meio adversário se preocupasse com Paulinho, Danilo conseguia jogar sem sobra. Lá se vão quatro meses e nosso técnico ainda não percebeu isso. Vamos ver quantos outros jogadores do time se queimarão por problemas táticos.

- Todo mundo que entra no time do meio para frente vai mais o menos mal. É sempre a disputa para ver quem está menos pior. O Corinthians só é o segundo pior ataque da competição. O nível de produção ofensiva é ridiculamente baixo. Mas a culpa é do Pato...(ironic mode on). O último jogo com vitória e gol foi com ele em campo. Ontem o gol foi dele. É o artilheiro do time no brasileiro. Seu % de gols por minuto jogado é semelhante ao dos artilheiros dos times da frente da tabela. Mas a culpa do ataque ir mal deve ser dele...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O clamoroso equívoco de manter Tite

A imprensa dá conta de que, ouvido o elenco, a diretoria decidiu manter Tite. A decisão é equivocada por diversos motivos.

Comecemos pelo começo: o momento de ouvir o elenco já foi faz tempo. Esse momento poderia ter sido (como parece que foi) depois do jogo da Portuguesa. De lá para cá, apenas no jogo sequente (Bahia) o time mostrou um pouco mais de disposição, e depois o desempenho de série B permaneceu. O momento de mostrar quem está no comando está há muito atrasado – falta é pulso da diretoria. Um chefe ser querido pelos funcionários pode ter alguma correlação com resultados, mas não é uma relação necessária. É compreensível que o elenco prefira Tite a uma novidade; o que não é compreensível é que a diretoria eleja esse como critério principal para a decisão.
Tite não é gênio nem besta. É um técnico competente que encaixou um belíssimo trabalho entre 2011 e 2012 no Corinthians. Seu ciclo, claramente, acabou. O Corinthians, que tem, na minha opinião, o melhor elenco do Brasil, não jogou futebol em 2013 sendo que faltam 45 dias pro ano futebolístico terminar. E numa análise racional, de quem assiste  todos os jogos do time (e não como a maioria dos comentaristas, que comenta no programa pós-rodada vendo os melhores momentos), não jogou bola porque o o time sentou em cima dum modelo tático que funcionou há um ano e meio e passou 60 jogos tentando repeti-lo. Uma a vez a cada seis jogos dava mais ou menos certo e os caras pensaram “tá vendo, dá certo!!” e continuavam insistindo nos próximos cinco. De quem é a culpa disso? De várias pessoas, inclusive da diretoria que não tomou as rédeas nas mãos. Mas em especial do comandante técnico, e nesse caso, é Tite. Já listamos quais seriam as falhas dele várias vezes no blog. O resumo da minha crítica é: Tite não conseguiu se reinventar no comando no time. Tinha várias críticas ao Mano, mas nos 3 anos que ficou à frente do time, ele mudou umas 3x o jeito do time jogar de acordo com as peças que tinha à sua disposição. Talvez o fato de Tite ter sido tão vencedor tenha criado uma armadilha da qual ele não conseguiu sair.
Não há motivos para manter Tite. Parece evidente que ele não fica em 2014. Se for assim, não é melhor trazer já o próximo técnico, para que tenha mais tempo de conhecer o grupo e planejar? Ok, a prioridade é não cair. O desempenho do returno mostra que Tite tem sido incapaz de produzir um desempenho que nos faça escapar – um novo técnico seria o fato novo, traria ânimo e corrigiria ao menos os erros básicos mais primários que um ténico antigo, de tão acostumado, não consegue (coisa que o próprio Tite fez em 2010). Ok, tem a copa do Brasil. Vale a mesma coisa que falei sobre o rebaixamento.

A única explicação para a manutenção de Tite é: se ele está perdido, a diretoria está ainda mais.


Obs: ontem, numa conversa sobre o assunto, manifestei que Tite tinha que sair e foi ´zoado´por dois colegas torcedores de times rivais. Aqueles argumentos maria vai com as outras que temos ouvido tão frequentemente na imprensa “é um abusurdo, ano passado era gênio, agora é burro?” ou “só no Brasil é assim, imagina na Europa”. Pois é. Quem é incoerente é quem usa esse tipo de argumento. Porque quem acha Tite gênio porque conquistou o que conquistou, põe na conta do treinador boa parte dos méritos do time, correto? E agora quando o time vai horrorosamente mal, a responsabilidade não é dele? Ao melhor estilo Luxemburgo: eu ganhei, nós perdemos...Outra coisa: o técnico é o responsável (desculpem a obviedade) técnico pelo time. Tite nem está entre os mais bem pagos e deve ganhar lá seus 400 pau por mês. Como todo profissional de alta performance tem que mostrar resultado todo semestre. Não há gratidão, “confiança” em que possa voltar a fazer um bom trabalho que dê jeito numa cag* do tamanho de ser rebaixado. Um CEO da empresa que der prejuízo num ano em que a economia bombou vai ser poupado porque “é um grande profissional”? Um corredor de f1 que fizer uma temporada horripilante com o melhor carro vai ter seu contrato renovado porque “já foi bom”? Rendimentos passados não são garantia de rendimentos futuros. E abaixo a babaquice.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

1 x 0 (ao menos o zero do nosso lado do placar dá para manter sempre...)

Esqueça o contexto, toda as minhas desavenças táticas com Tite; dado o desempenho do segundo tempo contra o SP, achei a escalação de hoje razoável e tive um fio de esperança que o time pudesse ter um desempenho minimamente elogiável. E, de fato, acho que o time fez um primeiro tempo ao menos razoável. Bem postado, marcando em cima, dando pouquíssimo espaço para o Grêmio articular jogadas (não que eles precisassem de muita resistência para não conseguir armar jogadas, dada a formulação tática do Renato) e tendo as melhores – mas poucas – chances do primeiro tempo. Claro que ofensivamente era pouco, muito pouco. O principal problema me parecia a ocupação de espaços mais próximos ao gol do adversário. Sem centroavante, Sheik foi escalado para fazer a função de 1. Um centroavante a la Barcos faz a parede e o pivô para a aproximação do resto do time; um jogador a la Pato tem como alternativa se enfiar no meio dos zagueiros parar correr atrás duma bola. Sheik tem como cacoete buscar a bola antes dos zagueiros e conduzi-la de lado, de modo que quase sempre a linha mais adiantada do Corinthians estava antes da intermediária gremista. Fica muito mais difícil construir assim. Estava quase decidido a ir dormir no intervalo quando aquela bola enfiada do Douglas me deu alguma esperança e decidi assistir um pouco mais.
O problema desse jogo muito encaixado de marcação é que o gol só sai num erro de alguém, e esse erro sempre pode ser nosso. E foi justamente no que entendi como uma dormida do Cléber que Barcos fez 1 x 0. A partir daí, show de horrores. É patético ver um time que não sabe e não está acostumado a atacar tentar fazer pressão no adversário; nenhuma  organização, erros técnicos. E se Tite, que até então, apenas nesse jogo específico, talvez não merecesse nenhuma crítica mais contundente, decidiu mostrar porque seu lema em 2013 é “ se não cag* na entrada, cag* na saída”. Substituições completamente equivocadas. A do Macedo pelo Rodriguinho só merece a crítica de que não mexia no principal problema do Corinthians para chegar na frente. A do Guilherme...bem, até entende-se o conceito, você buscar uma saída pelo meio. O problema é que Tite tem vivido do seu fantástico mundo de alucinações, e desconsiderou o fato óbvio de que a opção era Ibson! Quando Ibson conseguiu fazer essa transição com qualidade jogando no Corinthians? Tite cometeu o exato erro que fez contra o Gremio na Copa BR: pos Ibson e perdeu o meio de campo. Aí a última também de lascar, que fez até o são-paulino e comedido Caio a descer o sarrafo. Tite se queixou muitas vezes da falta de centroavante. Douglas tanque retornou e foi posto como opção no banco ontem. Estamos no segundo tempo, time perdendo, ataque completamente  perdido sem uma referência na frente; se você não vai usar o moleque nessa circunstância, para que levar pro jogo? Só ficou a  sensação de que o time lutou para empatar até o fim porque Cássio fez outro milagre e evitou o 2 x 0, o que já selaria o caixão bem antes. Melancólico, desesperador.
- Estou seriamente preocupado com o rebaixamento. Se o são-paulino não tem motivos para achar que já escapou com a vitória ontem contra o Náutico, porque nós, que estamos agora atrás deles, devemos ficar mais tranquilos? A água bateu na bunda e veio gelada para cacete...

- Não sabia quem ia apitar o jogo até o Gaciba fazer o comentário aos 13 do primeiro tempo. Já tinha pensado “esse juiz é bom, hein...”, no sentido de ele ter acertado todas as faltas e não-faltas até então. Arbitragem muito boa, uma lição pro Vuaden aprender o que é deixar o jogo correr sem ter um critério aloprado sobre o que é falta e o que não é.  Sandro Ricci é o melhor arbitro brasileiro em atividade; pena ter ficado marcado pelo penalty corretamente assinalado naquele jogo contra o Cruzeiro.

- Não assisto mais jogos à noite até o fim enquanto Tite for o técnico. Não sei se consigo manter a palavra no jogo da Copa Br, maaas....vamos ver.

- Chiste: teria Ferguson resistido a incrível marca de 3 gols em 13 jogos? Ou a ameaça realíssima de rebaixamento? 

- Para. Respira. Não pensa em cada. Agora volta: se alguém te falasse no começo do ano que brigaríamos para não cair esse ano, você daria risada...

domingo, 13 de outubro de 2013

Advinha o placar?

Dado o contexto e nosso desempenho recente, sabíamos que o melhor que poderíamos racionamente esperar era um ‘bom’empate, daqueles 0x0 de jogo cozinhado até o fim, sem grandes sustos. Com 15 minutos de jogo estava claro que essa era uma expectativa realista, mas que um cenário pior estava desenhado. Foi um primeiro tempo tempo de ampla superioridade tática, técnica e física do São Paulo. Foram 3 ou 4 bolas para fazer o gol - com todas as suas presepadas, estivesse o Pipoqueiro em campo talvez o Vila Sonia FC tivesse aberto uns 2 x 0 no placar. Tite escalou novamente uma dupla de laterais em cada lado, e ainda assim o sistema defensivo era uma zona. Novamente cedemos o meio ao adversário, e Maicon jogava como queria (o potente Danilo tinha como missão marcar suas saídas...). Do nosso lado, Romarinho tentava boas escapadas, mas além de náo ter quase ninguém aproximando para dar continuidade, errava os passes e finalizações. Felizmente não tomamos gol e o corinthiano respirou aliviado com o apito do juiz terminando o primeiro tempo.
Vira o jogo e o time parece um pouco mais concentrado. A inversão de Gil e PA feita ainda no primeiro tempo, junto com a orientação para Alessandro e FS não avançarem nem a pau, deram uma certa consistência defensiva. Mas a coisa mudou mesmo com a saída de Danilo, que estava se arrastando, para a entrada do Diego Macedo. Alteração que, admito, achei estranha bagarai – porque não Douglas? Fato é que funcionou com Edenilson caindo pro meio e Macedo tocando o terror pro lado do Reinaldo, que avançava mais que o Paulo Miranda do outro lado. A lição que fica é quanto é importante para qualquer desenho tático que Tite monte que haja jogadores no máximo da sua capacidade física para desempenhar. Sheik teve duas bolas para mudar a história do jogo. Na primeira pecou pela total inabilidade de usar a esquerda até para subir no ônibus (como pode um jogador profissional não conseguir chutar minimamente com uma das pernas?). Na segunda teve até tempo para ajeitar o corpo e bater de chapa, mas por alguma razão desconhecida do universo ele decidiu dar um peteleco com a parte de fora do pé e o chute foi aquele traque de festa junina. E aí, o penalty...primeiro, náo foi. No critério do juiz, aquele tipo de contato náo foi falta em boa parte do jogo; ele decidiu mudar num penalty aos 43 do segundo tempo? Depois, Caaaassssio!! Já tinha salvado o emprego do Tite tantas outras vezes, e em algumas no primeiro tempo desse mesmo jogo. Mas essa do penalty foi fenomenal, ainda mais por ver Rogério perdendo, o cara mais arrogante do futebol nos últimos e que deveria estar aposentado há aos menos uns 2 (sorte nossa que náo está). No fim foi o acaso e o belíssimo goleiro que temos, que falha aqui e acolá mas cresce muito nos momentos importantes, que garantiram alguma alegria no domingo.
- Na quarta, Alessandro tomou um cartão aos 2 min de jogo. Fiquei p*to, porque quase nunca juiz dá cartão nesse começo e nem foi uma falta tão dura. Quantas vezes vemos times vindo jogar no Pacaembu, fazer 15, 20 faltas antes de tomar o primeiro cartão? As 2 ou 3 vezes que vi algum jogador tomar cartão tão cedo foi algum corinthiano. Pois bem, hoje Rodrigo Caio quase arrancou a perna do Romarinho aos 3 minutos, lance para ser expulso. Nem amarelo tomou.
- Diego Macedo demonstrou qualidade e personalidade. Boa aposta pro ano que vem, embora Tite, para se salvar, vai jogar por agua abaixo toda a sua “coerencibildiade” e deve usar o cara bastante nesse fim de ano.
- Guilherme desfilou em campo; jogo seguro e com muita qualidade.
- Nunca pensei que fosse sentir falta do Fabio Santos.

- Não nos enganemos: o rebaixamento é uma possibilidade real. Faltam 10 jogos para fazermos 8 pontos. Dificilmente ganharemos mais do que um jogo. Nesse aspecto, o empate de hoje foi importante. Perder hoje e deixar um adversário passar a nossa frente seria desastroso. Já passou o tempo de termos expectativa de jogar bem, vencer, ter planos no campeonato. Hoje, é fazer as contas para não cair e contar com um 2014 melhor.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Há 2 anos e meio

Ontem tava bundando em casa e passeei pelos canais do ppv para ver se tinha algum jogo interessante; em um dos canais tava passando um compacto de Corinthians x São Paulo no primeiro turno do BR 11, aquele fatídico 5 x 0 que foi bem na primorosa arrancada de 9 vitórias – o que, é sabido, foi o que nos garantiu o campeonato. Por conta das discussões táticas recentes, fiquei assistindo – seria legal lembrar in loco de como o time jogava, com esse esquema 4231, e que deu tão certo lá atrás e tem dado tão errado agora. Alguns fatores ficaram evidentes:

- questão física: era impressionante o padrão físico do time. Fora da liberta cedo, só disputou paulista e entrou voando no Brasileirão. Em alguns momentos parecia que o time se posicionava mais à frente, pois Willian e JH, os abertos, guardavam menos posição e apareciam mais no meio e dentro da área. Só que 3 minutos depois você via o JH tirando uma bola na lateral dentro da nossa área, o que mostra o vigor físico que o time tinha para cumprir esse padrão. Mesmo Danilo, 2 anos mais novo, era fisicamente outro – visivelmente com mais velocidade e maior imposição física naquelas protegidas de bola que ele costuma dar.

- Jorge Henrique: não é e nunca foi craque. Mas talvez não tenha havido no histórico recente do futebol brasileiro jogador cujas características permitam que desempenhe tão bem o papel de marcador de gandula do qual Tite tanto gosta. Veja bem: desde 2011, nos vários momentos em que Tite usou o 4231, os abertos eram sempre JH e mais um – sendo que esse outro um nunca foi unanimidade. Tite tentou Dentinho, depois Willian, Sheik, mas unanimidade mesmo nessa função só JH. Interessante  também notar que o declínio físico de Liedson possibilitou, na reta final da Liberta 12, Tite mudar o esquema e resolver o problema de Sheik – ele nunca funcionou do mesmo jeito que JH, mas no novo esquema ele flutuava mais à frente e não precisava acompanhar o lateral até o fim, enquanto Danilo e Alex povoavam mais o meio de campo e Castan dava uma cobertura monstra pro Fabio Santos. Tite achou que podia dispensar JH (o que acho que fez certo), só não notou que ele era peça fundamental se ele pretendia manter o esquema tático.

- Liedson: enquanto tinha joelhos, Liedson jogava umas 6x mais do que Guerrero joga. Não falo só do papel do centroavante (alguém lembra o terceiro gol desse jogo, uma bola que o Danilo enfia da direita, Liedson com a matada se livra do zagueiro e com a outra perna fuzila o Rogério?), mas sim na construção das jogadas. Nesse jogo, só nos 15 min do primeiro tempo, Liedson resolveu umas 4 jogadas de primeira que davam uma dinâmica impressionante ao time. Essa recebida com um toque para alguém que vem se aproximando dava tempo para o time se reposicionar em bloco – Willian e JH vinham chegando nas pontas, Danilo e Paulinho no meio. Guerrero não sabe jogar fora da área; das bolas que recebe, perde uns 70%, e quase nunca resolve de primeira. O jogo fica parado, mascado. Entre a saída de Liedson do time titular e a chegada de Guerrero tivemos uns 4 ou 5 meses (reta final da Liberta). Guerrero chegou e Tite tentou reimplementar o 4231. 15 meses depois ele não percebeu que as características do novo centroavante não são iguais às do antigo.
- Paulinho: ok, a imprensa esportiva quis nos fazer acreditar que a saída de Paulinho tem mais importância no declínio do time do que tem de fato. Mas a falta de um jogador que se apresente com as suas características é notável. Com o vigor físico e chegada de qualidade à frente, Paulinho compunha atrás com Ralf e, quando o time ia a frente, chegava a compor quase uma dupla de meias com Danilo. Se JH e Willian abriam a defesa adversária, sobrava espaço para Paulinho se infiltrar pelo meio. Acho que Guilherme tem potencial para cumprir essa função, mas além de menos tímido, precisa ter liberdade tática para arriscar. Se for obrigado a sempre se preocupar em compor a linha de trás com Ralf antes de qualquer outra preocupação, fica difícil. A outra saída é tirar Edenilson da lateral e jogá-lo pro meio – com laterais tão limitados com o nosso, parece saudável compor uma defesa que sai menos e liberar o segundo volante.

O resumo é esse: Tite insiste em tentar reeditar o que deu muito certo há 2 anos e meio, mas com um contexto e características de jogadores diferentes.  

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

0 x 0 (o lado positivo é que eu posso dar control c control v nos títulos dos posts!)

Aos 10 minutos do primeiro tempo, bateu aquela sensação que já tinha batido em alguns jogos anteriores: eu não poderia ter nenhuma esperança(não ao menos com alguma racionalidade) de o time encaixar um bom jogo e produzir o suficiente para ganhar do glorioso Atlético Paranaense com sobras. O máximo que eu podia fazer era torcer para o time enrolar o jogo e num lance fortuito fazer o gol da vitória. Quando chega a esse ponto...Já falei que acho que o pior efeito dos desmandos táticos recentes é perdermos o tesão de ver jogos do Corithians. O segundo pior efeito é enfrentarmos um time como o Atlético PR no nosso mando e não pensarmos que há a obrigação de ganhar, porque, afinal, “é o terceiro colocado do brasileirão”. Então, nada de análise tática, do jogo etc. Só comentários para quem acha que estamos passando por uma “oscilação normal”:
- São 3 gols em 11 jogos. Os 3 de bola parada, um impedido. O último gol com bola rolando foi há 12 jogos, contra o Flamengo.
- Nesses 11 jogos, 5 derrotas, 5 empates e 1 vitória – incríveis 24% de aproveitamento.
- Dos 11, fizemos gols em 2. Significa que, mantendo a média, ao assistir um jogo do Corinthians há uma probabilidade de 82% de que você não vá ver um gol do time.

- Exceção aqueles jogos chatos da primeira fase do Paulista, não lembro há quanto tempo não acontecia de eu cogitar ir dormir mais cedo e não ver o jogo até o fim. Semana passada contra o Bahia eu cheguei a fazer, ontem eu só cogitei (e me arrependi amargamente de não ter ido).

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Cada um com seu projeto

Uma coisa no futebol e no comportamento das torcidas que costumo achar engraçado é como o torcedor, no geral, sempre acha que o elenco do seu time é melhor do que é, de fato. Então, se o time não joga, a culpa é sempre do treinador. Agora que estou plenamente convencido de que pro futuro do Corinthians seria interessante a troca de técnico, pergunto-me se não estou incorrendo no mesmo erro de avaliação que a maioria dos torcedores de outros times incorre.

Vejamos. Achava estranho a torcida do Palmeiras culpar o Felipão pela má fase do time ano passado; aliás, com aquele elenco ridículo ele foi campeão da Copa do Brasil, e talvez até tivesse conseguido escapar do rebaixamento (o desempenho de Kleina chegou a ser pior em % de pontos conquistados). Achei a decisão do Vasco de mandar o Cristovam embora errada, pois com aquele elenco limitado e envelhecido conseguiu dar continuidade ao bom desempenho alcançado pelo Ricardo Gomes e disputar ponto a ponto o título do brasileiro com o Corinthians. Mais recentemente, Oswaldo de Oliveira, que com sérias limitações financeiras e um elenco bastante limitado, pôs o Botafogo para jogar uma bola bem razoável e está disputando ponto a ponto uma vaga na liberta, tem sofrido pressões por estar enfrentando uma fase ruim de resultados. Para mim, tudo emoção de torcedor, que não consegue avaliar racionalmente o que o técnico consegue fazer com o que tem na mãos.

E os corinthianos pedindo a cabeça de Tite, não é a mesma coisa?

Primeiro, não estou entre os que consideram – pelo menos não até esse ano – o elenco do Corinthians sensacional. Acho que Tite tem muito mérito em ter feito um time do qual não se poderia esperar tanto produzir no limite do que poderia. Em 2011, Castan era apenas uma aposta e se tornou um p* zagueiro; Paulinho era apenas uma peça de reposição de Elias e Jucilei e virou o que virou; Fabio Santos era a definição do refugo e ao menos até ano passado deu conta do recado; Danilo nunca desencantou com Mano e virou a referência desse time. Ao longo de 2011, Tite recebeu Liedson, Alex e Sheik para trabalhar e o elenco se qualificou mais, mas ainda assim não era o desfile de estrelas que “ qualquer burro com sorte faria jogar”. Digo isso para afirmar que reconheço os méritos do Tite em seu trabalho desempenhado, em especial entre o brasileiro 2011 e a libertadores 2012, com a grande cartada na final do Mundial com Chelsea.

E hoje? Tenho claro que Andres, ao assumir a presidência em 2007 e começar a planejar a volta à primeira divisão, também traçou um plano de tornar o Corinthians o que ele já deveria ser há algum tempo, tivessem os outros presidentes o mínimo de competência de gestão: tornar o Corinthians o time mais forte do Brasil. Os exemplos desse planejamento são vários: fiel torcedor, construção do estádio, renegociação de direitos de TV, trazer jogadores de importância de imagem etc. O planejamento foi cumprido de forma efetiva e, agora, estamos num segundo momento: mantermos na liderança e fortalecer essa posição. Então, com todo o respeito, mas um time como o Botafogo, como o tamanho de torcida e orçamento que tem, com as limitações financeiras e de estrutura, se planeja para formar um time e, tudo dando certo, arrancar uma vaga par a liberta. E deve avaliar o desempenho do time e do técnico com essa lupa. O planejamento feito no Corinthians foi justamente para não pensarmos como o Botafogo. O Corinthians quer ser o Barcelona no Brasil, e algum outro time que se esforce para ser o Real Madri e tentar mandar também no futebol brasileiro. E é para essa nova fase do planejamento para a qual penso que, dado o andamento das coisas esse ano, Tite não é o nome. O elenco se qualificou ainda mais para esse ano; já sabíamos que Paulinho ia embora no meio do ano, que nomes como Danilo e Sheik teriam problemas físicos e de motivação; era preciso renovação, testar possibilidades, lançar jogadores aos poucos, aproveitar a base já formada e a menor pressão para treinar jogadas, variações táticas. Tite (talvez não tenha sido só sua culpa) fez muito pouco disso tudo; sentou em cima do sucesso construído e foi conservador em quase tudo. As apostas quase não jogaram; mesmo perdendo, mantivemos o mesmo padrão tático. Nem o gerenciamento de elenco, que costumava ser seu forte, virou mais – defendeu demais os que eram da sua panela (talvez por gratidão) e o tal do merecimento foi pro espaço. Provavelmente sentindo-se confortado pelo discurso ensaiado da imprensa de que “ um técnico que ganhou o que ganhou não pode estar errado”, insistiu até não poder mais nos erros com a certeza de que o erro deveria estar em outro lugar.

Se Tite sair do Corinthians e for para um clube como o Inter (provável), acho que tem tudo para fazer um excelente trabalho. É um ótimo técnico, dada a realidade do nosso futebol – no estilo de Muricy, Abel, com as suas diferenças. Não temos mais Luxemburgos – técnicos vencedores e que façam times que jogam bonito. O lance é que seu ciclo no Corinthians acabou. 3 anos é um ótimo tempo para um ciclo vitorioso. “Ah, na Europa é diferente...”. O escambau, apenas Fergurson é contraexemplo, e o Wenger (que não ganha nada há uns 8 anos...). O resto é assim também. A saída de Tite será boa para o clube e para ele. Tem tudo para construir num outro time ciclo de sucesso parecido com o que teve por aqui, até que (tudo dando certo), dois anos depois a coisa comece a azedar.

domingo, 6 de outubro de 2013

Galo 0 x 0 Corinthians - e são incriveis 3 gols em 10 jogos

Para desespero da torcida, Tite foi de Ibson no meio. Mas quase pareceu que o treinador queria nos pregar uma peça e ameaçou uma variação de 442: quando Ibson carregava a bola da esquerda pro meio, Romarinho dobrava com Guerrero na frente. De fato o time entrou bem postado, e contando com a afobação e erro de passes do Galo, dominou o jogo e até botou bola na trave. Mas durou 10 minutos; Cuca apertou na marcação no meio, isolou Romarinho, Ibson e Douglas e a partir daí um Atlético totalmente desconfigurado retomou o controle da partida. O Corinthians foi obrigado a tentar sair jogando na base na bica para Guerrero brigar com 2 zagueiros lá na frente. Com uma oscilação aqui outra acolá, foi assim até o final do jogo – um jogo sonolento, de baixa qualidade técnica e chato para diabo para assistir.
- Guerrero brigou, foi novamente ferrado pelo esquema, até que não fez uma partida horrenda. Mas já observo há algum tempo que ele, num dia normal, dá prosseguimento a uns 30% das bolas que recebe – nos outros 70% ou ele faz falta no zagueiro ou perde a bola. Tudo bem que ele estava acostumado com um arbitragem menos de volley como a nossa, mas p*, já tá no Brasil há mais de ano, será que não aprendeu ainda o que os juízes brasileiros entendem como o falta e o que não?
- Eita juizinho ruim de dar dó...Já faz tempo que esse Jailton é ruim.
- Há um % de decisões do técnico das quais você pode discordar e ainda assim achar que, no geral, ele faz um bom trabalho. Tite já estourou essa cota há tempos. E nem falo do esquema tático, da condução do elenco, de outros assuntos, falo de decisões menores de escalação. Hoje: entrar com Ibson, Alessandro na esquerda...Aí o cara vai por o Danilo e em vez de sacar o Ibson (que até tinha melhorado uns 20% no segundo tempo), tira o Douglas. Aí faz a segunda troca a que tinha direito aos 40 do segundo (com o time não jogando nada)...Só consigo pensar uma coisa: tu ta de bricatxion with me???

- Talvez o pior efeito das decisões ruins tomadas esse ano em relação a escalações, esquema tático, formação etc nem sejam os resultados, mas o fato de que assistir jogos do Corinthians está cada vez mais chato. Aquela ansiedadezinha para o próximo jogo já acabou faz tempo. Fico zapeando na TV procurando outros jogos que estejam mais emocionantes. Quando a transmissão da Globo passou o segundo gol do Cruzeiro, com 4 jogadores tabelando na frente da área, pensei “que saudade de ver um jogo de um time que joga bola...”. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Corinthians 2 x 0 Bahia

Guilherme volta ao meio e Edenilson continua na lateral; Alessandro vai para a esquerda. O mesmo 4231 de sempre e uma entrega que se confundiu com nervosismo. Com essa combinação, Tite tentou sair da fase “jogando para ser rebaixado” e retornar ao que foi o padrão de 2013 “jogando muito abaixo do possível”. De certa forma, conseguiu. Tite, ultimamente, tem poucas convicções: num jogo põe Sheik na esquerda, no outro na direita, no outro no banco. A mesma coisa com Pato, Danilo, Romarinho. As vezes põe Douglas, as vezes não. A única convicção que Tite parece ter é a que o esquema 4231 é o único possível e imaginável para se jogar futebol.
No jogo, vimos um time nervoso em demasia em campo, mas aplicado, marcando tudo atrás e tentando sair com pressa na frente. Nos primeiros 15 minutos não funcionou nada para nenhum dos lados, mas ganhávamos algumas bolas na disposição. Até que o improvável aconteceu: gol num bola aérea aparentemente ensaiada. Diferentemente  de outros tempos, a disposição continuou lá em cima e o time ensaiou uma pressão, até que em outro escanteio Cléber subiu no meio da área como há muito tempo eu não via algum jogador corinthiano fazer numa bola aérea ofensiva (esperança??). 2 x 0 e jogo encaminhado. O Bahia não teve nem vontade nem capacidade para ameaçar o resultado construído até o fim.
- as análises de jogo estão cada vez mais pobres, admito. É que eu simplesmente não tenho saco de analisar a mesma coisa toda vez e ficar criticando o que acho que está errado.Se Tite ainda tentasse coisas diferentes, a gente poderia analisar o que aconteceu. Mas taticamente é sempre a mesma coisa. Fica a possibilidade de avaliar desempenhos individuais, o que também é chato quando você acha que o esquema proporciona situações difíceis para os jogadores produzirem.
- Sheik cumprirá a terceira suspensão no campeonato. São 12 jogos na soma em que ou ele toma cartão ou está fora suspenso. Levando em conta que em alguns jogos ele ficou fora ou no banco, é uma média absurda. Quando ele levou o cartão antes dos 10 do primeiro, a parte mais sarcástica de mim pensou “bem que o Tite merecia que ele fosse expulso”, para aprender quanto dói beijo de burro...

- a vitória foi importante. Meu xará lembrou no blog do Alváro que, se o campeão da sul-americana não for brasileiro, temos chance de liberta inclusive no brasileiro. Se não formos campeão da Copa BR, é muito provável que o campeão seja Gremio, Bota ou Atlético PR. Esses 3 estão no G4, o que expandiria o g4 para g5. Se o atlético se mantiver ali em cima, teremos praticamente um g6. E estamos a 2 pontos do sexto colocado. 

domingo, 29 de setembro de 2013

Lusa 4 x 0; quando nada muda, a tendência se mantém. O que era tedioso se tornou vexame...

Bom, pouco a se falar sobre o jogo. Tive a sorte (ou prudência) de não apressar meus compromissos para conseguir ver o jogo, de sorte que liguei a tv aos 40 do primeiro tempo com 3 x 0 já na lomba. Poder-se-ia argumentar que Guerrero perdeu penalty, que Gil foi expulso quando o time ameaçava alguma reação, mas na boa? 4 x 0 contra um time lutando para não cair jogando praticamente em casa não se explica. Se já era chato assistir aos jogos do Corinthians, hoje chegamos ao ápice.
- Não é que estamos a oito jogos sem vitória. Estamos há 8 jogos tendo marcado apenas 1 gol – contra e impedido. Nesses 8 jogos, o desempenho foi aceitável em 3 tempos – um contra o goiás, um contra o Grêmio e outro contra o Cruzeiro. Não é que demos azar, que a bola não entrou, que o juiz roubou – o time simplesmente não produz. Um ou outro adversário apresentou dificuldades por si (Botafogo, Cruzeiro), mas também não produzimos nada contra Náutico, Ponte, Lusa. O cenário é horripilante e no horizonte não há solução que não passe por algumas mudanças.
- O único argumento que achei interessante para talvez manter Tite era a Copa do Brasil; talvez o time conseguisse se motivar para um mata-mata que salvaria o ano. Vimos que não foi propriamente o caso quarta-feira; até foi, por um tempo, mas de forma não tão efetiva e que Tite conseguiu estragar no intervalo. Temos 20 dias até o jogo da volta, dá tempo de salvar o ano.
- A imprensa, em geral, vem argumentando contra as críticas ao Tite, batendo na velha tecla “a filosofia do futebol tem que mudar”, de não se mandar embora técnico no primeiro sinal de crise. Cita-se os exemplos europeus etc. Fico me perguntando: será que o Fergurson enfrentou, em algum momento, uma fase dessa? De novo, não é não ter resultados, oscilar, demorar para reencontrar um padrão de jogo, perder um título. É ter desempenho de rebaixado e persistir nos mesmos erros, é não se questionar, não se reinventar, é demorar 9 meses para tentar algo quando as coisas claramente não vem dando certo. Como um amigo lembrou quarta-feira no estádio, também não é assim na Europa: os exemplos de técnicos que ficam vários anos são poucos. Mesmo o Guardiola saiu do Barcelona depois de ganhar tudo em 4 anos. As coisas tem seu ciclo.

- Não há a menor esperança com Tite. Não porque ele seja mau técnico ou não mereça todo o reconhecimento pelo seu trabalho e seus títulos, mas porque as coisas mudam e não estão funcionando mais nem dão mostras de que podem funcionar. Precisamos de mudanças. Corremos risco real de rebaixamento e a provável ausença da libertadores do ano que vem é um absurdo para o nível que o time acabou ano passado e com os reforços que teve. É incompetência pura e simples.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Corinthians x Grêmio, quando será que faremos outro gol??

Não postei nada porque desde o jogo tive acesso a computadores só tarde da noite. Agora quase tudo que deveria ter sido falado sobre o jogo já foi. O próximo post fica para o jogo do domingo.

domingo, 22 de setembro de 2013

Outro 0 x 0


Quando Tite definiu o time sem Pato, a imprensa deu que ele entraria num 442. Em campo vimos o mesmo esquema – Sheik marcando o gandula dum lado, Danilo marcando o bandeira do outro, e Romarinho centralizado (depois Sheik começou a se estranhar com o lateral cruzereinse e Tite o colocou centralizado). Aí você que entende um pouco de futebol, ou pelo menos de lógica, pode responder sem muito problema: se o esquema com 2 abertos não vem dando resultado com um centroavante de ofício, qual a chance de dar certo com alguém sem cacoete improvisado? Sem Guerrero, só consigo imaginar um motivo para Tite ter deixado Pato de fora: queria escalar os jogadores da sua panela, quem fosse mais garantido de correr por ele e por seu emprego.
Ainda assim, o time ameaçou um começo que parecia não ser ruim – com movimentação e um pouco mais de vontade do que ultimamente. Só que as grandes chances foram do Cruzeiro, que não abriu 2 gols de vantagem porque Cássio continuou a salvar o emprego de Tite. Na frente, não criamos nada, pois os mesmos problemas de sempre voltavam a se apresentar. Se lembrarmos que o Cruzeiro no papel é um time de refugos e do nosso lado temos alguns bons jogadores, fica evidente a diferença de organização tática dos 2 times.
No segundo tempo, mas por uma pane do Cruzeiro do que por qualquer mudança importante no Corinthians, voltamos melhor e começamos a ameaçar o gol do Fábio. Romarinho fez um partida horrorosa, mas ainda assim, para por Pato, Tite achou por bem tirar o Sheik (para não alterar a estrutura tática e não perder a cobertura na esquerda). Não que Sheik estivesse brilhante, mas pelo menos tentava e criava algo na frente. O jogo foi se desenhando como um casado x solteiros, com o Corinthians se jogando ao ataque sem organização e se expondo ao contrataque. Não perdemos porque Cássio fez mais um milagre aos 47 e o empate só serviu para segurar a barra do Tite mais um pouco.
- Não vou mais perder tempo falando de atuações individuais. Para mim é óbvio ululante que a organização tática do time é ruim e não se faz mudanças. Ou alguém acha que 2 pontos (e 1 gol só, impedido e contra) em 6 jogos  é sinal de um time que está funcionando? E não, não estamos falando de uma fase, estamos falando de mais de um ano com alguns bons jogos aqui e acolá.
 - O segundo tempo mostra a fragilidade do campeonato. O líder disparado, e que para queimar minha língua tem ótimas chances de ser campeão, é um amontoado de refugos bem organizado taticamente. Bastou enfrentar um time com um pouco de vontade e organização, como o Corinthians se postou no segundo tempo, e o time simplesmente parou de jogar. Exceção ao Everton Ribeiro, o resto do time é bastante limitado.
- A birra de parte da torcida em relação ao Pato vale um texto a parte, mas não vamos falar disso aqui para não desvirtuar.
- Aliás, a vida tem suas ironias. Uma vitória hoje mudaria o ambiente para o Tite. Pato pode perder gols bizarros aqui e acolá, mas de cabeça é perigoso. Acho difícil que ele perdesse aquela cabeçada que o Sheik, embaixo da trave, jogou a bola na piscina.

- Um lado de mim acharia melhor termos tomado uma piaba e Tite ter caído. O outro sempre espera o melhor e (principalmente antes do jogo, quando pensei que Tite ia tentar um esquema novo...) e torcia para que o time se recuperasse para entrar confiante na quarta contra o Grêmio. Não aconteceu nem uma coisa nem outra. E o que esperar para quarta-feira? Acho o Grêmio suficientemente limitado para que mesmo nessa tiriça consigamos uma vitória.

sábado, 21 de setembro de 2013

O que mudou? ou...a solução é outro técnico?

Ao longo dos últimos 3 dias, pensei, conversei com corinthianos, li blogs e sites de notícias para chegar a uma conclusão se a melhor solução seria trocar de técnico. E a questão recorrente, em especial para os que não acham que a troca é uma boa, é como seria possível culpar um técnico que foi táo bem sucedido. E fiquei pensando no que mudou de lá para cá.

O esquema Titeano nos títulos conquistados era uma fortaleza defensiva; no plano ofensivo, os poucos gols feitos (sempre foram poucos) saiam, na sua maioria, do elemento surpresa (Paulinho / bolas paradas ou chutes de longe de Alex etc) ou de bolas roubadas na marcação pressão do adversário. Nunca foi um esquema armado para produzir ofensivamente, mas produzia eventualmente pela conjuntura. Ok, e porque o que deu certo antes não tem dado há mais de ano? Tenho algumas hipóteses.
- O esquema depende de uma dedicação física impressionante dos jogadores, o que, portanto, depende duma condição física excelente. Terminamos o paulista de 11 com a torcida desanimada e pedindo a cabeça de Tite. 3 meses depois éramos o time a ser batido com 10 vitórias em 9 rodadas do brasileiro. Nesse ano tivemos a condição peculiar de ser eliminado na pré-libertadores e, por isso, ter disputado no primeiro semestre só o Paulista. Chegamos no começo do brasileiro voando e isso foi boa parte do que nos garantiu o brasileiro (nas outras vinte e poucas rodadas disputamos ponto a ponto com um Vasco mais veterano, com menos opções no elenco e supostamente menos motivado por já ser campeão da Copa BR). Em 2012, fomos eliminados nas quartas do paulista e ficamos focados na liberta até o fim. Para jogar contra o Chelsea, descansamos 6 meses. Nos 3 melhores momentos da Era Tite, foi possível ter a condição física ideal para dedicar-se ao esquema. Esse ano, chegando ao fim da Copa BR, jogaremos 80 jogos, espremidos pela janela da Copa das Confederações. Ano que vem a coisa se repete pela Copa do Mundo. Quando a condição física não é acima dos demais, nosso desempenho cai muito. E aí entramos numa outra questão que é...
- O esquema depende de jogadores 100% motivados e concentrados. Desde os primeiros momentos dessa “Era Tite vencedora” já era comum notarmos que o time jogava bem um tempo de dois: ou jogava bem o primeiro, fazia um gol e sofríamos no segundo, ou o time dormia no primeiro, tomava um esporro no intervalo e vinha voando no segundo. Tirando mata-matas, era muito difícil o time fazer um ótimo jogo o tempo todo, e isso muito porque é muito difícil, tirando “o jogo da vida”(que nenhum time é capaz de fazer todo jogo), os jogadores manterem 100% da concentração. Só que, junto com o outro fator, um time cada vez mais ganhador e cada vez mais veterano vai ter dificuldade de manter essa concentração. Todos os comentaristas vem falando a respeito, e parte da torcida tem visto o time “preguiçoso, acomodado”. Só acho que o nível de concentração e dedicação se nivelou ao resto, e como o esquema dependia muito disso também, o desempenho despencou. Ou ninguém estranhou Tite explicar o mau desempenho do time porque tinha se concentrado para a Recopa, uma incrível competição de 2 jogos??
- O esquema é voltado para mata-matas. Os dois primeiros fatores já ajudam a explicar – é muito mais fácil você correr e jogar tudo num mata-mata do que num dos 38 jogos de pontos corridos – mas a própria filosofia do time / técnico é assim: empatar fora, ganhar (nem que seja por meio a zero) em casa. Além disso, pela motivação e dedicação, o time é capaz de fazer um baita jogo contra um grande time e sofrer para cacete contra um candidato a rebaixamento. Para pontos corridos, onde 3 pontos são 3 pontos, essa combinação é ruim de doer. “Ah, mas ganhamos o BR 11...”. Sim, as 9 vitórias do começo foram boa parte da explicação, depois entramos num gangorra que quase nos custou o título.
- Quando você o time a ser batido, os outros times estudam você. Ou por outro ângulo: não aprendemos a ser protagonistas. Até a final da Libertadores 12, ninguém diria “o Corinthians é favorito”. O jogo contra o Chelsea também foi na linha de “sul americano franco atirador”. Em todas as outras situações de 1 ano para cá éramos o “favorito”, o “campeão” e os times se preparavam de forma diferente para jogar contra o Corinthians. Só que já faz um ano e não conseguiu-se lidar com isso.

Dado todas essas condições, a questão que fica: Tite conseguirá, daqui para frente, lidar com esses fatores, mudar o time, a disposição tática, e fazer o time vencedor novamente? Tenho dúvidas. Talvez sua última chance de mostrar isso seja a Copa do Brasil. Mas ainda assim ficará a questão: sempre dependeremos do time voando, 100% concentrado num jogo específico para esperar um bom desempenho? Para os planos de protagonismo que a diretoria parece ter, me parece pouco. Precisamos duma renovação gradual do time, precisamos ter variações táticas para situações diferentes de jogo, precisamos testar aos poucos apostas e jogadores da base. Tite é o nome para fazer isso nos próximos 3 anos? Tenho sérias dúvidas.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Quem não vence há 8 jogos sempre tem esperança se vai jogar contra o Corinthians...

Quando você está jogando contra o penúltimo colocado, virtualmente rebaixado, e você é dominado pelo adversário, que tem umas 3 ou 4 chances de gol enquanto você mal ameaça o goleiro dele, é porque a coisa vai mal. Esse é o resumo do primeiro tempo. Enquanto eu via o Corinthians não criar absolutamente nada na frente, eu pensava que esse ano devemos ter jogado cerca de 55 jogos com esse esquema tático – e só funcionou, no máximo, nuns 5. De longe o que mais me incomoda no Tite é a gente jogo após jogo ver o esquema não funcionar e ele continuar insistindo, como se alguma solução mágica fosse acontecer do nada. No plano defensivo, a entrada do Maldonado só fazia algum sentido se, com dupla cobertura, ele conseguisse soltar os laterais – em especial Edenilson. Não só isso não acontecia como a nossa lateral direita era uma avenida pela qual a Ponte ia criando chances de gol. Tite inverteu Edenilson e Maldonado e deixou o chileno paradinho ali (mudança que a transmissão da Globo demorou uns 15 minutos para perceber). Paramos de sofrer tanto atrás e o jogo virou aquele marasmo até o intervalo.
Começa o segundo tempo, Tite faz duas trocas, desinverte Edenilson, e o aumento de estamina pelas trocas e pelo provável esporro do intervalo fazem o time melhorar. Só um pouco de marcação pressão é suficiente para o time horripilante da Ponte entregar o jogo. Dura uns 20 minutos. Depois disso o jogo volta ao ritmo varzeado que tinha dominado a segunda metade do primeiro tempo, até a falta boba de Maldonado, outro gol aceito por Cássio e outra derrota. O segundo gol foi só para dar um gostinho de trapalhões. E eu, que estou acordando mais cedo essa semana e cogitei fortemente nem ver o jogo para dormir mais cedo, imagine se não me arrependi da decisão...
- Em certo aspecto, a derrota é melhor do o que empate. Na pontuação, os dois não implicam em muita coisa. Como o desempenho foi novamente ridículo, perder emula mais alguma resposta, alguma movimentação. Do jeito que tá não dá para ficar.
- A troca de peças levou a uma melhora de 15 minutos. Pato e Romarinho não entraram no jogo e Danilo tem sempre de jogar se estiver bem fisicamente – ok. Mas durante todo o ano vimos isso: Pato, Romarinho, Sheik e Danilo se revezando na mesma função de abertos. A cada hora um supostamente tá melhor, aí piora, outro entra, joga melhor, aí piora, aí outro entra, e assim vamos. Tite faz supor que a culpa é individual dos jogadores – como, se com ninguém funciona? O único que escapou disso foi Renato Augusto. Será que é porque é um jogador com qualidade acima de qualquer suspeita ou simplesmente se machucou antes de perder o benefício na novidade?
- Nesse tipo de jogo haveria até comentários individuais a fazer. Mas o conjunto tá tão ruim que nem vale a pena.

- Fora Tite? Tem toda uma discussão a se fazer a respeito. Mas a coisa não vai bem há 8 meses e não vemos nenhuma mudança tática, nenhuma tentativa, nada. Os mesmos erros, as mesmas leituras erradas da realidade. Não sei. Tem desfalques, tem saída de jogadores. Mas não era para ter um desempenho tão ruim de forma tão consistente. 

domingo, 15 de setembro de 2013

Corinthians 1 x 2 Goiás

Tite repetiu a entrada do Alessandro na lateral, jogando o Edenilson para o meio; deve ter achado que a  produção ofensiva no meio compensaria a exposição defensiva que Alessandro mostrou quarta-feira. Mas quando a fase não é boa a sorte também não acompanha; com 7 minutos de jogo, teve de desfazer a opção. Não vou repetir a ladainha de quanto o esquema tático me desagrada; de quanto isola os jogadores e fica extremamente dependente de jogadas individuais / de que jogadores estejam bem individualmente para produzir ofensivamente. O fato é que o time esteve longe de fazer um primeiro tempo ruim. Criou 3 ou 4 boas chances de gol, e não fosse a pontaria furada (principalmente de Pato) teríamos saído na frente no placar. O Goiás pouco assustou e, no geral, tivemos uma apresentação sólida.
Vira o segundo tempo e Tite é obrigado a fazer a segunda troca forçada. Igor apoiava mais e o lado esquerdo, na frente, ficou mais forte. Mas foi pela falta de cobertura naquele lado que PA observou Hugo fazer o que quis e Cássio meio que aceitou: Goiás 1 x 0. Aí o emocional pesou e muito. Tite mexeu, time foi pra frente, mas pouquíssimo produziu de efetivo; nervoso, errando passes. Até o gol esquisito de Pato e a sensação de que algo poderia sair dali. Durou pouco – num escanteio com a zaga desconfigurada, os jogadores em campo não pensaram que alguém deveria marcar justamente o miolo da área e três adversários subiram sozinhos para  desempatar o jogo. A partir daí, só desespero até o fim do jogo.
- Se a fase fosse outra – digamos, estivéssemos disputando ponto a ponto com Bota e Cruzeiro na ponta – esse seria apenas um jogo em que o torcedor mais racional pensaria “acontece”. Perdemos um caminhão de gols e não tivemos força para reverter quando o emocional virou. O problema é a fase. O jogo de hoje também seria o contraexemplo dos últimos jogos, de que nem sempre a avaliação é baseada no resultado – é possível não ganhar e não achar que tudo vai uma m*rda. Mas ter perdido o jogo, em especial depois de ter empatado, piora as coisas. Tivesse sido 0 x 0 a la Nautico semana passada talvez a avaliação fosse de que ao menos o desempenho foi beeem melhor.
- Tite vem fazendo um trabalho de mediano para ruim. Analisando apenas o jogo de hoje, no entanto, não tem culpa dos gols que os atacantes perderam, alguns bem tranquilos. Teve apenas uma troca para fazer. O único senão é – que sentido faz colocar quatro atacantes e deixar Douglas jogando de volante?
- Pato fez uma partida ruim. Além dos gols que perdeu, ficou impedido umas quatro vezes porque não prestou atenção na linha. Coisas imperdoáveis para um atacante (supostamente) de seleção.
- Sheik entrou em campo?
- Douglas estava extenuado já aos 15 do segundo. Não aguenta o ritmo de quarta e domingo. Danilo já sabemos que consegue jogar em alto nível só uma vez por semana. RA está machucado como sempre e não sabemos se é alguém com quem o técnico pode contar. São os únicos meias do elenco. Sempre pedi um esquema tático com 2 meias, mas com essas peças à disposição do técnico, fica difícil culpa-lo por isso.

- Vuaden é um capítulo a parte. Ele não apita futebol, ele apita um esporte que a cada jogo ele reinventa as regras. Seu critério para faltas e cartões é só dele. Não olhei os scouts, mas chuto que o Goiás tenha feito mais de 20 faltas; como Vuaden não dá ‘faltinhas’, ao menos umas 13 dessas faltas foram aquelas claras para parar o jogo. O time esmeraldino deixou o gramado com apenas um cartão, por demora de reposição. No nosso lado, tivemos o cartão (justo) para Pato, um para Ralf por reclamação no fim e ainda a expulsão do Fabio. Vuaden é ruim e um dos árbitros mais arrogantes do país.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Botafogo 1 x 0

Tite fez o que muita gente pedia, sacou Ibson, jogou Ed para o meio e colocou Alessandro. Na frente, Sheik improvisado. O time ameaçava se postar bem nos primeiros minutos e fazer um bom jogo, mas como alegria de pobre dura pouco, alguns fatores logo começaram a se apresentar. O primeiro – que vale comentar mais detalhadamente – é o posicionamento tático ofensivo que, como já sabido e repetido, deixa todo mundo muito distante e as jogadas simplesmente não acontecem. O segundo foi o baile impressionante que Alessandro estava tomando de todo mundo que caía por ali. Depois de uns 3 quase gols, Tite pediu ao Gil para encurtar a cobertura e melhorou um pouquinho – durou pouco, no segundo tempo Alessandro continuou nos brindando com um desfile do melhor estilo de jogo tiozão do churrasco. O Bota teve umas 3 boas oportunidades para abrir o placar, inclusive o lance que poderia ter mudado o jogo desde o começo – se o Seedorf cai, haveria boas chances de Cássio ter sido expulso no penalty imbecil que ele tentou fazer, e aí era jogo perdido até o fim. Sorte nossa que ele é holandês e não brasileiro. Ainda poderíamos ter saído na frente se Sheik soubesse finalizar minimamente, mas como chuta as bolas de bico como qualquer zagueiro faria...
Vira o segundo tempo e como já é tradição, o que tá ruim piora. A produção ofensiva que já era mínima vira nula, o Botafogo cria suas chances pela avenida no nosso lado direito e aos 10 minutos quem tinha alguma dúvida já tem certeza que o máximo que podemos esperar é segurar o empate. Parecia que conseguiríamos até que a bela jogada do adversário nas costas do zagueiro que Tite colocou no lugar do Igor (e que deveria estar preso na defesa, não??) define o 1 x 0 derradeiro, que deixou o resultado do jogo mais justo.
-  Nesses 2 jogos do Brasil, fiquei analisando para responder a seguinte questão: porque Felipão joga com 2 abertos e funciona e nosso esquema não funciona? Vá pensando, deixei para escrever em outro texto porque nesse ficaria muito longo.
- Eu acho que você começa a considerar, de forma racional, a mudança de técnico, quando de forma continuada e repetida você discorda das decisões dele – ou simplesmente não entende. Isso tem acontecido com frequência, ultimamente, com Tite.
- O técnico choramingou bastante nos últimos dias a falta dum centroavante. Aí o time arma um esquema pro Pato voltar e ele deixa o cara no banco. “ah, mas o cara tava cansado, não ia aguentar os 90 minutos...”. Ué, aproveita o máximo que der, começa com o cara e tira depois – ou alguém acha que o Pato terminou o jogo hoje extenuado? “Ah, mas precisa prestigiar o elenco, se o cara chega às pressas e já joga é passar atestado de que o elenco é fraco”. Beleza, então não reclama tanto da falta de centroavante e assume o que o time não tá jogando nada faz tempo.
- Danilo deu dó hoje. Como não é possível que tenha desaprendido futebol, só pode ser a parte física. Escrevi no último post que ele não deveria ter jogado, em especial num campo grande e com o time precisando de velocidade no contrataque. Aí Tite vai por o Pato e tira...Romarinho. Vai por um moleque da base e tira...Sheik. Danilo tiozão de churrasco enfartando jogou de novo 90 minutos.
- As duas boas notícias (tem?): Cássio voltou a fazer uma boa partida e Igor fez a primeira partida na qual deu mostras de ter condições de substituir FS (e quem lê alguma coisa do blog sabe o quanto acho FS ruim...)
- Exceção feita ao Renato Augusto, desde que o Elias saiu eu não lembro de alguém no Corinthians acertar chutes de longa distância. E acertar não quero dizer fazer gols não, quero dizer mirar no gol e obrigar o goleiro adversário a fazer boas defesas. Nossos jogadores, nas pouquíssimas oportunidades que arriscam, geralmente mandam a bola para fora do estádio.

- A continuar assim, eu estou quase cogitando deixar de assistir jogos de vez em quando só para ir dormir mais cedo, fazer outra coisa – coisa que só fiz no paulista. Passar nervoso e ver jogo feio não tá rolando.