domingo, 29 de abril de 2012

Vila Sônia 1 x 3 Neymar

Não vi´ o jogo. Mas pelo resultado, e levando em conta que o único gol do sp estava uns 4m impedido, acho que dá para tirar conclusões.
 
Ontem estava conversando sobre futebol, e eu e meu interlocutor concordamos que a chance do São Paulo era o Santos entrar baleado pelo jogo + viagem na Bolívia. Não que eu ache o Santos um time brilhante, mas é um time razoável com um craque, enquanto o sp é um time, nesse contexto, fraco. Concordamos também que o sp é um time que joga bem contra times pequenos, porque o Leão arma o time muito ofensivo, com 3 atacantes que não marcam ninguém, como se ainda estivéssemos no começo dos anos 90. E, num clássico, tomaria piaba de qualquer um dos outros 3 grandes, pela falta de solidez defensiva. Parece que foi o que aconteceu.
 
Leão será eliminado na Copa do Brasil. Espero que ainda não implique em sua demissão. Que ele fique mais algumas rodadas no brasileiro, até descobrirem quão mal técnico ele é. E aí ele será substituído por mais uma piada de mal gosto - tipo o técnico gringo do Atlético-pr, por ex - como tem sido o roteiro frequente lá pela Vila Sônia. Quanto às cag*das do Paulo Miranda, vamos ver quantas dessas ainda acontecerão enquanto a mídia esportiva sábia valoriza o belíssimo elenco tricolor.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

No dos outros é refresco

Longe de mim negar o absurdo que é o nível da organização (ou falta dela) no futebol sulamericano. Não há comentários que se possa fazer sobre o quanto é sem noção que em quase todos os estádios tenha de haver policiais com escudo para proteger batida de escanteio. Maaaaas....é comovente a mobilização da imprensa hoje para falar sobre o "o que aconteceu com o Santos". Se fosse o Corinthians, aposto que uma boa parte estaria se referindo, mesmo que meio sem-graça, a algo do tipo "pois é, é que o Corinthians não está acostumado, Libertadores é assim mesmo".
 
E é engraçado quando alguém desafia o coro. Ronaldo (goleiro), no Jogo Aberto, depois que todo mundo aderiu ao discurso padrão, soltou "pois é, na Vila é que é tranquilo, né? o que já tomei de mijo e chinelo nas costas lá...". Ousou repetir o discurso na Transamérica agora à tarde e foi vetado. Lembro que, recentemente, Tite saiu reclamando do monte de cusparada que tomou por lá. Luxa já levou moedadas. Nada justifica a "bananada", mas calma lá com o andor. Já dizia o ditado...

Começam as oitavas da Liberta

Ontem era o tipo de noite que eu gosto de ficar com o controle na mão trocando de canal; cada vez que é tiro de meta do time visitante, ou algum jogador cai no chão contundido, dou aquela mudada para ver o que tá rolando no outro jogo. Nessa lógica, vi mais de Bolivar x Santos, que foi um jogo, ao menos no primeiro tempo, muito mais agitado do que Inter x Flu.
 
Aliás, no Beira-Rio viu-se um Flu controlando o jogo como quis - entendo que menos por conta de sua defesa pouco sólida e mais por incapacidade produtiva do Inter. O time gaúcho é muito pouco criativo (não sei se a presença de Oscar e D'alessandro mudariam isso) e, nos contrataques, o Flu conseguia até ser mais perigoso. Tudo isso até o penalty, quando Edinho resolveu dar uma bica no Damião dentro da área. Mas a defesa do Cavalieri salvou o Flu do que seria um desastre parecido com o que foi para o Corinthians o primeiro jogo contra o Fla na liberta 2010 - jogou seguro mas acabou perdendo. Na volta, tendo de contar mais com o seu setor ofensivo do que defensivo, acho que Flu é amplo favorito. Em tempo: Dorival ainda não acertou a mão no Inter. Precisa acertar um trabalho bom depois do Santos, pois está caindo ao mesmo nível de Caio Jr e outros.
 
Na Bolívia, vi um time horrendo do Bolivar, cuja única arma é chutar de tudo quanto é canto, contando com a altitude, dar um sofoquinho no Santos. Tinha a altitude, tinha o gramado, mas o time boliviano é simplesmente ridículo. Os caras da Globo ainda tem a pachorra de dizer "não é a baba que parecia". Na Vila o Santos tem tudo para passar com sobras. O jogo de ontem foi uma bela demonstração de duas coisas: a primeira, o quanto o time depende de Neymar. O jogo foi, mais do que nunca, bola para ele arrancar. O gol saiu da falta que sofreu em uma de suas arracandas. A segunda é a diferença entre Neymar e Ganso. Enquanto o primeiro assumiu a responsa e fez com que o time saísse de lá com um resultado razoável, o segundo parece não ter percebido que jogava na altitude e num pasto e insistia em toquinhos de classe, calcanhares etc. Simplesmente patético. Tomou esculachos sucessivos do Muricy, com razão.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Real x Bayern

Meus compromissos da tarde foram cancelados e pude assistir ao jogo.
 
O Real joga num 451 parecido com o do Tite. Além das óbvias diferenças técnicas, tem uma diferença interessante de posicionamento. Os 'meias pelas pontas' são quase pontas mesmo, recebem a bola da metade do campo de ataque para a frente, para tentar a jogada; Di Maria compõe mais para marcar do que o 'preguiçoso' CR (coisas que o treinador tem de aceitar, por óbvio). Os abertos de Tite parecem mais volantes, pois recebem a bola sempre de costas para a zaga na linha do meio-de-campo. Além disso, as trocas de posição são constantes. Ozil de vez em quando inverte com Di Maria e cai pela direita; de vez em quando troca com CR e cai pela esquerda.
 
O que é importante também é que o 1 seja um jogador como Ozil: meia passador, uma vez que Di Maria e CR são mais carregadores de bola. Não há lugar, nesse esquema tático, para Kaká. Na função de aberto, Di Maria desempenha melhor; na função do armador, Kaká deixaria o time torto, com mais um carregador de bola. A chance dele seria jogar tão bem, tão bem, que Mourinho pudesse pensar em mudar o esquema para um 442 tradicional e jogar com Kaká e Ozil. Só que hoje Kaká não entrou em campo. Quer dizer, Mourinho o colocou, ele que não entrou. Errou 100% do que tentou, e de quebra ainda perdeu o penalty. O esquema do Real certamente vai melhor sem ele. Fisicamente parecia mal, também.
 
O resultado é o de menos. O Bayern, aliás, é um timaço também. Muita qualidade e muito organizado por um ótimo técnico. Real caiu nos penalties. Mourinho tem dado azar nessa sua passagem; perdue ano passado para um Barça iluminado e esse ano por detalhes. Se os boatos de que seria mandado embora mesmo que ganhasse o espanhol se confirmarem, acho uma burrada das grossas.
 
Marcelo: é um bom lateral, sem dúvida. Hoje, como nos outros jogos que assisti dele, fez uma partida somente razoável. Foi seguro na marcação e improdutivo no apoio (embora costume ser o oposto). Para mim até pode ser o titular da seleção; só é esquisito, no mínimo, o consenso que se formou em torno do nome dele quando Mano escalava André Santos, como se tivèssemos deixando de fora o Roberto Carlos no auge da carreira.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O "maravilhoso" histórico do JCaré

Após a saída do Felipe, JCaré (vulgo Horácio) assumiu o posto de goleiro do Corinthians. De vez em quando ele faz boas partidas - na sua maioria, jogos sem importância. Mas seu histórico de falhas em jogos decisivos é impressionante.

Goiás x Corinthians, último jogo do BR10. Valia título, e embora mesmo que ganhasse não seria campeão, o empate (com falha grotesca do JC) acabou deixando o time em terceiro e, como consequência, o obrigou a disputar a pré-libertadores. O resto é História.

Corinthians x Mirassol, quartas do Paulista 11. Aqueles jogos de furar retranca, bater tanto até furar. Ainda 0x0, quando JC falha 2 vezes no mesmo lance: repõe a bola errado, o que propicia um contrataque do Mirassol, e falha no chute do atacante. Em vez de precisar fazer 1, a conta vira para 2. Felizmente o time faz os 2 e se classifica.

Santos x Corinthians, jogo da volta da final do Paulista 11. O empate levava pros penalties. Nenhum corinthiano sobra tinha muitas esperanças do time fazer um grande jogo. Mas o Santos, embora ganhando, não era tão superior, e a defesa fraca santista dava esperança de que pelo menos 1 gol conseguiríamos fazer. E fizemos; o problema é que minutos antes o Horácio tinha tomado um frangasso e aumentado a vantagem lambarística para 2 x 0. Sem chances.

Ontem - bom, todo mundo viu...

Nenhum time grande pode sonhar alto tendo um goleiro ruim. Mas um goleiro como o JCaré prejudica muito mais um time com um esquema tático como o Corinthians, cujo ponto alto é a defesa. Nossas vitórias são frequentemente magras; frequentemente vencer, no Corinthians, envolve marcar um gol e não sofrer muito atrás. Com um goleiro que, em especial em horas decisivas, aceita bolas fáceis, o esquema fica totalmente arruinado. Já foram dadas mais chances a ele do que a qualquer outro atleta da história corinthiana.

domingo, 22 de abril de 2012

Amigos (?) do JCaré 2 x 3 Ponte

Quis o destino que a volta dos posts fosse num jogo como esse...

O jogo escancarou os dois maiores problemas desse time: 1- goleiro e 2-incapacidade de furar retrancas. Some-se a isso o fato da Ponte ter feito realmente uma partida muito boa e a substituições fracas do treinador, e está feita a festa.

O mais importante é: o que esse jogo mostra?

Era mais provável que o time perdesse num jogo como hoje do que num clássico. No brasileiro do ano passado, ganhamos com mais facilidade em casa de Vasco, Flu, Flamengo, São Paulo do que de times (ou perdemos) que vieram jogar fechadinhos, como Cruzeiro, Botafogo, Figueirense, Avaí...o problema é justamente furar retrancas, e não de se apoderar dum jogo em que o adversário joga também. Só que na libertadores, nos jogos em casa, será essa a situação. E agora, José? Se não contar com bons resultados fora de casa, pode ser problema.

Se o resultado tivesse ficado 2 x 0, eu estaria em pânico. O modo como o segundo tempo se desenrolou, numa análise fria, dá para por na conta do JCaré. O time tem pouca capacidade ofensiva, o técnico foi mal, mas se não fossem as duas falhas seria 2 x 1. Time grande (em especial, que joga da forma como o Corinthians joga) não pode ter goleiro fraco. Não pode se dar ao luxo de ter que buscar gols a mais porque o frangueiro falhou lá atrás.

O problema é que as chances são altas de que o técnico mantenha ele lá. Se o fizer, está cavando a própria cova: o time será eliminado em algum jogo em que o Horácio falhar novamente, e suas sete vidas já foram gastas em outras eliminações.

No mais, tem que aproveitar os 10 dias de descanso para treinar opções ofensivas. Depender do mesmo esquema tático é contar muito com a sorte. Por exemplo, no jogo de hoje o time abusou de cruzamentos para um Liedson, baixinho, em má fase, brigar com 2 zagueiros. Faltou calma, faltou trabalhar a bola - justamente coisas que times que tem de furar retrancas precisam fazer.