quarta-feira, 20 de junho de 2012

Pela primeira vez

O primeiro tempo se desenhou como esperado. Muricy veio com Borges, e não perdeu o meio-de-campo porque o Corinthians se postou da mesma forma como a Vila, então praticamente não tinha jogo no meio-de-campo. O Santos teve um domínio totalmente enganoso, onde 80% do tempo trocava passes entre seus zagueiros, sem produzir nada. O Corinthians contratacava menos e mais lentamente do que devia – ainda assim, teve duas boas chances antes do Santos ameaçar Cássio. Mas...esse tipo de estratégia é perigosa, porque você não pode falhar nunca – uma bola estraga seu jogo. Num lance que começou numa semi-cotovelada do Kardec (aí o problema do critério – num jogo onde Vuaden tava marcando até espirro, Ralf caiu zonzo no chão certo de que haveria falta), a zaga assistiu Borges desviar e Neymar pegar o rebote. Antes do final, Corinthians saiu um pouco mais e assustou com a cabeçada de Jorge Henrique, mas era bom que acabasse para o time esfriar a cabeça, absorver o gol e lembrar que ainda jogava em casa.
A escalação do Willian: concordei. Foi uma opção, antes de tudo, tática. Não dá para mudar o esquema a essa altura. A outra opção seria Liedson, mas que precisaria estar muito inteiro e muito em boa fase para forçar uma mudança de esquema – o que não é o caso. Lembremos que o Corinthians não tem um Drogba, um Ribery. É isso aí que tem para hoje.

Intervalo, tudo igual. Você é o Tite, o que você faz? Sai para cima? O problema é que naquela situação, fazendo um gol, o outro time continua precisando só de 1 gol. Tomando um gol, a casa cai...
Tite foi sacudo em por Liedson logo de cara. Voltou pro 451, com Alex compondo a primeira linha de 2 na marcação; Danilo compõe na esquerda A postura do time mudou, adiantou as linhas. Jorge pegava Juan já na defesa e a marcação em Neymar se tornou individual quando ele caía pela esquerda E a sorte estava do nosso lado: 3 min, 1 x 1, na tranqüilidade do Danilo. O time continuou adiantado e mandou no jogo até os vinte e poucos. Aí, a recuabilidade, que num jogo desse porte é inevitável. Mas, pegue lá: no segundo tempo o Santos não produziu nenhum (nenhum) ataque. Ameaçou pouquíssimo. Neymar perdeu todas as bolas pro Alessandro ou errando passe. Aos 40 min o Santos estava totalmente entregue, e fazia faltas com pouquíssima inteligência, ajudando a amarrar o jogo. A melhor chance deles foi aquela espirrada de taco do Alessandro. Falta aqui, enrola aqui. Fim de papo. A final é nossa.
- a arbitragem do Vuaden foi fraquíssima. Não acho que tenha prejudicado o Corinthians. No primeiro tempo, sua falta de critério ajudou um pouco o Santos. Mas no segundo tempo marcou qualquer espirro, e isso foi ótimo para o time que estava com a vantagem. Sempre vejo comentaristas falando “marca tudo para não deixar o jogo escapar do controle”. Quem já viu uma arbitragem do Amarilla sabe que isso é besteira, juiz bom consegue controlar o jogo sem ficar marcando faltinha.
- a atuação do Neymar no segundo tempo é a definição de pipocar. Vamos ver a desculpa dessa vez. E da-lhe, Alessandro!
- pela grandeza do confronto, o saldo foi uma vitória acachapante. O Santos foi superior por uns 10min no segundo tempo da Vila. Uma boa parte do confronto o Santos parecia dominar, mas era enganoso. Nos 180min, o time da Vila criou 3 chances de gols – ainda assim, não claras. A classificação esteve em dúvida por apenas 8 min de jogo jogado. Muito pouco pra um time tão badalado.
- falha grotesca do Durval no gol do Danilo. A defesa fraquíssima dos lambaris é o que os “analistas” esquecem de analisar.
- quando é para cornetar, a gente corneta. Mas o Alex fez uma partidassa taticamente; no primeiro tempo, recebeu algumas bolas numa fria e teve categoria para matar, afastar o marcador e sair jogando. Chamou a responsa, organizou o time.
- por falar em técnico...30min, tendo de fazer gol, Muricy põe um centroavante e...tira o outro! Boa, garoto!
- aliás, é a sétima libertadores em seqüência do Muricy, entrando com times com ótimas condições de ganhar. Sexta eliminação.
- deve ser contra o Boca, o que será histórico, épico, inominável. Mas o Lau joga muito ofensivamente em casa, não dou a fatura por liquidada não.

4 comentários:

  1. A contusao do edenilson foi a melhor coisa q aconteceu dadas as circunstancias, ele é melhor qdo o time precisa ser ofensivo, mas nesse caso mto especifico onde a disciplina tatica era fundamental a melhor escolha era mesmo o alessandro.
    Do campo vi um segundo tempo num classico 442, com alex e liedson a frente.
    Vai corinthins!!!!!

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  2. da TV parecia um 442 também, mas quando o time tava postado atrás, esperando! (o que foi 90% do tempo...)

    essa do edenilson eu acho que mesmo ele sem machucar o Tite ia de Alessandro nesses jogos...para esquema defensivo ele sabe ler o jogo!

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  3. Será q agora algumas verdades vem a tona? Qualidade duvidosa dos 8 santistas muito fracos tecnicamente, cuja ruindade é encoberta por lampejos de dois craques?
    Q o tecnico é frquissimo e incapaz de tentar algo para furar uma retranca bem postadapor ai vai

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  4. pois é...já tenho um post escrito justamente sobre isso! vamos ver se o "mito" cai...

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