quarta-feira, 13 de junho de 2012

Cambalhoteiros 0 x 1 Corinthians

Tite entrou com o já esperado 460. Mas na posição defensiva houve uma mudança interessante: um 433 mais recuado, com Jorge compondo a linha de volantes com Paulinho e Ralf e Sheik, Alex e Danilo compondo a frente. Danilo e Alex revezavam entre a direita e o meio do ataque. Como sempre, atrás muito compacto; a saída pro jogo um pouco lenta, esperando o time se recompor – nada fora do esperado. Com a bola no ataque, a linha de 4 do ataque se recompunha. Do lado de lá, impressionado por tudo o que Neymar não jogou nos jogos contra o Vélez e na seleção (o que evidenciou que qualquer time mediano já aprendeu como marcar Neymar quando ele joga isolado na esquerda), Muricy trouxe Neymar pro meio, flutuando de vez em quando pelos lados. Ele não teve tempo de treinar isso, mas deve ter se aproveitado do fato de que Mano Menezes treinou isso com ele a semana toda para pegar a Argentina. Azar o deles que Neymar fora da esquerda vira um jogador apenas bom – até se acostumar a novas funções, o que deve demorar um pouco. No final do segundo tempo, quando caiu pela direita, tomou um baile de marcação do Fábio Santos, que nem é um marcador exímio.

Fizemos um primeiro tempo muito bom; marcação boa quase todo o tempo e até os primeiros quinze minutos, saída de bola com qualidade. Tivemos até mais posse por um tempo. Só não foi melhor por dois aspectos. Alex continua sua rotina de perder muitas bolas; é desatento quando mata de costas, erra passes numa região crítica. Danilo caminha numa linha tênue entre paciência e sonolência; no primeiro tempo passou mais tempo na segunda área (embora tenha evoluído muito no segundo). Também demos sorte: nossa melhor bola, Sheik guardou no ângulo, na melhor do Santos Fabio Santos salvou. Mas naquelas ‘quase chances’, aquelas bolas que ficam rodando perigosamente a área adversária, fomos mais incisivos.

Vem o segundo tempo e voltamos com uma disposição de 451; Alex e Danilo compõe o meio e Sheik fica batendo com os zagueiros, com uma clara disposição de só sair na boa. O Santos vem mais para frente, com Ganso e Arouca tentando municiar Kardec, Borges e o dançarino. O Santos faz uma leve pressão, mas sem chances de gols claras (tirando a cabeçada do Borges, que é aquela defesa que só parece difícil). O Corinthians tinha dificuldade de contrataque, até porque os erros de passe continuavam com a insistente contribuição do Jorge Henrique.
Até que...a cagada. Não há nomes para a imbecilidade que fez o Sheik. É preciso um tratado sobre psicologia, sobre uma tendência suicida do camarada para se boicotar, para explicar isso. Num jogo totalmente controlado, ele primeiro toma um cartão completamente bobo. Depois, já pendurado, dá um carrinho totalmente imprudente e é expulso. Foi expulso corretamente, a despeito do critério (ou melhor, da total falta dele) do juiz. Uma bobagem inominável, em especial porque não joga o segundo jogo.
Toque final: que segurança passa o Cássio!

- Liedson fora do banco: na condição física dele, se ele ainda pode ser útil, não é num jogo fora de casa. Fora de casa os 10 da linha tem de marcar o tempo todo, e numa saída de bola de contrataque precisa-se de alguém com condições de correr 20m com alguma velocidade. Se a escalação não previa centroavante jogando, deixar apenas o Elton como banco não me parece nenhum absurdo. No jogo em casa a coisa pode ser diferente.

- juiz: quando saiu a escalação do Marcelo Henrique, fiquei receoso. Não gosto dele, é fraco e caseiro. Nos primeiros minutos me enganou, e até teve um desempenho positivo no tocante a não marcar todas as vezes que Neymar dava cambalhota. Mas a boa impressão passou rápido. O pior foi o critério de cartão. Na falta do Danilo no Neymar no primeiro tempo tiveram uns 2 jogadores do Santos que só faltaram bater no juiz. Num impedimento o Dracena só faltou enfiar o dedo no toba dele. Aliás o Santos reclamou do juiz o jogo inteiro e ninguém tomou cartão. Aí ele amarela um zagueiro aos 20 do primeiro tempo por reclamação, de lá de longe? Um zagueiro pendurado é um baita perigo, pq se não é expulso, há muita chance dele deixar de fazer uma falta importante com medo de ser expulso. Durval  pisou no Jorge e ele não viu nada. Neymar deu no Castan sem bola e só recebeu amarelo. O problema do não-critério é esse: ele foi benevolente para um lado e rigoroso pro outro, e o resultado foi uma expulsão que ferra o time.

- Poucas coisas me irritam mais no futebol do que jogador que simula agressão, que a falta foi muito mais dura do que foi etc. Parece que o Santos todo tomou essa característica deplorável do Neymar (as cambalhotas dele eu já nem conto mais). Durval pisou no Jorge e quando esse lhe deu um tapa na pernas, caiu e ficou rolando no chão. Adriano quando tomou o encontrão do Sheik deu um salto carpado triplo. Uns dois outros que não me lembram tomaram trombadas ou encostões e caíram no chão com a mão no estômago como se estivem sendo atacados por lombrigas diabólicas. Simplesmente patético.
- Lembra do jogo do Santos em La Paz? O berreiro da imprensa, do absurdo de jogar em estádios assim, torcida bla bla. Vamos ver o que vão falar da tão civilizada e respeitosa cidade de Santos e Vila Belmiro, onde chovem copos, capacetes da PM e outros souvenirs.

4 comentários:

  1. So discordo nisso td é da ordem do texto. Antes de qqueer coisa tem q se enfatizar o juiz. Ele nao deu 3 penaltis. Ele nao expulsou o durval num lance obvio E mais do que isso o Neymar. O confronto teria acabado ai. Se ele expulsa o protegido por uma agressao fora do lance podia ir com os reservas para o jogo,de volta. E de quebra nao estaria la para o sheik fazer cagada.
    Quanto ao jogo, meritos do Tite q deu um no tatico no queridinho da midia. E principalmente por ter poupado o time no domingo para poder correr o q correram hj.

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  2. é, juizão f* bem...o pior é que o assunto arbitragem vai passar batido...

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  3. César boa noite, é a minha primeira vez no seu buteco, uma coisa que não está se falando foi que o Neymar deu uma porrado no JH logo no começo do jogo e o juiz não deu o amarelo, lembra?? Ali começou a cagada da arbitragem se a boneca tivesse sido amarelada ele não teria como fugir de expulsá-lo na falto no Castán. Parabéns pelo texto, voltarei mais vezes. Abraço

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  4. Marcelo, seja bem vindo! é verdade, tinha esquecido desse lance...é exatamente esse o problema, o critério; o cara estabelece um critério de que só dará cartão para soco na cara (por ñao dar nesse tipo de lance) e aí começa a amarelar só para um lado...

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