sexta-feira, 22 de junho de 2012

E será mesmo o Boca

quando pensei que a parada não estava 100% resolvida no primeiro jogo, fui ingênuo e subestimei a diferença de inteligência tática entre Boca e Lau.
 
Pude ver uns 70% do segundo jogo. Do Boca, vi partes de outros 3 jogos - mas todos fora de casa...não sei como atuam em casa, embora possamos fazer uma idéia.
 
Mas fora de casa, é um time muito inteligente. Dá  aula de como se defender sem abdicar do contrataque. O triângulo ofensivo (Riquelme no meio, Santiago e Mouche se movimentando a frente) quase não recua, não volta da linha do meio-de-campo (nos escanteios El tanque troca com um dos volantes). Atrás, duas linhas - uma de 4 e uma de 3 - bastante compactas. Imagino que um time com boa capacidade ofensiva não tivesse tantas dificuldades de furar esse bloqueio, que numericamente não é grande. Mas o problema é a rapidez e inteligência do contratauqe: bola no Riquelme, que mata e rapidamente deixa alguém na cara do gol. Assim que algum defensor intercepta a bola, o trio se desloca com velocidade para receber já do meio pra frente e pegar a zaga adversária aberta. O primeiro tempo ontem podia ter virado 2 x 0 pro Boca sem problemas - foi muito mais perigoso que LAU. A sorte é que Mouche e Santiago Silva são para lá de limitados. De fato, o time todo - exceção feita a Riquelme - é mediano. A marcação é regular, com uma boa disposição tática, mas longe de ser o nosso ferrolho, por ex. Mas Riquelme continua sendo Riquelme
 
Pensei em que tipo de marcação deve ser feita. Não gosto de marcação individal - a por zona é muito mais efetiva, no geral. Mas marcar Neymar é diferente de marcar Riquelme, pelas características. O perigo do Neymar é dar espaço para correr e com cobertura afastada, lenta. Se o marcador individual do Neymar dá um bote errado, é problema. Riquelme é lento e não tem muita perna, mas precisa de pouquíssimo tempo e espaço para par um espaço milimétrico. A marcação em Neymar não precisa não deixar ele pegar a bola; pode congestionar e empurrá-lo para uma zona onde é menos perigoso. A marcação em Riquelme deve primeiro tentar impedir ele de receber a bola e, quando receber, não deixá-lo ficar de frente para dar passes em profundidade. Acho que uma marcação individual seria interessante. Os atacantes não são especialmente rápidos, e a boa zaga corinthiana não tem porque temer suas infiltrações se o passe sair abafado, mascado. Mas é atenção 100% do jogo.

5 comentários:

  1. Achei q o La U fez um belo jogo, o segundo tempo foi um abafa só.
    Taticamente pensei a mesma coisa, cola o Ralf no Riquelme o jogo todo e ta meio caminho andado

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  2. é? o segundo tempo vi só até os 25min e parcelado...eu tinha visto partes de 2 jogos deles em casa e jogaram bem, mas é um time meio inexperiente né...

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  3. Total tava torcendo como louco pros caras ganharem. E aquele time q tem um bom toque, alguns jogadores talentosos, mas qdo pega um time bem postado entrega. Esse aspecto inclusie me animou um pouco para o confronto com lo boca. Os caras estavam com o resultado na mao e mesmo assim nao fizeram uma muralha como o SCCP por exemplo, deram mto espaco

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  4. é verdade...e na argentina tá um clima meio desprezo, falam de "novato", tem a decisão do argentino nesse final de semana, teve a entrevista do riquelme...acho o contexto positivo...

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  5. La tratam com respeito, nao da forma jocosa como Uol & friends, mas com uma nitida soberba

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