terça-feira, 10 de julho de 2012

4 de Julho de 2012

Como não pude estar no Paca quarta passada, pedi ao amigo Luiz Paulo, que lá esteve, para descrever um pouco da sensação e do jogo visto de dentro do estádio.

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A pedido do dono do blog vou tentar colocar em palavras um pouco do que vivi no dia 4 de julho de 2012. Desde o começo do dia tentei me policiar para nao ficar excessivamente ansioso. Nos jogos com Vasco e principalmente Santos acho q passei um pouco do ponto e queria evitar o estado de quase colapso nervoso q estava durante aquela semifinal. Sendo assim, mais um dia de trabalho seguia normalmente até as 5 da tarde. Programei meu dia para acabar umas 2 horas mais cedo e como moro perto do Pacaembu ia dar uma relaxada em casa antes de ir para o jogo. Meu planejamento começou a mudar quando resolvi passar na frente "só para dar uma olhada" como estavam as coisas. O clima q senti ali foi algo q nunca tinha visto igual. Faltando 5 horas para o jogo, as ruas estavam tomadas, o pessoal ja entoando os cantos com todo o pulmão. Era so subir o som do carro q ja havia a identificação na base do "Vai Curintia". Vendo aquilo fiquei pensando q parte daquele dia historico era viver todo esse clima. Passei em casa, vesti o manto e tentei explicar para o meu filho de 2 anos a importancia do q estava para acontecer. Obviamente ele nao entendeu, mas qdo eu mostrar o video da nossa conversa daqui uns 10 anos acho q ele vai conseguir ter uma ideia. Ja eram 6 e pouco e tranquilamente fui ate a Vila Boim. Na rua so se viam camisas do Timao, todos com uma confianca extrema estampada na cara. A essa altura o caracteristico som do rush paulistano ja fora trocado por rojoes pipocando no ceu e pequenos grupos cantando. A rua da praca Vila Boim estava tomada, parecia o pos Copa de 2002, so q antes do jogo comecar. Mal passava um carro. Ja no Bar da Praca virando alguns chopps para tentar relaxar, eu via a galera chegando, se abracando, na certeza de q daquele dia nao passaria.
19.30 ja dentro do Pacaembu quase cheio e o tempo nao passando. Teve ai uma cena interessante. Os goleiros adversarios qdo entraram para aquecer me pareceram um pouco surpreendidos pelo q encontraram. Desde a entrada dos times no gramado senti um clima muito diferente do q havia sido contra o santos. Ao inves daquela apreensao e tensao, O q se via era confianca.
A impressao é q cada torcedor q estava la sabia q estava representando um sem numero de torcedores q ficou sem ingressos. Passados mosaicos, fogos ensurdecedores e toda festa, a hora havia chegado. O jogo em si no primeiro tempo pareceu mais do mesmo. O Boca num falso dominio e o Corinthians tendo algumas chances mais agudas. No intervalo a conversa era q assim como no br11 os principais gols foram no portao principal, na Libertadores todos aconteciam no gol do toboga, bem ali na nossa frente. Veio o segundo tempo e o primeiro gol foi o auge, acredito q muita gente nao tenha visto direito gracas as faixas q subiram segundos antes. Durante os 15 minutos entre os dois gols pareceu q o tempo estava congelado. Gritavamos sem parar e qdo perguntavamos, 2 minutos haviam passado. Depois do segundo gol tudo pareceu muito rapido. O tempo q insistia em nao passar até entao acelerou. Timidamente começava a sair aquele grito q até algum tempo atrás parecia impossível: "É CAMPEÃO", o Sheik sacaneando os argentinos só foi a cereja do bolo, indicando q era só questão de tempo para o bando de loucos poder se libertar de vez de tudo o q envolveu esse torneio.

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