Quando você está jogando contra o penúltimo colocado,
virtualmente rebaixado, e você é dominado pelo adversário, que tem umas 3 ou 4
chances de gol enquanto você mal ameaça o goleiro dele, é porque a coisa vai
mal. Esse é o resumo do primeiro tempo. Enquanto eu via o Corinthians não criar
absolutamente nada na frente, eu pensava que esse ano devemos ter jogado cerca
de 55 jogos com esse esquema tático – e só funcionou, no máximo, nuns 5. De
longe o que mais me incomoda no Tite é a gente jogo após jogo ver o esquema não
funcionar e ele continuar insistindo, como se alguma solução mágica fosse
acontecer do nada. No plano defensivo, a entrada do Maldonado só fazia algum
sentido se, com dupla cobertura, ele conseguisse soltar os laterais – em especial
Edenilson. Não só isso não acontecia como a nossa lateral direita era uma
avenida pela qual a Ponte ia criando chances de gol. Tite inverteu Edenilson e
Maldonado e deixou o chileno paradinho ali (mudança que a transmissão da Globo
demorou uns 15 minutos para perceber). Paramos de sofrer tanto atrás e o jogo
virou aquele marasmo até o intervalo.
Começa o segundo tempo, Tite faz duas trocas, desinverte
Edenilson, e o aumento de estamina pelas trocas e pelo provável esporro do
intervalo fazem o time melhorar. Só um pouco de marcação pressão é suficiente
para o time horripilante da Ponte entregar o jogo. Dura uns 20 minutos. Depois
disso o jogo volta ao ritmo varzeado que tinha dominado a segunda metade do
primeiro tempo, até a falta boba de Maldonado, outro gol aceito por Cássio e
outra derrota. O segundo gol foi só para dar um gostinho de trapalhões. E eu,
que estou acordando mais cedo essa semana e cogitei fortemente nem ver o jogo
para dormir mais cedo, imagine se não me arrependi da decisão...
- Em certo aspecto, a derrota é melhor do o que empate. Na
pontuação, os dois não implicam em muita coisa. Como o desempenho foi novamente
ridículo, perder emula mais alguma resposta, alguma movimentação. Do jeito que
tá não dá para ficar.
- A troca de peças levou a uma melhora de 15 minutos. Pato e
Romarinho não entraram no jogo e Danilo tem sempre de jogar se estiver bem
fisicamente – ok. Mas durante todo o ano vimos isso: Pato, Romarinho, Sheik e
Danilo se revezando na mesma função de abertos. A cada hora um supostamente tá
melhor, aí piora, outro entra, joga melhor, aí piora, aí outro entra, e assim
vamos. Tite faz supor que a culpa é individual dos jogadores – como, se com ninguém
funciona? O único que escapou disso foi Renato Augusto. Será que é porque é um
jogador com qualidade acima de qualquer suspeita ou simplesmente se machucou
antes de perder o benefício na novidade?
- Nesse tipo de jogo haveria até comentários individuais a
fazer. Mas o conjunto tá tão ruim que nem vale a pena.
- Fora Tite? Tem toda uma discussão a se fazer a respeito.
Mas a coisa não vai bem há 8 meses e não vemos nenhuma mudança tática, nenhuma
tentativa, nada. Os mesmos erros, as mesmas leituras erradas da realidade. Não
sei. Tem desfalques, tem saída de jogadores. Mas não era para ter um desempenho
tão ruim de forma tão consistente.
O que eu não entendo é:como joga uma barbaridade contra o Flamengo e depois cai de produção desse jeito? Não dá pra entender.Já to com saudade de reclamar que o time só empatava.
ResponderExcluirconhece a história de que até relógio parado acerta duas vezes ao dia? o elenco é bom, o Tite não é o Joel Santana (isso é, o time tem estrutura tática, ela só não é boa do ponto de vista ofensivo), então de vez em quando ela funciona, principalmente se os jogadores estiverem muito motivados...para mim o problema é que depende muito de 100% de concentração e motivação para funcionar...
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