Tite repetiu a entrada do Alessandro na lateral, jogando o
Edenilson para o meio; deve ter achado que a
produção ofensiva no meio compensaria a exposição defensiva que
Alessandro mostrou quarta-feira. Mas quando a fase não é boa a sorte também não
acompanha; com 7 minutos de jogo, teve de desfazer a opção. Não vou repetir a
ladainha de quanto o esquema tático me desagrada; de quanto isola os jogadores
e fica extremamente dependente de jogadas individuais / de que jogadores
estejam bem individualmente para produzir ofensivamente. O fato é que o time
esteve longe de fazer um primeiro tempo ruim. Criou 3 ou 4 boas chances de gol,
e não fosse a pontaria furada (principalmente de Pato) teríamos saído na frente
no placar. O Goiás pouco assustou e, no geral, tivemos uma apresentação sólida.
Vira o segundo tempo e Tite é obrigado a fazer a segunda
troca forçada. Igor apoiava mais e o lado esquerdo, na frente, ficou mais
forte. Mas foi pela falta de cobertura naquele lado que PA observou Hugo fazer
o que quis e Cássio meio que aceitou: Goiás 1 x 0. Aí o emocional pesou e
muito. Tite mexeu, time foi pra frente, mas pouquíssimo produziu de efetivo;
nervoso, errando passes. Até o gol esquisito de Pato e a sensação de que algo
poderia sair dali. Durou pouco – num escanteio com a zaga desconfigurada, os
jogadores em campo não pensaram que alguém deveria marcar justamente o miolo da
área e três adversários subiram sozinhos para desempatar o jogo. A partir daí, só desespero
até o fim do jogo.
- Se a fase fosse outra – digamos, estivéssemos disputando
ponto a ponto com Bota e Cruzeiro na ponta – esse seria apenas um jogo em que o
torcedor mais racional pensaria “acontece”. Perdemos um caminhão de gols e não
tivemos força para reverter quando o emocional virou. O problema é a fase. O
jogo de hoje também seria o contraexemplo dos últimos jogos, de que nem sempre
a avaliação é baseada no resultado – é possível não ganhar e não achar que tudo
vai uma m*rda. Mas ter perdido o jogo, em especial depois de ter empatado,
piora as coisas. Tivesse sido 0 x 0 a la Nautico semana passada talvez a
avaliação fosse de que ao menos o desempenho foi beeem melhor.
- Tite vem fazendo um trabalho de mediano para ruim.
Analisando apenas o jogo de hoje, no entanto, não tem culpa dos gols que os atacantes
perderam, alguns bem tranquilos. Teve apenas uma troca para fazer. O único
senão é – que sentido faz colocar quatro atacantes e deixar Douglas jogando de
volante?
- Pato fez uma partida ruim. Além dos gols que perdeu, ficou
impedido umas quatro vezes porque não prestou atenção na linha. Coisas
imperdoáveis para um atacante (supostamente) de seleção.
- Sheik entrou em campo?
- Douglas estava extenuado já aos 15 do segundo. Não aguenta
o ritmo de quarta e domingo. Danilo já sabemos que consegue jogar em alto nível
só uma vez por semana. RA está machucado como sempre e não sabemos se é alguém
com quem o técnico pode contar. São os únicos meias do elenco. Sempre pedi um
esquema tático com 2 meias, mas com essas peças à disposição do técnico, fica
difícil culpa-lo por isso.
- Vuaden é um capítulo a parte. Ele não apita futebol, ele
apita um esporte que a cada jogo ele reinventa as regras. Seu critério para
faltas e cartões é só dele. Não olhei os scouts, mas chuto que o Goiás tenha
feito mais de 20 faltas; como Vuaden não dá ‘faltinhas’, ao menos umas 13
dessas faltas foram aquelas claras para parar o jogo. O time esmeraldino deixou
o gramado com apenas um cartão, por demora de reposição. No nosso lado, tivemos
o cartão (justo) para Pato, um para Ralf por reclamação no fim e ainda a
expulsão do Fabio. Vuaden é ruim e um dos árbitros mais arrogantes do país.
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