Tite fez o que muita gente pedia, sacou Ibson, jogou Ed para
o meio e colocou Alessandro. Na frente, Sheik improvisado. O time ameaçava se
postar bem nos primeiros minutos e fazer um bom jogo, mas como alegria de pobre
dura pouco, alguns fatores logo começaram a se apresentar. O primeiro – que vale
comentar mais detalhadamente – é o posicionamento tático ofensivo que, como já
sabido e repetido, deixa todo mundo muito distante e as jogadas simplesmente
não acontecem. O segundo foi o baile impressionante que Alessandro estava
tomando de todo mundo que caía por ali. Depois de uns 3 quase gols, Tite pediu
ao Gil para encurtar a cobertura e melhorou um pouquinho – durou pouco, no
segundo tempo Alessandro continuou nos brindando com um desfile do melhor
estilo de jogo tiozão do churrasco. O Bota teve umas 3 boas oportunidades para
abrir o placar, inclusive o lance que poderia ter mudado o jogo desde o começo –
se o Seedorf cai, haveria boas chances de Cássio ter sido expulso no penalty
imbecil que ele tentou fazer, e aí era jogo perdido até o fim. Sorte nossa que
ele é holandês e não brasileiro. Ainda poderíamos ter saído na frente se Sheik soubesse
finalizar minimamente, mas como chuta as bolas de bico como qualquer zagueiro
faria...
Vira o segundo tempo e como já é tradição, o que tá ruim
piora. A produção ofensiva que já era mínima vira nula, o Botafogo cria suas
chances pela avenida no nosso lado direito e aos 10 minutos quem tinha alguma
dúvida já tem certeza que o máximo que podemos esperar é segurar o empate.
Parecia que conseguiríamos até que a bela jogada do adversário nas costas do
zagueiro que Tite colocou no lugar do Igor (e que deveria estar preso na
defesa, não??) define o 1 x 0 derradeiro, que deixou o resultado do jogo mais
justo.
- Nesses 2 jogos do
Brasil, fiquei analisando para responder a seguinte questão: porque Felipão
joga com 2 abertos e funciona e nosso esquema não funciona? Vá pensando, deixei
para escrever em outro texto porque nesse ficaria muito longo.
- Eu acho que você começa a considerar, de forma racional, a
mudança de técnico, quando de forma continuada e repetida você discorda das
decisões dele – ou simplesmente não entende. Isso tem acontecido com
frequência, ultimamente, com Tite.
- O técnico choramingou bastante nos últimos dias a falta
dum centroavante. Aí o time arma um esquema pro Pato voltar e ele deixa o cara
no banco. “ah, mas o cara tava cansado, não ia aguentar os 90 minutos...”. Ué,
aproveita o máximo que der, começa com o cara e tira depois – ou alguém acha
que o Pato terminou o jogo hoje extenuado? “Ah, mas precisa prestigiar o
elenco, se o cara chega às pressas e já joga é passar atestado de que o elenco
é fraco”. Beleza, então não reclama tanto da falta de centroavante e assume o
que o time não tá jogando nada faz tempo.
- Danilo deu dó hoje. Como não é possível que tenha
desaprendido futebol, só pode ser a parte física. Escrevi no último post que
ele não deveria ter jogado, em especial num campo grande e com o time
precisando de velocidade no contrataque. Aí Tite vai por o Pato e
tira...Romarinho. Vai por um moleque da base e tira...Sheik. Danilo tiozão de
churrasco enfartando jogou de novo 90 minutos.
- As duas boas notícias (tem?): Cássio voltou a fazer uma
boa partida e Igor fez a primeira partida na qual deu mostras de ter condições
de substituir FS (e quem lê alguma coisa do blog sabe o quanto acho FS ruim...)
- Exceção feita ao Renato Augusto, desde que o Elias saiu eu
não lembro de alguém no Corinthians acertar chutes de longa distância. E
acertar não quero dizer fazer gols não, quero dizer mirar no gol e obrigar o
goleiro adversário a fazer boas defesas. Nossos jogadores, nas pouquíssimas
oportunidades que arriscam, geralmente mandam a bola para fora do estádio.
- A continuar assim, eu estou quase cogitando deixar de
assistir jogos de vez em quando só para ir dormir mais cedo, fazer outra coisa –
coisa que só fiz no paulista. Passar nervoso e ver jogo feio não tá rolando.
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