quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Botafogo 1 x 0

Tite fez o que muita gente pedia, sacou Ibson, jogou Ed para o meio e colocou Alessandro. Na frente, Sheik improvisado. O time ameaçava se postar bem nos primeiros minutos e fazer um bom jogo, mas como alegria de pobre dura pouco, alguns fatores logo começaram a se apresentar. O primeiro – que vale comentar mais detalhadamente – é o posicionamento tático ofensivo que, como já sabido e repetido, deixa todo mundo muito distante e as jogadas simplesmente não acontecem. O segundo foi o baile impressionante que Alessandro estava tomando de todo mundo que caía por ali. Depois de uns 3 quase gols, Tite pediu ao Gil para encurtar a cobertura e melhorou um pouquinho – durou pouco, no segundo tempo Alessandro continuou nos brindando com um desfile do melhor estilo de jogo tiozão do churrasco. O Bota teve umas 3 boas oportunidades para abrir o placar, inclusive o lance que poderia ter mudado o jogo desde o começo – se o Seedorf cai, haveria boas chances de Cássio ter sido expulso no penalty imbecil que ele tentou fazer, e aí era jogo perdido até o fim. Sorte nossa que ele é holandês e não brasileiro. Ainda poderíamos ter saído na frente se Sheik soubesse finalizar minimamente, mas como chuta as bolas de bico como qualquer zagueiro faria...
Vira o segundo tempo e como já é tradição, o que tá ruim piora. A produção ofensiva que já era mínima vira nula, o Botafogo cria suas chances pela avenida no nosso lado direito e aos 10 minutos quem tinha alguma dúvida já tem certeza que o máximo que podemos esperar é segurar o empate. Parecia que conseguiríamos até que a bela jogada do adversário nas costas do zagueiro que Tite colocou no lugar do Igor (e que deveria estar preso na defesa, não??) define o 1 x 0 derradeiro, que deixou o resultado do jogo mais justo.
-  Nesses 2 jogos do Brasil, fiquei analisando para responder a seguinte questão: porque Felipão joga com 2 abertos e funciona e nosso esquema não funciona? Vá pensando, deixei para escrever em outro texto porque nesse ficaria muito longo.
- Eu acho que você começa a considerar, de forma racional, a mudança de técnico, quando de forma continuada e repetida você discorda das decisões dele – ou simplesmente não entende. Isso tem acontecido com frequência, ultimamente, com Tite.
- O técnico choramingou bastante nos últimos dias a falta dum centroavante. Aí o time arma um esquema pro Pato voltar e ele deixa o cara no banco. “ah, mas o cara tava cansado, não ia aguentar os 90 minutos...”. Ué, aproveita o máximo que der, começa com o cara e tira depois – ou alguém acha que o Pato terminou o jogo hoje extenuado? “Ah, mas precisa prestigiar o elenco, se o cara chega às pressas e já joga é passar atestado de que o elenco é fraco”. Beleza, então não reclama tanto da falta de centroavante e assume o que o time não tá jogando nada faz tempo.
- Danilo deu dó hoje. Como não é possível que tenha desaprendido futebol, só pode ser a parte física. Escrevi no último post que ele não deveria ter jogado, em especial num campo grande e com o time precisando de velocidade no contrataque. Aí Tite vai por o Pato e tira...Romarinho. Vai por um moleque da base e tira...Sheik. Danilo tiozão de churrasco enfartando jogou de novo 90 minutos.
- As duas boas notícias (tem?): Cássio voltou a fazer uma boa partida e Igor fez a primeira partida na qual deu mostras de ter condições de substituir FS (e quem lê alguma coisa do blog sabe o quanto acho FS ruim...)
- Exceção feita ao Renato Augusto, desde que o Elias saiu eu não lembro de alguém no Corinthians acertar chutes de longa distância. E acertar não quero dizer fazer gols não, quero dizer mirar no gol e obrigar o goleiro adversário a fazer boas defesas. Nossos jogadores, nas pouquíssimas oportunidades que arriscam, geralmente mandam a bola para fora do estádio.

- A continuar assim, eu estou quase cogitando deixar de assistir jogos de vez em quando só para ir dormir mais cedo, fazer outra coisa – coisa que só fiz no paulista. Passar nervoso e ver jogo feio não tá rolando.

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