domingo, 22 de setembro de 2013

Outro 0 x 0


Quando Tite definiu o time sem Pato, a imprensa deu que ele entraria num 442. Em campo vimos o mesmo esquema – Sheik marcando o gandula dum lado, Danilo marcando o bandeira do outro, e Romarinho centralizado (depois Sheik começou a se estranhar com o lateral cruzereinse e Tite o colocou centralizado). Aí você que entende um pouco de futebol, ou pelo menos de lógica, pode responder sem muito problema: se o esquema com 2 abertos não vem dando resultado com um centroavante de ofício, qual a chance de dar certo com alguém sem cacoete improvisado? Sem Guerrero, só consigo imaginar um motivo para Tite ter deixado Pato de fora: queria escalar os jogadores da sua panela, quem fosse mais garantido de correr por ele e por seu emprego.
Ainda assim, o time ameaçou um começo que parecia não ser ruim – com movimentação e um pouco mais de vontade do que ultimamente. Só que as grandes chances foram do Cruzeiro, que não abriu 2 gols de vantagem porque Cássio continuou a salvar o emprego de Tite. Na frente, não criamos nada, pois os mesmos problemas de sempre voltavam a se apresentar. Se lembrarmos que o Cruzeiro no papel é um time de refugos e do nosso lado temos alguns bons jogadores, fica evidente a diferença de organização tática dos 2 times.
No segundo tempo, mas por uma pane do Cruzeiro do que por qualquer mudança importante no Corinthians, voltamos melhor e começamos a ameaçar o gol do Fábio. Romarinho fez um partida horrorosa, mas ainda assim, para por Pato, Tite achou por bem tirar o Sheik (para não alterar a estrutura tática e não perder a cobertura na esquerda). Não que Sheik estivesse brilhante, mas pelo menos tentava e criava algo na frente. O jogo foi se desenhando como um casado x solteiros, com o Corinthians se jogando ao ataque sem organização e se expondo ao contrataque. Não perdemos porque Cássio fez mais um milagre aos 47 e o empate só serviu para segurar a barra do Tite mais um pouco.
- Não vou mais perder tempo falando de atuações individuais. Para mim é óbvio ululante que a organização tática do time é ruim e não se faz mudanças. Ou alguém acha que 2 pontos (e 1 gol só, impedido e contra) em 6 jogos  é sinal de um time que está funcionando? E não, não estamos falando de uma fase, estamos falando de mais de um ano com alguns bons jogos aqui e acolá.
 - O segundo tempo mostra a fragilidade do campeonato. O líder disparado, e que para queimar minha língua tem ótimas chances de ser campeão, é um amontoado de refugos bem organizado taticamente. Bastou enfrentar um time com um pouco de vontade e organização, como o Corinthians se postou no segundo tempo, e o time simplesmente parou de jogar. Exceção ao Everton Ribeiro, o resto do time é bastante limitado.
- A birra de parte da torcida em relação ao Pato vale um texto a parte, mas não vamos falar disso aqui para não desvirtuar.
- Aliás, a vida tem suas ironias. Uma vitória hoje mudaria o ambiente para o Tite. Pato pode perder gols bizarros aqui e acolá, mas de cabeça é perigoso. Acho difícil que ele perdesse aquela cabeçada que o Sheik, embaixo da trave, jogou a bola na piscina.

- Um lado de mim acharia melhor termos tomado uma piaba e Tite ter caído. O outro sempre espera o melhor e (principalmente antes do jogo, quando pensei que Tite ia tentar um esquema novo...) e torcia para que o time se recuperasse para entrar confiante na quarta contra o Grêmio. Não aconteceu nem uma coisa nem outra. E o que esperar para quarta-feira? Acho o Grêmio suficientemente limitado para que mesmo nessa tiriça consigamos uma vitória.

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