Há algumas e importantes coisas a serem ditas sobre o time;
mas é preciso tirar da frente um assunto sob o risco do resto perder importância:
a arbitragem veio ao Brasil assaltar o Corinthians. Erros acontecem; num jogo
uma expulsão exagerada, um penalty não marcado, um gol mal anulado. 2 gols mal
anulados e um penalty escandaloso não dado num mesmo jogo? Nunca tinha visto, e
não é uma expressão só não – em vinte e poucos anos de acompanhar futebol, não
me lembro de ter visto isso não. No segundo toque do Sheik na bola, pensei “hoje
ele quer jogo”; o próximo toque dele foi o penalty, e tomou um cartão que o juiz
deu com tanto gosto que deu para notar claramente que o cara “murchou” – ficou com
medo de ser expulso o resto do jogo. É provável que, após 3 títulos
consecutivos de brasileiros e com o risco claríssimo de termos uma semi-final
com 4 brasileiros, as orientações fossem de dificultar ao máximo essa
possibilidade. Sei lá. Só sei que o time não ta jogando o suficiente para
superar, além das dificuldades naturais, esse tipo de dificuldade.
Edit: não tinha visto o lance do Sheik (segundo penalty) com clareza. Vi agora, penalty claro. Outra coisa: Marin, que deu o tapa na bola, já tinha cartão por cera. No primeiro penalty, além do penalty deveria ter recebido segundo cartão e ser expulso. Acima de tudo: os dois penalties foram cometidos com uma cara-de-pau pelos jogadores argentinos que faz a gente pensar se eles mesmos já não sabiam que iam ser ajudados.
Edit: não tinha visto o lance do Sheik (segundo penalty) com clareza. Vi agora, penalty claro. Outra coisa: Marin, que deu o tapa na bola, já tinha cartão por cera. No primeiro penalty, além do penalty deveria ter recebido segundo cartão e ser expulso. Acima de tudo: os dois penalties foram cometidos com uma cara-de-pau pelos jogadores argentinos que faz a gente pensar se eles mesmos já não sabiam que iam ser ajudados.
Ao jogo. O time começou nervoso, com uma postura que não me
agradou. De fato o Boca mandou no jogo nos primeiros minutos. Entendo que é um
jogo complicado, e como o Tite falou na entrevista, a estratégia é ter calma,
pois há “90 minutos para fazer o resultado”. Mas ainda acho que é importante se
impor, nem que seja fisicamente, marcando em cima, sufocando o adversário, pelo
menos nos primeiros 25 min. De novo, o time não fez isso. O gol do Boca foi um
castigo – acho que Riquelme quis cruzar, Cássio semi-falhou, um semi-azar. Isso
acontece, é o risco de perder de 1 x 0 fora, qualquer gol do adversário põe uma
baita pressão. Vem o segundo tempo e uma postura completamente diferente. A
pergunta de sempre: precisa estar atrás no placar para ser agressivo? O time não
teve forças para fazer tantos gols quanto seriam necessários (os que fossem
validados e os anulados pelo juiz) para fazer o resultado. Sempre achei, desde
o ano passado, que o grande risco do Corinthians ser eliminado seria se ver
numa situação de fazer um resultado, 2 ou 3 gols, mesmo dentro de casa, e não
ter força para isso. Com todos os méritos do time na era Tite, essa sempre foi
uma grande dificuldade. Já no BR11, quantas vezes reclamamos de que o time
fazia 1 gol em casa, contra adversários fracos, e se fechava e sofria até o
fim? Ou entrava em campo meio murcho, sem agredir o adversário, aí sofria um
gol e o Tite escalava o time para frente, e aí sim o time jogava bem? No BR o
saldo foi mais positivo do que negativo, além da vantagem acumulada nas
primeiras rodadas. Na liberta do ano passado, nunca saímos atrás nos
mata-matas. A primeira vez que saímos, não conseguimos reverter. Não se pode
ganhar todas, essa ‘estratégia’ nos deu títulos importantes nos últimos 2 nos.
Não dá para crucificar todo mundo quando ela não funciona. Bola pra frente.
- O time parecia ter encontrado uma formação e um jeito de
jogar contra o Tijuana, com Pato e Renato Augusto. Foi um certo azar as contusões
dos dois – especialmente do segundo. Até por isso, era importante pegar uma ‘baba’
nas oitavas, para dar mais tempo pro time se reencontrar. Azar? Não, isso foi
bobeada mesmo. O jogo contra o San José era para ter entrado para enfiar 6, não
3. De novo, faltou postura, vontade. Tivesse feito um placar mais elástico (e
isso já dava para saber antes do jogo), teríamos ficado em 3° e pego uma chave
bem mais fácil.
- A coerencibilidade titeana, de só tirar alguém do time
quando estiver mais do que provado que não vai bem, funciona e tem sentido com
um time vencedor. Nas derrotas, há mais espaço para mudanças. Pro brasileiro,
mudanças devem ser feitas. Renato Augusto deve voltar; Pato deve ser titular. Não
podemos ter dois laterais que são totalmente improdutivos no ataque; se na
esquerda não há opções pro Fabio Santos, Edenilson
deve jogar na direita. Douglas não funcionou como opção de armação; quando
Danilo não joga (ou está morto) e Renato machucado, deveríamos ter uma outra
opção, e isso fez muita falta. É preciso contratar nessa posição.
- Acho que temos tudo para repetir o que o São Paulo do
Muricy fez em 3 anos – perdeu a liberta, entre outras coisas, porque o time não
estava preparado naquele momento, mas se remontou e ganhou o brasileiro com
folga.
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