quinta-feira, 16 de maio de 2013

Corinthians 1 x 1 Boca Amarilla


Há algumas e importantes coisas a serem ditas sobre o time; mas é preciso tirar da frente um assunto sob o risco do resto perder importância: a arbitragem veio ao Brasil assaltar o Corinthians. Erros acontecem; num jogo uma expulsão exagerada, um penalty não marcado, um gol mal anulado. 2 gols mal anulados e um penalty escandaloso não dado num mesmo jogo? Nunca tinha visto, e não é uma expressão só não – em vinte e poucos anos de acompanhar futebol, não me lembro de ter visto isso não. No segundo toque do Sheik na bola, pensei “hoje ele quer jogo”; o próximo toque dele foi o penalty, e tomou um cartão que o juiz deu com tanto gosto que deu para notar claramente que o cara “murchou” – ficou com medo de ser expulso o resto do jogo. É provável que, após 3 títulos consecutivos de brasileiros e com o risco claríssimo de termos uma semi-final com 4 brasileiros, as orientações fossem de dificultar ao máximo essa possibilidade. Sei lá. Só sei que o time não ta jogando o suficiente para superar, além das dificuldades naturais, esse tipo de dificuldade.
Edit: não tinha visto o lance do Sheik (segundo penalty) com clareza. Vi agora, penalty claro. Outra coisa: Marin, que deu o tapa na bola, já tinha cartão por cera. No primeiro penalty, além do penalty deveria ter recebido segundo cartão e ser expulso. Acima de tudo: os dois penalties foram cometidos com uma cara-de-pau pelos jogadores argentinos que faz a gente pensar se eles mesmos já não sabiam que iam ser ajudados.

Ao jogo. O time começou nervoso, com uma postura que não me agradou. De fato o Boca mandou no jogo nos primeiros minutos. Entendo que é um jogo complicado, e como o Tite falou na entrevista, a estratégia é ter calma, pois há “90 minutos para fazer o resultado”. Mas ainda acho que é importante se impor, nem que seja fisicamente, marcando em cima, sufocando o adversário, pelo menos nos primeiros 25 min. De novo, o time não fez isso. O gol do Boca foi um castigo – acho que Riquelme quis cruzar, Cássio semi-falhou, um semi-azar. Isso acontece, é o risco de perder de 1 x 0 fora, qualquer gol do adversário põe uma baita pressão. Vem o segundo tempo e uma postura completamente diferente. A pergunta de sempre: precisa estar atrás no placar para ser agressivo? O time não teve forças para fazer tantos gols quanto seriam necessários (os que fossem validados e os anulados pelo juiz) para fazer o resultado. Sempre achei, desde o ano passado, que o grande risco do Corinthians ser eliminado seria se ver numa situação de fazer um resultado, 2 ou 3 gols, mesmo dentro de casa, e não ter força para isso. Com todos os méritos do time na era Tite, essa sempre foi uma grande dificuldade. Já no BR11, quantas vezes reclamamos de que o time fazia 1 gol em casa, contra adversários fracos, e se fechava e sofria até o fim? Ou entrava em campo meio murcho, sem agredir o adversário, aí sofria um gol e o Tite escalava o time para frente, e aí sim o time jogava bem? No BR o saldo foi mais positivo do que negativo, além da vantagem acumulada nas primeiras rodadas. Na liberta do ano passado, nunca saímos atrás nos mata-matas. A primeira vez que saímos, não conseguimos reverter. Não se pode ganhar todas, essa ‘estratégia’ nos deu títulos importantes nos últimos 2 nos. Não dá para crucificar todo mundo quando ela não funciona. Bola pra frente.

- O time parecia ter encontrado uma formação e um jeito de jogar contra o Tijuana, com Pato e Renato Augusto. Foi um certo azar as contusões dos dois – especialmente do segundo. Até por isso, era importante pegar uma ‘baba’ nas oitavas, para dar mais tempo pro time se reencontrar. Azar? Não, isso foi bobeada mesmo. O jogo contra o San José era para ter entrado para enfiar 6, não 3. De novo, faltou postura, vontade. Tivesse feito um placar mais elástico (e isso já dava para saber antes do jogo), teríamos ficado em 3° e pego uma chave bem mais fácil.

- A coerencibilidade titeana, de só tirar alguém do time quando estiver mais do que provado que não vai bem, funciona e tem sentido com um time vencedor. Nas derrotas, há mais espaço para mudanças. Pro brasileiro, mudanças devem ser feitas. Renato Augusto deve voltar; Pato deve ser titular. Não podemos ter dois laterais que são totalmente improdutivos no ataque; se na esquerda não há opções pro Fabio Santos, Edenilson deve jogar na direita. Douglas não funcionou como opção de armação; quando Danilo não joga (ou está morto) e Renato machucado, deveríamos ter uma outra opção, e isso fez muita falta. É preciso contratar nessa posição.

- Acho que temos tudo para repetir o que o São Paulo do Muricy fez em 3 anos – perdeu a liberta, entre outras coisas, porque o time não estava preparado naquele momento, mas se remontou e ganhou o brasileiro com folga. 

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