domingo, 26 de agosto de 2012

A maior vergonha desde não sei quando...

Somos os atuais campões brasileiros e da Libertadores. Tite e a equipe ainda têm – na minha opinião – um caminhão de crédito para queimar. Esse domingo, assim como domingo passado, queimaram mais um pouco. Torço para que parem de gastar esse crédito. Ser campeão não alivia muito o nervoso de perder clássicos, de passar a semana não querendo ler nem escutar nada sobre futebol para não ouvir o tripudio dos adversários, aquelas reportagens da mídia sobre o "herói" do jogo etc. Perder um tabu de 7 anos pra um dos piores times do São Paulo que enfrentamos nesse período é uma grande m*rda.

O jogo começou à semelhança do que foi o jogo passado mas, sendo em casa e contra um adversário ainda mais frágil, o domínio foi superior. De fato, poucas vezes se viu um domínio tão amplo. Um a zero e cinco ou seis chances claríssimas. Maaaass...

Há tempos sabemos que uma das coisas que falta a esse time é aquele “espírito de Luxemburgo” (dos velhos tempos). Respeitar o adversário é meter 4, 5, quantos for. Tem a chance, faz, aumenta, tripudia. Mas não. Paulinho podia deixar Romarinho na cara do gol mas preferiu chutar de fora da área. Sheik, sozinho na pequena área, podia ter tocado de chapa no canto, mas preferiu chutar forte nas costas do zagueiro. Quando ganhou no corpo dentro da área, Sheik preferiu chutar em cima do Rogério a deixar Danilo livre para fazer. E por aí vai..Até que Fabio Santos, que só tinha o Luis Fabiano para olhar no lance, deu espaço pra ele receber, finalizar no canto oposto e empatar. A partir daí, o ruim time da Jardim Leonor engrossou o caldo e teve até melhores chances até o final do primeiro tempo.

Volta o segundo tempo. Na boa? Sem muita paciência para escrever sobre tática. Jogo morno, time fraco na marcação, observando o adversário jogar e sem organização ofensiva. Teve o penalty não marcado, a lentidão do Alessandro para sair e a virada. A partir daí, só nervosismo, desorganização e derrota em casa – a segunda consecutiva em clássico – para um time de mediano para baixo. Não é só o tabu que vai embora; é a primeira vez, em sete anos, que somos, de fato, dominados em casa pelo rival da Vila Sônia. 7 anos...

- É temoroso o descontrole emocional que o time apresentou nesses dois clássicos. Depois de ficar atrás do placar, simplesmente não conseguiu por a bola no chão e se organizar. Time com pressa, nervoso, tentando resolver em arrancadas e dribles, mesclando isso tudo com um certo desinteresse. Contra o Santos ainda tinha a desculpa do erro grotesco do bandeira. Hoje não tinha motivos para isso. Sendo o time que precisava menos da vitória, deveria ter tido a tranqüilidade para se reorganizar.

- Com a saída do Castan, o lado esquerdo da defesa está uma piada. Fábio Santos sempre foi limitadíssimo no apoio: não se infiltra, não finaliza, é muito tímido, se não está completamente livre, cruza mal. Compensava ocupando os espaços na defesa e não comprometendo. Há algum tempo vem jogando mal também atrás. Falhou no primeiro gol, fez uma falta ridcula na entrada da área, entre outras bobagens.  É hora de se pensar em troca na posição. Dar chances ao Denner ou contratar alguém.

- Hoje tiveram vários momentos “Cléber Machado”. Ele não consegue se controlar. Uma ‘interessante’: Luis Fabiano deu uma semi-cotovelada no peito do PA. PA exagerou na dor que sentiu, levando as mãos à face, mas a falta (aliás, quase agressão) foi clara. Cléber não teve dúvidas: começou uma discussão sobre a hipocrisia dos jogadores, que numa semana reclamam do outro, na outra fazem a mesma coisa (numa clara alusão à entrevista do PA bancando o que Tite tinha falado do Neymar). Porque ele tinha que enfiar o Santos na conversa de algum jeito, nós sabemos...se para isso era preciso comparar alhos com bugalhos e jogar a lógica às favas, que fosse. Numa outra, Paulinho ia saindo com a bola da defesa, Lucas tentou fazer a falta duas vezes, e na terceira Luis Fabiano chegou na vontade, por trás, para fazer um sanduíche. Jogo nervoso, Paulinho levantou p*to e foi peitar o atacante, que além de ter feito a falta por trás se sentiu no direito de brigar. Cléber, de novo, não teve dúvida. Primeiro, seu inconsciente o traiu, e ele comentou “tudo bem que o Paulinho fez a falta mesmo...”, e depois saiu criticando a atitude do volante por peitar o atacante, “não precisa disso”. Que Luís Fabiano, que arruma umas sete encrencas por jogo, tinha feito falta por trás desnecessária num jogo já pegado, não lhe passou pela cabeça...

- Houve um penalty claríssimo não marcado. Vá lá. O problema é que o Corinthians virou o bobo da vez, o funcionário bonzinho que sempre se f*de porque não reclama. Fora de casa vimos o que aconteceu na Vila. Aí passa uma semana e vem um juiz apitar na nossa casa e faz o que o Seneme fez: não dá um penalty claro com medo de ter errado, inverte um lateral aqui outro ali, manda voltar falta por barreira se adiantar, dá 100% dos cartões merecidos, ou seja, sem o menor medo de apitar contra o time da casa. É aquela máxima: errar contra o Corinthians não tem conseqüências, mas a favor o cara vai ouvir a semana inteira que é parte do esquema. Alguém precisa fazer alguma coisa.

Um comentário:

  1. a tese do Castan é ótima, aliás acho que 70% do problema é esse...o problema é que o FS já vinha dando das suas na liberta. E diz a lenda que o Castan não quis nem ouvir a contraproposta...

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