Tite entrou com a escalação que considera ideal (do meio pra
frente), mesmo com os parcos resultados e desempenho passados. Louve-se o fato
de que, ao menos, ontem os pontas apresentaram melhor movimentação, guardando
menos posição e se alternando nas faixas do campo. O Grêmio, com algumas boas
peças, postou-se bem atrás, fazendo uma marcação muito forte. O contrataque era
nulo – e nesse quesito demos sorte de Zé Roberto, de longe o melhor jogador
gremista da temporada, ter saído machucado. Tínhamos posse de bola, mas
agredíamos muito pouco. Até o gol, apenas um giro fraco de Guerrero e uma ou
duas tentativas de arrancada de Sheik. Aí na primeira boa jogada, pelos trinta
e tantos, Sheik 7cm impedido mandou para a rede.
Segundo tempo, e jogávamos numa condição muito mais
confortável para esse time: poder se defender e arriscar um ou outro
contrataque, sem a pressão de furar a retranca de um time posicionado atrás.
Chegamos a sofrer uma falsa pressão, de chuveirinhos e escanteios, e o Cássio
caçando borboleta nos deu JCaré feelings: um time como o nosso, que faz
pouquíssimos gols e se garante no sistema defensivo, simplesmente não pode se
dar ao luxo de tomar gols bobos, de escanteio, chutes despretensiosos de fora
da área e coisas assim. A fase de Cássio preocupa e preocupa muito...no mais,
encaixamos uns 2 ou 3 contrataques que poderiam ter dado tranquilidade, mas,
como de costume, não guardamos. De novo entram Renato, Douglas, Pato. Quando a
torcida começava a se preocupar com o final do jogo, achamos dois a zero,
tranquilidade e 3 pontos.
- Renato e Pato tem que entrar. Admito que o Pato alguns
ainda discutem, mas do Renato até os quero-queros sabem que ele deve ser
titular. Tite está exagerando na “coerencebilidade”. Não sei o que ele vai
fazer: vai jogar com 12, vai tirar um zagueiro, mas tirar na moedinha para ver
quem sai, mas o Renato joga.
- No meu time Pato joga também, e joga junto com o Guerrero.
É fácil esquecer números e fatos e cair na lenga lenga de alguns. Essa coisa de
“Pato está perdendo muitos gols”é só meio verdade. Nos últimos 200 minutos que
jogou, Pato marcou 4 gols (tivesse feito os 2 gols contra São Paulo e Grêmio
dos quais muitos estão reclamando, seriam 6 e teria uma média espetacular de
2,5 gols a cada 90 minutos jogados). Ele perdeu sim 2 gols bizarros contra Boca
e Goiás. Perdeu mais alguns nem tão fáceis assim, que cansamos de ver Guerrero,
Sheik e Romarinho perderem jogo sim outro também. Por exemplo: comparei o gol
perdido contra o São Paulo com a finalização do Guerrero ontem no gol do Sheik.
No lance do Pato, bola na diagonal, meio quicando, no pé ruim e não tão
frontal. Na do Guerrero, bola dominada, rasteira, ângulo frontal e no pé bom. A
finalização do Guerrero foi de ruim a horrorosa, dada as condições. Mas o pior é
outro detalhe. Nosso ataque tinha, antes de ontem, 6 gols em 9 jogos (3 do
Pato). Nossos outros ataques podem, supostamente, não perder tantos gols, mas
também não fazem, o que revela que eles simplesmente não finalizam (ou não
recebem bolas) quase nada o jogo todo. O Pato entra 30 min e tem 3 chances –
perde 2 e guarda uma. Porque esse milagre? Deus é mais bondoso com ele e
oferece mais oportunidades? Ele simplesmente se movimenta e posiciona melhor,
por isso os espaços aparecem para ele finalizar. Com ritmo de jogo e confiança,
vai desandar a fazer gol.
- Guilherme cada vez mais à vontade no meio campo.
- Decepcionei-me um pouco com Igor, muito tímido e inseguro.
Como FS é de longe o elo fraco do time, gostaria de ter visto um desempenho
melhor (por mim continuaria com Igor, mas sei que Tite precisaria ver uns 4 ou
5 desempenhos a la Junior para tirar o Fábio de lá).
- Boa arbitragem do Alício. É muito melhor ver um jogo que o
juiz deixa jogar de fato (não que inventa e desinventa faltas como quer), mesmo
que erre um pouco aqui e acolá. Com 20 min de jogo os jogadores já tinham
entendido que não adiantava cair no primeiro encostão que ele não ia marcar.
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