Fluminense em crise, protestos da torcida, 9
desfalques...motivo de ânimo para o corinthiano? Já estamos descolados e
sabíamos que não – longe de ser uma certeza fazer esse favoritismo dentro de
campo. O que me animava, no entanto, era o desenho tático que podíamos esperar.
O esquema tático que criticamos aqui é bom para jogos fora de casa, em especial
num campo grande como o Maracanã, com espaço para correria e puxar
contrataques, em especial contra um time montado por Luxa que nunca prima muito
pela defesa sólida. Além disso, Pato mais rápido que Guerrero, Renato mais rápido
que Danilo. Claro que em campo não foi nada disso. O desenho parecia encaixado
para acertarmos um contrataque logo mais logo menos – Fluminense tentava marcar
pressão e uma sequência de dois passes certos poderia deixar 2 ou 3 atacantes
nossos contra 3 defensores deles. Mas o problema parecia técnico: errávamos
muito passes na transição, e arriscamos muitos lançamentos longos, de forma que
o Flu arriscou uma falsa pressão. Jogo morno para chato no primeiro tempo.
Aí vem o segundo tempo e você pensa que o técnico vai
arrumar, posicionamento o time de forma mais compacta e evitando o passe
forçado. Tudo continua como antes e o jogo continua chato. O quarteto ofensivo
muito mal – Sheik melhorou no segundo tempo, quando jogo enfiado depois da saída
de Pato; Renato e Pato apagados, embora ainda tentassem algo. Romarinho fez
outra partida tenebrosa e é o primeiro a sair do time quando todos estiverem à
disposição. Ainda assim, para acertamente colocar Douglas, Tite erradamente
tira Pato – se alguém ainda tinha dúvidas de que ele estava satisfeito com o
empate, basta considerar que o Romarinho só continuou em campo para continuar
protegendo a lateral. Aos 37, Flu com um a menos e Guilherme machucado, Tite
considerou que, talvez, vá lá, fosse vantagem ganhar o jogo. Mas não deu tempo –
e de fato se houvesse mais meia-hora de jogo, dificilmente faríamos alguma
coisa. Falta variação, falta tabela, falta aproximação. 0 x 0 e a certeza de
que esse será um campeonato para roermos as unhas até o último jogo.
- Na matemática do campeonato, empate com o Flu fora é bom
resultado. Nas circunstäncias, são dois pontos jogados fora. Já na terça
jogadores davam entrevista dando conta de que a meta eram 4 pontos nos 2 jogos.
Não pode entrar em campo já pensando no empate para ganhar o próximo em casa.
Não ganharemos todas em casa; tem que aproveitar as chances para fazer ‘pontos
inesperados’quando elas aparecem, porque é certeza que perdermos pontos dados
como certo.
- Cléber Machado tem a tese de que jogador brasileiro é
chato, reclama muito com o juiz bla bla – tese essa que repete jogo sim jogo
também. Hoje tenho que concordar com ele. Tinha me esquecido como o Luxa é
chato; o juiz foi quase perfeito, ainda assim ele achou umas 7 oportunidades
para reclamar.
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