segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tá acabando?

Por motivos meios que óbvios, preferi assistir são paulo e flu a ver nosso jogo naquele gramado horrível em imagem não HD.


Naquele tipo de jogo meio amarrado, estudado, o Flu foi mais inteiro o jogo todo. Nenhum time criou grandes chancees, mas o Flu chegou muito mais naquela condição de, se acerta o penúltimo passe, faz o gol. Mas Tiago Neves não estava num bom dia e Sóbis não funcionou como ponteiro "a la Tite". Não fosse a cag* do Gum, Flu certamente venceria. Aliás não vi ninguém comentar que se Ceni estivesse embaixo do gol, Fred não faria...


Assistindo o jogo, ocorreu-me uma coisa que parece heresia para o 'bom-senso' futebolístico: W Nem é melhor que Lucas. E olha que ele até fez ontem jogo discreto...Assisti aos jogos do Flu contra o Galo e contra o Coritiba - fez uma boa partida no primeiro e segundo comeu a bola e decidiu. Os dois tem características de arrancada, embora nisso Lucas seja melhor. Com alguma frequencia Lucas faz aqueles golassos de driblar três ou quatro. Mas guardadas as devidas proporções, me lembra um pouco Carlos Alberto de 2005: nos melhores momentos depois do jogo, você via alguns belos gols dele, mas perdia os 11 ou 12 momentos do jogo em que ferrava o time tentando uma jogada que não dá certo. Ontem, nas suas tentativas de arrancada, perdeu umas quatro ou cinco bolas. Lucas só sabe usar o passe quando o próximo drible não é possível e ele enxerga um companheiro do lado, aí dá aquele toquinho para não perder a bola. O repertório de W Nem me parece mais vasto; dá o primeiro drible com facilidade e levanta a cabeça para ver o que vai fazer - pode ser um próximo drible, um passe no meio, uma virada de jogo. Ontem jogou mais afastado na direita, por conta do esquema. Quando Abel tirou o Sóbis, ficou mais livre para flutuar no meio e foi mais perigoso, até sair para Diguinho fechar o meio. Lucas brilha mais quando acerta uma das suas; mas se eu tivesse tirando time, escolheria W Nem pro meu antes dele.


- No blog aqui falamos de times como Palmeiras e Vasco, cujas torcidas acreditam que seus elencos são melhores do que são de fato e culpam seus treinadores. Onde vão os dois sem Felipão e Cristovão? O primeiro tá virtualmente rebaixado e o segundo, que tinha larga vantagem por vaga na liberta, virou uma piada.


- vale um texto só sobre isso, mas a campanha do Flu escancara o que deve ser, daqui pra frente, o campeonato de pontos corridos. Um time razoavalmente bem preparado bate em todo mundo em casa e fora. Se o São Paulo tivesse 52 pontos ainda estaria na faixa da liberta, enquanto 45 pontos é o suficiente para sair do rebaixamento. O que diferencia o abaixo de mediocre do time que comemora alguma coisa no campeonato é muito pouco.

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