domingo, 18 de novembro de 2012

Chelsea

Não vou fingir que sou especialista em Chelsea. Antes dessa semana, os últimos jogos deles que eu vi foram na Champions no primeiro semestre; de lá para cá, só vi gols passando nos jornais. Dizem que o estilo de jogo deles mudou bastante. Na última semana, assisti partes dos jogos contra o Liverpool e contra o West Brom (nesse último entrou com time misto, embora Oscar e Mata tenham entrado no segundo tempo).

O que vi foi realmente um time de estilo diferente do campeão da Champions. Mais aberto, com 3 meias leves e Torres enfiado. Mas a impressão que tive é que é um time que assusta muito menos do que se pegássemos outros grandes europeus, como Barca, Real e Bayern. O clube inglês não foi campeão da Champions porque fosse o time da Europa que mais jogava bola; foi o mais eficiente no modelo mata-mata. Agora esse time perdeu um pouco da pegada pro modelo e não compensou melhorando tanto assim seu jogo.

Na zaga, não sei se Terry se recupera a tempo do mundial. Se não se recuperar, a zaga é um tanto quanto atrapalhada. Ralf é melhor que Mikel e Paulinho não deve nada para Ramirez. Na organização, parece que Oscar, mesmo tendo acabado de chegar, é quem mais preocupa; é o único dos três com capacidade de driblar em progressão. Mata é o mais habilidoso, mas é estilo Douglas, gosta de enfiar bolas – mas não tendo segundos atacantes rápidos para correr atrás dela, não é tão perigoso. E na frente, Torres não é, nem de longe, Drogba. O campeão da Champions confiava bastante no “ta difícil, chuta para frente pro Drogba brigar” o que, de fato, funcionava batante. Torres é menos habilidoso, menos forte, menos raçudo e, portanto, bem menos perigoso. Falcão Garcia deve chegar na virada do ano porque com Torres o time inglês fica menos potente, de fato.

Nos 2 jogos que vi houve momentos em que o Chelsea tentava atacar um time fechadinho atrás; teve muita dificuldade. Toca a bola de lado e tem pouca infiltração; Torres não é rápido e Mata não tem muito para quem lançar. O lado mais perigoso é o esquerdo, quando Oscar cai pro lá driblando e tem o apoio do lateral. Nada que um Alessandro bem postado com a atenção do Ralf não consiga dar conta. A tendência é termos o contrataque, o que é mais um argumento para escalarmos 2 rápidos na frente (Sheik e Martinez ou Romarinho) em vez de jogar com o Guerrero enfiado. Aliás to vendo o Sheik tocando o terror para cima do lateral direitos deles, que é bem travado.

Enfim; qualquer campeão da Libertadores que chegue para enfrentar um campeão da Champions chega em desvantagem. Barca e Santos ano passado parecia jogo de grande em casa contra pequeno no campeonato paulista. Mesmo os que conseguem ganhar (vide São Paulo em 2005 e Inter em 2006) ganham tomando um vareio de bola e achando um gol. Ainda assim, acho que essa diferença nunca foi tão pequena quanto dessa vez.

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