domingo, 9 de junho de 2013

Corinthians 0 x 0 Lusa

Ontem era aquele típico jogo no qual os 3 pontos valiam mais do que jogar bem – o jogo antes da parada, com um mês a frente para arrumar várias coisas no time.

Até ensaiamos uma postura diferente, mais agressiva nos primeiros 15 minutos. Mas taticamente tava difícil. O problema antigo nas laterais agravados – dum lado um tímido substituto do Fábio Santos, no outro a quarta opção; no meio, dois volantes com pouca saída. Com Danilo e Sheik, cada um isolado em cada ponta, Pato marcado entre os zagueiros e Douglas sozinho no meio, ficou muito fácil para a Lusa trancar completamente nossa produção ofensiva. Junte-se a isso uma partida muito ruim tecnicamente de Danilo e Douglas e tem-se um time totalmente improdutivo. As únicas chances do primeiro tempo foram da Lusa.

Tite foi até macho de não por um zagueiro no lugar do PA; a entrada de Ibson deu algum lampejo de produção ofensiva, o que foi melhorar com a entrada (muito tardia) do Romarinho. Ensaiamos uma pressão, muito mais na base da vontade e do desespero do que de capacidade tática. Duas bolas na trave e a impressão de que mesmo com mais uns 30 minutos de jogo não faríamos o gol. Agora é torcer para que a pausa seja suficiente para o time reencontrar um padrão tático. No post que escrevi sobre o modelo do Bayern, entendia que um dos grandes problemas é o jeito que Tite posiciona os meias abertos; enquanto isso estiver assim, dificilmente acharemos uma produção ofensiva sustentável ao longo dos jogos: estaremos sempre dependendo de um jogador surpresa (como o Paulinho) chegar de trás e expostos a produzir muito pouco quando esse jogador estiver de fora ou não jogar bem.

- quando você lê no jornal quem vai apitar o jogo, tem alguns juízes que te fazem pensar “vai dar m*rda, capitão...”. Flávio Guerra é um deles. Não que ele tenha prejudicado o Corinthians – de fato, poderia até ter expulso o Sheik naquela cotovelada. Mas tem uma diferença entre tentar apitar a la Européia e ser só negligente. Tenho notado cada vez mais juízes quererem “vuadar” mas serem piores que o Vuaden na falta de critério. Se o cara quer “deixar o jogo correr”, é fundamental que ele acompanhe os lances bem de perto (para inibir reclamações) e ter um critério bem estabelecido do que é falta do que não é.  Um juiz só permissivo, como o Guerra foi, acompanha de longe e meio de forma aleatória decide que encostadas são faltas e quais não. No primeiro tempo, teve umas cinco ou seis semi-faltas (aquelas que alguns juízes dão, outros não – sem contar duas super faltas que ele simplesmente ignorou) que ele não deu pra um lado e deu para o outro. Aí a negada começa a descer a botina, entrar mais duro nas divididas e o cara age como se não fosse com ele...

- Douglas começou a mostrar o problema dos últimos 3 semestres. Entrou bem contra o Santos e fez uma partidassa contra o Goiás. Ai entrou contra a Ponte e jogou desde o começo os últimos 2 – todas partidas de medianas para ruins. É incrível como não consegue manter uma regularidade.

- Há uns 3 posts elogiei o Guilherme; mas nesse esquema (ou em qualquer esquema que o Tite montar com 2 caras tão abertos) não dá para ter um segundo volante não tímido. Ou ele chega mais a frente ou não será uma opção viável. Claro que é cedíssimo, mas Ibson mostrou que tem algo a contribuir, ao menos como opção no elenco.

- Exceção feita a se chegar um proposta do nível do Paulinho (20 de euros), ou se o jogador bater o pé, a maior cag* do mundo seria vender o Ralf. Joga muito, é o melhor da posição, sem exageros, talvez do mundo. É regular, ontem mesmo como zagueiro arrebentou, fora a condição física.


- Cinco rodadas do brasileiro e muita gente tendo contusão. O nível de intensidade do estilo de jogo de Tite demanda um time mais novo, em média, e duas opções em quase toda posição.

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