quinta-feira, 18 de julho de 2013

Nosso freguês...

Com o time todo à disposição, Tite vai a campo com sua formação preferida: dois atacantes abertos pelas pontas (Sheik e Romarinho), Danilo centralizado pelo meio e Guerrero enfiado.  Já Autuori vem a campo com 3 volantes, na intenção de se defender e tentar sair no contrataque. Agora, dos 3 jogadores responsáveis por puxar saídas rápidas, 2 (Ganso e pipoqueiro) são lentos...tinha como dar certo? Corinthians começou com uma postura bem agressiva, marcando na frente – sem a bola, Guilherme subia para fazer quase uma dupla de meias com Danilo. Fizemos 15 minutos estrondosos, pressionando o adversário no seu campo e tendo duas boas chances de gols. Depois aquele gás inicial caiu um pouco, mas ainda assim o São Paulo não oferecia a mínima reação. Nessa toada, dominávamos amplamente os espaços do campo, tínhamos muito mais posse, não sofríamos nada, mas também não criávamos muito. Compreensível – o que fazer quando se joga contra um adversário que já está atrás no placar agregado mas não quer sair para jogar? Até que Edenilson enfia uma belíssima bola pro Sheik, bate e rebate, gol do Romarinho.
Vira o segundo tempo, Autuori troca Wellington por Aloísio par ver o que dá; mas de novo erra, pois coloca Aloísio (aliás, como é ruim) na direita, voltando ao esquema 433 do Ney Franco, ignorando que um dos grandes problemas bambísticos no jogo era perder o meio de campo. Do nosso lado, parece que Tite conscientizou os caras de que ali vantagem era ganhar de mais, pois voltamos com grande força, pressionando a marcação e dominando de novo os espaços. Até o fim do jogo:  segundo gol, chances perdidas (inclusive aquela incrível do FS) e o gostinho de que poderia ter sido de mais. O Título, em si, não vale muito; vale a rivalidade, vale novamente fazer um bom jogo, vale a motivação para o resto da temporada.
- Venho falando do esquema tático aqui. Com todo o elenco à disposição, em casa, contra um adversário com laterais muito fracos, essa formação é boa, desde que faça o que fez nos dois jogos da Recopa: movimentação dos atacantes abertos e aproximação para tabelas. O problema é a falta de variação quando esse esquema não funciona, quando alguns jogadores não estão à disposição.
- Tudo bem que o time reserva do galo também não era, mas hoje o São Paulo não é parâmetro de adversário para dizer que fizemos um ótimo jogo.
- A diferença de `resposta`(para usar uma expressão que o Tite gosta) que o time dá em partidas decisivas e partidas mais normais é gritante e preocupante. Hoje, dá para confiar mais num ótimo desempenho na Copa BR do que num campeonato brasileiro brilhante.

- Sheik e Danilo fizeram partidas primorosas. Gostei do Guilherme – se com a bola nos pés não foi brilhante, tá encontrando seu lugar na ocupação de espaços em campo. E correu muito.

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