Mesmo que Tite quisesse (duvido) testar outra formação, não
seria no dia que ele não tinha meias a sua disposição. Assim, fomos a campo com
o conhecido 4231, com Pato aberto na esquerda, Ibson centralizado e Romarinho
na direita (embora com alguma liberdade de movimentação para os últimos 2).
Fizemos 12 bons primeiros minutos, embora o resto do primeiro tempo tenha
mostrado que isso se deveu mais à vontade e técnica individual do que à
disposição tática. Ibson só desceu pro play lá pelos 25, e ainda assim não se
mostrou muito confortável nessa função de único armador. Pato, de novo, bem
perdido naquela função que Tite insiste em coloca-lo (os 2 gols de domingo
passado parecem ter feito uma boa impressão, embora ele os tenha feito
justamente quando fugiu da posição). Cada jogador da linha de 3 que pegava na
bola na intermediária, em vez de se aproximar para uma tabela, tentava uma
enfiada para alguém passando por trás da zaga (e geralmente errava). O Galo
começou a se aproximar, cruzar bolas, ganhar escanteio, até que PA deu uma
dormida e deixou Rosinei empurrar pro gol. Embora tenhamos tido pelo menos 4
boas chances, considerando as propostas de jogo de cada time, não dá para dizer
que fomos taticamente superiores ao time reserva do Galo.
Vira o segundo tempo e o Tite faz uma mudança que, em
teoria, poderia melhorar o andamento do time: duas linhas mais claras, com Pato
ao lado de Guerrero, Ibson centralizado e Romarinho flutuando nas pontas. Mas
pareceu não dar certo por problemas técnicos, muitos erros de passe. Ibson
parece que não voltou pro segundo tempo; Edenilson e Guilherme fizeram partidas
muito ruins. Pato também tava errando tudo. Assim ficou difícil; é complicado
pensar que o time teve uma semana para treinar para apresentar isso. Tite
colaborou e achou que, nessa fria, com o time desorganizado e todo mundo
errando tudo, era uma boa promover a estréia do Paulo Victor. Umas 4 bolas
altas enfiadas pro menino brigar com a forte marcação do Galo e, claro, nada de
produtivo. O risco sempre foi maior do Galo abrir 2 de vantagem do que de
empatarmos. Aos 25 min do segundo já dava para sentir que nada ia acontecer.
- ok que tínhamos 4 desfalques importantes na mesma faixa de
campo. Mas nada justifica perder em casa prum time reserva, ainda mais jogando
tão mal.
- continua o problema das finalizações.
- É justamente para esses momentos que é preciso treinar
variação. Aliás, com a saída do Jorge Henrique e a recuperação do Renato
Augusto, temos mais jogadores para um 442 clássico do que esse 4231 manjado. Se
Romarinho ou Sheik não jogam, não temos bons jogadores para desempenhar a
função aberta. Por outro lado, com um armador Danilo ou Renato Augusto tem que
ficar no banco. Faz sentido?
- Aqui reclamamos da arbitragem e pode parecer que teve alguma
influência no resultado, ou que estamos jogando culpa. Não é isso. Mas quão
raro é assistir a um jogo no Brasil e no fim do jogo você pensa “pô, a
arbitragem hoje foi boa”? Quem consegue dizer, com segurança, par a um juiz brasileiro,
o que é falta e o que não é? Que tipo de falta é para cartão? Cada juiz tem um
critério; pior, o mesmo juiz varia o critério várias vezes ao longo do jogo.
Hoje o cara, por uns 3 lances, se intrometeu no meio do lance e atrapalhou a
jogada, posicionamento muito ruim. E o bandeira que espera para ver o que o
juiz vai dar para ver que lado aponta? No segundo tempo o galo deve ter feito
umas vinte faltas (não vi o scouch), e o juiz deu uns dois cartõezinhos quando
as faltas foram mais feias. No mais, era só algum corinthiano ameaçar sair
limpo que, pá, falta. Enfim, não é pelo resultado, é pelo nível baixo
mesmo. Quase sempre é muito ruim.
- Basta ver um jogo inteiro do Alecssandro para entender (se
você ainda não tivesse entendido), porque ele, que já passou por vários clubes,
que vira e mexe aparece fazendo gol nos melhores momentos, nunca se firmou em
lugar nenhum. O cara erra 11 de 10 vezes que pega na bola. É impressionante.
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